Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador peleguismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador peleguismo. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

A volta da máfia sindical - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

 
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O peleguismo sempre foi forte no Brasil. Máfias sindicais poderosas sempre foram capazes de esfolar o trabalhador e mamar no estado para financiar as vidas de nababo dos sindicalistas e as campanhas políticas da extrema esquerda.

O principal instrumento para isso era o nefasto imposto sindical, a "contribuição" compulsória que o trabalhador tinha que deixar todo mês na conta dessa turma inútil. Graças à reforma trabalhista do governo Temer, com liderança importante de Rogério Marinho, essa mamata acabou, asfixiando os cofres dos pelegos petistas.

Mas claro que Lula não deixaria isso assim em seu projeto de vingança e poder.

O governo pretende retomar a cobrança do imposto sindical obrigatório que, segundo a minuta do projeto a ser enviado ao Congresso até setembro, terá um limite três vezes e meio maior do que o extinto em 2017.

A proposta ainda está em estudo pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mas já vinha sendo defendida pelo ministro Luiz Marinho desde o início do novo governo. Segundo a proposta, a taxa seria vinculada a acordos de reajuste salarial intermediados por sindicatos e limitada a até 1% do rendimento anual do trabalhador, a ser deduzida diretamente do salário.

Paulo Eduardo Martins, que foi peça importante no trabalho ao lado do então ministro Rogério Marinho, desabafou: "Governo Lula quer tomar até 1% da renda anual do trabalhador para dar aos sindicatos, que são tentáculos do PT. É isso mesmo. Querem que você seja escravo da elite do sindicalismo. Construir o socialismo exige".

Até mesmo Miriam Leitão, jornalista petista, condenou a intenção nefasta: "Volta do imposto sindical mostra visão velha do trabalho no Ministério de Marinho". Resta perguntar se isso é mesmo uma surpresa para quem fez o L, como a militante esquerdista do Globo. 
 Afinal, os petistas não defenderam sempre isso? 
Ou perdi alguma coisa? 
Pelo visto, a "volta do ladrão à cena do crime", como diria Alckmin, mostra visão velha do jornalismo em certos veículos de comunicação...

Há uma ideologia que chegou ao poder na década de 1930 na Europa que pregava sindicatos fortes e poderosos em conluio com um estado agigantado e grandes corporações alinhadas. "Tudo pelo estado, para o estado e no estado" era seu slogan. Essa turma era contra as privatizações, o livre mercado, as liberdades trabalhistas.

Foi essa ideologia que inspirou a nossa CLT varguista, no período em que o Brasil mais flertou com tal regime. Não por acaso Vargas é o ditador adorado pela nossa esquerda. Ironicamente, é essa mesma esquerda, de volta ao poder, que acusa todo adversário de "fascista"...

Pensar que, se o trabalho prestado por sindicatos for tido como positivo por quem supostamente é beneficiado por ele, então o próprio trabalhador vai desejar se sindicalizar e contribuir voluntariamente com esse tipo de serviço prestado é algo que foge à imaginação dos autoritários.

O trabalhador seria burro demais para entender o quão maravilhoso é o sindicato para ele, por isso deve ser obrigado a deixar uma parte de seu suado salário na mão desses pelegos do PT. Mas com muito amor, claro!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do povo 


sábado, 27 de julho de 2019

A crise e os sindicatos - Marco Antonio Villa

Isto É

O lulismo consagrou o pelego empresarial. Agora, com o desmonte das leis trabalhistas, essa gente não consegue mobilizar mais ninguém


O darwinismo social está em alta no Brasil. A selvageria tomou conta do pensamento econômico. O decoro foi jogado às favas. Agora o que vale é a retirada de direitos trabalhistas. Estes são identificados como a causa principal da estagnação econômica. Repete-se à exaustão de que o emprego vai crescer desde que as relações empregatícias sejam “modernizadas.” O problema, portanto, seria que no Brasil o excesso de direitos adquiridos pelos trabalhadores é o principal obstáculo à recuperação econômica. A repetição ad nauseam desta falácia adquiriu, entre alguns incautos, um foro de verdade. E como vivemos um período em que a ausência de debates programáticos é uma triste realidade, logo poderemos assistir a mais uma razia contra conquistas históricas dos trabalhadores. 

Não custa recordar que grande parte da legislação trabalhista — com erros e acertos — foi produto de um processo iniciado com a Revolução de 1930. E que tudo começou na luta histórica por direitos que hoje são considerados banais — como a limitação da jornada de trabalho, por exemplo. As célebres greves de 1905, 1906, 1917 e 1919 possibilitaram que uma parte da legislação trabalhista existente na Europa pudesse cruzar o Atlântico e ser adotada por aqui. Algo que teve um alto custo para as lideranças dos operários e acabou caindo no esquecimento popular, o que pode até ser considerado natural, tendo em vista que a história não foi uma qualidade nacional nestes quase 200 anos de Brasil independente.

A desmoralização dos sindicatos abriu caminho para que a selvageria avançasse quase sem obstáculos. Isto tem relação direta com o projeto criminoso de poder petista, que desmoralizou não só as instituições, como também a vida sindical. Se o varguismo transformou o peleguismo em regra, o lulismo consagrou o pelego empresarial, que pode ser diretor de um fundo de pensão, sócio do grande capital financeiro ou viver usufruindo de alguma central sindical. Sem contato com o chão de fábrica, esse tipo foi assumindo o modo de vida do andar de cima. Pior, introjetou valores da barbárie empresarial. Agora, quando é preciso uma reação, não consegue mobilizar sua categoria. Desde a redemocratização, este é o momento de maior fragilidade sindical. Os milhões de reais do estado lulista para forjar uma nova geração de dirigentes apenas serviram para consolidar o que de pior há no mundo sindical.

 Marco Antonio Villa, comentarista e escritor - IstoÉ