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segunda-feira, 9 de março de 2020

Estranha democracia seria a nossa - Percival Puggina

 Estranha democracia seria a nossa se não pudéssemos expressar opinião no leito vulgar das ruas e no underground das redes sociais. Desqualificada seria nossa democracia se ministros do STF, congressistas, jornalistas e veículos de comunicação fossem imunes à crítica, como pretendem. E note-se: cobram essa imunidade, sem conceder reciprocidade, enquanto criticam todos, especialmente a sociedade e o presidente da República.

 A vitória de Bolsonaro aprofundou a cisão política entre os brasileiros. Gerou uma onda nacional e internacional de inconformidades e aplausos a que nem o papa ficou imune. Ainda que Bolsonaro fosse o príncipe perfeito, coisa que nunca foi, a onda se formaria. Valeriam contra ele (como escrevi outro dia) as razões expostas pelo lobo ao cordeiro, narradas por Esopo há 25 séculos. O fato quase milagroso de haver vencido a eleição presidencial nos dois turnos, sem dinheiro e sem tempo de TV, parece nada haver ensinado a olhos cegos e ouvidos surdos, sobre as razões dessa vitória.

Um dia será necessário fazer a necropsia da capacidade de análise que em 28 de outubro de 2018 morreu de morte súbita, sem flores nem amores. Houvesse sobrevivido, teria facilmente reconhecido o fato de que aquela data assinalou uma opção democrática do eleitorado por posição política em quase tudo divergente da que hegemonizara o país desde a Constituinte de 1988. Cinquenta e sete milhões de eleitores optaram por combate à impunidade e à criminalidade, por rigor da lei penal e pela celeridade dos processos penais, por educação sem partido, pela proteção da família e da inocência das crianças, pelo direito de defesa, contra a ditadura do politicamente correto e contra o socialismo que nos quebrou enquanto se instalava. Em consonância com a posição unânime da mídia, a maioria do eleitorado de 2018 quis expurgar de nossas práticas políticas a compra de votos para proporcionar ao governo apoio parlamentar.

Em vão! A maior parte do Congresso e do STF, ao longo de todo o ano de 2019, evidenciou querer outro presidente e outro programa. A “maioria de conveniência” do Supremo continuou em seu afã de amestrar a opinião pública. A maioria do Congresso emitiu todos os sinais de uma enferma nostalgia pelas anteriores práticas políticas, pelos cargos, pelas emendas, pelas oportunidades de negócio. Em sucessivos atos de vingança contra a Lava Jato, ampliaram de modo criativo e infatigável as notórias dificuldades da persecução penal. Legalmente inocente, imaculada como anjinhos de Rafael, a fina flor da corrupção corre mundo mentindo sobre o Brasil.

No dia 15 de março, as ruas expressarão seu repúdio a esse turismo despudorado, a essa ideologia que desejam impor sem voto. Maldiremos, também, a retórica espertalhona que tenta confundir o repúdio a certos membros das instituições com repúdio às próprias instituições. Paradoxalmente, querem que isso valha para si, mas não serve à instituição da presidência quando eles mesmos atacam o presidente. Dá-me a virtude da paciência, Senhor!  A prova dos nove do que aqui está dito seria juntada aos autos do processo histórico se o presidente repetisse as práticas anteriores e comprasse 300 unidades de voto parlamentar do blocão, ou do centrão. A bom preço, até os anjinhos de Rafael voltariam para a gaiola.


Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.



terça-feira, 11 de outubro de 2016

Lawfare - Abusam do Direito para destruir imagem de Lula, afirma defesa de ex-presidente



[Bobagem ter este entendimento; o Lula é chefe de várias organizações criminosas, que orbitam em torno do PT e do famigerado lulopetismo, e como chefe de várias quadrilhas não tem mais imagem a ser destruído.
Quem tem que ser destruído pelo encarceramento é o próprio Lula e todos que integram as diversas quadrilhas comandadas por Lula.
Tem mais: Lula precisa ser encarcerado urgentemente, haja vista que tem mais de70 anos e os vários crimes que praticou vão lhe render mais de uma centena de anos de cadeia e sua idade torna inviável que cumpra sequer um sexto – quando finalmente ele for preso e condenado, antes que cumpra um sexto da pena, alcançará os 80 anos e vão encontrar uma forma de libertá-lo alegando razões humanitárias.
Por isso é urgente sua prisão para que ele passe alguns anos preso e saiba que a vida de bandido é difícil.]

As acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm como característica comum o uso “abusivo e frívolo” do Direito para destruir sua imagem. A prática, conhecida como Lawfare, é um dos argumentos usados pela defesa de Lula, feita pelos advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio, contra as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal em Brasília (DF).

Lawfare é o termo que define o uso do Direito para deslegitimar ou incapacitar um inimigo. “A operação 'lava jato' representa um típico exemplo de lawfare, no seu sentido mais amplo e atual: trata-se da utilização de meios judiciais frívolos, com aparência de legalidade para cooptação da opinião pública, com o inegável objetivo de neutralizar o inimigo eleito – Lula”, afirmam os advogados.

Segundo eles, alguns agentes públicos que participam das investigações da operação  promovem “uma verdadeira guerra contra Lula e contra o projeto político que ele representa para o país”. [qual o projeto político do Lula para o Brasil? Ele e a corja lulopetista só têm um objetivo que é se locupletar com a coisa pública, destruindo a econômica brasileira em busca da realização de um projeto criminoso de poder.] Afirmam ainda que o ex-presidente é alvo de persecução penal extra e in judicium com o único objetivo eliminá-lo da vida pública.

Sobre as denúncias especificamente, os advogados de Lula afirmam que os apontamentos do MPF estão repletos de “imputações frívolas” sob aparência de legalidade. “Cobrindo as incontestes perseguições e ilegalidades perpetradas.”

Os defensores de Lula listaram também uma série de táticas usadas pela “lava jato” para deslegitimar o ex-presidente, entre elas, manipulação do sistema legal, abuso de direito, tentativa de influenciar a opinião pública, judicialização da política e promoção de desilusão popular.

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