"Os riscos para as
perspectivas incluem o fracasso em alcançar o ajuste fiscal anunciado, o que
está sendo visto como um teste decisivo para a melhora das políticas
macroeconômicas", diz o relatório anual Economic Outlook
[Levy já falhou, já errou já dançou: basta ler a sucessão de notícias ruins da economia brasileira, apenas de hoje, para ver que Levy já era.
Para salvar o Brasil sabe aos BRASILEIROS DE BEM - especialmente os conectados a redes sociais, blogs - diariamente apontar uma falha da Dilma e equipe.
Ela não aguenta ou pede pra sair ou é impedida.]
O fracasso do ajuste fiscal executado
atualmente pela equipe econômica é um dos maiores riscos enfrentados pela economia
brasileira. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falhar no esforço
para controlar as contas públicas, diz a entidade, o País poderia perder o grau
de investimento.
"Os riscos para as perspectivas incluem o
fracasso em alcançar o ajuste fiscal anunciado, o que está sendo visto como um
teste decisivo para a melhora das políticas macroeconômicas", diz o relatório anual Economic
Outlook, divulgado na manhã desta quarta-feira, 03, em Paris. "Além de reduzir o investimento, isso
(o fracasso do ajuste fiscal) poderia resultar na perda de grau de investimento
do Brasil", completa o texto.
Outro risco vem da estatal Petrobras. Para a entidade, que funciona
como um grupo de países para o desenvolvimento econômico, a maior dificuldade
relacionada à empresa seria o surgimento de problemas maiores que o esperado,
especialmente se as investigações
levarem a mais falências na cadeia de petróleo e gás no Brasil. Ainda no
campo dos riscos, a OCDE nota que o nível dos reservatórios de água aumentou
recentemente. Mesmo assim, "a
possibilidade de um racionamento de energia ou água continua".
Problemas no abastecimento poderiam gerar impacto negativo na economia
brasileira como os vistos nos anos 2000, diz o estudo.
Otimismo
No
entanto, a OCDE usou tom relativamente otimista para
avaliar o ajuste fiscal adotado pela equipe de Levy. Enquanto o governo
brasileiro e a entidade se aproximam, a OCDE afirma em relatório anual que as
novas metas de superávit primário compõem "um
ajuste fiscal significativo" e dá um voto de confiança ao afirmar que
os novos parâmetros fiscais vieram acompanhados de "medidas concretas".
No
relatório, a entidade reconhece que o espaço da política macroeconômica
brasileira é "severamente limitado
pela necessidade de restaurar a confiança e preservar a classificação de grau
de investimento". Diante da deterioração fiscal e aumento da inflação,
a OCDE diz que "reconstruir a
confiança nas políticas macroeconômicas continua como prioridade". Por isso, explica o relatório, o governo
brasileiro anunciou em janeiro "um
ajuste fiscal significativo, com metas de superávit primário de 1,2% e 2% do
PIB para 2015 e 2016". Além de
usar tom elogioso para a meta de economia do governo, a organização diz que os
novos parâmetros "são apoiados por medidas concretas para reduzir gastos
e, em menor medida, para aumentar as receitas". "Isso deu credibilidade ao plano de consolidação", diz o
relatório.
Banco Central
Além
de elogiar a nova política fiscal, a entidade ressalta que o Banco Central "adotou estratégia mais ambiciosa para
trazer a inflação de volta à meta de 4,5% no fim de 2016". Para isso, aumentou os juros. Apesar de reconhecer
que as previsões do mercado para os preços continuam acima da meta, o relatório
tem discurso semelhante ao do governo e destaca que "as expectativas de inflação diminuíram, provavelmente como
resultado dessas políticas fiscais e monetárias mais fortes".
O
documento também elogiou o realinhamento das tarifas públicas. Apesar de
aumentar a inflação, a medida adotada em setores como a energia elétrica "visa garantir que os sinais estejam
estão no lugar certo para que os mercados funcionem bem".
Concessões
Não foi
apenas a política fiscal do governo Dilma Rousseff que ganhou avaliação
positiva da OCDE. No relatório, a entidade usa elogios para falar sobre o plano
de Brasília de lançar um novo conjunto de concessões com maior participação
privada. A OCDE também elogia as iniciativas na direção do livre comércio com a
União Europeia e o México. "O plano de lançamento de uma nova rodada de
concessões, especialmente no transporte, é fundamental para a eliminação dos
estrangulamentos e promover um maior crescimento", diz o relatório. "Parcerias Público-Privadas deverão
desempenhar um papel muito maior nas próximas concessões em linha com a menor
participação dos bancos públicos, em particular do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", completa o documento.
Outros
elogios também foram direcionados à iniciativa do governo federal de tentar
retomar negociações comerciais. "A
recente decisão de reiniciar as negociações comerciais com a União Europeia e o
início de um acordo de comércio livre amplo com o México são bem-vindos",
diz o documento Economic Outlook. Apesar
disso, a entidade continua cobrando outras reformas do Brasil. Para a
organização, a ampla mudança do sistema de impostos, redução das barreiras
comerciais e encargos administrativos "poderiam
estimular a concorrência e acelerar significativamente a recuperação"
da economia.
Desemprego
O
relatório da OCDE também destacou o aumento do desemprego no Brasil. No
Economic Outlook, a entidade chama atenção que o fenômeno de aumento do
desemprego deve se limitar apenas ao ano de 2015 no País. "O desemprego, que até
agora era isolado dos níveis de atividade baixa e pelo declínio da participação
laboral dos mais jovens, deverá aumentar durante o ano de 2015", diz o
relatório, que não trouxe previsão numérica para a taxa. A OCDE diz apenas que
o aumento do desemprego deverá ser limitado a este ano, já que o índice deverá "voltar a cair lentamente a partir de
2016".
Fonte: Agência Estado