Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A tática de Luiz Inácio Lula da Silva no intrincado xadrez do clima
parece clara. Segue a receita tradicional: bater bumbo para a narrativa
do momento, buscar articulações que ampliem a superfície política de
contato, reduzindo assim a pressão exercida sobre o Brasil pelas forças
externas, e, entrementes, ir tocando a vida de acordo com as
necessidades práticas, preenchendo o tempo com ataques continuados aos
adversários políticos do momento.
Posto que a realidade material nunca consegue ficar circunscrita aos
discursos, alguma hora os fatos terão, porém, de se impor.
Logo o
governo brasileiro terá de decidir a autorização ou não para explorar o
petróleo na foz do Amazonas.
E autorizar trará necessariamente custo
reputacional [em nossa opinião 'custo reputacional' é um valor que só incide sobre boa reputação - qualidade que a folha corrida do cidadão mostra ser ele desprovido.]que para um presidente empenhado em se apresentar como
liderança planetária nos assuntos do momento, entre os quais brilha o
clima.
E tem pelo menos outro nó aí. A reindustrialização, agora repaginada
como neoindustrialização (também para reduzir a área de atrito com os
antidesenvolvimentistas), ocupa lugar central nos planos governamentais,
sem ela vai ser difícil reduzir estruturalmente as altas taxas de
desemprego. [neo industrialização com as taxas extorsivas de impostos que nos alcançarão nos próximos dias?] O PIB projetado é bom, mas a beleza dos números deve-se na
maior parte ao agronegócio, cuja vocação não é empregar. Serviços e
indústria comem poeira.
Qual é a real, então?Não haverá reindustrialização sem energia barata.
Aliás, encarecimento da energia causa desindustrialização. Que o diga a
Alemanha.
E, posto que o preço nunca está imune à lei da oferta e da
demanda, fica claro que é ficção reindustrializar sem energia abundante.
O papel e o Power Point aceitam tudo,mas alguma hora governos têm de
entregar o que projetaram para o futuro.
Pois se há algo certo sobre o futuro é que ele sempre chega.
O Brasil tem um dos perfis energéticos mais limpos, graças
principalmente às hidrelétricas. Mas o potencial hídrico ainda
inexplorado concentra-se na Amazônia,a construção das barragens ali
enfrenta oposição cerrada. [afinal, uma imensidão das terras localizadas na Amazônia é reserva indígena - o governo Bolsonaro acabou em 31 dezembro 2022, mas, a declaração '‘Hoje, o maior latifundiário do País é o índio’, diz Nabhan', permanece atual e os indígenas são especialistas em cobrar pedágio de tudo.] Ah, há também o etanol, mas a cana sofre a
concorrência dos alimentos pela área plantada. Um desafio adicional
para o país que aceitou o dogma de, também para ajudar a salvar o
planeta, congelar a fronteira agrícola.
As energias eólica e solar vêm em franca expansão, mas não deixam de ter
impacto sócio-ambiental.
Seus custos estão caindo rapidamente, mas a
oferta nem de longe será capaz de atender a demanda imediata.
O mesmo
vale para a energia nuclear. Ou o Brasil acelera a exploração de
petróleo e gás, ou a reindustrialização acelerada continuará confinada
aos discursos e às apresentações.
É provável que, com o tempo, as soluções pragmáticas acabem se impondo, e
o presidente sempre terá à mão o argumento de, afinal, estarmos um
período de transição energética, daí precisarmos usar todas as fontes
disponíveis.
Mas Lula neste tema não joga em casa, não tem com ele a
torcida incondicional dos mecanismos construtores de opinião pública nem
a simpatia da arbitragem.
Mais um detalhe. Em 2014, a acusação de que adversários parariam a
exploração do pré-sal e privilegiariam as energias limpas foi decisiva
na reeleição de Dilma Rousseff.
Agora, Mefistófeles aparentemente veio
acertar a fatura.
A ver se Lula, como Fausto, consegue escapar de ter de
pagar toda a conta.
É preciso ter uma sólida convicção ambientalista para desistir dessa que era a grande riqueza do século passado[ os gringos - turma do Macron, Biden e outros da mesma estirpe - não querem que o Brasil explore o NOSSO PETRÓLEO para eles explorarem; não podemos olvidar que eles querem internacionalizar a Amazônia = terras de todas as grandes nações, exceto o Brasil. E as ONG' estão vendidas para defender o adiamento - fazem qualquer coisa por dinheiro.]
Petrobras quer explorar a Margem EquatorialBrenno Carvalho
Há meio PIB brasileiro depositado na nossa Margem Equatorial.
Encontram-se ali, numa boa estimativa, 15 bilhões de barris de petróleo.
A US$ 70 o barril, temos US$ 1,05 trilhão, ou cerca de R$ 5 trilhões —
metade do valor de tudo que se produziu no Brasil no ano passado. Meio
PIB.
Claro que seria um dinheiro obtido ao longo de anos de exploração, mas
também seria preciso acrescentar o valor dos investimentos a fazer nos
estados — instalação de bases terrestres e marítimas, portos e
aeroportos, aquisição de barcos e aviões. E empregos numa região,
incluindo o Norte e parte do Nordeste, bastante pobre.
É preciso ter uma sólida convicção ambientalista para desistir dessa
que era a grande riqueza do século passado, o motor das economias todas.
Mas como continua dando dinheiro e movendo boa parte do mundo, e ainda
moverá por algumas décadas, seria preciso também uma clara visão do
futuro para desistir daqueles R$ 5 trilhões.
O que nos mostra essa visão?Energia
verde, o emprego digital, dependente do cérebro, não dos braços, escola
pública de qualidade, a riqueza dos softwares, inteligência artificial,
o motor elétrico.
Encontram-se essa convicção ambientalista e essa
visão de futuro no governo Lula?
Considerem o programa do carro popular anunciado pelo vice-presidente
Geraldo Alckmin: redução de impostos para baratear carros movidos a
motor a combustão. A coisa inclui regras como “eficiência energética”,
condição para receber a isenção. Mas não diz do que se trata. Etanol?
Ora, praticamente não tem motor só a etanol, é tudo flex, a petróleo,
pois. Carro elétrico está excluído.
Só haverá benefício fiscal para
carros abaixo de R$ 120 mil, e por aqui não tem elétrico por menos de R$
200 mil.
O programa exigirá também componentes nacionais, mas não diz
em qual proporção.
Tudo considerado, a ideia básica é oferecer ao
público um carro de R$ 60 mil, chamado de popular.
Como notou Zeina Latif,
70% dos brasileiros ganham até dois salários mínimos.
A manutenção de
um carro, incluindo licenciamento, IPVA, combustível, estacionamento,
troca de óleo, e mais a prestação, claro, fica em torno de R$ 1.500 por
mês. Popular para quem?
E notem que o benefício fiscal também vai para
ricos que compram carro de R$ 120 mil.
Sim, o setor automobilístico emprega. Mas o programa anunciado por
Alckmin não inclui compromisso com a geração de novas vagas, nem mesmo
com a manutenção das já existentes.
Fica assim, portanto: uma mãozinha
para a velha indústria automobilística, campeã de subsídios e proteções.
E que está longe de produzir carros modernos. O melhor que se tem é o
motor flex, que Lula e Alckmin querem exportar para a África. Sabe como
é... Eles também são assim como nós.
Nessa visão, precisa do petróleo, não é mesmo?
Dirão: mas mesmo países já encaminhados para a economia verde continuam produzindo petróleo.
Verdade, parcial.
Considerem a Noruega.
Está aumentando a produção e a exportação de petróleo. Mas todo o
incentivo local vai para o ouro lado: 80% dos carros novos vendidos no
ano passado são elétricos. Em 2025, serão todos. A política principal é
de transporte público sustentável.
Ok, trata-se de um país pequeno e já rico. Mesmo assim, proporciona
lições úteis para nós. A produção de petróleo é estatal. Mas não se
gasta o dinheiro obtido diretamente com a venda do óleo. Essa renda
engorda um fundo de investimentos do governo, que aplica em negócios no
mundo todo. A renda desse fundo é usada nos programas locais. Muito
especialmente em boas escolas e boa saúde — e em programas de economia
verde. O dinheirão do petróleo fica lá, para financiar aposentadorias
daqui a uns 20 anos.
Aqui, estados como o Rio de Janeiro
já gastaram os royalties do petróleo que receberão em dez anos. E a
última coisa em que se pensa no governo federal é na formação de alguma
reserva para o futuro.
Por isso precisam do óleo da Margem Equatorial. O
do pré-sal? Já estão torrando.
Levantamento mostra que o preço do combustível disparou com a volta da cobrança de impostos federais [aos que reclamavam que o ex-presidiário estava demorando a iniciar seu governo, informamos que ele começou hoje.
Relaxem, que vai piorar e para não doer demais, o remédio é relaxar.]
O preço médio do litro da gasolina foi comercializado à média de R$
5,88 na primeira quinzena de março (1 a 13), um aumento de mais de 9%,
quando comparado a fevereiro, de acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).
Esse índice é calculado com base nos abastecimentos realizados nos 21
mil postos credenciados da Ticket Log, que administra 1 milhão de
veículos, com uma média de oito transações por segundo.
Esse é o primeiro levantamento da Ticket Log depois da volta da
cobrança dos tributos federais sobre combustíveis. A desoneração começou
no governo de Jair Bolsonaro, para reduzir a inflação, e foi prorrogada
por dois meses no governo Lula. Em nota, o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas
Pina, afirmou que a última redução no preço da gasolina, de 3,93%,
anunciada pela Petrobras em 28 de fevereiro, não foi suficiente para
frear os acréscimos constatados nos postos de todos os Estados e do
Distrito Federal.
Na análise regional, as altas vão de 8,5% no Sudeste,
onde a gasolina fechou a R$ 5,65, com a menor média entre as regiões,a
9,85% na Região Norte, onde o combustível foi comercializado a R$ 6,23,
maior preço médio nacional.
Na análise por Estado, os aumentos foram superiores a 4% em todas as
unidades da federação. A maior alta foi no Amazonas, onde o combustível
aumentou 16,25% e passou de R$ 5,63 para R$ 6,55. Ainda assim, o preço
médio mais elevado foi identificado em Roraima, a R$ 6,63, e o mais
baixo, na Paraíba, a R$ 5,40.[mesmo assim, superior em mais de 10% ao preço de DEZ/2022, último mês do governo Bolsonaro.]
O preço médio do etanol também ficou mais alto e fechou a quinzena a
uma média de R$ 4,60, com acréscimo de 3,81%, em relação ao mês
anterior. Os aumentos por região chegaram a 5,16%, como é o caso do
Norte, onde o combustível fechou a R$ 5,01, maior preço médio entre as
regiões.
Não foram poucos os editoriais que escrevi -explicando- tim tim por tim tim, que INFLAÇÃOé
a EXPANSÃO MONETÁRIA -decorrente da impressão de moeda ou aumento da
oferta de crédito ACIMA da QUANTIDADE DE BENS E SERVIÇOS DISPONÍVEIS. Ou
seja: enquanto a economia estiver sendo pressionada pela EXPANSÃO
EXCESSIVA DE MOEDA, os preços dos produtos e serviços, inevitavelmente,
vão continuar subindo, na mesma proporção, em busca do necessário
equilíbrio MOEDA/PRODUTOS.
OSCILAÇÃO DE PREÇOS
Ainda que a
MÍDIA -erradamente- insista a todo momento dizendo que INFLAÇÃO é
AUMENTO GENERALIZADO DE PREÇOS, o fato é que SEM EXPANSÃO MONETÁRIA o
que leva à OSCILAÇÃO DE PREÇOS de bens e serviços é aOFERTA E DEMANDA.
Ou seja: quando há escassez de OFERTA por qualquer motivo, os preços
tendem a subir. Da mesma forma, quando há retração de DEMANDA, o
equilíbrio se dá por redução de preços. Simples assim.
AGENTES DO MAL
Pois, a
título de melhor esclarecimento faço aqui um necessário e importante
reparo: os MAUS GOVERNANTES, assumindo o lamentável papel de REAIS E
PERVERSOS -AGENTES DO MAL-, notadamente Chefes do Poder Executivo da
-UNIÃO e dos ESTADOS- além de serem responsáveis pelaINFLAÇÃO, pelos
exaustivos motivos acima descritos, estão prontos para DEFLAGRAR A INFLAÇÃO TRIBUTÁRIA.
Explico: enquanto a UNIÃO quer por que quer o FIM DA DESONERAÇÃO de
impostos federais (PIS/Pasep e Cofins), que impõe uma alta imediata em
torno de R$ 0,70/litro dos combustíveis, os GOVERNADORES ESTADUAISquerem por que querem voltar a tributar -combustíveis, gás
natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo,
considerados -BENS ESSENCIAIS-, com as escandalosas alíquotas que vão
de25% a 34% para a gasolina e de 13% a 32% no caso do etanol.
INFLAÇÃO QUALITATIVA
Este tipo
nojento de AUMENTO DE PREÇOS GOVERNAMENTAIS já ganhou fama como
-INFLAÇÃO QUALITATIVA-.Fenômeno estúpido que ocorre quando os
governantes provocam o AUMENTO DOS PREÇOS por força da criação e/ou
elevação de impostos sobre produtos e serviços.
É isto que os
governadores estão querendo, às claras, sem demonstrar o
mínimo remorso. Vejam que em nenhum momento disseram o quanto
arrecadaram a mais, durante a pandemia, por conta da ALTA DO DÓLAR
combinado com o AUMENTO DO PREÇO DO BARRIL DE PETRÓLEO. O que mais
fizeram foi lamentar a perda de arrecadação motivada pela redução das
alíquotas do ICMS para 17 ou 18%. Na real, o que fizeram foi TRIBUTAR A
DESGRAÇA.
A partir de hoje já está aberta uma consulta popular da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica.
Querem ouvir, de todos os consumidores de energia elétrica, se gostariam que a concessionária oferecesse também pagamento da conta mensal de eletricidade pelo Pix, que é essa grande novidade brasileira que outros países estão incorporando, e que deixou os bancos sem a taxa, a comissão de transferência.
Porque só 15% das concessionárias disseram que estão permitindo pagamento por Pix, as outras nem se envolveram nisso.
Então, se essa consulta que vai durar um mês e meio, quarenta e cinco dias, provar a ideia do Pix, a Agência Nacional de Energia Elétrica vai obrigar todas as concessionárias a aceitar pagamento por Pix.
Claro que não exclusivamente, quem quiser continuar pagando por débito em conta, ou qualquer outra forma, pode pagar, está livre.
Mas a concessionária vai ser obrigada a aceitar o pagamento pelo Pix.
Está facilitando a vida das pessoas, assim como abrir empresa. Milhões de brasileiros, que ficaram desempregados na pandemia, abriram milhões de pequenas empresas porque está fácil agora abrir empresa. Era uma tragédia, agora está muito fácil.
E a outra boa notícia nessa área econômica é que de novo baixou o gás de cozinha, a gasolina continuou baixando, o etanol também. Minha mulher mencionou, na última vez que encheu o tanque, que pagou quase R$500 e que agora pagou R$300 ou algo assim, de gasolina. Eu ainda estou pagando caro o diesel.
Mudando um pouco de assunto, naquele discurso de posse da ministra Rosa Weber, no Supremo, como presidente, ela reafirma uma grande vontade de cumprir a Constituição. Óbvio, ela é obrigada a isso, todos nós somos obrigados. Ainda mais ministro de Supremo, que é o guardião da Constituição. E falou também em obedecer ao devido processo legal, reafirmou que o judiciário não age de ofício, ou seja, por iniciativa própria. [a ministra já convocou ministros que desconhecem, ou ignoram, esse 'pequeno' detalhe???]
Aí eu fico esperançoso, ela tem apenas um ano, mas que cumpra isso. Tirando o judiciário dos seus desvios, botando de novo nos trilhos. Porque tem lá um inquérito, que começou com Toffoli, que está baseado no regimento interno, que já foi derrubado.
O artigo em que se baseou pela Constituição de 1988, que obriga a ter Ministério Público em qualquer inquérito.
É essencial, porque se o Ministério Público ou a polícia não tomam iniciativa de um inquérito, um juiz jamais pode tomar a iniciativa, isso não faz sentido.
Com o agravante de que no caso desse inquérito, o juiz é o suposto agredido.
Imagina que coisa incrível, só numa monarquia absoluta seria possível ao rei fazer tudo: é ofendido, investiga, policia, julga, acusa, enforca. O que ela vai fazer em relação a isso?
O devido processo legal que engloba o sistema é o seguinte: quando o acusador, agente do judiciário, cuja função é acusar,não encontra nenhum crime num determinado inquérito, e avisa a juíza que não vai acusar, porque não tem crime, é óbvio que o juiz arquiva, acabou.
Mas um juiz do Supremo não está fazendo isso.
Continua insistindo com processo depois da Procuradoria Geral da República informar que não encontrou crime nos oito empresários que estavam conversando, exercendo seu livre direito, garantido pela Constituição, numa cláusula pétrea, no artigo 5º, no artigo 220, isso é garantido pela Constituição.
Então, eu gostaria muito de saber o que ela vai fazer com isso. Tomara que consiga fazer alguma coisa, porque o ministro Fux, quando tomou posse na presidência, anunciou que o Supremo estava sofrendo críticas, sofrendo uma destruição por ser usado por pequenos partidos sem voto na Câmara e no Senado como instrumento.
Não tem voto na Câmara para resolver, então coloca o Supremo para resolver, e aí se mete numa questão que é política e não é constitucional. E ele não conseguiu, em dois anos.
Ela só vai ter tempo até 2 de outubro do ano que vem, pois ela se aposenta.
Tomara que consiga, mas eu não encontrei no discurso uma firme de vontade de resolver.
O versátil cereal mais plantado do planeta é um caso de sucesso no agronegócio nacional
O milho, o cereal
mais plantado no planeta, dá o que falar, aqui e no mundo. Sua cotação
na Bolsa de Chicago segue com sucessivas altas, junto com a valorização
do trigo, da soja e até do petróleo.
Com diversos usos, o milho é
matéria-prima da alimentação animal à indústria de alta tecnologia.
Mais
de 70% dos grãos são destinados a rações para suínos, aves, gado
leiteiro e até à piscicultura.
E é também matéria-prima para
biocombustíveis.
O milho serve para abastecer os automóveis, graças à
produção de etanol combustível.
Essa novidade do carro movido a milho
cresce no Brasil e também ajuda a aumentar a produção de carne, a
diversificar a agropecuária e a ampliar o desenvolvimento regional!
Apenas 5% do milho produzido se
destina ao consumo humano direto, sob a forma de farinhas, fubás, angu,
mingaus, pamonha, canjica, cuscuz, polenta, cremes, bolos, pipoca ou
simplesmente milho cozido e assado.
Na indústria agroalimentar, ele
entra na composição de biscoitos, pães, chocolates, doces, geleias,
sorvetes, maioneses, uísques e cervejas. A cerveja brasileira contém 45%
de milho, em vez de cevada.
E o milho não é transformado em álcool
apenas na cerveja.
O aumento mundial e generalizado dos
preços dos combustíveis suscitou um interesse renovado pela alternativa
dos biocombustíveis. Países como Índia, China, Indonésia, França e EUA
ampliam o uso do etanol e do biodiesel.
E desenham novos programas
nacionais de produção e utilização dos biocombustíveis.
No Brasil, o
etanol e o biodiesel já são programas consolidados e de sucesso.
O
biodiesel é produzido essencialmente com óleo de soja e sebo de boi.E o
etanol, a partir da cana-de-açúcar.
Desde da década de 1920, o álcool já
era testado como combustível automobilístico. O grande salto ocorreu na
década de 1970, quando havia também uma crise internacional de petróleo.
O Brasil criou o Programa Nacional do Álcool, ou Proálcool,
em 14 de novembro de 1975, pelo Decreto n° 76.593, com o objetivo de
estimular a produção do álcool, atender às necessidades do mercado
interno e externo e a política de combustíveis automotivos. OProálcool abrangeu a produção agrícola, as destilarias, os motores, a frota automobilística, as refinarias e a distribuição.
De 1975 a 2000,foram produzidos
cerca de 5,6 milhões de veículos a álcool hidratado. O programa também
introduziu uma fração de álcool anidro (entre 1,1% a 25%) na gasolina
pura consumida por mais de 10 milhões de veículos. Nesse período,
reduziu as emissões de gás carbônico por combustíveis fósseis na ordem
de 110 milhões de toneladas de carbono e a importação de aproximadamente
550 milhões de barris de petróleo, e proporcionou uma economia de
divisas da ordem de US$ 11,5 bilhões. Por ser menos poluente, a
qualidade do ar de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro,
melhorou muito graças ao uso do etanol nos veículos ou incorporado na
gasolina. Agora, um novo desenvolvimento ocorre nos biocombustíveis
brasileiros: a produção de etanol a partir do milho.
A produção de etanol a
partir do milho traz diversas vantagens. Com 1 tonelada de milho é
possível produzir mais de 400 litros de etanol. Na cana-de-açúcar, são
cerca de 85 litros por tonelada.
Há muito tempo, os EUA produzem
etanol de milho, em grandes quantidades. Mais da metade do etanol do
mundo (55%) é produzida nos EUA. Eles exportam cerca de 5 bilhões de
litros anualmente, inclusive para o Brasil, tradicional produtor de
etanol a partir de cana-de-açúcar.
Aqui, a produção de etanol de milho é
recente.
A primeira usina para produzir etanol a partir de milho
foi instalada em Mato Grosso em 2012. Dez anos depois, 17 usinas de
etanol de milho estão em operação: dez em Mato Grosso, cinco em Goiás,
uma no Paraná e outra em São Paulo. Desse total de unidades em operação,
dez são flex(tanto processam cana-de-açúcar como milho para produzir etanol) e sete são full (processam apenas milho).
A produção de etanol a partir do
milho traz diversas vantagens. Com 1 tonelada de milho é possível
produzir mais de 400 litros de etanol.
Na cana-de-açúcar, são cerca de
85 litros por tonelada.
As usinas de cana-de-açúcar só operam em parte
do ano, a maioria entre maio e setembro.
Quando a colheita da
cana-de-açúcar acontece, a matéria-prima precisa ser logo transportada e
processada na usina.
Não há hipótese de armazenar cana-de-açúcar. Isso
não ocorre com o milho.
O grão pode ser armazenado por longos
períodos. Seu processamento fracionado ocorre ao longo do ano, com
utilização plena dos equipamentos industriais. Em termos comparativos,
uma usina de etanol de milho bem menor em capacidade de processamento
produzirá tanto quanto uma maior de cana-de-açúcar por operar o ano
todo.
E as novas usinas flex,
capazes de produzir etanol de milho e de cana-de-açúcar, trarão novas e
grandes oportunidades, desenvolvimento e transformações regionais.
Com a cana, a usina tradicional
produz ou etanol ou açúcar. Cerca de 140 quilos de açúcar ou 85 litros
de etanol por tonelada de cana. Em geral, com exceção das destilarias,
as usinas destinam aproximadamente metade de sua produção ao etanol e a
outra ao açúcar, com variações em função de preços e mercados.
O processamento do milho para a
geração de biocombustível não elimina a produção de coprodutos de
interesse alimentar.
As usinas de etanol de milho também produzem
bioeletricidade, óleo de milho e, sobretudo, o DDG (Dried Distillers Grains),
composto proteico de grande interesse comercial para uso industrial em
rações animais. Esse coproduto é altamente digestível e palatável nas
rações animais, e ideal para uso em confinamentos.
Com o expressivo aumento na
disponibilidade desse insumo, a tendência é de queda no preço, como
aconteceu nos Estados Unidos. O DDG estará cada vez mais presente nos
cochos dos animais, como fonte proteica e energética em rações e
concentrados.
Por ser a produção do DDG tão
relevante, em diversas regiões tradicionais de produção de grãos em Mato
Grosso,a implantação dessas usinas de etanol atrai a atividade
pecuária, principalmente em confinamentos.
Eles se beneficiam da
proximidade com as unidades processadoras de grãos e algodão.
Valorizam
os resíduos da produção vegetal e da limpeza dos grãos e fibras(restos
de vagens, folhas, capulhos de algodão, etc.) e, sobretudo, esse
coproduto excepcional da produção de etanol de milho pelas usinas, o
DDG. Além de poderem adquirir em excelentes condições o próprio milho e a
soja para compor a alimentação do gado.
Segundo estimativas da União Nacional
do Etanol de Milho (Unem), a produção de etanol de milho deverá superar
4 bilhões de litros nesta safra. Nos próximos dez anos, o país deverá
ter mais nove unidades flex e 24 full. Com os projetos de construção de novas usinas de etanol é possível atingir10 bilhões de litros por safra em 2030, um processamento da ordem de 22 milhões de toneladas de milho.
Para os agricultores localizados em
regiões onde se instalaram as usinas de etanol de milho, estas são mais
uma alternativa interessante de mercado. O milho,até então disputado
internamente pelas indústrias agroalimentares, de ração animal e pelas traders,
a fim de destiná-lo à exportação, passa agora a ser também procurado
pelos produtores de etanol. O segmento do etanol de milho é muito
organizado. E ampliou sua capacidade de armazenagem para garantir a
continuidade na produção de etanol. Muitas usinas já compraram dos
produtores a safra de milho ainda a ser plantada em 2023, para garantir a
produção de etanol e de seus coprodutos.
Outro fator favorável à sustentabilidade do etanol de milho é sua incorporação ao Programa RenovaBio.
Ele busca expandir a produção de biocombustíveis, fundamentada na
previsibilidade e na sustentabilidade ambiental, econômica e social. É
mais um incentivo à descarbonização da economia por meio do uso de
biocombustíveis. O milho colabora na redução das emissões de gases de
efeito estufa e o de segunda safra, dita safrinha, ainda ajuda a acumular carbono nos solos e a limitar a degradação das terras com sua cobertura vegetal no outono e no inverno.
Ocrescimento da produção do etanol de milho e dos coprodutos derivados é mais um caso de sucesso no agronegócio nacional.
Isso produz novas oportunidades na economia, na geração e no
crescimento da renda no campo e no crescimento mais sustentável em
várias regiões do Brasil. Haverá cada vez mais etanol de milho no
mercado. Seu carro será movido, também, por etanol de milho, além do da
cana-de-açúcar. O milho, além de nos alimentar, agora nos move e dá o que falar.
[Tenham presente que se o descondenado fosse eleito uma das suas primeiras metas seria acabar com o agro negócio = transformar o Brasil em uma Cuba, com uma passagem pela Venezuela - o péssimo e que seria uma parada de adaptação para Cuba = o horror.]
Segundo levantamento da ANP, valor do litro no país caiu de R$ 5,89 para R$ 5,74, uma diminuição de 2,5%. Foi o quinto recuo seguido [importante considerar que a redução acima é a quinta; no mês de junho o preço da gasolina no DF, raspava os R$ 8 e agora, após o presidente Bolsonaro tomar as rédeas da situação, é encontrada por até R$ 5,48.]
A queda no preço da gasolina nas refinarias — duas em menos de 10 dias — tem chegado as bombas dos postos de combustíveis. Os preços caíram 2,74% na semana encerrada neste sábado, 30. O valor médio do litro foi de 5,89 reais para 5,74 reais no país. Foi a quinta semana consecutiva na redução dos preços.
O valor é o menor registrado desde julho do ano passado, quando o litro do combustível era encontrado por 5,81 reais, em média.
O etanol também teve redução de 2,5%, passando de 4,32 reais na última semana para 4,21 reais agora. O diesel variou perto da estabilidade, com redução de 0,3% entre a semana passada e essa. A redução foi de 7,44 reais para 7,42 reais.
Quedas
As variações para baixo no preço dos combustíveis tem o impacto da lei que estabeleceu um teto para o ICMS dos combustíveis nos estados e zerou tributos federais até dezembro deste ano.
A redução dos preços tem impacto direto na inflação brasileira, já que os transportes tem o principal preço na cesta de composição dos preços, a frente até mesmo dos alimentos.
Lendo os jornais de hoje me deparei com a notícia da redução do preço do etanol em virtude da perda de mercado para a "concorrência" dos combustíveis fósseis,especialmente a gasolina,forçando os "usineiros" a rapidamente baixar os´preços desse combustível.
A primeira pergunta que se impõe é no sentido de saber qual a razão do etanol ficar sempre "colado" aos preços internacionais dos combustíveis fósseis e às suas intermináveis "crises" mundiais ? Em resumo: o que tem a ver a cana de açúcar, plantada no Brasil, com o petróleo de todos os países produtores, desde o momento em que um é plantado por aqui mesmo, e o outro extraído das profundezas da terra em vários pontos do Planeta? [comentando: dizem as más línguas - não é fake news e sim um mero comentário - que a razão dos preços atrelados decorre da cana de açúcar, quando não vira álcool, é transformada em açúcar - preços em dólar e sempre altos.Se o etanol for pago em real, se torna bem mais vantajoso aumentar a produção de açúcar e reduzir a de etanol. E, infelizmente, não estamos no tempo em que o presidente da República era o general Ernesto Geisel - se ele tossisse e fizesse uma expressão de quero que mais álcool no mercado e a menor preço, o álcool aparecia e o preço caía.]
Mas quem não tem memória curta e já contar com alguns anos de vida deve lembrar da "vigarice" que fizeram com o consumidor brasileiro, desde o momento em que "descobriram", ainda no século "passado",que o etanol, de origem vegetal poderia substituir perfeitamente os combustíveis oriundos do petróleo, com imensas vantagem para o "bolso" do consumidor, o que incentivou "meio mundo" a comprar carros movidos a etanol, somado a outros incentivos agregados, qual não foi a surpresa quando de repente todas as "ex" vantagens desapareceram, com os consumidores totalmente enganados com a migração que fizeram para os carros movidos a álcool. Ou seja: os consumidores foram vítimas de "propaganda enganosa" dos próprios governos,vítimas de "jogo sujo".
É claro que a introdução do sistema "flex" de combustível fez com que desaparecesse o "drama" de escolher um carro movido a gasolina ou etanol. Mas todas as outras "vigarices" persistiram.
O pior para uma economia sonâmbula é a explosão de um posto de gasolina
Ministro se amarrou em convicções inviáveis (a CPMF) e promessas visionárias (zerar o déficit primário ao fim deste ano)
O repórter Ancelmo Gois contou: o ministro Paulo Guedes caminhava pela
orla do Leblon quando foi interpelado por alguns cidadãos. Nada como o
que acontecia a ministros petistas em restaurantes, mas,
compreensivelmente, ele se incomodou: “Na terceira abordagem como essa,
eu largo tudo e vou embora. Aí vocês vão ver o que é bom, como é que
fica.”
Dias depois, o secretário da Receita, Marcos Cintra, foi defenestrado.
Essa era uma pedra cantada, pois o doutor era um monotemático defensor
de uma nova CPMF, mesmo sabendo que o presidente da República detestava a
ideia. O chamado “mercado” fingiu acreditar que o episódio estava
circunscrito a essa divergência, mas o problema ia muito além. Guedes
também foi um defensor do imposto sobre transações e sabia há meses que
essa girafa não passa no Congresso. Até aí, nada demais, desde que o
“Posto Ipiranga”, além de vender a gasolina da CPMF, venda também
diesel, etanol, aditivos, refrigerantes e Aspirinas.
Só Guedes sabe o tamanho do seu desconforto, mas a pior coisa que pode
acontecer a uma economia sonâmbula é uma explosão de posto de gasolina,
porque irá junto o quarteirão: “Aí vocês vão ver o que é bom, como é que
fica.” Fica ruim, mas foi Guedes quem se amarrou em convicções inviáveis (a
CPMF) e promessas visionárias (zerar o déficit primário ao fim deste
ano). As calçadas do Rio têm história. Guedes rogou sua praga a poucas
centenas de metros das areias onde, num fim de semana de agosto de 1979,
apareceu a alva figura do professor Mário Henrique Simonsen, que
acabara de se libertar do Ministério da Fazenda do general João Baptista
Figueiredo.
Simonsen nunca ameaçou. Avisou que ia embora no dia 2, chamou o caminhão
da mudança, demitiu-se no dia 9, tomou o avião e foi para a praia. Essa é a liturgia da saída, mas desde que o país voltou à democracia,
sabe-se que a questão está sobretudo na liturgia da entrada de um novo
ministro. Paulo Guedes é o 20º ministro da Economia desse período. Três
deles foram marcantes (Fernando Henrique Cardoso, Pedro Malan e Antonio
Palocci). Somados, ficaram 12 anos na cadeira. Dos 17 outros, alguns
tinham uma perigosa característica: pouca biografia para o cargo e muita
confiança pessoal do presidente que os escolheu. É aí que mora o
perigo. Ao mandatário, pareciam a melhor solução para a hora, sobretudo
porque não lhe trariam maiores problemas. Basta olhar para trás e lá
está a ruína que produziram.
A ideia segundo a qual os ministros são sábios que sabem fazer contas é
uma lenda urbana. Para ficar num exemplo estrangeiro e passado, durante
alguns anos da Depressão do anos 30 o mundo parecia estar nas mãos dos
três gênios que comandavam as economias de Inglaterra, Estados Unidos e
Alemanha. O único que tinha a cabeça no lugar era o nazista Hjalmar
Schacht. O americano Benjamin Strong estava mal de saúde, pendurado em
doses de morfina. O inglês Montagu Norman achava que tinha o poder de
atravessar paredes. Doidos existem, e conseguem ser convincentes,
sobretudo quando do outro lado do balcão está alguém que se sente
pressionado por maus números e pela falta de projeto. Nessa hora,
tentam-se até rezas ou poções.
Acordo com a União Europeia tira o Mercosul do isolacionismo e significa a vitória da ala pragmática do atual governo
É uma grande vitória o acordo comercial União Europeia e Mercosul. Ainda
é rascunho, os detalhes são pouco conhecidos, mas a dimensão política
de um aprofundamento das relações com a Europa é forte. Vai demorar
ainda uns dois anos, segundo fontes do próprio governo, para virar
realidade. Há o processo de fechamento dos textos, traduções em todas as
línguas e aprovação pelos parlamentos. Mas o efeito na expectativa
acontece já e vários fatores ajudaram a levar a esse momento, que é
histórico.
Os analistas de fora do governo explicam que as negociações foram
retomadas durante o governo Temer, nas gestões de José Serra e Aloysio
Nunes no Itamaraty, depois de uma longa hibernação nas administrações
Lula e Dilma. Negociadores do atual governo, com quem eu falei, defendem
que o desfecho só foi possível agora porque houve um alinhamento entre a
política econômica e a política comercial, quando as duas áreas
passaram a fazer parte do mesmo ministério.
Um acordo dessa complexidade não se faz em apenas seis meses,
evidentemente. Mas o que se diz no governo é que as concessões em áreas
como propriedade intelectual, regra de origem e navegação de cabotagem
permitiram o salto que levou ao acordo. E que isso só foi possível
porque naArgentina o governo é de Mauricio Macri, e porque aqui venceu a
ala mais pragmática da atual administração.— Não é só um acordo de livre comercio, é um acordo de associação
econômica. Então ele tem aspectos de investimentos, de serviços
financeiros, de padrões ambientais. É uma grande vitória de uma vertente
mais pragmática sobre a área mais protecionista, mais isolacionista,
que não quer se vincular a regras internacionais. E foi uma loucura o
trabalho técnico. Estamos falando de 92%, 93% de toda a economia do
Mercosul e da União Europeia. São dezenas de milhares de produtos e
serviços e para cada um deles é uma regra diferente — me disse um dos
negociadores brasileiros.
Em linhas gerais, haverá dois tempos de redução de tarifas. Um mais
rápido para eles, um mais demorado para nós. Há produtos em que a tarifa
irá a zero em três anos nas exportações nossas para eles. Mas nas
importações o prazo será de dez a doze anos. Portanto, é uma abertura
com gradualismo. Nas commodities agrícolas nós teremos que aceitar as
cotas, mas dentro delas a tarifa será zero. Ou seja, até um certo volume
de vendas, não se pagará tarifa. Já é assim em alguns produtos, como
carne bovina e frango, mas essa limitação quantitativa será muito
alargada. Houve avanços em vários produtos como açúcar, etanol e suco de
laranja.
O embaixador Rubens Barbosa lembra que as primeiras conversas começaram
em 1995, mas ao longo do tempo, principalmente nos governos do PT, o
assunto ficou em banho-maria. As conversas foram retomadas há três anos e
tiveram um salto agora, o que ele comemora. — Termina um período de isolamento do Brasil e do Mercosul que durou 20
anos. Só fizemos acordos com Israel, Egito e Autoridade Palestina. Agora
estamos fechando um acordo com o segundo maior parceiro comercial, um
bloco de 27 países. Isso é muito relevante. O Brasil precisa acelerar as
reformas que nos tornem mais competitivos. O mercado está lá, mas o
Brasil precisa ter produto e também tem que ter preço — diz ele.
Na CNI a reação foi positiva, ainda que até recentemente a indústria
tenha mostrado preocupação em relação à entrada de produtos
remanufaturados.
— Essa é uma indústria deles que está com um volume muito grande. Nós
não queríamos que entrassem remanufaturados que não atendessem às nossas
especificações técnicas. Esse produto é, por exemplo, um motor que dura
dez anos anos, estraga, devolve-se para a fábrica e ela reaproveita as
partes que estejam boas e refaz um produto com um tempo menor de vida.
Pedimos para isso não entrar. E fomos ouvidos. A redução das tarifas dos
produtos industriais será devagar e isso vai nos dar mais acesso a
tecnologias — diz Carlos Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial
da CNI.
Muitos eventos ajudaram a esse desfecho. Um deles, o fato de que houve
eleições recentes na Europa e muitos comissários estão terminando seus
mandatos. Era a chance de deixar uma marca. E esse acordo para eles é o
segundo mais importante depois do que foi fechado com o Japão. Assim, a
Europa também responde à política comercial protecionista e de conflito
do governo Trump.
Estímulo monetário se transmite à economia da forma esperada
O Banco Central investiga as causas do baixo crescimento da economia. O
diagnóstico final não é para agora - dependerá do exame de dados que
serão divulgados ao longo do tempo. Quando ficar pronto, terá um peso
importante na definição da direção da taxa básica de juros, hoje fixada
em 6,5% ao ano. Para fins de entendimento, é útil dividir os estudos do Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC em dois grupos. Um deles procura
verificar se os choques que atingiram a economia no ano passado levaram a
uma desaceleração temporária da atividade. O outro tema é observar se
os estímulos monetários injetados pelo BC entre 2016 e 2018 estão se
transmitindo à economia pelos canais esperados.
A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, de 1,1%, ficou abaixo
do 1,3% previsto pelo Banco Central. A autoridade monetária rebaixou a
sua projeção de expansão do PIB para 2019, de 2,4% para 2%. Além disso,
reconheceu em documentos oficiais que "indicadores recentes de atividade
econômica apontam ritmo aquém do esperado".A avaliação do BC, porém, é que, apesar de tudo, a economia segue se
recuperando num ritmo gradual. As projeções do BC e dos analistas
econômicos do mercado para a expansão do PIB de 2019 foram reduzidas
basicamente para se adequar ao fato de que, no ano de 2018, a economia
terminou em um nível mais baixo - o que se chama tecnicamente de efeito
carregamento. O Banco Central e o mercado, segundo essa linha de
raciocínio, teriam mantido suas previsões para a expansão da economia
trimestre a trimestre. Um dado ilustrativo é que, ao mesmo tempo em que
reduziu de 2,5% para 2% as projeções de crescimento para 2019, o mercado
financeiro elevou de 2,5% para 2,75% a projeção de expansão para 2020.
Apesar de ter ratificado que a economia segue se expandindo num ritmo
gradual, o Copom indicou que está aberto a mudar de opinião. Por isso
vai se dedicar, durante um período que extrapola o curto prazo, a fazer
estudos e observar as novas informações. Uma tese do BC que deverá ser testada é se, de fato, o crescimento
abaixo do esperado em fins de 2018 e começo de 2019 é reflexo de choques
e incertezas que atingiram a economia brasileira no ano passado. A
lista de fatores é imensa:o estresse no mercado provocado pela processo
de alta de juros nos Estados Unidos; a greve dos caminhoneiros; a crise
que afetou a Argentina; as incertezas das eleições presidenciais; e a
desaceleração da economia mundial.
Ao longo do tempo, o BC tem se empenhado em estimar, quantitativamente,
os efeitos de alguns desses eventos na economia. Há um ano, o Copom
divulgou um estudo no seu Relatório de Inflação tentando destrinchar
como episódios de incerteza econômica afetam a inflação. O modelo
econômico apresentado explora dois canais: a alta do dólar leva a uma
pressão inflacionária quase imediata; mas num prazo mais longo ocorre um
pequeno efeito desinflacionário, refletindo os impactos das incertezas
sobre a atividade.
Gráficos apresentados nesse estudo mostram uma relação inversa entre
dois indicadores, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) e
o Indicador de Incerteza Econômica (IIE-Br). A relação é a esperada e
um tanto óbvia - a incerteza leva a maior capacidade ociosa -, mas o
estudo ainda assim é relevante para explorar a intensidade e as
defasagens com que esses fenômenos ocorrem, dois aspectos importantes
para cálculos sobre como a política monetária deve reagir. A indústria foi, do lado da oferta, uma das maiores frustrações no
desempenho da economia em 2018. O ano começou bem, com um crescimento de
4,5% no primeiro trimestre, mas o quadro mudou em meados do ano. Um
evento importante foi a greve dos caminhoneiros, que levou a uma forte
queda na produção em maio, seguida de uma alta em junho. Mas, a partir
daí, o desempenho foi frustrante, chegando no ultimo trimestre com uma
expansão de 1,8%.
Outro estudo, publicado na edição do Relatório de Inflação divulgado há
duas semanas, tenta entender como dois fatores em especial prejudicaram o
desempenho da indústria em 2018 - a crise na Argentina e a decisão dos
produtores de destinar a cana-de-açúcar à produção de etanol em vez da
de açúcar.O BC estima que a queda das exportações para a Argentina teve
um impacto de 0,38 ponto percentual sobre a indústria; a destinação da
cana para o etanol em vez de açúcar teve um impacto de 0,58 ponto. O BC
diz que esse eventos não explicam toda a frustração da indústria, mas
têm um peso relevante.
Ao mesmo tempo em que junta indícios de que o baixo crescimento recente
pode estar influenciado por choques e incertezas, que tendem a afetar a
economia de forma temporária, o Banco Central tem colhido sinais
convincentes de que o estímulo monetário tem se transmitido. No Relatório de Inflação, o BC informa que aumentou a sua projeção para a
expansão do estoque de crédito em 2019, de 6% para 7,2%. A alta será
particularmente mais acentuada no segmento de crédito livre, com um
avanço de 12,5%, ante 10,5% estimados em dezembro. Essa é a parte do
mercado mais sensível aos estímulos monetários. As famílias passaram por
um processo de desalavancagem e suas dívidas são historicamente baixas.
O BC não divulga projeções sobre o crescimento das concessões de
crédito, cuja velocidade de crescimento tem oscilado mês a mês. Mas, na
apresentação do Relatório de Inflação, o diretor de política econômica
do BC, Carlos Viana de Carvalho, destacou a tendência de aumento das
concessões dessazonalizadas desde o começo de 2017. Outro fator de sustentação do PIB que tem sido citado pelo Banco Central
é o aumento da massa salarial real. Embora o crescimento do nível de
emprego tenha sido mais baixo, houve uma contribuição importante dos
baixos níveis de inflação.
O BC, porém, pode estar enganado no seu diagnóstico sobre a atividade.
Nessa hipótese, os sinais são de que cortará mais os juros, se os demais
condicionantes da política monetária permitirem: expectativas de
inflação, balanço de riscos(incluindo a reforma da Previdência e o
ambiente externo)e projeções de inflação.
No país, o litro do combustível teve aumento de
5,36%
Os preços
do óleo diesel nos postos do Brasil aumentaram, em média, 5,36% nesta semana.
Esse impacto nas bombas ocorreu mesmo após a Petrobras ter reduzido os preços
de venda do produto em 10% em suas refinarias, desde o último dia 25. Segundo
dados da pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na semana
de 13 a 19 de maio, o óleo diesel era comercializado a R$ 3,595 nos postos. Já
no período entre 20 a 26 de maio, o preço passou para R$ 3,788: quase R$ 0,20 a
mais.
Em nível
estadual, o combustível também apresentou aumento no Rio nesta semana. O
diesel, que até 19 de maio era comercializado a R$ 3,748, passou a ser vendido
por
R$ 3,888: um aumento de 3,73%. A
Petrobras também vem anunciando reduções diárias nos preços da gasolina desde o
último dia 23. O combustível, desde este sábado, dia 26, está sendo
comercializado a R$ R$ 2,0096, o litro, nas refinarias: uma redução de 0,31% em
relação ao valor anterior, R$ 2,0160. Entretanto, na semana de 20 a 26 de maio,
o combustível apresentou aumento nas bombas, a nível nacional.
A
gasolina era vendida a R$ 4,284, mas foi comercializada a R$ 4,435 na semana
que se encerrou neste dia 26. Essa alteração representou um aumento de 3,52%. No Estado
do Rio, a situação não era diferente. o preço subiu de R$ 4,765 para R$ 4,435:
elevação de 1,55% no preço pago pelo consumidor. Por sua
vez, o etanol teve alta em nível nacional, mas queda no Estado do Rio. No país,
o combustível foi de R$ 2,784 para R$ 2,818: aumento de 1,22%. Já no Rio, a
situação foi o inverso. O etanol caiu de R$ 3,533 para R$ 3,483: diminuição de
1,41% no preço na bomba.
ACORDO
ENTRE GOVERNO E GREVISTAS
Uma das
questões acertadas no acordo feito na última quinta-feira, entre o governo e
representantes dos caminhoneiros, foi a garantia de que os preços do diesel
passariam a ter reajustes, nas refinarias, a cada 30 dias. A Petrobras
também se comprometeu em manter os atuais preços durante 15 dias, o que
representará uma perda na receita da companhia da ordem de R$ 350 milhões. Ao
fim desses 15 dias, a estatal voltaria a praticar sua política de preços de
revisões diárias, cujos valores serão contabilizados para ressarcimento pelo
governo a cada 30 dias.