Bernardo M. Franco
Queriam que os policiais morressem?
MASSACRE [sic] NO JACAREZINHO - Sigilo para a matança
No Brasil o bandido tem direito a sair para o trabalho e o de não ser molestado com perguntas incômodas da policia;
FELIZMENTE, os policiais começam a exercer o direito de após o trabalho VOLTAR PARA CASA.]
O ataque ao Judiciário está em sintonia com a ocultação dos registros do massacre. São dois lances de uma queda de braço que opõe a polícia fluminense ao Supremo Tribunal Federal. Em junho de 2020, o ministro Edson Fachin decidiu que as operações em favelas só poderiam ocorrer em “hipóteses absolutamente excepcionais”, com justificativa ao Ministério Público. A liminar foi confirmada pelo plenário da Corte, mas não mudou as práticas da polícia por muito tempo.
Nos últimos meses, a decisão passou a ser ignorada e a violência
voltou a escalar. A operação no Jacarezinho foi batizada de “Exceptis”,
numa provocação explícita ao tribunal. [a certeza exposta na conclusão, acima destacada, recomenda ler: 'excesso de certezas' - O Globo] “A polícia adotou uma atitude de desafio à autoridade do Supremo”,
avalia o professor Daniel Sarmento, autor da ação do PSB que resultou na
decisão de Fachin. Na quinta-feira, ele pediu à Corte que derrube o
sigilo sobre os relatórios da polícia. “A Lei de Acesso à Informação afirma que não pode haver sigilo em
casos de violação de direitos humanos. As investigações desses episódios
têm se revelado muito ineficazes. A imprensa e a sociedade civil
precisam de meios para ficar de olho”, afirma. “Existe um claro conflito de interesse quando a Polícia Civil, que
investiga se os próprios agentes violaram a lei, decide decretar sigilo
de informações sobre a operação”, apontou a ONG Human Rights Watch.[essa ONG tão preocupada com a possibilidade de que direitos humanos de bandidos sejam desrespeitados, deveria gastar suas energias e recursos cuidando dos direitos humanos dos palestinos abatidos por Israel; os direitos dos bandidos do Brasil - os conhecidos direitos dos manos - deixem por conta do Brasil = é assunto interno nosso.]
A afronta ao Supremo pode ter sido a menor das ilegalidades no Jacarezinho. Segundo a Defensoria Pública e a Comissão de Direitos Humanos da OAB, há fortes indícios de execuções extrajudiciais, abusos contra presos e destruição de provas. [os dois órgãos citados são conhecidos pelo péssimo hábito de valorizar indícios = quando tal conduta é conveniente para defender bandidos e acusar a polícia.
Já para prender um bandido, ainda que em flagrante, provas são transformadas em rumores e tudo vale para manter o bandido livre. Esquecem que o inquérito está sendo acompanhado pelo Ministério Público e que a mídia, ainda que a contragosto teve que admitir o uso de vídeo com imagens de uma ação policial realizada no RS para TENTAR tumultuar a perfeita operação da Polícia Civil do Rio.]
Em nota técnica enviada ao Supremo, advogados da Rede Liberdade listam ao menos oito irregularidades na operação. O documento também aponta falhas do MP no controle externo da atividade policial. “A cada dia que passa, verificamos mais fragilidades em tudo o que a polícia alegou”, diz o advogado Felipe Freitas, um dos autores da nota. “O que aconteceu no Jacarezinho não foi uma operação policial. Foi uma chacina praticada por agentes do Estado”, conclui.
Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo