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domingo, 7 de fevereiro de 2021

DESCULPAS? DESMERECEDORA DE CRÉDITO! - Alex Pipkin, PhD

O grande e educativo programa filosófico da Rede Bobo, BBB - BANDO DE BOÇAIS BRASILEIROS, decretou definitivamente o fim da tóxica masculinidade.  Eu não assisto, já estou bem crescido, e invisto meu tempo naquilo que presta para algum proveito de aprendizagem e de sabedoria. Recebi um post, demonstrando que um homem neste programa, declarou a sua vergonha e a sua culpa por simplesmente ter nascido homem.

Sim, não dá pra reinventar a roda biológica, nasce-se homem ou mulher. Ponto final.

A pós-modernidade “sadia” sofre de uma severa crise patológica, obsessiva pela mentira e pelo desapego a ciência.  A burrice aguda assola o mundo e o nosso país. Poucos sabem que a humanidade nasceu matriarcal, mas foi devido a própria genética, determinante da divisão dos papéis sociais, exatamente a capacidade física - embora alguns argumentem que em machos e fêmeas no mundo animal tais diferenças não sejam tão acentuadas - que os homens foram mesmo para o combate, lutando contra invasores rivais e protegendo seus territórios.  
As deusas mulheres tinham geneticamente outros papéis importantes.

No período dessas deusas mulheres, parece brincadeira, mas não o é, os homens eram meros reprodutores. Na busca de reinventar o mundo, “progressistas”, feministas - ou melhor feminazes - e fanáticos doutrinários, aludem a consciência sexual, por meio da construção social do gênero e de sua identidade, que passam a ser vistas como uma imposição cultural.
Gritos ecoam na sagrada direção de libertar as mulheres da 

opressão e da escravidão!
Neste contexto doentio, todo o homem é um potencial predador sexual, um irracional, um insensível e um ser extremamente perigoso.

Os engenheiros sociais, desaculturados, rejeitam ferozmente as virtudes masculinas forjadas pelos genes, tais como a coragem, a resistência e a valentia militar, e agora querem a imposição de hábitos e de atitudes mais “suaves” nos grotescos homens. Que loucura, perdeu-se a razão; mergulhamos no mundo da pós-verdade, em que tudo se metaformoseou para o terreno destruidor da hipócrita e da fanática ideologização dos gêneros. Nesse pântano de falsos selfs, a construção vai além da eliminação do masculino, e do próprio feminino - nem se precisa mais de reprodutores -, o moderno e legal nesse mundo factoide é o vale tudo sexual, holofotizado nas telinhas.

Claramente eu percebo um borramento das diferenças entre os indivíduos; sendo que as peculiaridades dos universos masculino e feminino tornaram-se afrontas para aqueles que pregam a utopia da uniformidade. O que se deseja é uma igualdade que desconhece as naturais características distintivas entre nós, justamente aquilo que nos torna mutuamente desejáveis. Evidente, esses ignaros não percebem que o desejo entre homens e mulheres é muito mais amplo do que o mero ato sexual.
Ei, mulheres, reprodução é vital, mas os homens também servem para outras coisas...

O homem “bom” é o que precisa desculpar-se por ser homem, ninguém mais parece atribuir valor àquilo que mais conta, a dignidade e o caráter do ser humano, independentemente do gênero. E para o espanto dos “machistas” como eu (risos), toda a massa aplaude efusivamente o fim da natureza e da biologia humana.
A massa não pensa e o extremismo que quer apagar o masculino do mapa, é burro e doentio! Somos todos seres humanos, e como tal agimos como seres morais.

Precisamos moldar os relacionamentos e nos entendermos com base nas virtudes da razão, da dignidade e da bondade racional, a fim de humanizar as relações humanas nos campos social e do trabalho. A tentativa de aniquilar um lado (genuinamente os dois), conduz unicamente ao caos social - já que biologicamente é impossível - e ao abismo destruidor. Há homens e homens, assim como mulheres e mulheres!
Será que não se compreende que a cortesia masculina nada tem a ver com gênero, ela é humana??

Pois eu continuarei acreditando na razão, na dignidade das diferenças, e na cortesia, sem ceder um milímetro às pressões sociais desses construtores sociais do radicalismo e da destruição.
Como ser pensante, livre, racional e HOMEM, qualquer pessoa com um mínimo de consciência sabe que pedir desculpas por quem se é, além de ser rotunda hipocrisia é a máxima negação de si. Tenho dito.

Transcrito do site Conservadores e Liberais - Alex Pipkin, PhD  
 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Não é só tara. É sobre poder

O poder sempre inebriou os homens. O que mudou foi a coragem e a posição das mulheres na sociedade 

Não sei se é preciso ser mulher para se enojar com os relatos das atrizes de Hollywood sobre os métodos de seleção do poderoso produtor de cinema Harvey Weinstein, bilionário aos 65 anos. Ao ler em detalhe os depoimentos das vítimas de Weinstein, todas no viço dos 20 anos quando foram atacadas pelo predador sexual grande e forte, pensei: quando chegará o momento de desmascarar os tarados poderosos no Brasil? Por enquanto, só quem ejacula em ônibus acaba preso.

O primeiro sentimento é de incredulidade. Como esse cara ficou décadas assediando e estuprando moças – e continuou a ser mandachuva em Hollywood? O “sistema” fecha os olhos a homens que usam o poder para atacar mulheres entre quatro paredes. Weinstein não era muito criativo, repetia o padrão. Chamava a aspirante a atriz para uma festa ou uma reunião de negócios imaginária, convidava uma executiva de sua empresa para estar presente por minutos como álibi, inventava uma desculpa para mostrar cenas em seu quarto de hotel.

Partia para o ataque deprimente: dizia que precisava de uma massagem, jogava seu peso físico e profissional sobre as mulheres, tentava tirar a roupa delas, tomava ducha com porta aberta, ficava pelado só com roupão ou já as recebia no quarto com esse figurino, fazia ameaças verbais ao futuro delas, dizia que todas transavam com ele, pegava o rosto delas e empurrava para baixo, exigia sexo oral. Muitas lutaram com ele. As que cediam se sentiram degradadas depois. Um áudio divulgado pela polícia de Nova York revela sua pressão nojenta para tocar os seios de uma modelo de 22 anos. Quando elas se trancavam no banheiro ou tentavam fugir, Harvey Weinstein se masturbava na frente delas. Algumas abandonaram o cinema, por pensar: “É assim?”.

Depois que o jornal The New York Times e a revista New Yorker divulgaram os métodos de Weinstein, aconteceu algo parecido ao que, no Brasil, acabou levando à prisão o médico estuprador Roger Abdelmassih. Uma onda. Começaram a chover os depoimentos de atrizes assediadas ou estupradas pelo produtor. Gwyneth Paltrow, Ashley Judd, Mira Sorvino, Angelina Jolie, Rosana Arquette, Léa Seydoux, Kate Beckinsale, Cara Delevingne são algumas das dezenas que denunciaram Weinstein.

O que faziam elas? Umas, nada, com medo que ele desse um fim a suas carreiras. Só o evitavam. Weinstein produziu filmes que renderam Oscar, como Shakespeare apaixonado, O artista, O paciente inglês. Ele era uma espécie de patrono para diretores como Quentin Tarantino e Steven Soderbergh. Algumas vítimas o denunciavam em particular – Gwyneth contou a seu então namorado, Brad Pitt, e ele confrontou Weinstein. Ela e outras receberam de Weinstein telefonemas ameaçadores. “Cale a boca, pare de falar no assunto.” Ou sutis: “Está precisando de algo?”. Algumas levaram a denúncia a canais oficiais. A resposta foi o silêncio. E houve as que fizeram acordos milionários com advogados do produtor, que tentavam evitar um escândalo.


A versão de Weinstein: “Relações sexuais sempre foram consensuais”. Depois, pediu desculpas “sinceras” publicamente por traumas provocados por seu “comportamento inadequado”. Também atribuiu seus avanços sexuais à “cultura dos anos 1960 e 1970”, quando “as regras eram diferentes de como se portar em lugares de trabalho com mulheres”.

Hã? Não parece ter convencido sua linda mulher, a estilista de 41 anos Georgina Chapman, mãe de seus filhos de 4 e 7 anos. Georgina anunciou a separação: “Meu coração está dilacerado por todas essas mulheres que sofreram uma imensurável dor por causa dessas atitudes imperdoáveis”. Weinstein agora se diz “devastado”, promete buscar terapia e pede “uma segunda chance”.


Não é um fenômeno só de Hollywood. Nem de democratas ou republicanos. Bill Clinton conseguiu sexo oral com estagiária no Salão Oval da Casa Branca. Sua mulher, Hillary, continuou a seu lado. Donald Trump é comparado a Weinstein nos métodos e na prepotência. Um áudio de Trump vazou na campanha eleitoral: “Quando você é poderoso, elas deixam você fazer tudo. Agarrá-las pela x...ta”. Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos e sua mulher, Melania, continua a seu lado. Não é só nos Estados Unidos. No Brasil, a seleção de jovens atrizes foi batizada de “teste do sofá”.

Weinstein foi demitido de sua própria empresa. Pode ser banido da indústria cinematográfica. Caiu em desgraça. Poderia ser condenado a 25 anos de prisão se comprovadas as denúncias. Mas isso não acontecerá. O poder sempre inebriou os homens. Conhecemos várias histórias de assédios, também em redações de jornais e revistas. Não mudaram as regras. O que mudou foi a coragem das mulheres. E a posição delas na sociedade. Que se inspirem nos chefes corretos e não abusem de ninguém – moral ou sexualmente.


Fonte: Ruth de Aquino - Época

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