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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Advogados de Dilma se movimentam ante a possibilidade de prisão e Yo no creo en brujas

Dilma Rousseff corre o sério risco de ter sua prisão preventiva decretada.

É um fato real, que, inclusive, provocou uma nota de Mônica Bergamo, a jornalista que funciona como uma espécie de porta voz do petismo.

Os advogados da ex-presidente estão preocupadíssimos.

Na nota, Bergamo informa que esta semana foi apresentada perante a Justiça uma petição que demonstra o caráterpreventivo” da defesa da ex-presidente ante a possibilidade de “medidas cautelares mais drásticas”, leia-se decretação da prisão preventiva.

Na missiva, os advogados insistem e reiteram que Dilma Rousseff está “à integral disposição para prestar qualquer esclarecimento ou ser ouvida sobre qualquer processo ou investigação criminal”.  O medo advém da delação de Antonio Palocci.

Embora ainda mantida sob sigilo, é sabido que foi devastadora para a ex-presidente, revelando inúmeras falcatruas ocorridas durante os seus mandatos.
 
 Otto Dantas - Articulista e Repórter

Site: A Verdade Sufocada  

[Nota e comentário do  secretário de Segurança do Estado, general Richard Nunes, sobre a interferência da Polícia Federal, ainda sob o comando do futuro ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, nas investigaçãos do caso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson:
"A Polícia Federal já ofereceu ajuda nas investigações sobre o crime e conseguiu recentemente ter acesso às investigações da polícia fluminense.

Nesta semana, o secretário de Segurança do Estado, general Richard Nunes, criticou a iniciativa da PF, afirmando que 'muito ajuda quem não atrapalha' e que há muita gente buscando holofote no caso Marielle"]


Mais detalhes, clique aqui

Yo no creo en brujas

O problema é a desilusão que Bolsonaro pode causar


Há quem acredite em médiuns. Houve quem acreditasse em João de Deus. Há quem acredite em salvadores da pátria. E houve quem acreditasse em mitos. Enganar crédulos é tarefa aparentemente fácil, sobretudo quando para estes resta pouca ou nenhuma esperança. Seja qual for a dor, do corpo ou do espírito, haverá sempre quem se apresente com a fórmula mágica para curá-la. Foi assim que o canastrão de Abadiânia enganou milhares de pessoas por 40 anos, oferecendo soluções “milagrosas” para doenças que a medicina e a ciência não conseguem curar. Em troca de apalpadelas aqui e ali.

João de Deus construiu uma reputação de tal maneira sólida que mesmo os que ouviam insistentes rumores de que ele abusava de pacientes preferiram não acreditar. Por isso, também centenas de vítimas do médium sentiam-se pouco à vontade para denunciá-lo. O caso dele se assemelha ao do czar da fertilização, o médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de cadeia pelo estupro de algumas dezenas de pacientes. Famoso, respeitado como o João de Abadiânia, o Roger de São Paulo só foi desmascarado quando a primeira paciente veio a público denunciá-lo. Depois, encorajadas, surgiram dezenas.

No plano político ocorreu o mesmo com o ex-presidente Fernando Collor, que encantou o Brasil anunciando que limparia o país de funcionários públicos com supersalários.

(...)
 
 Antes de tomar posse, já se viu enredado na questão dos repasses do assessor de seu filho Flávio Bolsonaro com dinheiro coletado de outros funcionários do gabinete. [até o presente momento não existe a mais remota prova que Bolsonaro esteja enredado ou mesmo seu filho - o autor das chamadas movimentações atípicas é a única pessoa que pode esclarecer ou mesmo enredar alguém e ainda não prestou depoimento.]  Se fosse só o filho, já seria grave, mas parte desse dinheiro foi parar na conta da sua mulher, o que é gravíssimo. [para esta frase,  favor considerar o comentário acima.]  Há pouca coisa mais velha na velha política que Bolsonaro jurou combater do que desviar recursos de funcionários de gabinete parlamentar. Parece que foi isso o que Flávio Bolsonaro fez usando como repassador o policial militar Fabrício de Queiroz, que contratou como motorista mas que remunerava como assessor. [é prática corrente nas Assembleias e em muitos outros órgãos públicos pessoas sejam contratadas com o cargo de 'assessor' e exerçam funções que nada tem a ver com assessoria;
dessa prática imoral, mas, não ilegal, é que surgiu o cargo de ASPONE = assessor de porra nenhuma.] A prática funciona assim: um servidor designado pelo parlamentar cobra parte do salário dos demais servidores e repassa os recursos arrecadados para o chefe. Uma prática ilegal e imoral empregada em larga escala no Congresso e nas Assembleias, principalmente pelos parlamentares do baixo clero.

MATÉRIA COMPLETA, Ascânio Seleme em o Globo



 


 

 

sábado, 14 de outubro de 2017

Do fundo do baú: um pouco sobre a mulher que largou tudo para viver com o ex-médico e sempre monstro Roger Abdelmassih

“Larissa também é vítima de Roger Abdelmassih”, diz ex-paciente

Esposa do médico escreve artigo criticando mulheres que se trataram com especialista em reprodução. Líder de grupo que ajudou a capturar fugitivo afirma que ex-procuradora ainda está "encantada" 

A estilista Vanuzia Lopes, líder do grupo Vítimas Unidas, que reúne pacientes do ex-médico Roger Abdelmassih, disse considerar a ex-procuradora Larissa Sacco mais uma das vítimas do especialista em reprodução assistida. A declaração a VEJA SÃO PAULO foi dada após Vanuzia tomar conhecimento do artigo publicado por Larissa na edição desta quinta (2) no jornal  Folha de S.Paulo. No texto, Larissa afirma ter certeza da inocência do marido e diz que as mulheres estãoenvaidecidas por se dizerem vítimas de Roger”.

“Considero Larissa uma vítima e me preocupo. Roger é um psicopata, que costuma seduzir as pessoas. Ela e a família estão encantadas”, disse a estilista. Vanuzia afirma não ter raiva de Larissa, apesar de ela ter ajudado na fuga do ex-médico. “Tenho o maior carinho por ela. O dia em que ela cair na real vai sofrer muito. Todas nós do grupo estamos dispostas a acolher.”   

O artigo de Larissa foi publicado no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça analisa o recurso da defesa do ex-médico, que pede a anulação da decisão de 2010 que o condenou a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 mulheres. Em seu texto, a ex-procuradora conta que conheceu o marido em 2005, quando tentava engravidar de um ex-namorado. O relacionamento com Abdelmassih só começou em 2008. 

Larissa disse que em nenhum momento houve assédio por parte de Roger. “Caso eu tivesse sido tolhida em minha liberdade sexual, além de não ter me casado com Roger, não teria permanecido um minuto a mais próxima a ele”, escreveu, colocando em dúvida os depoimentos das vítimas. “Essa certeza traz-me à mente uma indagação que me acompanha desde 2009: por que mulheres, hoje envaidecidas ao se dizerem vítimas de Roger, voltaram a visitar várias vezes aquele que afirmam que foi seu algoz? Isso sucedeu com a grande maioria das vítimas.”

Ex-procuradora da República, Larissa Maria Sacco, de 37 anos, largou tudo para fugir com o ex-médico; casal tem dois filhos

 Larissa Sacco, de 37 anos, não é uma mulher que passaria despercebida em uma multidão. Jovem e bonita, ela é dona de longos cabelos acastanhados, figura bem ajambrada e um rosto publicado em grande parte da mídia brasileira desde 2010, quando se casou com Roger Abdelmassih, de 70 anos.


Acompanhada dos filhos gêmeos de 3 anos, frutos da união com Abdelmassih, ela pode ter permanecido no país vizinho, onde ingressou utilizando documentação válida; ter voltado para o Brasil, onde o marido cumprirá pena por 48 estupros de 37 mulheres; ou fugido para localização ainda não determinada. Até esta quinta-feira (21), as autoridades não sabiam informar sua localização.

A Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal, no Brasil, emitiu nesta quinta-feira um alerta para busca e localização de Larissa Sacco.

Histórico brilhante
Formada em Direito, Larissa iniciou a carreira no Ministério da Fazenda em São Paulo. Mais tarde, foi aprovada com uma das melhores notas no concurso do Ministério Público Federal. Alocada em Dourados, em Mato Grosso do Sul, pelo trabalho, ela logo conseguiu transferência para Assis, no interior de São Paulo, a 287 quilômetros de Jaboticabal, sua cidade natal.

A advogada abandonou a carreira pública para ficar com o ex-médico. Segundo depoimento de Abdelmassih, Larissa teria sugerido que a família fugisse para o Paraguai.

Roger Abdelmassih: traído pela ostentação no Paraguai

 Larissa Sacco: “Ele é meu primeiro e meu último amor”
 
 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Não é só tara. É sobre poder

O poder sempre inebriou os homens. O que mudou foi a coragem e a posição das mulheres na sociedade 

Não sei se é preciso ser mulher para se enojar com os relatos das atrizes de Hollywood sobre os métodos de seleção do poderoso produtor de cinema Harvey Weinstein, bilionário aos 65 anos. Ao ler em detalhe os depoimentos das vítimas de Weinstein, todas no viço dos 20 anos quando foram atacadas pelo predador sexual grande e forte, pensei: quando chegará o momento de desmascarar os tarados poderosos no Brasil? Por enquanto, só quem ejacula em ônibus acaba preso.

O primeiro sentimento é de incredulidade. Como esse cara ficou décadas assediando e estuprando moças – e continuou a ser mandachuva em Hollywood? O “sistema” fecha os olhos a homens que usam o poder para atacar mulheres entre quatro paredes. Weinstein não era muito criativo, repetia o padrão. Chamava a aspirante a atriz para uma festa ou uma reunião de negócios imaginária, convidava uma executiva de sua empresa para estar presente por minutos como álibi, inventava uma desculpa para mostrar cenas em seu quarto de hotel.

Partia para o ataque deprimente: dizia que precisava de uma massagem, jogava seu peso físico e profissional sobre as mulheres, tentava tirar a roupa delas, tomava ducha com porta aberta, ficava pelado só com roupão ou já as recebia no quarto com esse figurino, fazia ameaças verbais ao futuro delas, dizia que todas transavam com ele, pegava o rosto delas e empurrava para baixo, exigia sexo oral. Muitas lutaram com ele. As que cediam se sentiram degradadas depois. Um áudio divulgado pela polícia de Nova York revela sua pressão nojenta para tocar os seios de uma modelo de 22 anos. Quando elas se trancavam no banheiro ou tentavam fugir, Harvey Weinstein se masturbava na frente delas. Algumas abandonaram o cinema, por pensar: “É assim?”.

Depois que o jornal The New York Times e a revista New Yorker divulgaram os métodos de Weinstein, aconteceu algo parecido ao que, no Brasil, acabou levando à prisão o médico estuprador Roger Abdelmassih. Uma onda. Começaram a chover os depoimentos de atrizes assediadas ou estupradas pelo produtor. Gwyneth Paltrow, Ashley Judd, Mira Sorvino, Angelina Jolie, Rosana Arquette, Léa Seydoux, Kate Beckinsale, Cara Delevingne são algumas das dezenas que denunciaram Weinstein.

O que faziam elas? Umas, nada, com medo que ele desse um fim a suas carreiras. Só o evitavam. Weinstein produziu filmes que renderam Oscar, como Shakespeare apaixonado, O artista, O paciente inglês. Ele era uma espécie de patrono para diretores como Quentin Tarantino e Steven Soderbergh. Algumas vítimas o denunciavam em particular – Gwyneth contou a seu então namorado, Brad Pitt, e ele confrontou Weinstein. Ela e outras receberam de Weinstein telefonemas ameaçadores. “Cale a boca, pare de falar no assunto.” Ou sutis: “Está precisando de algo?”. Algumas levaram a denúncia a canais oficiais. A resposta foi o silêncio. E houve as que fizeram acordos milionários com advogados do produtor, que tentavam evitar um escândalo.


A versão de Weinstein: “Relações sexuais sempre foram consensuais”. Depois, pediu desculpas “sinceras” publicamente por traumas provocados por seu “comportamento inadequado”. Também atribuiu seus avanços sexuais à “cultura dos anos 1960 e 1970”, quando “as regras eram diferentes de como se portar em lugares de trabalho com mulheres”.

Hã? Não parece ter convencido sua linda mulher, a estilista de 41 anos Georgina Chapman, mãe de seus filhos de 4 e 7 anos. Georgina anunciou a separação: “Meu coração está dilacerado por todas essas mulheres que sofreram uma imensurável dor por causa dessas atitudes imperdoáveis”. Weinstein agora se diz “devastado”, promete buscar terapia e pede “uma segunda chance”.


Não é um fenômeno só de Hollywood. Nem de democratas ou republicanos. Bill Clinton conseguiu sexo oral com estagiária no Salão Oval da Casa Branca. Sua mulher, Hillary, continuou a seu lado. Donald Trump é comparado a Weinstein nos métodos e na prepotência. Um áudio de Trump vazou na campanha eleitoral: “Quando você é poderoso, elas deixam você fazer tudo. Agarrá-las pela x...ta”. Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos e sua mulher, Melania, continua a seu lado. Não é só nos Estados Unidos. No Brasil, a seleção de jovens atrizes foi batizada de “teste do sofá”.

Weinstein foi demitido de sua própria empresa. Pode ser banido da indústria cinematográfica. Caiu em desgraça. Poderia ser condenado a 25 anos de prisão se comprovadas as denúncias. Mas isso não acontecerá. O poder sempre inebriou os homens. Conhecemos várias histórias de assédios, também em redações de jornais e revistas. Não mudaram as regras. O que mudou foi a coragem das mulheres. E a posição delas na sociedade. Que se inspirem nos chefes corretos e não abusem de ninguém – moral ou sexualmente.


Fonte: Ruth de Aquino - Época

 >> Mais colunas de Ruth de Aquino

 

domingo, 27 de agosto de 2017

Gilmar Mendes e o cachorro sem rabo

Ele pode ser vilão para você, mas é o herói dos políticos e empresários acusados de corrupção 

Curtos, longos, pequenos, enrolados. São assim os rabos dos cachorros. Quando o rabo está alto, é porque o cachorro está alerta ou consciente de algo. Quando esconde o rabo, está na defensiva. Quando abana o rabo, não é só sinal de amabilidade, pode ser nervosismo antes de morder. Há humanos que cortam o rabo de seus cachorros. E há humanos com o rabo preso. Conhecemos muitos nos Três Poderes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes insinuou que não passam de “rabos de cachorro” os juízes federais que ousam desafiá-lo. O juiz Marcelo Bretas mandou prender o “rei do ônibus” no Rio de Janeiro, Jacob Barata, acusado de tentar fugir para Portugal com passagem só de ida e documento sigiloso da Lava Jato. Barata foi denunciado por envolvimento em esquema de propina no governo Sérgio Cabral. Gilmar mandou soltar. Bretas mandou prender novamente. Gilmar mandou soltar novamente. E achou a atitude de Bretas “atípica”.

“Em geral”, disse Gilmar, “o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo.” Vale a pena escutar de novo o ministro, mesmo sabendo que é isso que ele quer. Suas pausas teatrais não são hesitações, elas se destinam a reforçar a mensagem de superioridade. “O. Rabo. Não. Abana. O cachorro.”


“Em geral”, os juízes e a sociedade civil acharam a declaração de Gilmar ofensiva e vulgar, imprópria de um juiz da Suprema Corte. Mas não a acharam “atípica”. Porque o Brasil conhece de trás pra frente sua arrogância, sua língua ferina e a falta total de comedimento nas relações com seus pares e juízes que estejam abaixo na hierarquia. O Brasil também conhece sua vocação de soltador geral da República. Ele pode ser vilão para você, mas é o herói dos políticos e empresários acusados de corrupção.

Gilmar não é só bonzinho com presos de colarinho branco. Mandou libertar em 2009 o médico estuprador Roger Abdelmassih, que estava preso havia quatro meses. Solto com habeas corpus de Gilmar, Abdelmassih fugiu, foi condenado e continuou foragido até 2014, quando foi encontrado no Paraguai. As mulheres têm mais um motivo para não gostar do ministro.

No mundo virtual, centenas de milhares de brasileiros pedem em abaixo-assinados a saída de Gilmar Mendes do STF. É uma rara unanimidade em nosso país polarizado. O procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu ao STF que Gilmar seja impedido de julgar o habeas corpus de Jacob Barata. Gilmar foi padrinho de casamento da filha de Barata. O noivo é sobrinho da mulher do ministro. O filho de Barata é sócio do cunhado do ministro. A mulher de Gilmar, a advogada Guiomar, trabalha em escritório que representa os empresários de transporte. É tanto compadrio misto que a gente precisa ler de novo. Mas Gilmar não enxerga aí “nenhuma suspeição” contra ele. [dúvidas sobre a existência ou não de suspeição do Gilmar Mendes podem ser dissipadas mediante o cotejo das razões citadas - em vermelho - com o teor dos artigos 252 a 254 do Código de Processo Penal.]

Há ainda as relações “semipresidencialistas” do ministro do STF com Michel Temer. Esse é o típico Gilmar palaciano, que absolve a chapa Dilma-Temer das acusações de caixa dois na campanha eleitoral de 2014. Foi por excesso de provas que Gilmar ajudou a livrar Temer da cassação. E agora sempre acha tempo para se encontrar com Temer fora da agenda oficial e inspirar o discurso do atual presidente. Ter um juiz do Supremo defendendo uma reforma política que ajude a “blindar o Estado” em crises de governo, dias depois de encontrar Temer, não faz bem à credibilidade do Judiciário.

O silêncio da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, não ajuda a preservar o STF. Só se justifica se for uma estratégia mineira para deixar o clamor assentar e se impor na hora certa. Se Cármen acha mesmo que “cala boca já morreu”, se é rápida no gatilho ao reagir a Renan Calheiros e condenar “juizeco” como adjetivo depreciativo, alguma opinião ela deve ter sobre o destempero de Gilmar Mendes, que chama os procuradores da Lava Jato de “trêfegos e barulhentos”. [Vários POSTs deste Blog deixam claro que não estamos entre os que defendem a ministra presidente do STF -  inclusive torcemos para seus sonhos de candidatura a presidência da República não se concretizem; mas, entendemos o silêncio da ministra: ela conhece os artigos 252 a 254 do CPP.]

 
Sabemos que Cármen é a favor do direito de Gilmar de opinar como manda sua consciência. Desde que, claro, ele não seja suspeito para julgar um caso. Não pode se comportar como o rei da cocada branca, reagindo com tabefes verbais a uma contestação. Não é positiva para o país a disputa ríspida entre Gilmar e o Ministério Público.

Gilmar maculou o decoro do STF. Cármen não gosta de ser pressionada, ninguém gosta. Mas precisa se posicionar com clareza, levando o caso ao plenário. Gilmar deve ou não ser suspenso do caso de Jacob Barata? É isento ou não é isento? Gilmar pode ou não tratar com menosprezo decisões de juízes federais e procuradores? Sabemos como um jogo de futebol degringola quando o árbitro é omisso e tíbio diante de abusos, provocações e ofensas no campo.

O Brasil não quer um STF com o rabo entre as pernas. Ou, pior ainda, sem rabo. É muito surreal para ser verdade.


>> Mais colunas de Ruth de Aquino

Fonte: Revista ÉPOCA