Mais uma vez, e em pouquíssimo espaço de tempo, repousa nas mãos de
três mulheres o bom-senso para reger o STF. Cármen Lúcia, Rosa Weber e
Raquel Dodge estão, cada uma a sua maneira, conseguindo manter o mínimo
de dignidade que aquela Corte merece ao não deixar que os julgamentos
ali proferidos descambem para a politicagem pura e simplesmente.
A
Procuradora Raquel Dodge acaba de pedir, em nome da PGR, que ações sobre
prisões em segunda instância não sejam analisadas nas próximas sessões
pelo evidente argumento de que não há nenhum motivo concreto para a
mudança de um entendimento dessa envergadura, que não o da prisão do
ex-presidente Lula – um casuísmo deplorável. A presidente do Supremo,
Cármen Lúcia, que já manifestou igual opinião, tenta a todo custo impor
bom-senso aos membros do colegiado e colocou para votar HCs de outros
políticos como prioridade de pauta para evitar a pressão com que o
assunto da jurisprudência tem sido conduzido. De Rosa Weber, caso siga a
coerência mantida até aqui em sua atuação, é esperada a posição
contrária à revisão da pena em segunda instância porque, como ela mesmo
defendeu na última discussão, não é aceitável colocar o STF em constante
instabilidade de decisões. Dificilmente Weber, que tem tido uma atuação
dentro das regras, se prestaria a esse papel de virar de uma hora para
outra o entendimento a fim de se enfileirar com um grupo que parece
pouco preocupado com a imagem que o Tribunal vem passando para a opinião
pública.
O magistrado Marco Aurélio Mello, por exemplo, em sua última
arguição, acusou os brasileiros de quererem “sangue”, colocando no
“paredão” os acusados para fuzilá-los sem o devido processo legal. O
ministro equivoca-se, com intuito talvez de fazer vingar sua obstinada
luta pela revogação da prisão em segunda instância. Os brasileiros não
querem “justiçamento”, mas justiça basicamente. Não aguentam mais a
impunidade no andar de cima que propostas como essa de protelar
processos acarretam.
Numa articulação marota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro
entrou no Supremo com uma representação do Partido PEN, pedindo uma
liminar contra a prisão em segunda instância.
O Partido, logo que
percebeu a manobra, destituiu o advogado e tenta suspender o trâmite da
liminar. Não satisfeito, Kakay busca outra instituição para fazer valer a
sua liminar e o ministro Marco Aurélio está disposto a levar à frente a
análise do pedido. Chega a surpreender que o ministro Marco Aurélio não
tenha se declarado impedido de julgar o pedido, uma vez que um dos
advogados que ao lado de Kakay assina a petição protocolada é justamente
um ex-genro do juiz, Claudio Pereira de Souza Neto, que foi casado com a
sua filha Letícia de Santis Mello. É algo que certamente macula o
decoro e fere a qualidade do processo. Por essas e por outras, o STF
deveria se revestir de bom-senso e evitar chocar o País com tantas
movimentações politizadas em suas sentenças.
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Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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segunda-feira, 16 de abril de 2018
Três mulheres e uma sentença
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quinta-feira, 3 de março de 2016
A delação de Delcídio
Delcidio
conta tudo
Revelações
do senador à força-tarefa da Lava Jato, obtidas por ISTOÉ,
complicam de vez a situação da presidente Dilma
e comprometem Lula
Pouco antes de deixar a prisão, no
dia 19 de fevereiro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
ISTOÉ teve acesso às revelações feitas
pelo senador. Ocupam
cerca de 400 páginas e formam o mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil – e outros escândalos que abalaram a República, como o mensalão.
Com
extraordinária riqueza de detalhes, o senador descreveu a ação decisiva da presidente Dilma
Rousseff para manter na estatal os diretores comprometidos com o esquema do
Petrolão e demonstrou que, do Palácio
do Planalto, a presidente usou seu poder
para evitar a punição de corruptos e corruptores, nomeando para o Superior Tribunal de Justiça
(STJ) um ministro que se comprometeu
a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato.
O senador
Delcídio também afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha pleno
conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e
pessoalmente para barrar as investigações - inclusive sendo o mandante do pagamento de dinheiro para
tentar comprar o silêncio de testemunhas. O relato de Delcídio é
devastador e complica de vez Dilma e Lula, pois trata-se de uma narrativa de
quem não só testemunhou e esteve presente nas reuniões em que decisões nada
republicanas foram tomadas, como participou
ativamente de ilegalidades ali combinadas –a mando de Dilma e Lula, segundo
ele.
Nos
próximos dias, o ministro Teori Zavascki decidirá se
homologa ou não a delação. O acordo só não foi sacramentado até agora
por conta de uma cláusula de confidencialidade de seis meses exigida por
Delcídio. Apesar de avalizada por procuradores da Lava Jato, a condição imposta
pelo petista não foi aceita por Zavascki, que devolveu o processo à
Procuradoria-Geral da República e concedeu um prazo até a próxima semana para
exclusão da exigência. Para o senador, os seis meses
eram o tempo necessário para ele conseguir escapar de um processo de cassação
no Conselho de Ética do Senado. Agora, seus planos parecem
comprometidos.
As preocupações de Delcídio fazem sentido. Sobretudo porque suas revelações implicaram
colegas de Senado, deputados, até da oposição, e têm potencial para apressar o processo de impeachment de Dilma no
Congresso. O que ele revelou sobre a presidente é gravíssimo. Segundo
Delcídio, Dilma tentou por três ocasiões interferir na Lava Jato, com a ajuda
do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido
de promover a soltura de réus presos na operação”, afirmou Delcídio na
delação.
A ação de uma presidente da República no
sentido de nomear de um ministro para um tribunal superior em troca do seu compromisso de votar pela soltura de presos envolvidos
num esquema de corrupção é inacreditável pela ousadia e presunção da impunidade. E joga por
terra todo seu discurso de “liberdade de
atuação da Lava Jato”, repetido como um mantra na campanha eleitoral. Só essa atitude tem
potencial para ensejar um novo processo de impeachment contra ela por crime de
responsabilidade.
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