[Oportuno lembrar que integram a CPI, no mínimo, quatro senadores enrolados. O presidente, já apontado no inicio, o relator Calheiros que além dos vários inquéritos que responde, foi indiciado pela PF, com a CPI em curso e os 'colaboradores' o petista Humberto Costa - o codinome drácula dispensa maiores explicações - o senador Jader, dispensa apresentações. Tem o vice-presidente senador Rodrigues, que não tem uma conduta similar a dos citados, mas que se continuar andando em más companhias.... ] Só
no Brasil um político acusado de corrupção pesada na área da saúde, que
teve a própria mulher e três irmãos presos no mesmo caso e pelo mesmo
motivo, é o presidente de uma CPI para investigar corrupção na área da saúde –
justamente na saúde. Como ele ficou “contra o governo”, na delegacia de
polícia em que se transformou a CPI, todo mundo faz de conta que um
negócio desses é a coisa mais normal do mundo. Só no Brasil, portanto, o
mesmo cidadão, saído do “bas fond” do Senado Federal, pode acusar as
Forças Armadas de ladroagem, sem provar quem são os ladrões, quanto
roubaram ou no que, exatamente, meteram a mão – e não acontece
absolutamente nada.
O presidente do Senado diz que houve
“mal-entendido”. As FA dizem que o caso “está superado”. A politicada
diz que os militares estão ameaçando o acusador; este, por sua vez, diz
que não “tem medo” – sabendo muito bem que hoje qualquer zé-mané pode
xingar a mãe de general na porta do quartel com a certeza de que ninguém
vai encostar nele. [oportuno não esquecer que as coisas sempre mudam... e quando mudam.....é apenas questão de tempo.... rs rs.] Daqui a pouco vão exigir que o ministro da Defesa
peça desculpas ao senador – e ninguém vai apurar corrupção nenhuma, nas
FA ou em qualquer outro lugar. [o único local em que a corrupção não será apurada é nas 'autoridades locais'; qualquer apuração de corrupção nos atos praticados pelas 'autoridades locais', que agiram e ainda agem com o aval do Supremo - irá comprometer muitas cabeças coroadas - o que não inclui o presidente da República nem a alta cúpula do Executivo = o Poder Executivo ficou como figurante e pagador das contas do atos dos protagonistas = autoridades locais.] É onde estamos no Brasil de hoje.
Falou-se que os militares soltaram uma nota “dura”. Bobagem. Não existe nota dura; é só um pedaço de papel, e hoje nem isso. Dura é a ação. Não houve nenhuma. [exceto quando a corda arrebentar... está demorando, mas se continuar sendo esticada, certamente vai arrebentar.]
Se ele for mantido, como querem os ministros do Supremo
Tribunal Federal e todos os que se opõem à candidatura de Bolsonaro, não
haverá eleições em 2022. Ou é isso, ou não deu para entender nada do
que o presidente falou.
Falta
explicar, agora, uma porção de coisas.
- O que precisa ser feito na
prática, exatamente, para não haver eleição?
- O Congresso Nacional e o
STF, que em tese seriam os únicos autorizados a aprovar e depois validar
uma lei eliminando a disputa, não vão fazer isso – sem chance. Quem
vai, nesse caso, dar a ordem?
O próprio presidente, com uma medida
provisória?
O advogado-geral da União?
Uma junta militar, a ser formada
daqui até lá?
Um comitê na ONU?
Para eliminar uma eleição, além disso, é
preciso uma série de coisas. Haverá tropa na rua?
Vão fechar Congresso,
STF e o resto das “instituições” para não ficarem perturbando?
Vai ter
golpe?
E no dia seguinte? [de nossa parte optamos pela leitura do Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964.
Está claro que o processo de votação e
apuração das eleições brasileiras, que deveria ser uma questão apenas
técnica, foi envenenado;
transformou-se em causa de militância, contra e
a favor de Bolsonaro, e o viés é de piora constante e sustentável. [lembrando que os favoráveis ao presidente Bolsonaro e todos que apoiam o voto impresso, querem a permanência das urnas eletrônicas, apenas desejam que possa ser auditado de forma material e visual, o que só o voto impresso possibilita.] Não
vai sair nada que preste de um debate em que só um dos lados pode ter
razão – o que nega qualquer mudança num sistema que só é adotado por
dois outros países, Butão e Bangladesh, não permite auditagem dos votos
e, segundo seus defensores, chegou à perfeição científica, não podendo
ser aprimorado em mais nada. É destrutivo para qualquer entendimento, ao
mesmo tempo, dizer que as eleições de 2014 e 2018 foram fraudadas e não
mostrar nenhuma prova das acusações.
Quem fraudou?
Como?
Foi no TSE?
Em
que momento da apuração? [a possibilidade de fraude é no momento em que o eleitor clica a tecla CONFIRMA, permitindo que o voto dado pelo eleitor tenha o candidato alterado e seja armazenado o resultado alterado.
O voto impresso impedirá tal tipo de fraude = equivale a uma precaução que adotamos quando se coloca um alarme contra furtos em um carro, se reforça uma fechadura - quando adotamos tais providências não estamos acusando ninguém de furto, apenas estamos dificultando que ocorram.] Ou o presidente estava falando a
sério, quando disse que não haverá eleições se elas não forem limpas, ou
estava com conversa fiada. É ruim em qualquer caso.