Cuba
desenvolveu historicamente uma forte indústria açucareira e agrícola,
que lhe valeu o status de principal fonte exportadora desses produtos
durante boa parte do século 20, até que a ineficiente administração
Castro tornou-a um produtor pobre que não consegue, hoje, atender sequer
o consumo do país. Secou-se, assim, sua principal fonte de riqueza e
divisas, com o que Cuba ficou sem um negócio lucrativo para sustentá-la.
O castrismo
colocou suas esperanças em dois setores: a escravidão dos médicos
cubanos e o turismo. A moeda que a ditadura rouba dos médicos-escravos,
só serve para "lagosta de Mariela" e enriquece Raúl Castro e seus
generais. O turismo não funciona há três anos devido ao aparecimento de
sucessivas ondas da pandemia que ainda sofremos.
Isso e a dolarização da
economia, seguindo a receita que permitiria à Venezuela respirar.
Em Cuba,
como resultado, a ditadura não tem economia para compras internacionais,
ficando incapaz de atender qualquer necessidade interna de produtos.
Por isso decidiu permitir que exilados cubanos entrem no país com todo
tipo de produtos, desde motocicletas e computadores a roupas e
alimentos: um verdadeiro desastre, que o país paga como homenagem ao
desabastecimento castrista.
Mas se tudo
fosse que não há dinheiro para produtos industriais "leves", o assunto
não passaria de uma emergência temporária. O problema é que, assim como o
ditador cubano destruiu a fonte de renda em moeda estrangeira para a
nação cubana, o sistema de energia elétrica também foi abandonado,
ignorado e substituído por uma versão atomizada de motogeradores
caprichosos, hoje inutilizáveis.
Não há dinheiro para comprar novas
usinas e a sociedade cubana vive em um eterno apagão sem solução em
nenhum momento.
Por outro
lado, se Cuba fosse (como era) um país autossuficiente na produção de
alimentos, as coisas seriam críticas, mas não terminais (como são agora)
quando a agricultura cubana bate recordes de queda de produção.
Nos
últimos cinco anos enfrenta sua quase extinção, porque quase nada
produz.
Nestas condições, sem dinheiro, sem eletricidade, sem comida:
que país é esse?
Sua sociedade tem que suportar essas dificuldades
apenas para manter uma ditadura parasitária de maus cubanos que não
querem perder o poder e os privilégios implícitos.
Cuba, sem
uma indústria açucareira, sem um sistema energético, sem agricultura,
sem uma grande indústria que produza algo de valor, com um governo de
uma ditadura férrea discriminatória, onde só contam os pouquíssimos
militantes do partido, transformado em guardiões contra o povo,
tornou-se, pela (des)graça de uma ideologia sem futuro, um exemplo
"não-país", do que não deve ser feito em nenhuma outra sociedade, por
mais graves que sejam os problemas que tenha.
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