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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Ataque frontal ao foro privilegiado

Em dezembro, eram 357 inquéritos no STF. Agora, são 440

Em apenas 94 dias, aumentou em 23,2% o número de inquéritos no Supremo Tribunal Federal contra parlamentares e ministros com foro privilegiado. Eram 357 em dezembro. Agora são 440, segundo a contabilidade do tribunal.

Os 83 novos inquéritos são consequência dos três primeiros anos de investigações na Lava Jato. Em conjunto, representam o golpe mais duro já desferido nos 127 anos de história do Supremo na fase republicana contra uma reminiscência aristocrática, o foro privilegiado.

Um dos efeitos é o congestionamento. Mas o Supremo, na essência, é um tribunal onde políticos vestem toga. Assim, a solução será política. Se o Congresso não mudar o foro especial, os juízes se mostram dispostos a adotar restrições — limitando-o aos delitos praticados “no cargo e em razão do cargo”. [a extinção pura e sumária do foro privilegiado, como muitos defendem, inclusive para atender ao maldito 'politicamente correto' não é a solução ideal.
Em situações especiais, não tão corriqueiras quanto o atual sistema de foro privilegiado deixa entender, certas autoridades necessitam de uma proteção especial que só o instituto do foro privilegiado propicia.
O ideal é que as modificações limitem a abrangência do foro privilegiado aos delitos praticados 'no cargo e em razão do cargo'  conforme entendimento de muitos juízes e que acima está apresentado como cogitação.]

Caso já houvesse mudado, inquéritos como do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) estariam na primeira instância.

O senador Lindbergh, expoente do lulismo nascido na União Nacional dos Estudantes, recebeu R$ 4,5 milhões da empreiteira nas campanhas de 2008 e 2010. Eleito prefeito de Nova Iguaçu, um dos 20 maiores colégios eleitorais do país, deu à Odebrecht um programa habitacional destinado aos eleitores pobres.

Já o deputado Paulo Pereira, líder da central metalúrgica Força Sindical, foi reconhecido pela solidariedade à empresa numa greve em 2013, opondo-se aos trabalhadores da subsidiária de Santos (SP). Na eleição seguinte, “Paulinho” foi agraciado com R$ 1 milhão.

Ambos são acusados de crimes supostamente cometidos antes do atual mandato. Num regime do foro privilegiado, mas restrito, seus processos estariam nas mãos de juízes federais como Sérgio Moro, de Curitiba, ou Marcelo Bretas, do Rio. No Supremo, correm outros riscos: caso seus inquéritos virem processos antes da próxima eleição, por decisão do colegiado de juízes, dificilmente poderão disputar novos mandatos. Seriam enquadrados na lei da ficha-limpa.

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo - Transcrito da Coluna do Augusto Nunes - VEJA


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Senador petista Lindbergh afirma que MPs editadas por Dilma para endurecer benefícios trabalhistas são ‘tiro no pé’

Senador petista cita como exemplo o seguro-desemprego

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou, nesta terça-feira, que as Medidas Provisórias editadas pela presidente Dilma Rousseff para endurecer o acesso a benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego são um “tiro no pé”.

Leia abaixo a entrevista:
O senhor é um dos que está propondo alterações nas Medidas Provisórias encaminhadas pela presidente Dilma. Por que?
Vou lutar muito para que o governo mude a sua política em relação ao reequilíbrio fiscal. A gente tem que colocar a conta para o andar de cima pagar. Infelizmente no Brasil a tributação é muito regressiva. Quem paga imposto é o povo mais pobre e a classe média. Os ricos pouco pagam imposto.

Esse assunto foi discutido nesta terça-feira na reunião da bancada do PT no Senado?
A bancada como um todo vai propor que o governo encampe algumas dessas medidas. Eu apresentei cinco. Uma delas é o fim da isenção sobre lucro e dividendos de ações e cotas de empresas. Hoje é zero. Vai ter um reequilíbrio fiscal? Tudo bem, mas não pode ser dessa forma, com o trabalhador pagando a conta.

Os senhores estão preocupados com a perda de popularidade do governo e do PT?
Estamos muito preocupados com o clima político no país. Eu, sinceramente, acho que tem setores da oposição que estão flertando com posição claramente golpista, falando de impeachment de uma presidente recém-eleita. Vamos ter um ano de 2015 de muita luta política. Eu também acho, do ponto de vista da política, um equívoco (as MPs). A gente está dando um tiro contra nossas bases sociais, contra a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o movimento sindical. Esse povo é que sai em defesa do governo. [impeachment não é golpe; é uma medida prevista na Constituição, objeto de Lei específica e destinada a punir um presidente que comete 'crime de responsabilidade'. Caso da atual presidente.]

A presidente Dilma diz que não é perda de direitos e sim medidas corretivas.
Algumas medidas podem ser corretivas, mas na essência é um equívoco, porque acaba retirando direitos importantíssimos. Quando fala em seguro-desemprego está atingindo em especial os mais jovens, tem um problema que tem que ser discutido nesse aspecto que é a demissão arbitrária, e há uma rotatividade muito grande no mercado de trabalho. Essa discussão podia ser feita de outra forma.

Faltou diálogo?
Faltou mais diálogo no início. A presidente recebeu nesta terça-feira o presidente da CUT. A gente não pode se separar do movimento sindical, a gente tem que chamar esse pessoal para dialogar e corrigir.

A presidente não fez campanha para o senhor no Rio. O senhor se sente desobrigado agora de defender o governo?
De jeito nenhum. Eu quero que o governo dê certo, por isso estamos tratando aqui como aliados. É necessário virar o jogo. A pauta do jeito que está nos coloca na defensiva política. Dia 26 vai ter passeata das centrais sindicais em São Paulo contra isso.

Pesquisa Datafolha mostrou que seis de cada dez entrevistados consideram que Dilma mentiu na campanha eleitoral.
Foi um erro político colocar dessa forma essas medidas provisória. Uma coisa é o Lula em 2003 fazer o ajuste que fez, que foi importantíssimo, só que o Lula tinha 80% de popularidade e comunicou bem a população. Nós estamos em um quadro diferente do ponto de vista econômico e completamente diferente na política. Neste ano de enfrentamento fazer isso dessa forma é dar um tiro no pé. Queremos achar uma saída para que o governo consiga fazer seu reequilíbrio fiscal, mas sem comprometer bandeiras históricas nossas.

Entrevista ao Globo