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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Não é normal ter de proteger a Casa Branca com cercas em um dia de eleição - Dorrit Harazim

O Globo

Trump subverteu a ideia de América com o desmonte de instituições

É normal ver milhares de cidadãos americanos empenhados, a cada ano, em proteger suas propriedades contra a fúria sazonal de ciclones, furacões e cataclismas da natureza. Diques, barreiras e tapumes são erguidos com dexteridade já automática para prevenir o pior.
[Não surpreende que a judicialização excessiva - derrotados de ontem tentam ganhar na Justiça os votos que não receberam e a mania de protestos, protestar por tudo, incluindo o protesto por direitos que não possuem - e o mais perigoso: protestos contra autoridades de segurança (a polícia e demais autoridades precisam ser respeitadas e apoiadas quando são forçadas a usar a força necessária.)
Essa conduta desordeira, buscando estabelecer o CAOS e a DESORDEM, cria um clima de INSEGURANÇA no país, impondo pronta adoção de medidas de  segurança que podem parecer excessivas, mas são adequadas e necessárias.]
Casa Branca protegida por grades cobertos por cartazes de protesto, nas vésperas das eleições Foto: ERIN SCOTT / REUTERS
Casa Branca protegida por grades cobertos por cartazes de protesto, nas vésperas das eleições Foto: ERIN SCOTT / REUTERS

Também é normal que a Casa Branca seja uma fortaleza com mísseis capazes de derrubar todo avião mal intencionado, como os dos atentados terroristas do 11 de Setembro, em 2001.Talvez fosse até compreensível ter decretado lockdown por alguns dias depois que a Covid-19 fez da sede do governo dos EUA um mini epicentro de contágio.

Contexto: Atrás nas pesquisas, Trump aposta fichas em supressão do voto e batelada de processo


Decisão a favor do voto
Mas, definitivamente, não é normal “proteger” a Casa Branca e seu entorno com uma “cerca não escalável” contra a eleição, nem erguer barricadas interiores ou de rua em preparação a uma data que costuma(va) ser apenas de altíssima tensão comunal — o da escolha do presidente da República. Em qualquer eleição, há quem vota saltitante, outros vestem roupa de domingo; há quem vota com raiva e rancor acumulados; há quem vota com medo de que se saiba em quem votou. É assim no mundo inteiro. Mas, neste 3 de novembro, a intencional desvalorização do voto desceu ao patamar mais aviltado dos 240 anos de História do país: por pouco não se chegou ao extremo de jogar no lixo, literalmente e de público, milhares de votos já legalmente depositados.

O caso era escabroso: 127 mil votos do condado de texano de Harris depositados em urnas drive-through instituídas para atender eleitores deficientes, doentes ou receosos de se contaminar em tempos de pandemia, seriam descartados se uma ação movida por republicanos tivesse tido êxito. A alegação era de que nem “medo genérico nem ausência de imunidade para a Covid” constavam do Código Eleitoral para poder votar sem sair do carro. [por essa decisão se percebe que um poder judiciário dominado por furor legiferante não é exclusivo do Brasil. Não está na lei, mas a Justiça diz que está, passando a valer o que não existe - o texto legal é ignorado, impunemente. 
Até nos EUA o Congresso Nacional se omite diante de uma decisão do Poder Judiciário = o certo seria o Congresso no dia seguinte ao da decisão que leu um 'fantasma' no texto legal, republicasse a lei com a redação real, concreta. Mas...] 

(.......)

Garrett M. Graff, jornalista e historiador da corrida nuclear entre Washington e a União Soviética, escreveu interessante ensaio na “Wired” sobre Donald Trump ter se dedicado a destruir o que os EUA têm de mais enraizado. Ao longo da Guerra Fria, os sucessivos governos americanos produziram planos e mais planos secretos para garantir a continuidade do governo em caso de ataque nuclear. Sempre esbarravam numa questão central: o que preservar de mais crucial para a continuidade da liderança do país e da vida nacional?

Mobilização pelos ícones
Graff descobriu que, para os planejadores da época, “a América” era, antes de tudo, uma ideia. “O presidente poderia morrer, o Congresso poderia se perder, nossos templos da democracia em Washington poderiam ruir, mas enquanto permanecer a ideia de que a América vive, ela continuará viva”, escreveu. 

Especial: Esta eleição americana é a mais importante em décadas? Colunistas e especialistas respondem

O Globo, MATÉRIA COMPLETA



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dilma, a fracassaada, fala em erros, mas, joga culpa na crise internacional

Dilma fala em 'superar erros' e pede defesa da democracia

Presidente abriu mão de falar em cadeia nacional. Em vídeo divulgado na internet, ensaia um mea culpa do governo, mas não demora a culpar crise internacional

O Palácio do Planalto liberou nesta segunda-feira nas redes sociais o discurso da presidente Dilma Rousseff  - não haverá transmissão das palavras de Dilma em rede nacional de rádio e televisão. [por temor a panelaços.] No vídeo, a petista ensaia um mea culpa diante da grave crise econômica por que passa o país, mas logo volta a culpar a crise internacional. Diante da pressão crescente para que deixe o governo, Dilma afirmou ainda que este feriado é a data em que o Brasil honra seus heróis. E que o país deve ser firme "na defesa da maior conquista alcançada e pela qual devemos zelar permanentemente: a democracia e a adoção do voto popular como método único de eleger nossos governantes e representantes".

[Dilma se esconde do povo, atrás de tapumes, para se livrar das vaias ou até mesmo de agressões (lembram do Sarney que em uma de suas viagens teve o ônibus apedrejado pela população? e notem que o Sarney, era e ainda é, muitas vezes mais querido que doutora Dilma).
O palanque no qual ela estava pela frente tinha as tropas desfilando e grande aparato de segurança, as tendas que isolavam as laterais eram ocupadas por paus mandados do Planalto, que fingiam ser ser populares comuns e na retaguarda foram enfileiras banheiros químicos, protegidos por uma cerca com chapas de aço..
Fácil de perceber que usaram m ... para proteger outras m ... .]

Em seu pronunciamento, Dilma afirma que as dificuldades econômicas "resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos dos programas sociais". Agora, segundo ela, essas medidas precisam ser revistas. "Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente", afirma.

Como de praxe, a crise internacional foi a grande vilã do discurso da petista. "Nossos problemas também vieram lá de fora e ninguém que seja honesto pode negar isso. Está visível que a situação em muitas partes do mundo voltou a se agravar", diz a presidente. "Países importantes, parceiros do Brasil, tiveram seu crescimento reduzido". 

Dilma afirma ainda que alguns remédios para a situação atual podem ser "amargos", mas "indispensáveis". "As medidas que estamos tomando são necessárias para pôr a casa em ordem e reduzir a inflação, por exemplo", declarou.

Além de tecer elogios à sua administração e a do antecessor, a presidente disse que nenhuma dificuldade a fará abrir mão da "alma e do caráter" de seu governo, que é a criação de oportunidades iguais para a população. "Devemos, nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários", declarou.

A presidente tratou ainda da crise migratória e afirmou que, mesmo vivendo momento de dificuldades, o Brasil está "de braços abertos" para receber refugiados. Em 6 de setembro de 2011, Dilma Rousseff falava sorridente à nação: "O mundo enfrenta os desafios de uma grave crise econômica e cobra respostas novas para seus problemas. Os países ricos se preparam para um longo período de estagnação ou até de recessão. 

Mas a crise não nos ameaça fortemente, porque o Brasil mudou para melhor". Quatro anos depois, Dilma abriu mão de discursar em rede nacional de rádio e televisão por ocasião do Dia da Pátria: alvo de três grandes protestos populares por sua saída e imersa em uma crise política sem precedentes, a presidente está sitiada no Planalto. Sua desastrada gestão da economia mergulhou o país na recessão, colocou em risco as conquistas sociais das últimas décadas e, de fato, mudou o Brasil - para pior.

Na economia, o governo Dilma acumula recordes preocupantes: em doze meses, a inflação acumulada chega a 9,56% (maior índice desde novembro de 2003). O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,9% no segundo trimestre e a previsão é de deterioração na atividade econômica do país tanto em 2015 como em 2016. Analistas do mercado esperam uma queda no PIB de 2,26% ao fim deste ano e de 0,40% no próximo. Se confirmada a projeção para 2015, este será o pior resultado do PIB em 25 anos - em 1990, a economia brasileira encolheu 4,35%. Em um movimento inédito, o governo apresentou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com previsão déficit de 30,5 bilhões de reais. Foi a primeira vez que o documento trouxe uma previsão de gastos maior que a de receitas. E pior: parlamentares dizem que o déficit pode passar de 60 bilhões de reais.

Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) afirma sobre a situação: "Não há nada a comemorar, apenas a reafirmação da luta que o povo brasileiro está travando contra a corrupção, a incompetência e a crise econômica provocada pelo governo. É um dia de luta pela real independência do povo para que o Brasil fique livre sobretudo da corrupção. A projeção é que essa crise vai se estender enquanto a presidente Dilma estiver conduzindo esse desgoverno. Mais um ano chegamos a um Sete de Setembro sem ter o que celebrar".

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,3% no segundo trimestre, maior patamar da série histórica iniciada em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. De janeiro a julho, o país perdeu quase 500.000 vagas com carteira assinada - e analistas não descartam que esse número dobre até o final de 2015. Sem dinheiro, o governo foi obrigado a comprometer programas que serviram de vitrine eleitoral para a presidente: repasses para o Pronatec foram reduzidos - e atrasados -, o Programa de Aceleração do Crescimento (PACo) perdeu quase 26 bilhões de reais e o Minha Casa, Minha Vida terá uma redução de 30% nos investimentos em 2015. [o MInha Casa MInha Vida foi praticamente desativado e o que restou deve mudar de nome - pelo menos na boca dos que acreditaram que pobre pode possuir casa própria - a nova denominação é: Minha Casa Minha Dívida.]

Sem apoio - Associada à derrocada econômica, está a grave crise política que levou o fantasma do impeachment de volta para o Planalto: Dilma amarga um índice de aprovação inferior ao de inflação e, como reconheceu o vice-presidente Michel Temer em encontro com empresários na última quinta-feira, terá dificuldades para se manter no poder pelos próximos três anos com tamanha rejeição. "A situação é grave, o governo tem baixíssima popularidade, mais do que isso, o governo hoje não tem uma base política sólida, por erros do próprio governo", afirmou na sexta-feira o senador Romero Jucá (PMDB-RR), sobre a postura do vice. "Ou o governo dá um cavalo de pau, muda radicalmente, e consegue passar outro tipo de expectativa para sociedade ou vai ter muita dificuldade."

A presidente não perdeu apenas o apoio das ruas, mas também o do Congresso e de seu partido. Antigo desafeto de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu oficialmente com o governo em julho. E desde então tem aumentado a sequência de constrangimentos ao Planalto na Casa. Até mesmo o sempre comedido Temer tem adotado uma postura de independência em relação à petista: abandonou as Relações Institucionais e criticou abertamente a desastrada articulação do Planalto para tentar recriar a CPMF. 

Peemedebistas não descartam o rompimento oficial do partido com o governo no congresso da legenda, em novembro. PTB e PDT já romperam com a aliança governista e anunciaram posição de independência. Juntas, as bancadas dos dois partidos têm 44 deputados.
"Essa é uma data em que a população vai se conscientizar de tanta incompetência e corrupção no país. O 12º ano da era PT é a caracterização do caos administrativo e da corrupção instalada em todos os níveis do governo. O único alento que nós teremos acontecerá se as lideranças assumirem as suas responsabilidades e promover uma antecipação da eleição no país. Do contrário, são apenas frases soltas, como a do vice Michel Temer, dizendo o óbvio sem apresentar nenhuma alternativa, mesmo vendo o agravamento do quadro político, econômico e social", afirma o senador Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Casa.

Protestos - Diante do quadro, novamente uma parcela da população se prepara para sair às ruas nesta segunda. Lideranças regionais do movimento Vem Pra Rua pretendem realizar protestos no interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Palco do desfile que receberá a presidente, a capital federal deve ser o grande palco dos atos anti-Dilma neste feriado. Um protesto diante do Museu da República já foi convocado por movimentos anti-governo.

Embora negue oficialmente preocupação com protestos nesta segunda-feira, o governo tem monitorado as redes sociais para avaliar o risco de manifestações contra a presidente - e dá como certo que Dilma ouvirá vaias durante o desfile de Sete de Setembro. Para evitar maiores protestos, a Esplanada dos Ministérios será fechada na altura da Catedral de Brasília. A partir dali, não será possível seguir com bandeiras, faixas ou bonecos - uma forma de evitar que o personagem Lula Inflado, ou Pixuleko, divida com a presidente o protagonismo no desfile. Como informou a coluna Radar, de Lauro Jardim, o tapume que ficará perto do palanque das autoridades aumentou de tamanho: o governo quer evitar que cartazes anti-Dilma sejam filmados pelas câmeras de TV.