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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Membro do PCC é espancado até a morte dentro da cela em presídio de Goiás

Jefferson Estâncio Messias estava preso no Presídio Estadual de Águas Lindas de Goiás (GO), unidade onde ficam detidos faccionados 

 Apontado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), o detento Jefferson Estâncio Messias foi espancado até a morte pelos próprios colegas de cela, no Presídio Estadual de Águas Lindas de Goiás (GO). O crime aconteceu na virada de ano-novo, madrugada de 31 de dezembro, enquanto policiais penais da unidade jantavam na cozinha, distante cerca de 100 metros dos blocos.
  
Jefferson era considerado um criminoso de alta periculosidade conhecido por dar ordens na unidade prisional. Ele tinha passagens por tráfico de drogas. Em fevereiro, o detento foi transferido da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, para o presídio de Águas Lindas, após uma rebelião em que os internos chegaram a fazer uma transmissão ao vivo pela internet. A POG também já foi palco de outras outras rebeliões. Em uma delas, em 2018, presos tiveram as cabeças arrancadas.

O Presídio Estadual de Águas Lindas comporta apenas presos faccionados, como membros do PCC — oriunda de São Paulo — e Amigos do Estado (ADE), facção goiana. Jefferson era lotado no Bloco 2 e, na madrugada de 31 de dezembro, os policiais que faziam a vistoria nos blocos resolveram promover uma pequena confraternização e foram até a cozinha. Segundo fontes policias, foi nesse momento que presos aproveitaram da situação e começaram a espancar Jefferson.

Alguns detentos de outras celas chegaram a gritar pelas grades por socorro, mas os policiais teriam chegado somente depois, quando Jefferson estava sem vida. A reportagem questionou a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (Dgap), mas não obteve retorno até o fechamento dessa reportagem.

Correio Braziliense


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Agentes entram no presídio de Alcaçuz e retomam controle do presídio

Agentes fazem operação para retomar controle de presídio no RN

Apesar de separação de facções, presos seguem controlando unidade prisional; ação incluirá busca por armas e outros objetos ilícitos

Homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) do governo do Rio Grande do Norte e agentes penitenciários da força-tarefa federal realizam, na manhã desta sexta-feira, uma operação na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal. A operação Phoenix visa retomar, restabelecer e reformar o presídio, onde 26 pesos foram mortos no dia 14 de janeiro, durante uma briga entre facções criminosas. Segundo o comando da operação, o controle dos pavilhões 4 e 5, onde ficam detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi retomado.
Policial militar realiza contagem de detentos no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte - Felipe Dana / AP

Durante a Operação, os agentes carcerários também vão realizar uma revista nos pavilhões para recolher armas e outros objetos ilícitos que estejam no interior do estabelecimento penitenciário. No último sábado, policiais militares entraram na unidade para organizar o “muro” de contêineres que está separando o PCC e o Sindicato do Crime do RN provisoriamente, até que seja construída uma barreira definitiva. Apesar de separados, os presos seguem, no entanto, no controle da unidade prisional.

Desde o dia 14 passado, o clima é de tensão na penitenciária de Alcaçuz. Vinte e seis detentos foram assassinados durante as rebeliões que ocorreram na unidade. Outros 56 fugiram e apenas quatro foram recapturados. Há ainda dez homens feridos, que foram internados no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal.

Desativar “em breve”
Na última quarta-feira, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), revelou o desejo de desativar “em breve” a penitenciária de Alcaçuz. Antes, no entanto, é necessária a construção das unidades de Ceará-Mirim, Afonso-Bezerra e Mossoró.  Enquanto isso, o estado tomará outras medidas de segurança na unidade. O plano é a construção de uma cerca a 50 metros da penitenciária, novos sistemas de alarme, iluminação e videomonitoramento, a limpeza da vegetação do entorno e a preparação de 50 módulos habitáveis, com capacidades para 20 detentos cada, em um total de mil vagas.
A matança foi uma vingança de uma facção de São Paulo pela morte de seus integrantes em presídio de ManausFoto: NACHO DOCE / REUTERS
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Os 78 agentes da força-tarefa que participam da operação em Alcaçuz  chegaram ao estado na noite de quarta-feira. Eles vêm de outros estados e possuem treinamento especial para atuação em casos específicos como rebeliões, controle da população carcerária e intervenção em unidades prisionais. A força-tarefa também vai ajudar o governo do estado a dar um diagnóstico e propor soluções para Alcaçuz e todas as outras unidades prisionais do estado.

Ontem, o governo do Rio Grande do Norte solicitou ao governo federal a prorrogação dos trabalhos da Forças Armadas no Estado por mais 10 dias. O Ministério da Defesa havia autorizado a Operação Potiguar II - de reforço no patrulhamento das ruas - por um período de 10 dias. Esse prazo vence na próxima segunda-feira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo 
 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Travesti desacatou, bagunçou, foi admoestado e não gostou do resultado



Ministério Público vai investigar denúncias de tortura contra travesti
Outro item que será investigado é uma gravação que circula na internet. O áudio traz uma possível confissão de Verônica afirmando que estava "possuída" e precisou ser contida por policiais

O Ministério Público vai abrir uma investigação para apurar denúncias de tortura e maus-tratos contra a travesti Verônica Bolina, 25 anos. As circunstâncias e legitimidade de uma gravação que circula na internet também serão apuradas. O áudio traz uma suposta confissão de Verônica, afirmando que estava "possuída" e precisou ser contida por policiais, durante a confusão que deixou o rosto de Bolina desfigurado. No mesmo áudio, ela diz que não foi alvo de tortura. O Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep), vinculado ao MP, está a cargo do procedimento.


Cada vez que um gay aprontar confusão  e for admoestado dessa forma, logo se enquadram

A Defensoria Pública de SP também ingressou com um pedido judicial para assegurar direitos à travesti – o pedido tem como objetivo fazer com que ela seja ouvida por uma autoridade judiciária, para que sejam analisados os indícios de maus-tratos cometidos contra ela, sob custódia e responsabilidade do Estado.

Na audiência, a Defensoria Pública solicitou ainda que sejam apuradas as circunstâncias em que ocorreram as agressões retratadas nas fotos divulgadas e eventuais riscos à integridade física. A Corregedoria da Polícia Civil também apura os fatos.

Gravações
No fim do arquivo de áudio, uma mulher, que seria representante da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual (Cads) da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, diz: "Agora está claro que não houve tortura". "Divulguem esse áudio e espalhem a verdade. Verônica reconhece que entrou em uma briga, que essa é uma questão que ela provocou", finalizou.

A suposta coordenadora também se colocou à disposição para esclarecimentos. No entanto, quando a coordenadora Heloísa Gama foi procurada pela reportagem nesta noite, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre o caso.  A Cads enviou apenas uma nota afirmando que acompanha o caso de Verônica e que compareceu ao distrito policial, onde a travesti ficou detida, nos dias 14 e 15 e presenciou o interrogatório. A Secretaria de Segurança Pública divulgou, nesta quinta-feira (16/4), que Verônica foi transferida para uma unidade prisional com celas especiais para a comunidade LGBT.

Relembre o caso
Segundo a Polícia Civil de Bom Retiro (SP), a travesti, que nasceu Charleston Alves Francisco, 25 anos, foi detida após a denúncia de agressão a uma idosa de 72 anos. No domingo (12/4), Verônica teria começado a se masturbar dentro da cela. Em depoimento, de acordo com a polícia, ela confirmou a versão e disse que a ação provocou ira nos presos, que a agrediram.

Em uma tentativa de encerrar a briga, dois agentes entraram no local para retirá-la. Foi quando Verônica atacou um deles e mordeu a orelha do carcereiro. Em meio à confusão, o outro agente disparou três tiros para o alto. As balas não atingiram ninguém, de acordo com a polícia. Luiz Roberto Hellmeister, titular da 2ª Delegacia de Polícia, informou que a travesti foi indiciada por homicídio tentado, resistência e tentativa de evasão, entre outros crimes.  A foto que circula na web mostra Verônica com cabelos cortados – o que gerou reações de grupos defensores dos direitos LGBT, como se o corte dos cabelos tivesse sido imposição do sistema prisional, violência à identidade de gênero da travesti. Contudo, a Secretaria de Segurança Pública afirmou, por meio de nota, que Verônica já tinha cabelos curtos quando chegou à delegacia e "costumava usar peruca antes de ser presa".

#SomosTodasVeronica
Assim que as imagens da travesti foram divulgadas na web, centenas de pessoas se mobilizaram para prestar apoio. A página Somos Todas Verônica traz ilustrações em homenagem à vítima de agressão. Algumas dizem: "Brasil, um país de todos. Obs: que não sejam trans". Outra estampa a frase: "Verônica só queria ter direitos como cidadã". O deputado Jean Wyllys, que também aderiu a causa, disse que vai denunciar a agressão à Comissão de Direitos Humanos da Câmara. [o deputado pró-gay mais uma vez tenta faturar uns votinhos as custas dos escândalos armados pelos portadores de homossexualismo.]

Fonte: Correio Braziliense