Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador vacina do Doria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vacina do Doria. Mostrar todas as postagens

domingo, 27 de dezembro de 2020

Bruno Covas sanciona lei que aumenta seu próprio salário em 46%

Agência Brasil

Novo salário passa a vigorar em janeiro de 2022

O projeto de lei que estabeleceu o aumento foi aprovado em segunda votação na Câmara Municipal de São Paulo, com 34 votos a favor, 17 contra e uma abstenção. Segundo a casa legislativa, a atualização proposta no projeto está abaixo da inflação acumulada no período. A partir de 1º de janeiro de 2022, o salário do prefeito passará de R$ 24.175,55 para R$ 35.462,00.

[Covas temeu que a edição da lei aumentando seu salário atrasasse o tanto que está atrasando a vacina do Doria, e antecipou em um ano a edição do decreto.]

A prefeitura de São Paulo disse, em nota, que “o novo teto salarial do município, que só entrará em vigência em 2022, está defasado desde 2012, ano da última correção. Nesse período, que completa 8 anos, a inflação acumulada chegou a 63,11% pelo IPCA e 100,41% pelo IGP”.

Além do salário do prefeito, a lei estabelece novos salários para o vice, passando de R$ 21,7 mil para R$ 31.915,80, e para os secretários municipais, de R$ 19.340,40 para R$ 30.142,70. A vereadora eleita Erika Hilton informou em suas redes sociais que, junto à bancada do PSOL da Câmara de São Paulo, acionou a Justiça paulista nesta quarta-feira (23) contra o aumento salarial do prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB), de seu vice Ricardo Nunes (MDB) e dos secretários municipais.

O deputado estadual Gil Diniz (PSL) informou, também em rede social, que impetrou um mandado de segurança para derrubar o aumento salarial aprovado pela Câmara.

Agência Brasil

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

Guerra grosseira - J. R. Guzzo [apesar de todos os esforços, continua sendo necessário a existência física da vacina para efetiva vacinação]

O Estado de S. Paulo

Vacina contra a covid deveria ser um tema de concórdia, mas no Brasil é o oposto

A aplicação da vacina contra a covid-19 tornou-se um escândalo no Brasil. É inevitável. Há dez meses a tragédia do vírus tem sido objeto de uma deslavada, ininterrupta e maciça campanha de exploração política por parte de governantes obcecados pelas vantagens materiais que podem tirar da desgraça comum. Não são apenas os homens públicos. É também o sistema de interesses que vive em torno deles – e todo o bloco de militantes e de bem intencionados que, como de costume, se aproveita ou se deixa conduzir pelos ruídos que combinam melhor com os seus desejos e com aquilo que imaginam ser as suas ideias.

A vacinação contra a covid, obviamente, deveria ser um tema de concórdia, de harmonia e de cooperação entre todos os que têm alguma responsabilidade em relação às questões mais elementares da saúde pública. No Brasil, até este momento, tem ocorrido exatamente o oposto – o que deveria ser um alívio virou uma guerra. A rixa se resume, para encurtar essa conversa, à “vacina federal” e a “vacina do Doria”. Uma e outra são boas, ou ruins, dependendo de que lado o sujeito está: quem está a favor do presidente Jair Bolsonaro é a favor da primeira vacina e contra a segunda: quem está contra o presidente acha precisamente o contrário. [um esclarecimento: somos antes de tudo a favor de que a população do planta Terra, se possível dando prioridade aos mais de 210.000.000 de brasileiros, tenha acesso imediato a uma vacina segura no uso e eficaz na imunização - as duas características comprovadas pela Anvisa ou por órgão de renome e credibilidade igual ou superior ao FDA.     

A coronovac temos que colocar em último lugar não por ser chinesa e sim por não ter sido autorizada em nenhum país - eventual autorização conferida por um órgão do governo chinês, estabelecido em solo chinês, não conta - estar ainda na FASE 3 de testes.]

A “vacina federal”, até agora, pode ser qualquer uma, menos “a do Doria”. A vacina do governador de São Paulo também pode  ser qualquer uma, desde que seja a chinesa – a “coronavac”, fruto de um acordo entre ele, via Instituto Butantan, e o laboratório Sinovac, da China. A partir daí, está valendo tudo. Que os departamentos de marketing pessoal do presidente e do governador tenham uma briga de foice em torno da covid não é novidade para ninguém. Mas também é fato que qualquer medicamento, pela lei, só pode ser aplicado no Brasil se for aprovado pela Anvisa e o governo federal exige que a “coronavac”, ou qualquer outra vacina, receba essa licença para ser utilizada. Não há, realmente, divergências sérias sobre a necessidade legal e científica da autorização da Anvisa. O problema é que ela não licenciou até agora nenhuma das três vacinas que solicitaram a homologação a americana da Pfizer, a britânica da AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e a chinesa da Sinovac.   [atualizando: ocorreu uma interpretação equivocada dos dados da Fase 3 da vacina da AstraZeneca/Oxford, que gerou um pequeno atraso; 
- a vacina da Pfizer foi aprovada pelo FDA - o que, conforme a legislação vigente, dispensa sua aprovação imediata pela Anvisa - mas para que a utilização emergencial seja autorizada,  é necessário que Pfizer requeira à Anvisa - juntando, por óbvio, o laudo do FDA;                                            - - a vacina chinesa é que além de não ter concluída a FASE 3, não teve seu uso emergencial autorizado pelo FDA ou qualquer um dos órgãos autorizados pelo governo brasileiro - LEI Nº 14.006, DE 28 DE MAIO DE 2020, art. 3º, alínea a, inciso VIII:

"Art. 3º  ...........................................................................................................................

.................................................................................................................................................

VIII – autorização excepcional e temporária para a importação e distribuição de quaisquer materiais, medicamentos, equipamentos e insumos da área de saúde sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Anvisa considerados essenciais para auxiliar no combate à pandemia do coronavírus, desde que:

a)  registrados por pelo menos 1 (uma) das seguintes autoridades sanitárias estrangeiras e autorizados à distribuição comercial em seus respectivos países:

1.  Food and Drug Administration (FDA);

2.  European Medicines Agency (EMA);

3.  Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA);

4.  National Medical Products Administration (NMPA);"]

Não é uma atitude isolada. A mais bem reputada das agências de controle de remédios em todo o mundo, a FDA americana, só autorizou até agora a utilização de um imunizante: na sexta-feira, o órgão permitiu o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer – ou seja, temporário, gratuito e sujeito a ser cancelado a qualquer momento.

 Governo entrega plano de vacinação ao STF sem prever data para começar a imunizar

[A leitura da matéria linkada, acima,  é conveniente. Entre outras informações deixa claro que apesar do plano cobrado pela oposição,  ter sido entregue para o sábio escrutínio do ministro Lewandowski, ainda não resolve o impasse: qualquer plano  de vacinação exige a disponibilidade física da vacina. O governo não tem  condições de prever data, por desconhecer quando a vacina estará disponível fisicamente no Brasil.]
O único país que começou a vacinação em massa, a Inglaterra, está utilizando a vacina da Pfizer, que foi licenciada pela agência de controle britânica. O certo é que a vacina chinesa, fora a própria China e o governador Doria, não interessou a mais ninguém no planeta. 
Não recebeu a homologação de nenhum país com um mínimo de tradição em saúde pública. 
Seu desenvolvimento não foi acompanhado por qualquer organismo científico independente. É, certo, enfim, que a Sinovac já confessou em juízo a prática de crimes de corrupção e que suas ações foram excluídas em 2019 da Bolsa de Nova York.
O governador, apoiado pela oposição, a esquerda e os inimigos de Bolsonaro, já começou a envasar a vacina chinesa, e quer que ela seja aplicada sem a aprovação da Anvisa
Bastaria, para tal, que fosse liberada pelas agências de controle dos Estados Unidos, da Europa, do Japão, que até agora não homologaram vacina nenhuma – e, é claro, da China, a única que aceita a “vacina do Doria”. Como se vê, é guerra, e guerra grosseira.

J. R. Guzzo, jornalista  - O Estado de S. Paulo