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sábado, 7 de setembro de 2019

Foi a facada que elegeu o capitão? Blog do Noblat

Por Ricardo Noblat - Veja

A pergunta que ainda se faz


A essa hora, há exato um ano, Jair Bolsonaro, o candidato azarão à presidência da República, estava entubado em estado grave na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Minas Gerais, depois de ter sido esfaqueado na véspera pelo pedreiro Adélio Bispo. Perguntava-se: se sobrevivesse, continuaria candidato?  Uma vez eleito, a pergunta que se fez e que muitos hoje ainda se fazem é: Bolsonaro teria vencido aquela eleição se Adélio não tivesse cruzado o seu caminho? Ou: a facada foi decisiva para que ele se elegesse? A pergunta jamais terá uma resposta satisfatória porque o momento ainda está impregnado de paixões.

Na noite do dia 6 de setembro do ano passado, a menos de 12 horas de ser esfaqueado, Bolsonaro tinha 21% das intenções de voto na pesquisa feita por telefone pelo Instituto Ideia BigData. No dia 10 saltou para 24%. No dia 18 para 27%. No dia 25 para 31%. E no dia 5 de outubro para 33%. Seu crescimento foi constante.  Recuemos pouco mais de um ano. Entre abril de 2017 e novembro daquele ano, o voto espontâneo em Bolsonaro quase dobrou de tamanho. Foi de 6% para 11%. [o que mostra que na época em que Lula foi sentenciado por Moro, as chances de Bolsonaro ser eleito eram mínimas; jamais um juiz, um magistrado, com a dignidade honradez do ministro Sergio Moro,  iria aceitar conspurcar a dignidade do seu cargo, pela 'possibilidade remota' de ser ministro de Estado.

A prova cabal que Jair Bolsonaro seria eleito sem a facada, é que Adelio Bispo foi contratado - todos sabem por quem, apenas ainda não há provas - para matá-lo, o único caminho encontrado pelos que contrataram o sicário  ] O que se passou no período? Aécio Neves (PSDB) foi flagrado pedindo dinheiro ao empresário Joesley Batista, e Joesley gravou o presidente Temer no Palácio do Jaburu.

Políticos e empresários foram presos. Um ex-deputado, assessor de Temer, foi filmado carregando uma mala estufada de dinheiro no centro de São Paulo. A Lava Jato estava a pleno vapor. A imprensa só falava disso. E a indignação dos brasileiros com a corrupção só fazia aumentar. O desemprego também aumentava. Sim, a facada deu a Bolsonaro uma cobertura midiática que ele jamais teria. Seu tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão era insignificante. Fora o minúsculo PSL, nenhum outro partido quis juntar-se a ele. A facada liberou Bolsonaro para que faltasse aos debates com os demais candidatos. Sim, mas…

Mas o candidato que até agosto liderava todas as pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula, estava preso e condenado por corrupção. Em junho de 2018, a uma pergunta feita pelo BigData, 57% dos eleitores entrevistados haviam respondido que “não votariam em um candidato do PT de jeito nenhum”.

O PT fizera pelo menos três apostas erradas. A primeira: Lula poderia ser solto a tempo de disputar a eleição. A segunda: se não fosse, transferiria seus votos para Fernando Haddad. A terceira: Bolsonaro seria o candidato mais fácil para derrotar. Haddad não herdou todos os votos de Lula, mas herdou toda a rejeição ao PT. O voto útil manifesta-se no segundo turno de uma eleição quando o eleitor vota em um candidato para impedir que o outro ganhe. No primeiro turno da eleição de 2018, diante da fraqueza dos demais candidatos, o voto útil por pouco não elegeu Bolsonaro. Ele obteve 46,3% do total dos votos válidos, e Haddad, 29,8%.

O eleitorado cavalgou Bolsonaro para votar contra tudo o que rejeitava. Nisso, a eleição de 2018 foi parecida com a de 1989, a primeira depois do fim da ditadura militar. Em 1989, foram para o segundo turno os dois candidatos que se apresentavam como contrários a tudo – Fernando Collor e Lula.  O pragmatismo do eleitor é conhecido. Ele não tem compromisso com o erro. Collor governou por menos de três anos dos quatro a que tinha direito. Começou a cair quando pediu às pessoas que fossem às ruas vestidas de verde e amarelo para apoiá-lo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Problema vai ser quando o monstro sair do armário

[Fato: Bolsonaro é o presidente do Brasil - apesar do fato de uma minoria não gostar;

vão ter que aceitar, vão ter que engolir.] 

Por enquanto tudo é divino maravilhoso. Mas, como Gil e Caetano cantaram no endurecimento do regime militar, lá no final dos anos 60, é preciso ter olhos firmes para este sol, para esta escuridão. Atenção! Tudo é perigoso! É preciso estar atento e forte!

(Nota do autor:

Mauricio Rudner Huertas


Só nesse primeiro parágrafo, 55% dos leitores e eleitores já estão me tachando de comunista; não sou, mas se fosse está aí Jair Bolsonaro para varrer do mapa os comunistas, graças a Deus! E é verdade esse bilhete!)

Enquanto vivermos a exaltação ao presidente empossado, depois do “xô PT” que marcou as eleições de 2018 e do “ch*** Lula” (censurado) que estava entalado na garganta do brasileiro, parece que não há com o que se preocupar. Começamos o ano com cenas explícitas de patriotismo. O verde e amarelo voltou a reinar no Brasil. Viva!!!

Passagens em câmera lenta, sorrisos em close, o sentimento de orgulho e a satisfação estampada na cara de cada brasileiro usado na edição dos melhores momentos da posse para encerrar o Jornal Nacional festivo de 1º de janeiro dão o tom oficial do que vem por aí. Tudo é mesmo divino maravilhoso. Arre!!!  Tem o charme da primeira-dama, que “quebrou o protocolo” e foi a 1ª primeira-dama (a repetição é proposital, não reparem) a discursar antes do presidente, e ainda por cima em libras. Um encanto! Tem o tradutor negro encenando o hino nacional, substituindo na posse o deputado negro que fica sempre postado como peça do cenário nos discursos do presidente. Viva a inclusão e a diversidade!

Tem entrevista da primeira-dama (de novo!), eleita pela mídia chapa-branca para dourar a pílula truculenta do bolsonarismo, garantindo que o marido não é machista coisa nenhuma. Tá ok? Tem cobertura especial no canal do Silvio Santos, aquele que não gosta de se envolver em nada de política a não ser que seja para afagar o poderoso de plantão e garantir seus interesses. Tá certinho

[Brasil, ame-o ou deixe-o!]

Tem urros do Major Olímpio, senador por São Paulo (Senhor!). Tem selfie com o presidente e arminha com a mão. Tem Frota, tem Joice, tem Bia Kicis, tem uma penca de filhos e novos deputados dessa nova ordem. Tem falas contra os comunistas (sempre eles, esses canalhas!), contra os direitos humanos, [nada contra os direitos humanos para os HUMANOS DIREITOS; tudo contra direitos humanos para os MANOS.]

Tem bandeira do Brasil que jamais será vermelha, a não ser pelo sangue que, se preciso, será derramado em defesa da Nação, como alerta Bolsonaro para deleite da claque e do fã-clube. Bravo!!! Tudo por amor à Pátria, enfim resgatada das mãos do inimigo. Mito!!!! 

Daqui Pra frente, nada de ideologia, essa invenção de esquerdista para destruir a família brasileira e desviar os nossos filhos do caminho de Deus! De agora em diante acaba toda essa baboseira. Escola é sem partido! Gênero é como nos tempos de Adão e Eva. Homem é homem. Mulher é mulher. O resto a gente cura, na bala ou no tapa! Novos tempos!

Acabou esse papinho de sustentabilidade, aquecimento global, direito social, direito trabalhista. Chega de nhenhenhém! Vamos trabalhar, p***! (censurado)
Tem ambientalista predador do meio ambiente?
Tem Funai que vai desmarcar terra indígena? [convenhamos que reserva indígena com 50.000 hectares, para 12 índios,   é o absurdo dos absurdos.]
Tem ministra que vai dar bolsa-auxílio para quem não abortar?
Tem xenófobo nas relações exteriores?
Tem militar a dar com pau (ops!) para garantir a democracia?
Tem tudo isso, mas é a vontade do povo brasileiro! Urra!!!

Enfim, tudo é divino maravilhoso. Problema vai ser quando o monstro sair do armário. É como o Palmeiras de Bolsonaro, decacampeão brasileiro. Era penta em 2016, virou deca em 2018. Estamos mais ou menos nessa mesma situação. Entramos em 2019, mas podemos parar em 1964. Assim, num vôo direto no túnel do tempo, sem escalas. Liberdade? Democracia? Futuro? Foi bom enquanto durou. E leia esse texto antes que acabe. ObrigXXX. [Parabéns!!! só o comentário sobre o absurdo  'salto' do Palmeiras, valeu transcrever o comentário.]

Mauricio Huertas, jornalista



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Haddad tira Lula e passa a usar verde e amarelo na propaganda do 2º turno

Haddad tira Lula e reduz vermelho de material de campanha

Mudança é radical em relação ao primeiro turno 

[Lula que construiu sua vida política com fraudes, mentiras, atos covardes,   traições e muita indignidade, sabe agora a sensação de ser traído pelo seu poste-laranja.]

O comitê eleitoral de Fernando Haddad reduziu a aparição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vermelho, marca petista, do novo material de campanha para segundo turno.  Nas novas peças de campanha, até a bandeira mudou de cor. Agora há dois modelos de bandeira: azul e branca.


Também nas fotos oficias e adesivos, o vermelho foi substituído por azul, branco e as cores da bandeira do Brasil.
O vermelho limita-se a um detalhe em que o número 13 aparece em cor amarela.
Na foto oficial, Haddad e sua vice, Manuela D'Ávila (PC do B), usam blazer. Ele, azul. Ela, bordô.
Em azul, está a inscrição "Todos pelo Brasil". Figura central no primeiro turno, Lula não aparece mais.

Como era no primeiro turno

 Nova versão para o segundo turno

 

 

A foto oficial do material campanha do segundo turno do petista Fernando Haddad e Manuela D'Ávila - Divulgação

 

Folha de S. Paulo

 

 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Dançando com a morte




Frase do dia
No início da redemocratização decidi criar um partido novo que viesse para mudar as práticas políticas, moralizá-las e tornar cada vez mais limpa a disputa eleitoral no nosso país. (...) Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país
Lula, no auge do escândalo do mensalão, agora citado pelo jornalista Merval Pereira

PT convoca seus militantes a irem às ruas em defesa do mandato de Dilma. Isso é dançar com a Morte
O PT tira a Morte para dançar quando convoca seus militantes a vestir vermelho e a ocupar as principais avenidas de 80 cidades do país no dia 15 de março próximo em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.  O ato será uma resposta aos promotores de manifestação semelhante marcada para esse mesmo dia nas mesmas 80 cidades. Com duas diferenças: essa será pelo impeachment de Dilma. E as pessoas deverão vestir verde e amarelo.

No segundo semestre de 1992, quando avançava o processo político que resultaria na cassação do seu mandato por corrupção, o então presidente Fernando Collor convocou seus simpatizantes a saírem às ruas em defesa do governo vestindo verde e amarelo. No que deu: milhares de pessoas foram para as ruas vestidas de preto e pedindo a queda de Collor. Foi o gatilho que disparou o impeachment. Menos de quatro meses, o presidente estava no chão. Renunciou ao mandato. Mas o Congresso preferiu cassá-lo.

O batom na cueca de Collor havia sido um Fiat Elba comprado para ele por seu tesoureiro de campanha, PC Farias, com sobras de dinheiro de campanha. PC Farias também pagou despesas da primeira dama Rosane Collor. Tudo mixaria se comparado com os bilhões de reais desviados da Petrobras.

Contudo, pelo menos uma coisa distingue a situação de Collor da atual situação de Dilma. O ex-presidente foi acusado de corrupção praticada durante o seu mandato. Se acusarem Dilma de algo parecido, será pelo que aconteceu no seu mandato anterior. Ninguém pode ser punido por crime registrado em outro mandato. Que Dilma, porém, não se anime muito com isso.

Impeachment é um processo político, não jurídico. Como dizia o deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), quando se conta com maioria no Congresso se faz qualquer coisa – menos transformar homem em mulher ou mulher em homem.  Luiz Estevão de Oliveira perdeu seu mandato de senador em 2000 não por que desviou milhões de reais da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, mas porque mentiu ao se defender. Você imagina um político se defender de algo grave sem mentir?

No ano passado, Lula convocou a militância do PT a abraçar o prédio da Petrobras, no Rio, em defesa da empresa. Pouca gente compareceu. Não deu para dar o abraço. Agora, o PT se arrisca de fato a estar tirando a Morte para dançar. Não será por falta de aviso.

Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat