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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Covaxin - Alon Feuerwerker

Análise Política

E eis que a Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da Covid-19 acredita ter chegado à pista da sua "bala de prata" contra Jair Bolsonaro. Trata-se do imbroglio envolvendo a vacina indiana Covaxin. Falta ainda achar a prova irrefutável, mas desde a Lava Jato isso está definitivamente relativizado. Aliás, a Lava Jato foi sepultada ontem no Supremo Tribunal Federal (não que não possa ser exumada), com a definitiva suspeição de seu condutor, mas o lavajatismo anda bem vivo.

As revoluções podem até morrer, mas deixam sempre algum legado.
De volta ao assunto do momento, seria ingenuidade, entretanto, imaginar que o desfecho de CPIs e governos dependa essencialmente de achados factuais irrefutáveis. Talvez esteja mais para o inverso: quando se estabelece uma dada correlação de forças, busca-se (e acha-se) algo que possa dar algum recheio jurídico, ou cara jurídica, ao movimento político que se quer desencadear. Aí aparecem as "Fiat Elba" (que nada tinha a ver com qualquer tipo de crime de responsabilidade) e as "pedaladas".

Acontece que achados factuais podem, eles também, interferir no balanço das forças políticas. Isso acontece quando fatos, ou sua descrição, ajudam a criar um ambiente psicossocial extremo. A Revolução de 30, por exemplo, foi catalisada pelo assassinato de João Pessoa. Depois descobriu-se que o homicídio nada tivera a ver com a política. Mas aí os gaúchos já tinham amarrado seus cavalos no obelisco e Getúlio Vargas estava bem acomodado na presidência com a caneta na mão.

E Júlio Prestes já tinha ficado a ver navios. O governo Jair Bolsonaro sustenta-se no terço duro do eleitorado fiel a ele, na maioria do Congresso (especialmente da Câmara), que vê no governo dele a janela de oportunidade para avançar reformas impossíveis num governo de esquerda e acumula poder inédito sobre o orçamento federal, e num fato singelo: o que os políticos ganhariam depondo um presidente que hoje depende deles (Bolsonaro) para instalar um que não?

Será que o caso Covaxin vai mexer em algum desses alicerces? [óbvio que não; como bem diz ilustre advogada o caso Covaxin é: "superfaturamento de compra nao realizada,
desvio de dinheiro não recebido, e,
corrupção por pagamento de preço tabelado mundialmente".             
Os que são contra o governo Bolsonaro, o Brasil e os brasileiros, consideram que o certo seria: "comprar Pfizer, pagar adiantado e esperar a Anvisa aprovar e a empresa enviar a vacina". Aí sim, teriam algo para tentar o impeachment do presidente Bolsonaro.]

Vale a pena ler:
Vacinar todo mundo

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

 

 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Pazuello - Alon Feuerwerker

Análise Política

Os dois dias de depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello expuseram a força e o flanco frágil da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da Covid-19. E a fonte de ambas é a mesma. O governo está em minoria na comissão, e isso ajuda a CPI a concluir ao final sobre a responsabilidade do governo, em particular do presidente da República. Mas o governo estar em minoria na comissão também ajuda a fazer crer que, independentemente dos achados durante os prováveis 180 dias de CPI, a conclusão dos trabalhos já está desenhada.

A história das CPIs mostra que elas têm maior ou menor sucesso conforme chegam, ou não, a algum fato realmente novo, e que oferece a prova da tese que se buscava demonstrar. E que quebra a unidade do bloco alvo. E aí o julgamento é também político, claro. O que a Fiat Elba tinha a ver com a definição de crime de responsabilidade? A rigor nada. Mas catalisou a comoção popular que deu impulso ao impeachment de Fernando Collor.

O objetivo da CPI é apontar o presidente da República como responsável último pelo elevado e trágico número de mortes por Covid-19 do Brasil. E os senadores oposicionistas trabalham em várias frentes: isolamento e afastamento social, vacinação, tratamentos de eficácia não comprovada, falta de oxigênio no desastre de Manaus. Todos esses fatos estão bem registrados, [lembrem-se:  tem que ser provado o efeito REAL que os atos e omissões que tentam atribuir ao presidente da República, causaram realmente os danos que tentam atribuir a comentários do presidente Bolsonaro - é sabido que há dúvidas quanto aos beneficios que isolamento e distanciamento social produzem no combate à pandemia;  
recomendar medicamentos de eficácia não comprovada para tratar uma peste para a qual não há um TRATAMENTO COMPROVADAMENTE EFICAZ,  com remédios que não são proibidos no Brasil (no máximo, para venda,  ocorre a retenção da receita médica) e cujos danos quando   usados no tratamento contra covid-19 nao foram comprovados, pode ter resultado no aumento do número de mortes/casos? mas o desafio da CPI é encontrar o elemento novo para fazer ruir a cidadela do um terço que vai sólido na base social de apoio ao presidente.
 
Mantido esse cacife, ele está capacitado a preservar reunida uma tropa de políticos que verão nele em 2022 a locomotiva dos projetos eleitorais deles. E que portanto estarão interessados em preservá-lo.  [cabe considerar que o tempo trabalha a favor do presidente Bolsonaro - apesar de alguns 'soluços' na evolução da peste e que deixam a impressão de uma terceira onda, o caminho inexorável é o FIM DA PANDEMIA.
É também questão de tempo - rogamos a DEUS que bem antes de dezembro próximo - que a combinação aumento do número de vacinados (aumentando a disponibilidade de vacinas, consequência da  inevitável redução da demanda por imunizantes = quanto mais pessoas vacinadas, menos a vacinar - redução do número de casos/mortes e o retorno do crescimento da economia, começará a trabalhar a favor dos que querem realmente o crescimento do Brasil, liderados pelo presidente Bolsonaro.
 
Os depoimentos do ex-secretário de comunicação, do ex-chanceler e do antecessor do atual ministro da Saúde não parecem ter trazido essa "bala de prata", ainda que seja provável a CPI ir para cima dos três no relatório final. Mas o jogo, como já se disse e se sabe, está só começando.
 
 
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Globo quer emplacar presidente o seu “incrível” Huck - Sérgio Alves de Oliveira

Não sei até que ponto o eleitorado brasileiro se enquadraria nessas duas frases de Nelson Rodrigues: 
(1) “A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”e,
(2) “Os idiotas vão tomar conta do mundo,não pela capacidade,mas pela quantidade.Eles são muitos.”

Analisando-se o perfil dos candidatos eleitos diretamente presidentes da república, na prática da (fantasiosa) “democracia” brasileira, considerando somente as eleições   mais recentes,a partir de Jânio Quadros/João Goulart,em 1960, passando por Collor de Mello/Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva e Dilma Rousseff/Michel Temer, que governaram o país de 1990 até 2018, necessariamente surgirá a conclusão que a “República Federativa do Brasil” está inserida na tragédia da democracia majoritária dos idiotas  preconizada pelo grande pensador  brasileiro Nelson Rodrigues.

Imensamente “vitaminada” pelo Regime Militar instalado em 1964, que durou até 1985, a Rede Globo  acabou se tornando uma espécie de “porta-voz”,quase um  “diário oficial”, do regime de governo castrense, tornando-se nesse período o mais poderoso  grupo de comunicação do país.[A Globo dos tempos do Roberto Marinho fazia um jornalismo merecedor de todo incentivo recebido.]

Talbot Mundy integrava a polícia inglesa, atuava  na  Índia,  então colônia da  Inglaterra, nos anos  1920. Ali acabou descobrindo o “realismo fantástico” da “Lenda dos Nove Desconhecidos”, que remontaria à época do Imperador Ashoka, da dinastia máuria,das Antigas Índias,que governara entre 273 e 232 a.C,destacando-se por ser favorável  à paz e à liberdade.

Cada qual dos Nove Sábios dessa “lenda” dominaria uma determinada ciência. A mais importante de todas era considerada a “Propaganda e a Guerra Psicológica”,que compunha o “Primeiro Livro”. Quem dominasse a propaganda e a guerra psicológica  acabaria  comandando o mundo. Resumidamente, os sábios de então estavam falando do poder da “grande mídia”.  Passados 2,2 milênios, o Grupo Globo acreditou piamente  no poder que teria se controlasse a mídia, a “propaganda e a guerra psicológica”, conforme previsto no Primeiro Livro da “Lenda dos Nove Desconhecidos”, das Antigas Índias.

Com as “gorduras” acumuladas  durante o Regime Militar,onde aumentou  o seu poder midiático, a Globo sentiu-se potente o suficiente para  “eleger” o primeiro Presidente da República, tão logo colocadas em prática as chamadas “Diretas Já”, depois do Regime Militar e da  eleição presidencial indireta de Tancredo Neves/José Sarney, quando investiu “pesado” num candidato até então completamente desconhecido, Fernando Collor de Mello, que no início estava sempre  nos últimos lugares nas pesquisas eleitorais. A Globo “apostou” nesse candidato. E trabalhou bem. Conseguiu elegê-lo presidente nas eleições de 1989.

Mas após a sua vitória, Collor não foi muito fiel à “agenda” que lhe tinha sido “sugerida” pela Globo. Foi o suficiente para perder as “bênçãos” da sua “madrinha”,que acabou apoiando o impeachment do seu “afiliado”, quando transformaram algumas “galinhas” que ele teria ganho ilícitamente em motivo suficiente para impichá-lo,o que comparado com as “montanhas” de dinheiro que outros governos que o sucederam desviaram dos cofres públicos - e não deu   em absolutamente nada - foram apenas uns meros “trocadinhos”.

Comprovadamente, encontraram um só ilícito no período governado por Collor: ter recebido de “presente” uma Fiat Elba, quase um carro popular na época. Porém esses “trocadinhos” ilícitos de Collor valeram-lhe o impeachment, enquanto os 10 trilhões de reais roubados por seus sucessores, que lhes garantiram quase comandar e “aparelhar”o Brasil político de hoje,“ficaram por isso mesmo”.

“Viciada” pela vitória de todos os seus candidatos à presidência da república, desde a tal “redemocratização”, somente interrompida pela vitória de Jair Bolsonaro,em outubro de 2018,  Rede Globo agora aposta todas as suas “fichas” naquele que será o “seu” candidato para suceder Bolsonaro,nas eleições de outubro de 2022,o seu “lata velha”, na esperança de reverter o baque financeiro que sofreu com o corte das suas polpudas e ilícitas  verbas governamentais pelo Presidente Bolsonaro.

Dependendo dos acontecimentos políticos futuros, certamente a preferência da Globo para presidente irá recair sobre  o seu animador [de auditório, picadeiro, circo] Luciano Hulk,que é “prata da casa”, e parece estar animado  a concorrer para alimentar a sua vaidade pessoal e, de “quebra”, “salvar” a Globo. O trunfo desse candidato  é que ele teria “ficha limpa” na política, mesmo porque seria impossível o contrário, porquanto esse “filhote” da Globo jamais  foi  servidor público, agente político, ou detentor de qualquer mandato eletivo. Por isso um “empurrão” da poderosa Rede Globo poderia talvez com facilidade impulsionar a sua  candidatura.

Também não poderia ser descartada a aposta da Globo em outro candidato a presidente, talvez João Doria, atual governador de São Paulo,deixando a “vice” com o “incrível” Luciano Huck,que apesar de ter um nome semelhante,não pode jamais ser confundido com o “incrível Hulk”, personagem de um filme de super-herói de 2008. [Doria, sem o apoio de Bolsonaro, não se elege nem vereador; e o animador de auditório, não tem a menor chance -   caso venha a ser patrocinado da Globo e consiga ser eleito [segundo feito, consideramos  impossível] seria um fracasso tão grande que a própria apoiadora cuidaria de se empenhar pelo seu impeachment.] impichá-lo- , Nesse filme,o personagem Bruce Banner ,na Virgínia,Estados Unidos,se transforma no “Hulk”,um gigante verde, após sofrer os efeitos de radiação gama, que no auge da sua “empolgação” conseguia pular de uma montanha à outra, separadas por dezenas de quilômetros. Banner se transformava no “monstro verde” Hulk, sempre que ficava nervoso ou que a sua frequência cardíaca ficasse acima de 200.                                          

Mas Banner “sumiu do mapa”. E passados  5 anos começou a trabalhar numa fábrica da Rocinha, no Rio de Janeiro, buscando cura para o seu mal, tendo conseguido ficar vários meses sem a horrível “mutação”. Talvez aí esteja o primeiro contato e a inspiração da Rede Globo para “potencializar” a imagem e a candidatura presidencial do seu particular “incrível Hulk”, ou seja, o animador Luciano “Huck”,que talvez tenha a chance de transmitir  a idéia “eleitoral” daquele justiceiro lá da Virgínia que era perseguido e caçado  pelos militares durante todo o tempo.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Mourão no radar - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

Queda de Weintraub não ‘baixa a bola’, pois as pontas contra Bolsonaro se juntam rapidamente

A pergunta não é mais onde está o Queiroz, mas onde está Jair Bolsonaro.

[Repetindo o mostrado no anterior: 
a torcida de alguns contra o presidente Bolsonaro é grande - só que maior era a contra a Alemanha, na Copa Fifa 2014, e os 7 a 1, ainda hoje causam dor.

Tem pessoas que sempre torcem pelos perdedores.
No caso torcer pelo general Mourão não há dúvidas que será ótimo para o Brasil - já que o presidente e o vice buscam o melhor para o Brasil, em termos da busca do Brasil forte, vencedor, assim,  será seis por meia dúzia.
Mas, para os inimigos do Brasil, os que agora combatem o presidente Bolsonaro, o general Mourão será um osso impossível de roer. Mais resistente às provocações - defeito do capitão que favorece aos que querem se livrar dele.
Continua valendo:  BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Com Fabrício Queiroz preso, Frederick Wassef desmascarado, a pressão de STF, TSE, TCU, Congresso, Justiça do Rio e movimentos pró-democracia, a situação do presidente da República vai se tornando insustentável. Cresce o alívio em setores governistas que se decepcionaram com Bolsonaro e agora trabalham pela ascensão do vice Hamilton Mourão. Neste caso, estão militares da ativa e da reserva.[Collor sofreu pressão idêntica - menor da parte do Supremo,  cujos ministros naquela época evitavam falar fora dos autos, caiu. Bolsonaro não vai cair. Falta aos seus inimigos encontrar,  por não existir, o "Fiat Elba", que foi essencial para derrubar Collor, sustentando vínculos com a corrupção - embora tenha, tempos depois,  sido inocentado das acusações pelo STF.

Bolsonaro tem contra ele as 'acusações' sustentadas em ilações com outras também não provadas em relação aos acusados, ou seja NADA há contra o Presidente JAIR BOLSONARO. 
O que complica, temporariamente, a situação do presidente é seu temperamento explosivo, fala para pensar no dia seguinte e com isso fornece munição aos inimigos do Brasil.
E a catástrofe de todas as catástrofes está realmente na PANDEMIA. Mas esta vai passar e as mortes serão cobradas dos responsáveis pelas ações de combate ao coronavírus.]  O temor desses setores era de que o torniquete fosse do TSE e estrangulasse a chapa Bolsonaro-Mourão, mas o cerco contra Bolsonaro, filhos, advogado e apoiadores mais radicais se fecha não no TSE, que pode cassar a chapa, mas no Supremo, onde as investigações envolvendo bolsonaristas de todos os tipos levam diretamente ao presidente e não há nada contra o vice.Sem esquecer que as circunstâncias e a opinião pública começam a pressionar o Congresso, onde o alvo de um impeachment seria Bolsonaro, não a chapa, não o vice. Com as várias frentes que desembocam no presidente, não há Centrão capaz de segurar uma onda que vem de fora e pode chegar incontrolável ao Congresso – como nos casos de Collor e Dilma.

As pontas se juntam rapidamente: milícia, rachadinha, gabinete do ódio no Planalto, parlamentares, empresários e manifestantes golpistas, o tal Wassef... Sem currículo, sem casos expressivos, vira advogado e faz-tudo do presidente, esconde o Queiroz em casa e indica para ele o mesmo advogado de quem? Do capitão Adriano, o miliciano morto pela polícia numa operação, suspeita-se, de queima de arquivo.Tudo em torno de Bolsonaro é estranho. Tudo e todos. Como um cidadão como Wassef se aproxima, vira amigo da família, participa de posses e desfruta da intimidade dos palácios? Ligações com satanismo, ex-mulher processada por uma montanha de crimes, faixa pró AI-5 ao lado de bonecos do Scarface, poderoso chefão hollywoodiano. Pensem nos empresários, pastores, líderes partidários e gurus que integram esse círculo. Cada vez é mais difícil participar disso. Sérgio Moro que o diga.

Se a demissão de Abraham Weintraub do MEC é para restabelecer pontes do governo com o Supremo – ou “baixar a bola”, como dizia Mourão –, é tarde demais. Até porque a bola não está mais só no STF. O pedido para quebrar o sigilo bancário de parte da bancada bolsonarista foi da PGR. A decisão de prender Queiroz foi da Justiça do Rio.
Militares da ativa e da reserva, juristas renomados e personagens importantes de governos anteriores tentavam articular com ministros do Supremo uma espécie de trégua, encampando uma crítica recorrente de Bolsonaro: “Estão abusando”. Seria então a hora de dar um “refresco”, “um pouco de ar” para Bolsonaro.

Isso não seria exatamente a favor dele – considerado caso perdido –, mas para dar uma satisfação aos militares que estão no bloco dos cansados com o presidente, mas ao mesmo tempo convencidos de que o Supremo e a mídia extrapolam e há uma perseguição contra Bolsonaro. Os fatos, no entanto, se acumulam e mostram que nem há exagero nem perseguição, mas a constatação de que a eleição dele foi um erro. O País está à deriva em meio a uma pandemia devastadora.
Alerta o ex-presidente do STF Ayres Britto: “Numa democracia consolidada, não se pode impedir a imprensa de falar primeiro nem o Judiciário de falar por último”. O presidente e seus apoiadores, arrependidos ou não, precisam entender que não há “abusos” do Supremo. Há decisões com base na Constituição, a defesa implacável da democracia. E não há como dar um “respiro” nem “baixar a bola”, inclusive porque o Supremo é a parte mais visível, mas integra uma sólida resistência a um presidente que nunca assumiu de fato. Mourão está no radar

Eliane Cantanhêde, jornalista - O Estado de S. Paulo