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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

CPI do TSE - Proposta do voto auditável foi barrada por influência de ministros, afirma Vitor Hugo

Revista Oeste

Declaração do parlamentar foi proferida durante entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan 

Em entrevista concedida ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, exibido nesta quarta-feira, 11, o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara, disse que o Centrão contribui para a aprovação de pautas econômicas propostas pelo governo federal. Ao mesmo tempo, ressalta que as pautas ideológicas não têm a mesma apreciação dos deputados que compõem os partidos fisiológicos. “Quando as pautas não são ideológicas, os partidos ditos de centro as apoiam. Em questões ideológicas, porém, isso não se reflete na mesma proporção”, afirmou Vitor Hugo. “Exemplo disso é a pauta sobre o armamento civil. Infelizmente, temos dificuldade para aprovar essa matéria. O Centrão tem ajudado muito nas pautas econômicas, mas não em pautas ideológicas.”

CPI do TSE
O parlamentar defende uma investigação sobre as denúncias de fraudes ocorridas no sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme noticiou Oeste, o próprio órgão eleitoral admitiu, em relatório enviado à Polícia Federal, que um hacker teve acesso a documentos sigilosos e confidenciais. O leitor pode acompanhar a repercussão do assunto neste link.

“Queremos investigar aquilo que foi divulgado como vulnerabilidade das urnas, apoiados nas informações divulgadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo deputado federal Filipe Barros [PSL-PR]”, explicou Vitor Hugo. “Então, é importante averiguar essa situação, porque ficou claro que há, sim, vulnerabilidades no sistema do TSE.”

 (..........)

Influência de ministros do STF
O parlamentar afirma que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) influenciaram os líderes partidários a mudar de posição sobre o voto auditável. Conforme noticiou Oeste, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes receberam a visita de caciques de legendas e articularam a derrubada da proposta que visava à melhoria do sistema eleitoral. “Quantificar é difícil, mas posso dizer, com toda certeza, que os ministros influenciaram a mudança de postura dos parlamentares”, revelou Vitor Hugo. “A pauta havia passado na Comissão de Constituição e Justiça [CCJ] da Câmara dos Deputados de maneira muito tranquila. A maioria queria a aprovação da matéria, mas houve mudança flagrante de comportamento.” [o assunto, ainda que de dificil aprovação - prevalece o risco de passar na Câmara dos Deputados e empacar no Senado - ainda pode voltar a tona na forma de um projeto de lei = de mais simples aprovação, quórum menor e apenas um turno por Casa legislativa. Para ativar o debate, basta apenas que um projeto de lei seja apresentado.]

Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA


domingo, 10 de janeiro de 2021

Exército aponta vulnerabilidades em sistema de votação do MPF

Para o time de Augusto Aras, documento é mais um elemento a justificar a troca do sistema, que deve ser aposentado ou modificado pelo MPF

Augusto Aras recebeu nos últimos dias do ano um relatório do Exército que aponta falhas de segurança no sistema de votações do MPF, o mesmo usado para formar a lista tríplice da ANPR. “A equipe responsável pelo teste avaliou a postura de segurança do Sistema de votação VOTUM da Procuradoria Geral da República através de um Teste de Segurança em Aplicação Web pelo período de 16 a 25 de setembro de 2020. Os resultados da avaliação efetuada no ambiente a partir da Virtual Private Network demonstraram que o Sistema VOTUM possui 2 (dois) riscos cibernéticos. A presença de vulnerabilidades pode comprometer a integridade, disponibilidade e a confidenciabilidade das informações”, diz o relatório.

 

[A foto acima não apresenta a sede de algum órgão de governo dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita ou algum país rico. É apenas a sede da PGR - Procuradoria-Geral da República = Chefia do Ministério Público Federal]

João Américo Mezzeth Filippi/PGR/Divulgação  "A equipe responsável pelo teste avaliou a postura de segurança do Sistema de votação VOTUM da Procuradoria Geral da República através de um Teste de Segurança em Aplicação Web pelo período de 16 a 25 de setembro de 2020. Os resultados da avaliação efetuada no ambiente a partir da Virtual Private Network demonstraram que o Sistema VOTUM possui 2 (dois) riscos cibernéticos. A presença de vulnerabilidades pode comprometer a integridade, disponibilidade e a confidenciabilidade das informações", diz o relatório. 

Apesar de identificar as falhas, os técnicos do Exército afirmam no mesmo relatório que, “durante a execução da avaliação, o sistema se apresentou bem configurado, apresentando altos níveis de segurança” e que “os testes manuais não identificaram falhas, porém o teste automatizado destacou algumas oportunidades de melhorias”.

“É recomendável que a Instituição resolva as vulnerabilidades com maior brevidade possível, a fim de minimizar os riscos cibernéticos que possam causar, caso ocorram, impacto negativo para as atividades, visto a criticidade das vulnerabilidades encontradas e passíveis de serem exploradas”, diz o relatório.

Para o time de Aras, o relatório do Exército é mais um elemento a justificar a troca do sistema, que deve ser aposentado ou modificado pelo MPF.

A ANPR, que promove a lista tríplice para escolha dos indicados ao presidente da República para o cargo de chefe da PGR, defende publicamente o sistema. Aras, como se sabe, que foi escolhido por Bolsonaro fora da lista da entidade e não vê com bons olhos as eleições passadas.

Radar - Revista VEJA