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quinta-feira, 1 de março de 2018

PIB cresce 1% em 2017, e volta a subir após dois anos em queda - O 1% é pouco, mas é o fim oficial de uma das piores recessões do país

No quarto trimestre, o resultado foi de 0,1%, na comparação com os três meses anteriores; os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira.

A economia brasileira voltou a crescer em 2017, com o Produto Interno Bruto (PIB) registrando alta de 1% no acumulado do ano. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. É o primeiro resultado anual positivo após dois anos seguidos de queda. No quarto trimestre, o resultado foi de 0,1%, na comparação com os três meses anteriores.

O IBGE mede a produção da economia de duas formas: sob o ponto de vista dos setores que produzem e dos que consomem.
No lado da produção, o destaque foi o setor agropecuário, que cresceu 13% no acumulado do ano. O país colheu uma safra recorde no início de 2017, o que fez os preços dos alimentos caírem e a inflação ficar em patamares baixos. O destaque no ano foi para a produção nas culturas de milho (alta de 55,2%) e soja (19,4%), segundo o IBGE.
Os serviços avançaram 0,3%, e a indústria registrou mesmo nível de produção que no ano anterior (variação de 0%). O total produzido no ano foi de 6,559 trilhões de reais.

Sob a ótica da demanda, o crescimento aconteceu por causa do consumo das famílias, que foi 1% maior em 2017 que no ano anterior. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é que esse componente permanecerá em alta em 2018, impulsionado pelo aumento no emprego formal e inflação e taxa de juros baixas.
Tanto os gastos do governo quanto os investimentos aconteceram em níveis menores em 2017 que em 2016 – -0,6% e -1,8%, respectivamente. As exportações cresceram 5%, enquanto as importações subiram 5,2%.

Trimestre
Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, a indústria foi o principal resultado positivo do setor produtivo. O crescimento foi de 0,5%, segunda alta consecutiva neste tipo de comparação.  A indústria de transformação cresceu 1,5%, e a construção ficou estável (0,0%).

Os serviços também voltaram a registrar alta pelo quarta vez seguida (0,2%) e a agropecuária teve estagnação no último trimestre (alta de 0%) frente ao período anterior. “O grande impacto positivo da agricultura foi no começo de 2017, por causa da safra recorde. Ao longo do ano, os dados foram piorando”, avalia o diretor de pesquisa macroeconômica do Ipea, José Ronaldo Júnior.

No lado da demanda, o maior aumento foi nos investimentos, que cresceram 2%. Para Ronaldo Júnior, é importante notar que a importação de itens que servem para a fabricação de outros (bens de capital) subiu no fim do ano. Dessa forma, o resultado positivo dos investimentos no fim do ano indica uma situação melhor que no acumulado de 2017. ”
O consumo das famílias (0,1%) e do governo (0,2%) também subiram nos últimos três meses do ano frente ao trimestre anterior.


O 1% é pouco, mas é o fim oficial de uma das piores recessões do país





O 1% redondo em que fechou o PIB de 2017 é pouco, mas é o fim oficial da recessão brasileira. Fica claro que o que puxou o PIB para fora do buraco foi a Agropecuária, que teve uma alta de 13%, os Serviços fecharam o ano com um resultado muito pequeno, de 0,3%, e a Indústria tem apenas a comemorar o fato de não ter caído novamente. Ficou em zero.

O Brasil viveu uma das piores recessões de sua história desde o fim de 2014. Ao ser encerrada agora, com este número, deixa uma série de traumas e cicatrizes. O país tem um exército de desempregados, uma deterioração no mercado de trabalho, o PIB vai demorar a recuperar o que perdeu, a indústria encolheu. A Agropecuária conseguiu se levantar primeiro pela força de preços melhores, um bom clima no ano passado, e um investimento em maior produtividade.

O campo brasileiro tem aumentado sua capacidade de produção todos os anos, em todos os cenários.  É uma pena que uma parte do Agronegócio defenda bandeiras tão ultrapassadas, porque o setor é agil, competitivo e uma parte dele se moderniza rapidamente


Veja/Globo


Facção de São Paulo avança no Rio e vira desafio à segurança



Facção controla favela carioca. Informação já foi enviada à equipe de intervenção





Em meio à intervenção federal no Rio, um relatório da inteligência, que já chegou à central de dados do general Walter Souza Braga Netto, revela uma movimentação do tráfico preocupante: detido no presídio de Porto Velho, em Rondônia, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, trocou de facção e, há 20 dias, integra uma das mais violentas organizações criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. O grupo passa, agora, a ter, pela primeira vez, o controle de uma favela do Rio, a Rocinha. A comunidade — palco de uma guerra entre traficantes que já dura seis meses — é um dos principais entrepostos de venda de drogas na cidade. Para especialistas, a nova configuração do crime organizado pode ter impacto na violência do estado. O porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Carlos Frederico Cinelli, disse ontem que o Exército não comentaria a informação.

Nem, que era da facção Amigos dos Amigos (ADA), domina hoje metade da Rocinha. A outra parte está sob o controle de seu arqui-inimigo, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que foi para o Comando Vermelho (CV) recentemente. O objetivo de Nem é se capitalizar para estender sua atuação para outros morros da cidade. O relatório reservado, ao qual os militares já tiveram acesso, ressalta que, além de vender armas para o bando de Nem, o PCC terá uma fatia dos lucros com a venda de drogas na Rocinha. A facção paulista é chefiada por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, que está preso.

GUERRA PODE SE AGRAVAR NA COMUNIDADE
Os traficantes ligados a Nem — que passam a integrar a TCP 1533, facção criada a partir da fusão do Terceiro Comando Puro (TCP) com o PCC — estariam planejando uma ofensiva na Rocinha para dominar todo o morro, o que pode agravar a situação na região. De acordo com a investigação, um carregamento de fuzis e munição já teria sido enviado para os “soldados” de Nem, que estão na Rocinha e em favelas do Complexo da Maré.

Os confrontos na Rocinha se intensificaram em setembro do ano passado e, até o último dia 28 de janeiro, 41 pessoas já tinham morrido. Uma das vítimas foi a turista espanhola Maria Esperanza Ruiz Gimenez, de 61 anos, baleada quando visitava a comunidade.

Medo nas ruas de São Paulo
Em maio de 2006, o PCC protagonizou uma onda de atentados no estado de São Paulo. A facção queimou mais de 90 ônibus e depredou prédios da polícia e do Corpo de Bombeiros. A guerra deixou 132 mortos.

O promotor de justiça André Guilherme de Freitas, que atua na Vara de Execuções Penais e acompanha as articulações de criminosos dentro do sistema penitenciário, disse que, em dezembro do ano passado, os presos da ADA já tinham sido separados dos detentos ligados ao TCP. Segundo ele, essa aliança do TCP com o PCC aumentará a violência no Rio já que a facção paulista adota práticas de terror: — Os integrantes do PCC são terroristas, que matam agentes públicos e corrompem autoridades. Eles não querem ter importância secundária no Rio e, por isso, cobiçam a Rocinha. O objetivo é ter protagonismo aqui na cidade, como já conseguiram no Brasil. É o projeto deles: começam pela Rocinha e depois avançam para o Vidigal — afirmou o promotor.

A facção chefiada por Marcola é especializada em atravessar a fronteira do Brasil com o Paraguai para trazer armamento pesado. A tensão na Rocinha pode aumentar porque o CV controla uma parte da favela. Os confrontos recentes tiveram início justamente na rivalidade entre Nem e Rogério 157, que está preso em Bangu I. Os dois já foram aliados.

Antropólogo e ex-capitão do Bope, Paulo Storani disse que, caso o PCC consiga dominar toda a Rocinha, haverá um monopólio do crime na cidade. — A lógica do crime é a seguinte: o inimigo do meu inimigo é meu amigo. O plano do PCC é dominar o território, se aliando a outras facções. O que importa é o poder econômico. Além da Rocinha estar estrategicamente na Zona Sul, ela tem um consumo interno grande: são cerca de 80 mil habitantes. Se o PCC dominar toda a favela, será uma passo importante para se consolidar no Rio. O PCC usa um modelo próximo ao de uma ditadura. Se não houver adesão livre, eles eliminam os opositores.

O Globo
 

 

Exército vai expandir operações para outras quatro regiões do Rio

Além da cidade do Rio, os interventores federais já definiram outras quatro regiões do estado em que o Exército concentrará seu planejamento para combater o tráfico de drogas e, como dizem, reformar a capacidade operativa das polícias Civil e Militar.
A atuação dos militares irá abranger áreas turísticas, como Paraty e Angra dos Reis, no litoral sul, Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana, e Baixada Fluminense.
Também há previsão de operações no norte do estado, onde ficam os municípios petroleiros de Macaé e Campos.

Essas quatro áreas são consideradas importantes porque foram justamente os locais para onde o tráfico de drogas expandiu seus territórios em reação ao projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), que ocupou favelas na capital anos atrás.A política das UPPs, porém, começou a ruir com o agravamento da crise política e financeira do Estado. Estudo da PM cita 13 confrontos em áreas com UPP em 2011, contra 1.555 em 2016. Nesse vácuo, o número de confrontos entre grupos criminosos aumentou. Com a escalada nos índices de violência no estado, o presidente Michel Temer (MDB) decretou a intervenção federal na segurança pública do Rio, medida inédita no país e que contou com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (MDB).

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, na prática, virou o chefe das forças de segurança do estado, como se acumulasse a Secretaria da Segurança Pública e a de Administração Penitenciária, com PM, Polícia Civil, bombeiros e agentes carcerários sob o seu comando. A evasão de criminosos para o interior fez disparar os indicadores de crimes nesses locais, principalmente na Baixada, que concentra 12 municípios e cerca de 3,5 milhões de habitantes.

Já cidades como Angra e Paraty, dois dos principais destinos turísticos do Rio, já viviam desde os anos 1990 um processo de favelização.  Nos últimos cinco anos, esses municípios experimentaram uma lógica de ocupação de comunidades pelo tráfico semelhante à que historicamente ocorre na capital. Facções disputam territórios na região, o que fez subir nesses locais os índices de letalidade violenta, indicador que soma ocorrências de homicídios dolosos (quando há intenção), mortes por ação policial, latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte. 

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