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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Metralhadora giratória

Os candidatos atiram uns nos outros, para sobreviver e enfrentar PT e Bolsonaro


Com o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, hoje dos candidatos aos governos, amanhã dos presidenciáveis, a eleição muda totalmente de figura. Vão-se os senhores e senhoras elegantes e propositivos e entram no ar verdadeiros digladiadores. Sem defender propostas objetivas até aqui, agora partem para o ataque.  Jair Bolsonaro já descartou vestir a fantasia de “Jairzinho Paz e Amor”, numa referência ao “Lulinha Paz e Amor” da eleição de 2002. E é ele, Bolsonaro, quem tem uma verdadeira metralhadora giratória contra PT, Marina, Alckmin, Ciro… Por quê? Porque é campeão simultaneamente de votos e de rejeição nos cenários sem Lula. Assim, ele tem fortes chances de chegar ao segundo turno e iguais chances de ser derrotado então por qualquer um dos demais. Assim, atira para todo lado.

Se chegar ao segundo turno contra Lula/Haddad, ele pode reunir todos contra ele e se tornar grande instrumento da vitória do PT. Seus eleitores atiram no que veem – Bolsonaro – e acertam no que não veem – o PT. Arriscam-se a conseguir o oposto do que pretendem: a volta do PT ao poder, na tentativa justamente de evitá-la.  Pelas pesquisas, Bolsonaro ainda bate Haddad, até porque ele nem candidato é ainda, mas perde de Alckmin, Marina, Ciro. Logo, mira Alckmin, Marina, Ciro, que, aliás, acusou o adversário de “Hitlerzinho tropical”, com uma diferença: Hitler, segundo ele, tinha mais recursos intelectuais. [Ciro é tão sem noção, tão desorientado,  que simplesmente ameaçou receber a bala o pessoal da Lava Jato, incluindo o juiz Moro - um cara desses tem condições de ser sequer síndico de condomínio?
Confira aqui: Ciro Gomes mira em Moro e acerta a própria testa.]

Se apanham do líder das pesquisas sem Lula, os demais se engalfinham entre eles, disputando quem consegue derrotar tanto Bolsonaro quanto o PT no segundo turno. Nos bastidores, entre um cafezinho e outro, todos têm um alvo prioritário. Enquanto Bolsonaro vai de vento em popa e Haddad tem enorme potencial, [o enorme potencial do Haddad é para perder já no primeiro turno (com ou sem o apoio do presidiário de Curitiba.)] os demais, aí incluídos João Amoedo, Alvaro Dias e Henrique Meirelles, parecem preocupados mesmo é com Alckmin.

Patinando nas pesquisas de primeiro turno, tirando o sono dos aliados, perdendo votos para Bolsonaro e Dias, por que se preocupar e gastar tempo, saliva e munição com o tucano? Pela percepção de que, com a coisa caminhando para um segundo turno entre Bolsonaro e PT, o tucano pode virar o principal beneficiário do voto útil contra os extremos.

A campanha de Alckmin, que não combina com tiro e guerra, parece cheia de dúvidas sobre como usar o imenso tempo de TV (40% do total). Contra o capitão, entrincheirado nas redes sociais? Ou contra o PT? Na estreia, partiu para cima de Bolsonaro e sua obsessão por armas. E ele reagiu.  Hoje, Marina Silva é quem se destaca no pelotão anti-PT e anti-Bolsonaro, mas ela, Ciro, Alckmin, Dias, Meirelles e Amoedo não parecem tirar votos dos dois, mas deles mesmos, estimulando uma corrida em círculo dos quase 40% de eleitores e eleitoras indefinidos, que pulam de um em um, sem saber em qual deles se fixar.

Marina e Ciro, com um risco adicional. Ambos lideram no Nordeste e dobram seus votos, ela para 16%, ele para 10%, quando Lula não está nas pesquisas. Mas, assim que o eleitor perceber que Haddad é Lula, eles tendem a perder esse diferencial e recuar, em vez de avançar.  Tudo somando, a eleição tem Bolsonaro consolidado de um lado, Haddad ameaçando de outro e o resto embolado e errando o alvo. Sem contar que Bolsonaro tem a turma da bala, do grito, da agressão, enquanto o PT não tem o menor prurido em acionar “aloprados” e já foi pego pagando mercenários para atirar mentiras nas redes contra adversários, jornalistas, analistas e eleitores anti-Lula/Haddad.

A propaganda eleitoral, portanto, começa em clima de guerra e sem limites. Salve-se quem puder! E salve-se a democracia!

Eliane Cantanhêde -  O Estado de S. Paulo


Bolsonaro vira alvo preferencial de adversários



Campanha do PSL deixará com militância resposta aos ataques na internet



 Líder nas pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSL) entrou na mira de seus adversários, que passaram a disparar ataques nas redes sociais, em peças publicitárias e em entrevistas. Como resposta, a equipe do ex-capitão já traçou uma estratégia, baseada em ação de militantes no WhatsApp. 



A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou na quinta-feira um vídeo com o mote “não é na bala que se resolve”, em referência à agenda de Bolsonaro pró-armamento. Ao longo de um minuto, a propaganda mostra um projétil destruindo, em câmera lenta, objetos que representam problemas do país. Depois, quando o alvo é uma criança, a bala some com a frase “não é na bala que se resolve”.

O vídeo usa a mesma ideia de uma peça publicitária criada pela agência AMV/BBDO, de Londres, para uma rádio local em 2007. Chamado “Kill the gun” ( “Acabe com as armas”), o filme mostra uma bala atravessando a tela e quebrando, também em câmera lenta e ao som da mesma música clássica, um ovo, um copo de leite, uma pote de ketchup, uma maçã e um melão com a mesma ideia final e um slogan da campanha contra violência patrocinada pela rádio Choice FM. Esse vídeo é o primeiro de um arsenal de 434 inserções disponíveis para a campanha de Alckmin. Os candidatos Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também passaram a citar diretamente Bolsonaro em suas falas. [os rivais de Bolsonaro ao veicular mensagens contra o capitão, estão na realidade divulgando as ideias do deputado Jair Bolsonaro e demonstrando o acerto das mesmas - quando temos elementos para combater algo, apresentamos as ideias combatendo, nada de divulgar o que o adversário propõe.
Continue assim. É ótimo.
Todos lembrar que o Bonner e a Renata entraram anteontem para triturar Bolsonaro, não conseguiram e o futuro presidente do Brasil, ainda dançou um sapateado flamengo  sobre os dois apresentadores.]


Bruno Goes, Cristiane Jungblut, Maria Lima, Silvia Amorim, Dimitrius Dantas e Jussara Soares  - O Globo