Prepare seu bolso! A bandeira para o
mês de novembro será amarela, com custo de R$ 1,50 a cada 100 kWh
(quilowatt-hora) consumidos. Nossa soviética burocracia tupiniquim é
implacável. Fique pt da vida com o cínico economês do noticiário: “O Programa Mensal de Operação (PMO)
do Operador Nacional do Sistema (ONS), a condição hidrológica está menos
favorável o que determinou o acionamento de térmica com Custo Variável Unitário
(CVU) acima de R$ 211,28 e consequente impacto no custo marginal de operação (CMO)
em todos os submercados”.
Traduzindo: nós, otários, vamos pagar
uma conta de energia mais absurda ainda. A história se repete como farsa no
Brasil Capimunista, dominado pela ideologia rentista, com uma máquina
centralizadora, cartorial, cartelizada, corrupta e canalha. Os políticos e
empresários ladrões roubam, cometem toda espécie de safadeza e incompetência no
setor energético e em toda área da infraestrutura. Assim, é a população quem
precisa refinanciar, de tempos em tempos, o elevado “Custo Brasil”.
É por sangrarmos novamente no bolso
que precisamos nos rebelar contra atitudes cretinas como as exibidas ontem no
noticiário político. Foi patética a reunião do Presidente Michel Temer com os
Presidentes da Câmara e do Senado, junto com a Presidente do Supremo Tribunal
Federal. Foi tragicômico ouvir o maridão da Marcela, no final do encontrão,
alegar que prevalece uma “harmonia absoluta” entre executivo, legislativo e
judiciário.
Em plena guerra de todos contra
todos, cujo lema é o salve-se quem puder, fica cada vez mais evidente que o
Brasil é refém, na verdade, de um “absolutismo harmônico”. Os poderosos se
juntam sempre que a situação se torna insustentável para justificar para a
população por que tanta safadeza prospera na União das Repúblicas Soviéticas de
Bruzundanga. Até outro dia, quem dava as cartas era o $talinácio – agora em
desgraça...
Foi nojento ver a atuação teatral,
absolutamente falsária, de um Renan Calheiros tentando limpar sua barra com
elogios amáveis à ministra Carmem Lúcia. Pior foi a cínica sinceridade exibida
no aperto de mãos entre Renan e o Alexandre Morais – ministro da Justiça que
fora chamado de “chefete da Polícia Federal”.
No próximo dia 3 de novembro, um dia
depois do feriado de finados, o Supremo Tribunal Federal não terá o direito de
vacilar na decisão que deixará claro que réu em ação penal não pode continuar
figurando na linha de sucessão presidencial. A regrinha já valeu para
defenestrar Eduardo Cunha do comando da Câmara Federal. Agora, o princípio da
isonomia terá de ser aplicado, com justiça plena, contra Renan Calheiros.
Se o STF relativizar a interpretação
da regra, em nome de uma “governabilidade” que inexiste, os brasileiros terão mais
uma prova de que estamos em plenas trevas da Democracia – com prevalência da
Insegurança do Direito. Prepare o bolso para pagar a energia
mais cara. O desgoverno do crime institucionalizado não deseja apagar tão cedo
sua tenebrosa luz...
Fonte: Alerta Total - Jorge Serrão
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