Comenta-se em voz baixa nos
corredores e todos os cantos das "fofocas" da Praça dos Três Poderes, em
Brasilia, que até fevereiro de 2022 Sérgio Moro terá
ultrapassado. Bolsonaro nas pesquisas. Esse
fulminante crescimento da candidatura Moro, pelo "Podemos" , tem
ocasionado a total perda de compostura e mesmo qualquer "classe" do
"Clã Bolsonaro", formado pelo Presidente e seus filhos, "políticos de
carreira", tanto que no seu ato de filiação ao PL, que abrigará a
candidatura de Jair Bolsonaro, seu filho Flávio Bolsonaro chamou Moro de
traidor, e no dia 2 de dezembro,o "capitão" também chamou-o de "palhaço" e
"sem caráter". [os filhos do presidente Bolsonaro e o próprio, costumam se exceder em determinados momentos, mas os brasileiros sensatos admitem sem dúvidas ou ressalvas que os integrantes do CLÃ BOLSONARO, citados, foram felizes na adjetivação aplicada ao ex- juiz: ex-ministro? ex-candidato? qual desses EX cabem ao ex-magistrado? TODOS e outros surgirão, já que a única qualidade constante no EX é ser inconstante.]
Mesmo sem procuração para defender Moro,a
verdade é que ele não traiu ninguém, e sim foi traído, pelo constrangimento (e "traição") a que foi submetido pelo
Presidente quando Ministro da Justiça e Segurança Pública,que certamente
a essa altura já sentia-se ameaçado pelo crescente prestígio e
"concorrência" de Moro ao seu "reinado" e reeleição.
Nesse exato sentido Moro tinha
que ser "queimado", pela sua "concorrência desleal", ao pretenso "dono"
da presidência da república. E Bolsonaro "aprontou" para
Moro,desmoralizando-o publicamente à frente do Ministério que
comandava,não lhe restando outra saída que não o "pedido de
demissão",uma forma muito "esperta" de demitir alguém.
A
grande dúvida que persiste no ar sobre a tendência "ideológica" de
Moro, se realmente acabar dando uma "final" de segundo turno ,entre
ele e Lula,nas eleições de outubro de 2022,vai ser o "fiel da balança"
dessas eleições,mais precisamente,o PSDB,de "FHC & Outros Tucanos
Ltda". Se o PSDB apoiar Lula no segundo turno, Moro estará sendo
absolvido da acusação que tem sofrido de ser um esquerdista "enrustido".
Mas
também enxergo o risco de repetição do "Pacto de Princeton", assinado
nos Estados Unidos, em 1993, entre Lula e FHC, representantes, respectivamente, do
PT/Foro San Pablo, e do "Diálogo Interamericano", baseado na "Estratégia
das Tesouras",de Hegel e Marx,como as duas lâminas de uma tesoura
partindo de sentidos opostos,mas se encontrando ao final da
"operação", pela qual a esquerda sempre deveria disputar as eleições com
uma esquerda verdadeira e outra falsa,dissimulada,sem cores aparente de
esquerda. Mediante essa estratégia, a esquerda sempre sairá vencedora.
Nessas
próximas eleições o papel do candidato "oficial" do PSDB.João
Doria, será certamente um mero "faz-de-conta",para preencher uma
mera "formalidade", tanto quanto foram no passado José
Serra, Alckmin, Aécio Neves,e todos os outros,"menos" o próprio FHC. Na
verdade o PSDB estará apoiando,por "baixo dos panos", Lula ou
Moro,conforme a evolução dos acontecimentos.E torço para que
Moro não acabe caindo numa armadilha da esquerda,dela se tornando
"refém",se for o caso, apoiado pelo PSDB.no segundo turno.
Dúvidas
finais:quem a esquerda apoiaria numa eventual "final" entre Bolsonaro e
Moro:? E os bolsonaristas,numa "final" entre Moro e Lula? E os
"moristas", entre Bolsonaro e Lula? E a "conclusão": certamente
a posição mais "confortável" entre todas as correntes políticas na
próxima eleição está sendo a do PSDB,que "governará", talvez em medidas
um pouco diferentes,tanto com a eleição do seu próprio candidato,João
Doria, quanto com Lula ou Moro,dependendo do apoio "certo" no segundo
turno.
[A administração, consideração e respeito que este Blog Prontidão Total dedica ao ilustre articulista Sérgio, nos impede que refutemos, linha por linha, a matéria brilhante na apresentação, mas que tenta defender o indefensável.
Assim nos limitamos a destacar que o ex é candidato por um tal de 'podemos', desconhece o senso de lealdade, ignora que honra e lealdade são inseparáveis, que pesquisas com quase um ano de antecipação são iguais nuvens e que só perdem na capacidade errar para as 'fofocas' de Brasília.]
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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