Revista Oeste
O vice-líder do governo Lula na Câmara, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), está coletando assinaturas para protocolar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as joias dadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-AP) é coautor do pedido. A proposta pode ser uma tentativa do governo petista para criar uma cortina de fumaça, a fim de ofuscar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Até o momento, a solicitação conta com cem assinaturas. Os deputados começaram a coletar as adesões desde a quinta-feira 9, mas, segundo eles, o trabalho em prol da CPI se intensificou na segunda-feira 13. Para a abertura de uma CPI é necessário ter, no mínimo, 171 assinaturas.
“Seguimos articulando para atingir o mínimo exigido pela lei e investigar essa situação escabrosa, repleta de provas e indícios das relações promíscuas entre a cúpula do governo Bolsonaro e os sauditas”, disse Correia. “Não assinar a CPI das joias é compactuar com o desrespeito ao Estado brasileiro e acreditar que relações escusas como as expostas são aceitáveis.”
Segundo os autores, a proposta da CPI é realizar uma análise política na Câmara, devido aos “indícios de propina” que existem no caso. Oeste teve acesso ao texto-base da proposta, mas o conteúdo da CPI pode ser alterado até que o documento seja protocolado ou até que aconteça a votação do plano de trabalho.
Bolsonaro ficou com um estojo de joias recebido como presente da Arábia Saudita. Outro pacote, destinado a Michelle, ficou retido na Receita Federal. “Não houve nenhuma ilegalidade. Segui a lei, como sempre fiz”, disse o ex-presidente à CNN.
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