J. R. Guzzo
O ministro da Justiça, Flávio Dino.| Foto: Tom Costa/MJSP
Entre 2007 e 2016, em pleno reinado do sistema Lula-Dilma, o governo colocou em execução um programa de segurança pública que, em vez de proteger os cidadãos oprimidos pelo crime, se destinava a garantir os chamados “direitos” dos criminosos – na mesma linha das leis em favor da impunidade aprovadas sistematicamente pelo Congresso, ano após ano, por pressão de advogados criminalistas e ONGs diversas, e ampliadas de forma cada vez mais agressiva pelos tribunais superiores de Justiça. O único resultado visível do programa foi que, durante sua vigência, o número de assassinatos no Brasil aumentou de 44.600 por ano para 57.800.
A partir de 2018, o governo passou a fazer exatamente o oposto. A quantidade de homicídios começou a cair e continuou caindo, sem parar, durante cinco anos seguidos. No ano passado chegaram a menos de 41.000 – o menor número da série histórica, iniciada em 2007. Durante esse período cerca de 1 milhão de armas foram compradas legalmente pela população; os sociólogos, que dizem todos os dias na mídia que o acesso a armas produz mais homicídios, declaram que se trata de um “fenômeno inexplicável”.
A grande prioridade, agora, volta a ser a defesa do bem-estar material, mental e legal dos criminosos.
Suas ONGs, e não a polícia, vão receber mais verbas públicas. Há uma ofensiva obsessiva contra o direito dos cidadãos se armarem. Promete-se um programa para soltar presos (segundo o governo, as penitenciárias estão cheias demais) e altos caciques do governo propõem a liberação de drogas como solução para o problema do tráfico e da sua violência. O ministro da Justiça, justo o da Justiça, faz uma visita abertamente amistosa a um dos piores focos do crime no Rio de Janeiro, a favela da Maré; diz que foi fazer uma “ação social”, ou coisa parecida.
J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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