Ao que parece, o plano do governo Lula de instalar a CPI no Senado para minar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso deu errado. Ao todo, nove senadores retiraram suas assinaturas. O pedido de Soraya encontra-se em um verdadeiro limbo, pois não se sabe o que Pacheco vai fazer com os outros 20 senadores, que não confirmaram e nem recuaram da solicitação.
A própria parlamentar está “no escuro”. Segundo interlocutores, a falta de posicionamento desses 20 senadores será entendida como uma rejeição à comissão. Desse modo, as assinaturas dos 20 serão invalidadas. A CPI no Senado, provavelmente, será arquivada.
Devido à demora na leitura do requerimento por parte de Pacheco, a senadora acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), em 16 de fevereiro, contra o senador mineiro. Ela acusou o presidente da Casa de “atuação política”, “antidemocrática”, “omissão”, “resistência” e “interesse pessoal” contra a instalação da CPI.
Em resposta ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso, Pacheco disse que o requerimento foi apresentado na legislatura passada. “Uma legislatura, em outras palavras, não pode cometer à seguinte o dever de criar ou de prosseguir em inquérito parlamentar”, observou.
A senadora, por sua vez, rebateu Pacheco, argumentando que a fala dele não se aplicava no caso da CPI. “Pacheco citou o artigo 332, mas não mencionou em seu texto que o inciso 2 do artigo diz claramente que não serão arquivadas proposições de senadores que estejam no curso do mandato ou que tenham sido reeleitos”, defendeu a senadora.
Redação - Revista Oeste
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