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terça-feira, 30 de junho de 2015

Em termos de alta da inflação e dos juros, no governo da economista Dilma, também doutora em nada, o céu é o limite



Previsão de analistas para o IPCA neste ano sobe a 9%
Economistas também elevam projeção de Selic a 14,5% em 2015
Apesar de o Banco Central ter subido o tom do discurso de combate ao aumento de preços e de a equipe econômica diminuir o teto para a meta de inflação em 2017, os economistas do mercado financeiro traçaram um cenário pior para economia brasileira com mais inflação, recessão e juros. E todo esse ajuste esperado para a economia neste ano não mexeu nas projeções de inflação do ano que vem, o alvo do BC. 

Ao contrário, só retraiu a possibilidade de crescimento em 2016.  Os analistas das principais instituições financeiras, ouvidos na pesquisa semanal do Banco Central, aumentaram a previsão de inflação de 8,97% para 9% (a mesma esperada pelo BC) neste ano. Já a aposta para os juros básicos da economia subiu de 14,25% ao ano para 14,5% ao ano. E a previsão de recessão em 2015 passou de 1,45% para 1,49%.

Depois da leitura de que o BC será mais rigoroso, a ideia é que a autarquia deve aumentar a taxa Selic, que está em 13,75% ao ano, em mais 0,5 ponto percentual em julho e mais 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro. A política monetária só seria afrouxada no ano que vem. Mesmo com mais juros, remédio contra o aumento de preços, o mercado não mexeu nas expectativas para a inflação em 2016.

Segundo o levantamento do Banco Central, a perspectiva para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou estável em 5,5% no ano que vem. É o mesmo patamar das últimas seis semanas.  Estamos chegando no limite do fundo do poço. Esses ajustes nos levam a uma estagflação que deve ter seu pico no segundo semestre. Apesar de ser feita com números, economia é uma ciência social. Não é adivinhação, mas é percepção de que as coisas não vão melhorar — argumentou o professor do Ibmec Gilberto Braga.

Por outro lado, mais juros significa uma retomada mais lenta da economia em 2016. A estimativa para o crescimento da atividade econômica caiu de 0,7% para 0,5%. Essa foi a terceira revisão para baixo consecutiva.