Previsão de analistas para o IPCA neste ano sobe a
9%
Economistas
também elevam projeção de Selic a 14,5% em 2015
Apesar de
o Banco Central ter subido o tom do discurso de combate ao aumento de preços e
de a equipe econômica diminuir o teto para a meta de inflação em 2017, os economistas do mercado financeiro traçaram um cenário pior
para economia brasileira com mais
inflação, recessão e juros. E
todo esse ajuste esperado para a economia neste ano não mexeu nas projeções
de inflação do ano que vem, o alvo do BC.
Ao contrário, só retraiu a possibilidade de crescimento em 2016. Os analistas das principais instituições
financeiras, ouvidos na pesquisa semanal
do Banco Central, aumentaram a previsão de inflação de 8,97% para 9% (a
mesma esperada pelo BC) neste ano. Já a aposta para os juros básicos da economia subiu de 14,25% ao ano para 14,5% ao ano. E a previsão de recessão em 2015 passou
de 1,45% para 1,49%.
Depois da leitura de que o BC
será mais rigoroso, a ideia
é que a autarquia deve aumentar a taxa Selic, que está
em 13,75% ao ano, em mais 0,5 ponto
percentual em julho e mais 0,25 ponto
percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de
setembro. A política monetária só seria afrouxada no ano que vem. Mesmo com
mais juros, remédio contra o aumento de preços, o mercado não mexeu nas
expectativas para a inflação em 2016.
Segundo o levantamento do Banco
Central, a perspectiva para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou
estável em 5,5% no ano que vem. É o mesmo patamar das últimas seis semanas. Estamos chegando no
limite do fundo do poço. Esses ajustes nos levam a uma estagflação que deve ter seu pico no segundo semestre.
Apesar de ser feita com números, economia é uma ciência social. Não é adivinhação, mas é percepção de que as coisas não vão melhorar — argumentou o professor do Ibmec
Gilberto Braga.
Por outro
lado, mais juros significa uma retomada
mais lenta da economia em 2016. A estimativa para o crescimento da atividade econômica caiu
de 0,7% para 0,5%. Essa foi a terceira revisão para baixo consecutiva.
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