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domingo, 17 de janeiro de 2021

Senado pode liberar vacina russa

Segundo a empresa brasileira União Química, o Senado está atualmente avaliando medida provisória,  já aprovada pela Câmara dos Deputados, que permite o uso de vacinas registradas e em uso por vários outros países, incluindo a Rússia. Isso liberaria o uso da Sputinik V  no Brasil, que ainda não conseguiu a autorização da Anvisa.
 
[A BEM DA VERDADE:
O Senado Federal não pode liberar, ou deixar de liberar, nenhuma vacina - a competência permanece com a Anvisa.
O que o Senado Federal pode fazer no presente caso, tem competência constitucional para fazer, é aprovar Medida Provisória editada pelo Presidente da República (que tem competência constitucional exclusiva para tanto) e aprovada pela Câmara que muda algumas regras na legislação, permitindo que a Anvisa libere o uso emergencial da Sputinik V - é o óbvio, mas muitas vezes  tem que ser esclarecido.]

A empresa brasileira União Química informou que irá entregar as informações técnicas  necessárias solicitadas pela Anvisa para a autorização de uso emergencial da Sputinik V. A empresa afirma que a Anvisa não negou o registro, apenas solicitou  mais informações. A Anvisa ontem (16/01) divulgou que tinha devolvido o pedido de liberação da Sputinik, porque “não atendia aos requisitos mínimos para análise”.

Em comunicado oficial, a União Química Farmacêutica Nacional e o RDIF, Fundo Russo de Investimentos, informaram hoje que  “a ANVISA solicitou informações adicionais, que serão fornecidas em breve. Este procedimento é padrão das agências reguladoras e não significa que o registro foi negado.”

A vacina Sputnik V já está registrada na Servia, Belarus, Argentina, Bolívia, Algeria, Palestina, Venezuela e Paraguai. O registro em mais dois países é aguardado para a próxima semana. [a vacina russa, a exemplo da chinesa, não tem registro e não é utilizada em nenhum país desenvolvido.]

Contrato assinado
As fábricas no DF e em Guarulhos (SP) da União Química já estão prontas para começar a produção da Sputinik. A empresa brasileira fechou contato na semana passada com a Rússia e garantiu 10 milhões de doses de vacina. No entanto, aguarda autorização da Anvisa para o uso emergencial.

Capital S/A - Correio Braziliense