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domingo, 25 de fevereiro de 2018

A medonha privataria de Interlagos



Essência predatória foi imposta às administrações públicas nacionais

Está aí para quem quiser ver um exemplo da essência predatória que a privataria impôs às administrações públicas nacionais. A gestão do prefeito João Doria, de São Paulo, divulgou seu plano de privatização da área de 960 mil metros quadrados do autódromo de Interlagos. Prevê a concessão de 14% da área para construção de torres, mais 25 prédios, um shopping center e um complexo empresarial. A pista de corridas continuará lá, e será criado um parque público.

Parece uma boa ideia, mas vem do Rio, do descortino do então governador da Guanabara Carlos Lacerda (1960-1965) e da audácia de Lota Macedo Soares, o exemplo do uso da coisa pública para o embelezamento de uma cidade e conforto de sua população. Em 1961, Lacerda tinha sob sua jurisdição uma área de 1,2 milhão de metros quadrados na orla do Flamengo, resultante do desmonte de um morro do centro da cidade. Era um monumental terreno baldio. Tinha tudo para virar uma área lúgubre, como as terras adjacentes às avenidas marginais de São Paulo. Lota entrou em cena e pediu poderes excepcionais para criar um parque de sonhos. Chamou o arquiteto Affonso Reidy para projetá-lo, e o paisagista Burle Marx para enfeitá-lo. Recrutou o iluminador americano Richard Kelly e ele criou aqueles postes de 45 metros de altura. Hoje o Parque do Flamengo é uma joia do Rio.

Lota era uma mulher miúda e valente, namorada da poeta Elizabeth Bishop. Ela foi radical, expulsando a especulação imobiliária, e Lacerda, o Anticristo da esquerda, apoiou-a. A ideia era fazer um parque, uma coisa pública. Doria foi radical no sentido contrário, o da coisa privada. Sua ideia é fazer um empreendimento imobiliário, mantendo um autódromo girafa. (A pista de Monza fica dentro de um parque e a de Mônaco, numa malha urbana.)

Existe a ideia do negócio, mas não existe um plano de parque. O Brasil tem arquitetos e paisagistas capazes de criar um novo Aterro do Flamengo em Interlagos, mas não se falou nisso. Qualquer trainee de banco de investimentos é capaz de desenhar a engenharia financeira própria para sustentar o investimento e a manutenção da área com a construção de quantas torres forem necessárias.

O CHEFE MILITAR GARANTE A LEI
Em novembro passado realizou-se uma operação conjunta de tropas do Exército e da polícia do Rio no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Onze pessoas foram baleadas e oito morreram, inclusive um padeiro de 19 anos que passava de moto pela área. Até hoje há um tiroteio de versões, mas não se conhecem os depoimentos dos 17 soldados que participaram da ação. Má ideia, mas ainda há tempo para que a patrulha revele o que aconteceu.  Situações desse tipo envolvem soldados, cabos, sargentos e, no máximo, tenentes ou capitães. Acima deles há coronéis e generais, sem os quais é impossível estimular silêncios.

Fala-se muito no que teria sido o revanchismo da Comissão da Verdade. Tudo bem, pode-se olhar para um caso ocorrido em 1971 no 1º Batalhão de Infantaria Blindada.
Chegou ao conhecimento do bispo da cidade, Dom Waldyr Calheiros, que, numa investigação de tráfico de drogas, 15 soldados foram torturados e quatro morreram. Uma sindicância teatral deu em nada, e os mortos foram classificados como desertores. Dom Waldyr denunciou o caso, e o comandante da brigada, general Walter Pires, reabriu a investigação. Um ano depois o tenente-coronel que comandava o batalhão, um capitão, um tenente, três sargentos, dois cabos e dois policiais civis foram condenados pela Justiça Militar a penas que somaram 473 anos de prisão. [situações diversas: ao que consta em Salgueiro suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, reagiram à abordagem policial e os militares tiveram que reagir usando a força necessária;
apontar um padeiro de 19 anos como exemplo de inocente - buscando como é habitual em todo confronto que ocorre no Rio atribuir culpa à ação policial apontam uma das vítimas como um inocente motoqueiro que passava pelo local - é fácil, já que a população das favelas costumam depor conforme os traficantes determinam e identificar como culpado que os traficantes apontam.
No caso do 1º BIB os acusados eram militares com pouca possibilidade de serem os criminosos e houve precipitação dos investigadores.]
O capitão defendeu-se dizendo que, no ambiente político da época, cumpriu ordens: “Ou são todos responsáveis ou ninguém é responsável”.
Walter Pires foi mais tarde ministro do Exército.

O que o tenente-coronel e o capitão fizeram cabia na moldura do que se fazia nos DOI-Codi. Nessa ponta da questão, em 2013, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI de São Paulo, disse à Comissão da Verdade: “Quem deveria estar aqui é o Exército Brasileiro. Não eu”. Ustra jamais foi repreendido em sua carreira militar e ao tempo em que comandou o DOI era um simples major. [NUNCA nada foi provado contra o coronel Ustra, um herói nacional e que apenas cumpriu o DEVER.]

(...)

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e soube pelo deputado Rodrigo Maia que Temer cogitou criar um imposto para custear seu programa de Segurança. O cretino achou a ideia boa e pensa em sugerir a criação das PPB, Parceria Pública com Bandido, com um Pró-Pó.

A bandidagem recolheria anonimamente 10% do produto de seus assaltos e da venda de cocaína. Receberiam bônus ao portador, que poderiam ser trocados por redução dos dias de cadeia quando fossem capturados.


MATÉRIA COMPLETA, em O Globo
 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

A fritura dos tucanos

Aécio e Alckmin foram para o espaço, e o PSDB vai para o colo de Doria, mas fica a pergunta: Quem é esse Doria?

Tucano tem uma peculiaridade. Quando alguém discorda dele, o doutor repete o que acabou de dizer. Afinal, sua sabedoria é tamanha que se alguém discorda, isso é sinal de que não entendeu. Mesmo aceitando-se essa superioridade intelectual, a última pesquisa do Datafolha mostrou que chegou a hora de o tucanato entender que Aécio Neves e Geraldo Alckmin estão na frigideira.


Presidente do PSDB, o neto de Tancredo Neves governou Minas Gerais durante oito anos, elegeu seu sucessor, teve 51 milhões de votos na eleição de 2014 e hoje tem 8% das intenções de voto. Em alta, só a sua rejeição (44%), disputando com Lula (45%).

Geraldo Alckmin, o cidadão que por mais tempo ocupou o governo de São Paulo desde os tempos coloniais, foi candidato a presidente em 2006. Sua rejeição pulou de 17% para 28%, enquanto as intenções de voto em seu benefício caíram de 8% para 6%. Só a propensão a repetir a proposta quando o interlocutor discorda (no caso, o eleitorado brasileiro) pode explicar que o tucanato ficasse preso na bola de ferro do dilema Aécio-Alckmin.

Atribuir a fritura dos dois às nuvens que a Odebrecht colocou em suas biografias é um exagero. Ambos estão em queda desde dezembro. Os dois foram corroídos pela ferrugem do tucanato e pela radioatividade que Michel Temer transmite aos seus aliados. Os sábios do PSDB também não podem reclamar da plataforma plutófila do presidente, pois ela se parece mais com a alma tucana do que com a esperteza do PMDB.
O instinto de sobrevivência do PSDB arrasta os tucanos para o colo do prefeito paulistano João Doria. O que ele representa, ninguém sabe, e pela sua conduta política, pode vir a representar qualquer coisa.

Intitula-se um “gestor”, linda palavra, uma das favoritas de Sérgio Cabral quando assumiu o governo do Rio. Capaz de encantar um conservadorismo órfão, Doria terá um ano para mostrar serviço.  Alguns de seus tiques assustam. Em certos momentos, seu sorriso lembra o de Jack Nicholson na inesquecível cena do museu de Gotham City, quando o “Joker” salva um quadro de Francis Bacon.

Doria oscila entre boas iniciativas e o mundo da lua.  Com o Corujão da Saúde, descongestionou a fila de exames médicos da cidade. Acabou com o tratamento de “excelência” nos documentos oficiais e extinguiu a edição em papel do Diário Oficial.
Quando vai para mundo da lua, aumenta a velocidade permitida em vias expressas ou tenta transformar o Uber num instrumento a serviço de fura-greves. Joia de sua coroa, o diretor da biblioteca municipal resolveu encrencar com o samba, logo com o samba.

O desenho final de seu projeto de privatizações, sobretudo a do Autódromo de Interlagos, mostrará se ele tem a cabeça de um Carlos Lacerda, criando o Aterro do Flamengo, ou de um Eduardo Paes, tentando entregar a Marina da Gloria ao empresário Eike Batista. Há um aspecto triste na ferrugem tucana. O partido de Franco Montoro, Mario Covas e Fernando Henrique Cardoso não formou quadros políticos. (Foi uma verdadeira usina de gênios, mas eles foram todos para bem- sucedidas carreiras no mercado financeiro). Obcecado pela figura de Lula, o PSDB fez-lhe tamanha oposição que se esqueceu de cuidar da própria identidade.

Fonte: Elio Gaspari - O Globo

 

terça-feira, 12 de maio de 2015

A cultura do desrespeito



Washington parece outro planeta. O motorista sorri. A cidade funciona. A vida flui. Gentileza gera gentileza
É cada vez mais deprimente voltar ao Brasil, depois de uns dias em cidade civilizada no exterior. A falta de educação nas grandes cidades brasileiras torna o cotidiano uma batalha diária. Isso para não falar na falta total de segurança. Física e econômica. O desrespeito das prefeituras e dos governos estaduais com as necessidades básicas do cidadão e do contribuinte – saúde, educação, moradia e transporte – contribui para provocar um êxodo, não só para fora do país. Casais de jovens, com ou sem filhos, começam a se mudar para cidades pequenas. Buscam relações mais humanas, gastos mais baixos, menos estresse, menos poluição, menos barulho, menos tempo no trânsito, menos risco de morrer atropelado, esfaqueado ou com um tiro no ponto de ônibus, no parque ou na praia. “Cansamos”, dizem.  “Não aguento mais abrir um jornal”, ouço falar. O problema não é o jornal, mas a realidade estampada na imprensa. Os exemplos do “Rio que dá certo” ou da “São Paulo que dá certo” são raros. Sem contar a devassidão moral e ética de nossos políticos, incomoda perceber que “o brasileiro cordial” não passa de um mito.

Não é o nível de escolaridade que conta. As festas no playground de meu prédio no bairro do Leblon são um retrato da falta de educação e civilidade da tal elite. Barulho absurdo, contra a convenção, e o lixo de garrafas, latas e gordura – para o porteiro limpar. No condomínio pequeno de Búzios onde tenho casa, ameaço chamar a polícia porque o som de funk e batidão eletrônico na piscina, misturado a gritos femininos de ca$*&#ralho, não deixa a neta dormir. Resposta: “Mas aqui na festa só tem delegado e policial”.

Estive em Washington em abril e me senti num “retiro espiritual”. As pessoas sorriem para você na rua. Do nada. Pedestres felizes, confiantes e desarmados. Como assim? No metrô, cede-se lugar a crianças. Não se empurra ninguém. Já os brasileiros... a moda agora é nem esperar a pessoa sair do elevador. Ao entrar numa farmácia ou pagar no caixa em Washington, você escuta: “How are you doing today?”, acompanhado de um sorriso. Os grandes supermercados são limpos, imaculados! Os produtos têm qualidade. Vinho francês Mouton Cadet a US$ 9,99. Carnes, peixes e frutos do mar frescos. Enorme oferta de orgânicos.

Impossível comparar os preços de carros com o Brasil. Dá inveja o esquema de leasing.
Não existe Detran em Washington, já pensou que maravilha? Não há obrigação de vistoria. Ninguém é refém de cartório. Caramba. Por que infernizam tanto a nossa vida?

Ninguém fecha e xinga no trânsito nem ousa trafegar pelo acostamento ou acelerar no sinal amarelo. Não há policiais de trânsito. Se existe um cruzamento sem sinal, a prioridade é do pedestre. O carro para no meio da rua ao enxergar um ser humano a pé. O motorista sorri para você. Parece outro planeta. A cidade funciona. A vida flui. Gentileza gera gentileza.

Ao usar o celular, ninguém olha para os lados com medo de assalto seguido de morte. Ao andar na calçada, ninguém é atropelado por ciclistas que teclam o celular! Isso não existe. Bicicletas não disputam espaço com pedestres, crianças, idosos. No Brasil, tiram fino, em velocidade.  Posso falar com mais propriedade do carioca, já que nasci em Copacabana e sempre amei esta cidade. Era bem melhor. O Rio virou uma selva. Selva não, tadinhos dos animais. Virou uma zona. Para isso, conta também a arrogância de prefeito, governador e suas equipes.

Noticiário da semana no Rio, apenas? Uma nadadora, medalhista pan-americana, morre atropelada por um bêbado veloz no ponto de ônibus, que foge e está solto. Banalidade. Taxista mata bandido após ser roubado e sequestrado. Favelas expandem e desmatam em todos os bairros, muros ecológicos são abandonados pela prefeitura por demagogia e omissão. Delegacias fecham de madrugada “por falta de segurança”. Ciclistas buscam a natureza na Floresta da Tijuca, mas são assaltados e ameaçados de morte. No centro e no Aterro do Flamengo, assaltantes atacam com facas e porretes. Em Santa Teresa, as obras do bondinho estão paradas, prejudicando moradores e comerciantes. Trem descarrila na hora do rush e, sem plano de contingência, trabalhadores andam pelos trilhos.

E o metrô? O temível tatuzão da Linha 4 não deixa dormir, moradores ficam um mês sem telefone, água e internet. O metrô abre trincas em prédios e, “por movimentação do solo”, derruba concreto em cima de pedestre em praça de Ipanema. A Justiça proíbe ruídos entre 22 horas e 7 horas, mas o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, não pode parar as obras porque terminar o metrô “é um compromisso olímpico internacional”. Ninguém planeja ou calcula antes? O compromisso olímpico de despoluir a Baía de Guanabara foi para as cucuias.

E se o Brasil incluísse no currículo escolar a disciplina do respeito à cidadania?

Por: Ruth de Aquino – Revista Época

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dilma com medo de vaias amarela e não irá ao Rio – Exército Brasileiro agradece. Dilma, em Cuba você será bem recebida



Dilma não irá mais ao Rio para evento de comemoração do fim da 2ª Guerra com militares
Diante da baixa popularidade e dos constantes protestos, a petista tem evitado eventos em que possa haver algum tipo de hostilidade
A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria nesta sexta-feira ao Rio de Janeiro para participar de evento em comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Os festejos vão ocorrer nesta sexta-feira, às 10h, no Aterro do Flamengo.


Monumento em homenagem aos pracinhas no Aterro do Flamengo - Pedro Teixeira / Agência O Globo

O Palácio do Planalto, que já havia aberto o credenciamento da imprensa para acompanhar a solenidade, confirmou nesta quinta-feira o cancelamento. A ida de Dilma era dada como certa até o avançar da noite de ontem, inclusive com a programação da ida da equipe presidencial ao Rio para a preparação da participação da presidente. A versão oficial do Planalto é que Dilma cancelou por já ter outra viagem marcada ao Rio na próxima semana. 

Na próxima terça-feira, 12, a presidente fará a entrega de imóveis do Minha Casa Minha Vida. Esse é um dos tipos de solenidade e evento fora do palácio mais comum nesse segundo mandato de Dilma.  Diante da baixa popularidade e dos constantes protestos, a petista tem evitado eventos em que possa haver algum tipo de hostilidade. 

O evento militar no Rio será uma comemoração da vitória dos aliados na Segunda Guerra, ocasião em que haverá entrega da "medalha da vitória" no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, e contará com ex-pracinhas e militares da reserva, muitos deles críticos do governo.

Fonte: O Globo