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De mais a mais, quem está disposto a colocar camiseta amarela e sair à rua com a bandeira do Brasil?
J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
O cãozinho caminhava alguns metros à minha frente. De repente, parou, deixou seu “souvenir” no passeio e, em movimentos rápidos, com as patinhas traseiras, supostamente encobriu com terra imaginária a sujeira real que ali havia deixado.
Inevitável a analogia entre o que eu assisti e o que vejo nestes tempos em que querem encobrir o passado com fundamentos tão inexistentes quanto terra bruta na calçada da minha rua. Não obstante, zelosamente, as patinhas traseiras se movem.
Então, enquanto o país assistia os atos de violência gratuita do dia 8 de janeiro, percebia-se em tudo aquilo um carimbo atávico, geneticamente reconhecível. Ele ficou ainda mais evidente quando, em meio a um total desinteresse em ouvir agentes do governo diretamente relacionados com a suposta prevenção dos fatos, aconteceu o “vazamento” de vídeos que estavam sob ... sigilo. E as cenas eram estarrecedoras!
O ato é tão simbólico, a tomada de assalto tão contundente, que seus objetivos dispensam explicação. As patinhas traseiras falam por si.
E você aí, leitor, andando por este Brasil saído das urnas de 2022, cuide onde pisa. Os donos do poder estão, digamos assim, obrando.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Foto: Shutterstock
É o que acontece com relação à ideologia de gênero. A ideia de que os órgãos genitais são ilusões da mente e devem ser abolidos da identidade pessoal derruba uma biblioteca de Genética e outra de Biologia. Coisa difícil, já se vê, principalmente se os autores da tese não conseguem esconder suas contradições.
Sob absoluto silêncio e omissão da natureza, ninguém nasceria homem ou mulher. Todos arribaríamos a este mundo assexuados como manequins de vitrine, pendentes de definições ou indefinições que adviriam das influências e das experiências mais ou menos bem sucedidas ou malsucedidas. Ademais, os gêneros seriam intercambiáveis e, dependendo do lado de corte do fio, inacessíveis até mesmo aos cuidados profissionais de psicólogos e psiquiatras.
Enquanto escrevo estas linhas, o G1 informa que 100 crianças (4 a 12 anos) e 180 adolescentes (13 a 17 anos), se submetem a processos que incluem bloqueio da puberdade, hormonização cruzada e cirurgia de redesignação sexual, fazendo transição de gênero no Hospital de Clínicas da USP (leia aqui).
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
VOZES - Gazeta do Povo
Já fui processado pelo PT por chamar o partido de quadrilha, e venci. Afinal de contas, teve ministro supremo que assim definiu a agremiação política comandada por Lula, à época do mensalão e do petrolão. Hoje muita gente tenta passar uma borracha no passado, mas eu tenho memória - e decência.
Os monstros do pântano já estão salivando com a expectativa de agarrar nacos do estado no próximo governo. Eis o "plano de governo" de Lula, que sequer foi apresentado durante a campanha: tomar de assalto o estado e promover a divisão do butim entre seus companheiros. Estão todos de olho na pilhagem da coisa pública, tratada como cosa nostra por essa máfia golpista.
É por isso que torneiras serão abertas, o teto será furado e os ministérios serão ampliados. É preciso dar conta dos "acordos", leia-se negociatas de bastidores para atrair o apoio da tal "frente ampla", que não quer democracia coisa alguma, e sim a volta da roubalheira. O ladrão queria voltar à cena do crime, alertou Alckmin antes de aderir ao esquema.
Além disso, Lula já prometeu criar o ministério dos Povos Originários, "para que eles nunca mais sejam desrespeitados, para que eles nunca mais sejam tratados como cidadãos de segunda categoria". Finge acreditar nessa narrativa fajuta quem quer, pois nós sabemos o que realmente está em jogo aqui.[o eleito deveria era cuidar para que os indios, brasileiros que são, passem a ter os mesmos DEVERES, DIREITOS e OBRIGAÇÕES dos brasileiros = são todos brasileiros.]
O PT é um atraso para o Brasil, um retrocesso sem igual. O "partido" se cerca do que há de pior, pois o único intuito é se apropriar da riqueza que os outros produzem. São como piratas, mas com o manto de "justiça social" para enganar um ou outro trouxa por aí.
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
O susto inicial logo se abranda. Pensando bem, um assalto à mão armada assumido, ostensivo, bruto, poderia ser melhor do que mais de uma década vendo seus impostos e o fruto do seu trabalho serem comidos pelas beiradas — sob um véu de bondade, igualitarismo e ética que passarinho não bebe. Como diria o boticão, melhor sentir a dor de uma vez só.
Uma observação mais atenta ao tal vídeo, porém, traz uma nova e surpreendente percepção: não é o anúncio de um assalto. Você até se decepciona, pois já estava se apegando a essa experiência moderna de saber de forma leve e descontraída que será roubado — num comunicado musical cheio de sorrisos. Aí você cai das nuvens ao descobrir que aquilo é só um clip pacifista em defesa de um candidato do bem.
De qualquer forma, o clip é bom. Mostra de forma clara e empolgante que você pode transformar qualquer realidade tenebrosa num sonho todo azul, azul da cor do mar
Mas, pelo elenco do clip, o bom entendedor saberia que o L era de Lula. E claro que, no caso dessa gente boa, estamos falando daquele Lula honesto do William Bonner, não do Lula ladrão da Lava Jato. O título da canção inclusive poderia ter sido “Lava Lula”, o que retrataria com mais fidelidade a filosofia humanitária dos menestréis da picaretagem regenerada. Caberia até uma paródia do clássico de Luiz Melodia: “Lava Lula todo dia / que agonia / no apagar da roubalheira / que sumia…”
De qualquer forma, o clip é bom. Mostra de forma clara e empolgante que você pode transformar qualquer realidade tenebrosa num sonho todo azul, azul da cor do mar — dependendo, naturalmente, do seu talento para enganar os inocentes úteis e os trouxas. Também é muito importante que seu roteiro de vida te proteja de encontrar, mesmo que furtivamente, alguém que saiba ou possa deduzir quem você realmente é. Isso quebraria todo o encanto e a força cívica da mensagem democrática.
O ideal seria uma reedição da pandemia, como vive anunciando o companheiro Bill Gates, para que pudesse ser resgatado o slogan de proteção às vidas humanas “fique no ônibus que eu fico no sítio”. Aí daria para gravar um monte de clip democrático sem o risco de esbarrar com ninguém na rua — especialmente com aqueles milhões de farofeiros de verde e amarelo que se aglomeram em paz para disfarçar o seu ódio. Covid por um mundo melhor.
O TSE não precisaria ficar removendo vídeos de povo, pois o próprio povo estaria removido. Aí só faltaria o Ipec assumir o lugar do TSE para oficializar os percentuais da felicidade.
Não precisaríamos mais sequer de eleição. Nem de clip.
Leia também “A Falha e o Tubo”
Guilherme Fiuza, colunista - Revista OesteA 16ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo acaba de confirmar a condenação de uma funcionária com 20 anos de empresa, por fraudar vale-alimentação, como gerente desse benefício. Aproveitando-se da confiança dos patrões, fez 117 operações fraudadas, totalizando 2,7 milhões de reais. A condenação é de 3 anos, 10 meses e 21 dias… em regime aberto! Ou seja, é apenas um registro de que foi condenada. O resto da pena é "prestação de serviços à comunidade" e perda de bens e valores — isto é, valores que restam, de que ela ainda não desfrutou e bens que ela talvez tenha deixado em nome dela. Um estímulo a quem deseje se aproveitar de cargos de confiança, tendo o mesmo desvio de caráter daquela mulher.
No sábado, morreu de câncer o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, aos 68 anos. Estava condenado a 70 anos, mas, como colaborou com a Justiça, estava "cumprindo" pena em casa. Foi o primeiro a contar como funcionava o esquema de corrupção institucionalizada, envolvendo Petrobras, empreiteiras e partidos políticos.
Na noite de domingo, Abílio de Brito estava sentado em frente à sua modesta casa, na zona norte de Teresina. Um assaltante chegou de moto e exigiu o celular. Abílio não tem, não saberia usá-lo por uma deficiência mental. Levou dois tiros na cabeça. O jovem criminoso roubou-lhe a vida, em vez do celular. O crime é banalizado.
No próximo dia 2 de outubro é o momento de escolher legisladores que mudem isso.
Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense
Aproveitando o espaço
Eles estão tentando voltar ao poder: os ex-deputados distritais Benício Tavares (Patriota), Berinaldo (Pros), Bispo Renato (PL), Brunelli (PTB), Cristiano Araújo (MDB), Edimar Pireneus (Avante), Olair Francisco (União), Patrício (PT), Paulo Roriz (PTB), Ricardo Vale (PT), Sandra Faraj (União), Wasny (PV) e Wellington Luiz (MDB) registraram candidatura.
A resistência local deverá ter problemas para segurar o assalto que se ensaia. Não que ela não tenha tido seus momentos de glória, apesar da romantização exacerbada na mídia ocidental, mas eles parecem ter derivado mais de erros de Moscou do que de sua qualidade técnica intrínseca.
Em novembro de 2020, após a derrota armênia na guerra contra o Azerbaijão, o analista militar russo Konstantin Makienko, do Centro de Análises de Estratégias e Tecnologias, de Moscou, escreveu um texto profético no jornal Vedomosti. "A principal lição que Moscou deve tirar da tragédia [a Armênia é um aliado indócil russo, e o apoio de Ancara a Baku aumentou a influência turca no Cáucaso] é que nunca subestime o inimigo. Reina aqui uma atitude condescendente e irônica em relação ao Exército ucraniano", afirmou. "Os militares ucranianos já possuem sistemas de armas que os russos não possuem. Mísseis antitanque de terceira geração e drones kamikaze. E, em breve, os drones turcos Bayraktar-TB2", completou.
Kostia, como era chamado pelos amigos, não viveria para ver a profecia realizada: morreu há um ano. Mas seus alertas eram precisos acerca das dificuldades que os russos encontraram. Mas não só essas.
Dois princípios de invasões terrestres foram violados por Moscou. O primeiro, o da finalidade: a mais bem-sucedida operação do gênero da guerra moderna, a expulsão do Iraque do Kuwait na Guerra do Golfo (1991), era desenhada com um objetivo só. O conflito que tirou Saddam Hussein 12 anos depois, também. Não foi o que se viu agora. Putin deixou claro desde o começo que seu objetivo era Kiev: decapitar o governo de Volodimir Zelenski com o mínimo de danos civis, para provavelmente instalar um aliado que não enfrentasse uma guerra civil e manter apoio em casa.
Mas seu ataque foi extremamente complexo, envolvendo as forças irregulares do Donbass, a ação rumo a Kiev pela Belarus sem uma coordenação aparente com a força vinda mais do leste e uma ofensiva com rumos divergentes no sudeste do país: tropas que deveriam atacar Mariupol se dividiram no meio.
O segundo princípio é um corolário do primeiro: concentração de forças. Apesar de chegar às ruas centrais de Kiev no terceiro dia de ação, o fez apenas com infiltrações mínimas de militares aerotransportados. Isso sugere que Putin subestimou Kiev, acreditando que apenas sua chegada ao país forçaria a rendição de Zelenski, pintado na Rússia como um fantoche americano, uma versão vida real do comediante que vivia na TV antes se tornar presidente, em 2019.
Pedra angular da doutrina militar russa, o uso maciço de barragens de artilharia e mísseis não foi aplicado nas primeiras fases do conflito. Houve, claro, ataques mais fortes como os vistos em Kharkiv e Mariupol, mas ainda não configura o "choque e terror" do então secretário de Defesa dos EUA Donald Rumsfeld no Iraque de 2003.
A Força Aérea russa ainda não foi usada de forma decisiva, deixando o trabalho principal para mísseis de cruzeiro e balísticos. Apenas um punhado de aviões de ataque Su-25 e talvez algum modelo avançado Su-34, amplamente usados na guerra civil síria, foi visto em ação. Helicópteros só foram vistos na tomada do aeroporto de Hostomel, perto de Kiev. A ideia é destruir toda a defesa antiaérea ucraniana, e esse objetivo parece perto de sua conclusão, evitando assim o constrangimento de ver aeronaves abatidas.
Os drones turcos que dominaram a guerra de 2020, como Kostia previu, fizeram estrago. Até a última conta disponível, Kiev tinha recebido seis deles, e ao menos uma coluna de blindados russa foi destruída. Os russos, contudo, dizem que já praticamente abateram todos. "A operação inicial foi baseada em suposições terríveis sobre a capacidade e a vontade da Ucrânia de lutar, e um conceito operacional impossível. Moscou errou feio no cálculo. Mas suas forças ainda não entraram na guerra", escreveu no Twitter o americano Michael Kofman, diretor para Rússia do centro CNA. "Houve dificuldades, claro. Mas a degradação das forças ucranianas é diária. É matemática, ao fim", afirmou Konstantin Frolov, analista político em Moscou.
Na segunda (28) e nesta terça (1º), o cenário mudou. O Kremlin não colocaria quilômetros de veículos expostos a ataques aéreos, o que mostra confiança em sua tática de supressão. E a intensificação dos bombardeios em Kharkiv, para onde foi enviada ao menos uma bateria do temível sistema de mísseis termobáricos TOS-1, quase uma arma de destruição em massa, prenuncia uma escalada.
Não é casual, assim, as informações vazadas pelo Pentágono à mídia americana sobre a renovada ação do Kremlin. Mais importante, tudo indica que as linhas de suprimento foram regularizadas. Este é um problema inerente a qualquer operação terrestre: os nazistas perderam a conquista de Moscou porque acabaram a gasolina, a munição e a comida às portas da capital soviética, em 1941.
Em 1991, a famosa "guerra das 100 horas" dos EUA contra Saddam só não perdeu o título porque soldados americanos foram feitos de motoristas de caminhões-tanque para levar combustível para a exaurida 1ª Divisão Blindada rumo a Bagdá.
O que se coloca agora é cálculo cruzado com o relógio correndo contra o Kremlin, pressionado sob todos os lados por sanções econômicas e políticas. Com o canal diplomático bem ou mal aberto em Gomel (Belarus), os russos podem contar ainda com alguma chance de rendição ucraniana. As promessas de ajuda militar dos vizinhos da Otan não parecem se materializar na velocidade para mudar a guerra: se Kiev de fato receber algum caça, não será em quantidade para mudar o rumo da ação.
Mas Zelenski parece bastante firme em seu posto de defensor, dado o apoio que recebe no Ocidente. Nisso concordam Kofman e Frolov: Kiev tem enorme vantagem na guerra midiática, o que não é pouco no mundo das redes sociais. Enquanto o Kremlin basicamente tenta esconder a guerra em casa, proibindo até as TVs de chamarem assim, Zelenski tem vantagem mundo afora. Putin se importa com isso? Enquanto sua posição interna não estiver ameaçada, parece que não. Mas uma intervenção prolongada traz riscos crescentes que sua retórica inflamada de guerra nuclear e confronto com a Otan indica.
O baixo número relativo de vítimas civis, central para o russo dada interligação entre seu povo e o ucraniano, também não ficará assim se ele usar mão pesada enquanto retém a iniciativa para subjugar a Ucrânia ou encontrar um cenário intermediário para manter o país dividido e fora da órbita do Ocidente.
Mundo - Folha de S.Paulo
O cabo chegou a ser socorrido ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) após o assalto. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, ele deu entrada em estado gravíssimo, passou por uma cirurgia de emergência e foi levado ao CTI, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil investiga o crime, registrado por câmeras de segurança do estabelecimento, que conseguiram captar o momento em que um ladrão dispara contra o PM.
"Na sexta-feira, a Polícia Militar prendeu um criminoso nas proximidades do estabelecimento na cidade de Mesquita e, após denúncias, um revólver calibre 38 com numeração suprimida e cinco munições usado na ação criminosa foi apreendido em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio".
O governador em exercício, Cláudio Castro, se pronunciou sobre a morte do policial militar em uma postagem numa série sobre segurança pública no Twitter neste domingo, dia 6. Castro começou a sequência abordando as mortes por tiro de duas crianças, que são primas, em Duque de Caxias, e ainda outra morte de policial ocorrida em Nova Iguaçu. "A dor das famílias que perderam seus entes queridos é irreparável. Duas crianças na porta de casa e um policial exercendo sua missão. Desde as primeiras horas, a Polícia Civil realiza as investigações, e nós daremos uma resposta à sociedade. Minha solidariedade e orações", escreveu.
"Seguimos também com a investigação do assassinato do cabo Derinaldo Cardoso, em Mesquita. Um jovem que desde 2013 estava na polícia e muito orgulhava seus colegas de farda e familiares. Estamos de luto por essas perdas, mas determinados a elucidar ambos os casos.
E concluiu: "Sou defensor de uma política de segurança que atue com inteligência e focada em preservar vidas. A Subsecretaria de Vitimados dará todo o apoio às famílias. Vamos combater de frente a criminalidade em nosso estado. Não há lugar onde a polícia não possa entrar!".
Em O Globo - Matéria CompletaO número de brasilienses que adquiriram, de maneira legal, armas de fogo no Distrito Federal cresceu em mais de 540% em 2020, comparado ao período de janeiro a setembro de 2019, segundo dados obtidos com exclusividade pelo Correio, junto à Polícia Federal (PF). A maioria dos equipamentos foi comprada por pessoas físicas. Outro estudo divulgado, este mês, pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostra que a capital da República é a unidade da Federação com mais armas de fogo em todo o país.
Com base no levantamento do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da PF — responsável pelo controle de armas de fogo em poder da população, como previsto no Estatuto do Desarmamento —, nos nove primeiros meses deste ano, a corporação expediu 4.660 registros para cidadãos comuns, servidores, empresas privadas e órgãos públicos do DF. No mesmo período do ano passado, o número foi de 722. O registro é o documento, com validade de 10 anos, que permite a pessoa a manter o armamento, exclusivamente, em casa ou no local de trabalho.
Os dados são mais expressivos quando separados por categoria. Das 4.660 armas adquiridas nesse período, 1.510 foram obtidas por pessoas físicas, contra 371 no mesmo período do ano passado. Nos órgãos públicos, foram registrados 2.605 novos armamento, contra apenas 160 em 2019.
DF no topoTodas as unidades da Federação registraram aumento na aquisição de armas no ano passado. Depois do DF, São Paulo aparece em segundo lugar, com 154.378 registros, seguido por Rio Grande do Sul (96.269), Minas Gerais (81.076), Santa Catarina (63.319) e Paraná (62.878). Os dados do Anuário de registro de arma por estado são apenas do Sinarm. No caso do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), do Exército Brasileiro, que contabiliza armas a policiais e bombeiros, caçadores, atiradores e colecionadores, há apenas o número de agosto deste ano, onde registrou-se 1.128.348 armas no país.
Para o advogado criminalista Luiz Paulo Batista, o aumento da aquisição de armas por pessoas no âmbito rural e urbano pode ser uma maneira de “tentar se proteger”, mas ele reprova a ideia de que o armamento traz a sensação de segurança. “É importante salientar que a arma de fogo não é sinônimo de segurança. Não é porque a pessoa está sob a posse de uma arma, que está segura. É necessário pontuar que a pessoa, para ter esse armamento, tem de ter certidões criminais negativas, passar por testes de tiro e psicotécnico. Tem de estar em condição de usá-la”, frisou.
Ele considera, ainda, que uma população armada não ajuda a reduzir as taxas de criminalidade. “Para alcançarmos essa redução, é necessário o Estado estar bem aparelhado. Oferecer recursos aos agentes de segurança pública, bons salários, viaturas, etc. Precisamos dar condições aos policiais para poder combater o crime organizado como um todo. Isso, sim, alcançará um resultado significativo”, explicou.
Bruno Nalcher, 34 anos, trabalha como Instrutor de Armamento e Tiro (IAT) e é apaixonado pelo esporte. “Comecei a me interessar pela área há oito anos, quando percebi que as pessoas que praticavam tiro não tinham a conduta adequada nessa parte técnica do armamento, como montagem e cuidados. Então, fiz o curso e decidi montar minhas próprias turmas para instruir melhor os alunos”, destacou. Atualmente, Bruno dá instruções de tiro para 10 pessoas.
Há oito anos, ele deu processo à compra do próprio armamento. “Tem uma série de regras para conseguir efetuar a compra, mas que são fundamentais para garantir a segurança. Não é qualquer pessoa que consegue. A arma, de maneira alguma, pode sair de dentro do domicílio, a não ser para o estande de tiros”, finalizou.
Enquanto isso, a população segue sofrendo com as armas de fogo nas mãos de criminosos. Proprietária de um salão de beleza no Lúcio Costa, no Guará, Gisele dos Santos, 41 anos, sofreu um assalto, há dois anos, enquanto trabalhava. Desde então, o estabelecimento é cercado por grades. “Meu salão estava cheio de clientes quando um homem chegou e anunciou o assalto. Ele estava armado e levaram dois celulares dos clientes. Fiquei com muito medo. Depois disso, toda vez que entrava alguém no salão, eu achava que era bandido. Mas, agora, tenho o controle do portão e só entra quem eu permitir”, detalhou.