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terça-feira, 9 de agosto de 2022

Anne Frank é cancelada por ter ‘privilégio branco’

Ataques vieram de militantes da 'Teoria Crítica da Raça'

A jovem Anne Frank, em meados de 1943 | Foto: Divulgação/Museu de Anne Frank
A jovem Anne Frank, em meados de 1943 | Foto: Divulgação/Museu de Anne Frank

“Anne Frank tinha privilégio branco. Coisas ruins também acontecem àqueles que têm privilégios brancos.” Com esse tuíte, um usuário desencadeou uma série de ataques na rede social contra a garota, cujo nome alcançou os trending topics do Twitter na semana passada, nos Estados Unidos.

Nos posts, militantes da Teoria Crítica da Raça defenderam a tese segundo a qual Anne Frank e os judeus desfrutavam de um suposto “privilégio branco” na Alemanha nazista, apesar de 6 milhões deles terem morrido no Holocausto.

Em vigor em diversas escolas norte-americanas e britânicas, a Teoria Crítica da Raça ensina que “pessoas brancas” têm privilégios na sociedade, além de uma dívida histórica com a população negra e demais minorias raciais. “Se fosse negra, ninguém ligaria para essa menina”, escreveu um ativista. “Ninguém está dizendo que os nazistas não perseguiram pessoas brancas, mas elas podem se esconder atrás de sua branquitude, enquanto nos Estados Unidos nazistas os negros não podem se esconder”, opinou outra pessoa.

Alguns sugeriram, inclusive, a deixar de comprar o Diário de Anne Frank, livro que a jovem escreveu durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 4 de agosto de 1944, o esconderijo onde Anne Frank vivia foi invadido por soldados nazistas: ela foi presa, interrogada e enviada para o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau. Em Auschwitz, metade dos que chegavam ia diretamente para as câmaras de gás, e a outra metade era forçada ao trabalho escravo.

Três meses depois, Anne foi transferida para outro campo, em Bergen-Belsen. Lá, contraiu tifoide e morreu.

 Cristyan Costa - Revista Oeste

 

terça-feira, 14 de julho de 2020

Cuidado com a palavra - Nas entrelinhas



“Na opinião pública mundial, os heróis não são os militares, são os índios, que têm suas terras invadidas e, agora, de novo, estariam ameaçados de extinção. Como? Pela covid-19”


A palavra genocídio, substantivo masculino, significa extermínio de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso (Houaiss).[tudo indica que a definição citada não é do conhecimento do ministro Gilmar Mendes ou, o que é mais provável, o ministro não concorda com a mesma.
Sendo correta - e certamente é - a definição, usada como acusação "grave,   irresponsável e sobretudo leviana"  contra o glorioso  Exército Brasileiro não sustenta a acusação.
Quanto ao entendimento da opinião pública mundial de ser os índios heróis não se sustenta - ser herói, exige a prática,reconhecida e inconteste, de atos de heroísmo.
Os heróis dessa época de Covid-19,  são os trabalhadores da SAÚDE.]  O maior de todos, no século passado, foi o Holocausto, o assassinato em massa de judeus pelos nazistas, que defendiam a superioridade racial dos arianos. Genocida era, por exemplo, o médico alemão Josef Menguele, que morreu em Bertioga (SP), em 1979, com o nome falso de Wolfgang Gerhard. Ele realizava experiências genéticas no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, durante a II Guerra Mundial. Estima-se que morreram no Holocausto 6 milhões de judeus, de um total de 21 milhões de prisioneiros assassinados pelos nazistas na II Guerra Mundial.

O genocídio foi tipificado como crime contra a humanidade em 1951, quando foi criada a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. A partir daí, assassinatos em massa como consequência de diferenças étnicas, nacionais, raciais e religiosas passaram a ser qualificados como tal, especialmente quando se trata de limpeza étnica. Houve genocídio na colonização das Américas e da África; no século passado, na Turquia (armênios), Camboja (oposição ao regime comunista), Timor Leste (nacionalistas), Kosovo (albaneses), Ruanda (tutsis), Bósnia (muçulmanos) e Iraque (curdos). O Brasil reconhece o genocídio como crime desde 1956.

Por isso mesmo, não foi gratuita a reação dos militares às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que criticou duramente o general de divisão Eduardo Pazzuelo, um graduado oficial da ativa, por sua atuação à frente do Ministério da Saúde: “Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, disse.

Povos indígenas
O Ministério da Defesa anunciou, em nota, que encaminhará uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ministro. O presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão e o chefe do gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, manifestaram apoio à nota, no mais novo contencioso entre as Forças Armadas e um ministro da Corte. A nota foi assinada pelo ministro Fernando de Azevedo e Silva, que é general da reserva do Exército, e pelos comandantes do Exército, general Edson Leal Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior; e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Bermudez.

Os bombeiros de sempre entraram no circuito para circunscrever a crise à nota dos militares, que o ministro Gilmar Mendes tirou por menos. No Twitter, disse que tem apreço pelas Forças Armadas, mas reiterou a crítica à presença de Pazuello no Ministério da Saúde, um assunto que também não é pacífico entre os militares da ativa. O general comanda a pasta interinamente. A pretexto de cuidar da logística do combate à epidemia, na prática, opera a “imunização de rebanho”É aí que mora o perigo. Estados Unidos e Brasil são responsáveis por metade dos novos casos de coronavírus registrados nas últimas 24 horas em todo mundo. Pazzuelo está perdendo a guerra, camuflado de burocrata no seu gabinete da Esplanada, por mais que a nota do Ministério da Defesa enalteça seu trabalho. No plano internacional, o Brasil virou um pária ambiental e sanitário. Na opinião pública mundial, os heróis nessa história não são os militares, são os índios, que têm suas terras invadidas e, agora, de novo, estariam ameaçados de extinção. Como? Pela covid-19. Bolsonaro é demonizado por seu desapreço pelas florestas e pelos índios.

A população indígena em 1500 era de aproximadamente 3 milhões, divididos entre 1.000 povos diferentes, sendo 2 milhões no litoral. Em 1650, esse número caiu para cerca de 700 mil indígenas, chegando a 70 mil em 1957. Cerca de 80 povos indígenas desapareceram no Brasil no século XX. Segundo o IBGE, atualmente, há no Brasil cerca de 817 mil indígenas. Desse total, 502 mil encontram-se na zona rural e 315 mil nos centros urbanos. Em apenas 10 das 505 reservas indígenas (12,5% do território brasileiro), somente dez apresentam uma população indígena maior do que 10 mil habitantes.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense