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sábado, 26 de agosto de 2017

100º - Morre o centésimo policial militar no Rio em 2017 - Polícia investiga casos de execução

Sargento lotado em Magé teria reagido a uma tentativa de assalto e foi morto

[presidente Temer, a permanência das FF AA no Rio deve ser demorada - no mínimo um ano - e as operações devem ser ABRANGENTES e FREQUENTES; 
uma operação a cada 15 dias não funciona - não pode ser no estilo Collor, menos ainda no estilo do Senhor, que, com todo respeito, é devagar demais.
Seus assessores da área de segurança - também um civil na Defesa não é muito animador - estão devagar, sugiro que o Senhor,  apesar de ser o Comandante Supremo das FF AA, não tem obrigação de ser um 'expert' em Segurança, assista  um filme que pode ser útil: " A Batalha de  Argel", de Gillo Pontecorvo. É um filme antigo e narra o combate ao terrorismo - aquele terrorismo à antiga, não o de agora - mas, que pode ser útil no combate à criminalidade de agora, especialmente no Rio, que caminha a passos largos para o terrorismo  à antiga.

Morreu na manhã deste sábado um policial militar identificado como sargento Fábio José Cavalcante e Sá. De acordo com as primeiras informações, ele morreu em uma tentativa de assalto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Homens armados com fuzis surpreenderam o policial, que reagiu e foi baleado na cabeça. Lotado no 34º BPM (Magé), ele é o centésimo policial militar morto este ano, uma marca que vem sendo batida cada vez mais cedo nos últimos quatro anos.


 Sepultamento do 99° policial militar em São Gonçalo, Mabel Machado Sampaio foi assassinado na porta de sua casa, no bairro Porto Madalena - Domingos Peixoto / Agência O Globo

A informação da morte foi confirmada pelo Comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wolney Dias. Ele lamentou o crime. - Ele morreu com um tiro de fuzil na cabeça - lamentou.

Polícia investiga casos de execução

Execução é a principal linha de investigação da Polícia Civil em pelo menos 27 casos de policiais militares mortos este ano no estado do Rio. Levantamento feito pelo jornal "Extra" revela que o número representa um terço dos PMs assassinados fora de serviço. Já outros 34 policiais que não estavam trabalhando foram mortos durante assaltos. Há ainda um caso de militar atingido por uma bala perdida e pelo menos dois crimes passionais. Dos 100 PMs mortos, 79 estavam de folga e 21, em serviço.

Do total de executados, foram 19 mortes na capital - 11 na Zona Norte e oito, na Zona Oeste - e oito, na Baixada Fluminense. Um dos casos foi do sargento Renato Alves da Conceição, de 39 anos, assassinado em janeiro com pelo menos oito disparos, quando passava numa BMW branca pela Rua Acapurana, na Gardênia Azul, favela na Zona Oeste dominada por uma milícia. Lotado na Diretoria Geral de Pessoal (DGP), ele foi o 16º PM assassinado no Rio. Já o sargento Roberto Soares Sant'anna Junior, que era lotado no 6º BPM (Tijuca), foi executado a tiros dentro de sua casa, em São João de Meriti, na Baixada, em março.



A cabo Elisângela Bessa Cordeiro foi morta após ser rendida e baleada por bandidos na Avenida Martin Luther King Jr., em Nilópolis - Reprodução

Os episódios de policiais mortos em assaltos também se concentraram na capital - foram registrados 22 casos, 15 na Zona Norte, um na Zona Sul, quatro na Zona Oeste e um no Centro. Na Baixada, foram dez casos, e na Região Metropolitana, dois.  Um dos casos mais recentes foi a da cabo Elisângela Bessa de Cordeiro, de 41 anos, morta com um tiro na cabeça, na madrugada do dia 12, durante um assalto. O caso aconteceu em Coelho Neto, na Zona Norte do Rio. Elisângela, que estava na PM há 11 anos, foi atingida quando voltava de Nilópolis, na Baixada Fluminense, onde tinha uma barraquinha de batatas fritas para complementar a renda. Ela tinha passado a noite vendendo o petisco com o marido.

Fonte: O Globo



sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Mulher e amante tramaram morte de embaixador da Grécia

PM confessou o crime e relatou participação de um primo e de outro homem, que delataram a viúva. Polícia pede prisão dos quatro suspeitos

O embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis e a embaixatriz, Françoise Amiridis no stand da Grécia durante a Feira das Embaixadas em Brasília – 12/11/2016 (Reprodução/Facebook)
 
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está pedindo, no plantão judiciário, a decretação da prisão preventiva de quatro suspeitos de terem tramado a morte do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, de 59 anos, que estava desaparecido desde a última segunda-feira. O corpo foi encontrado dentro de um carro carbonizado no Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu. Entre os envolvidos estão a viúva do diplomata, Françoise Amiridis, e um policial militar que seria seu amante.

 O soldado Sérgio Gomes Moreira Filho, de 29 anos, lotado na UPP do Morro do Fallet, confessou o crime depois que os investigadores mostraram que tinham em mãos uma filmagem dele entrando e saindo da casa no grego, em Nova Iguaçu, na noite do crime. Para os agentes, ele ainda não contou toda a verdade, mas admitiu participação no assassinato. Assim que a prisão for decretada, a Polícia Civil dará uma entrevista coletiva para dar mais detalhes do caso.

O site de VEJA apurou, no entanto, que a trama para matar o embaixador grego começou a partir do dia 22, quando ele e a mulher tiveram uma briga dentro de casa. Ela teria sido agredida e decidido se vingar. “A partir daí ela contou para o PM, que era amante dela, e eles tramaram o crime”, explica um investigador. 

 Em depoimento prestado na tarde desta quinta-feira, a mulher do embaixador contou que o marido estava em casa e decidiu sair sem dizer para onde ia na última segunda-feira. O casal morava em Brasília e estava passando férias em Nova Iguaçu. Cônsul-geral da Grécia no Rio de 2001 a 2004, Amiridis assumiu o posto de embaixador da Grécia no Brasil há um ano.

Por: Leslie Leitão - Revista VEJA  

 

domingo, 17 de julho de 2016

Doutores da escola de Tenório Cavalcanti, milicianos perpetuam cultura da violência na Baixada e na Zona Oeste

Quase 30 anos após a morte de Tenório Cavalcanti, a Baixada Fluminense ainda convive com rajadas tão ruidosas quanto as da mítica Lurdinha, a metralhadora com que o deputado ameaçava adversários políticos e protegia aliados. Antes da projeção nacional que o levaria a Brasília, Cavalcanti encarnava exatamente o que hoje são os milicianos da Baixada e da Zona Oeste. Talvez tenha sido o primeiro deles. Começou a prosperar no fim da década de 1920, quando seu grupo de homens armados oferecia um dos serviços que mais faltava à população pobre que vinha do Nordeste para povoar a Baixada: segurança. Aos seus adversários, reservava a bala. 

 Menos caricato, o miliciano típico do Rio de 2016 é mais audacioso do que foi o Homem da Capa Preta. Fizeram doutorado no assunto, com assassinatos de pré-candidatos a prefeito e vereador meses antes da eleição de outubro. Um deputado federal da região diz que, se a investigação em curso pela Polícia Federal prosperar, serão encontrados números bem maiores. Na Baixada, as primárias são à bala.
 
Incapaz de controlar esses grupos, dado o contágio das polícias Civil e Militar, à Secretaria de Segurança do Rio só resta assistir, sem corar, à convocação das Forças Armadas a cada pleito. Mas, embora ajudem, os militares não garantem uma eleição sem influência da milícia. Pelo contrário: são os milicianos que ditam as regras eleitorais nas áreas que dominam, principalmente nas campanhas municipais.

A intervenção começa no primeiro semestre, quando disputas pelo domínio de bairros e favelas levam a ameaças e mortes. Donos de distribuidoras de gás, de gelo e motoristas de vans, entre outros, são achacados e forçados a contribuir para caixas dois de campanhas de vereadores e prefeitos. Depois, até a hora da eleição, só faz campanha quem paga ou se compromete com o grupo miliciano local.

A contaminação com os políticos favorece a impunidade. A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) concluiu em 2000 uma CPI sobre o assunto sem comprovar qualquer motivação política concreta para o assassinato de 25 políticos do estado de 1985 até 2000. Uma série de recomendações da CPI das Milícias, de 2008, até hoje não foi cumprida pelo governo do estado.

O fim da cultura de violência política na Baixada e na Zona Oeste passa pelo combate a esses grupos. Por isso, a entrada da Polícia Federal nas investigações, na semana passada, a pedido do procurador regional eleitoral do Rio, Sidney Madruga, é bem-vinda. Mas, sem um combate mais firme às milícias, Tenório Cavalcanti seguirá fazendo escola.

Fonte: Análise - O Globo