PM confessou o crime e relatou participação de um primo e de outro homem, que delataram a viúva. Polícia pede prisão dos quatro suspeitos
O embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis e a embaixatriz, Françoise
Amiridis no stand da Grécia durante a Feira das Embaixadas em Brasília –
12/11/2016 (Reprodução/Facebook)
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está pedindo, no plantão judiciário, a decretação da prisão preventiva de quatro suspeitos de terem tramado a morte do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis,
de 59 anos, que estava desaparecido desde a última segunda-feira. O
corpo foi encontrado dentro de um carro carbonizado no Arco
Metropolitano, em Nova Iguaçu. Entre os envolvidos estão a viúva do
diplomata, Françoise Amiridis, e um policial militar que seria seu
amante.
O soldado Sérgio Gomes Moreira Filho, de 29 anos, lotado na UPP do Morro
do Fallet, confessou o crime depois que os investigadores mostraram que
tinham em mãos uma filmagem dele entrando e saindo da casa no grego, em
Nova Iguaçu, na noite do crime. Para os agentes, ele ainda não contou
toda a verdade, mas admitiu participação no assassinato. Assim que a
prisão for decretada, a Polícia Civil dará uma entrevista coletiva para
dar mais detalhes do caso.
O site de VEJA apurou, no entanto, que a trama para matar o embaixador
grego começou a partir do dia 22, quando ele e a mulher tiveram uma
briga dentro de casa. Ela teria sido agredida e decidido se vingar. “A
partir daí ela contou para o PM, que era amante dela, e eles tramaram o
crime”, explica um investigador.
Em depoimento prestado na tarde desta quinta-feira, a mulher do
embaixador contou que o marido estava em casa e decidiu sair sem dizer
para onde ia na última segunda-feira. O casal morava em Brasília e
estava passando férias em Nova Iguaçu. Cônsul-geral da Grécia no Rio de
2001 a 2004, Amiridis assumiu o posto de embaixador da Grécia no Brasil
há um ano.
Por: Leslie Leitão - Revista VEJA
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