Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Belford Roxo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Belford Roxo. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de janeiro de 2023

Da Baixada ao Planalto, ascensão de Daniela e Waguinho teve truculência, alvos da Lava-Jato e vaivém político - O Globo

Ex-faxineiro, prefeito de Belford Roxo usou a máquina para obter metade dos votos da cidade para a mulher, nomeada ministra do Turismo no governo Lula; novo cacique do União Brasil, ele é acusado de desvios e de descumprir alianças

A ascensão da deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), que deixou o baixo clero da Câmara para assumir o Ministério do Turismo e representar o estado do Rio no governo Lula, caminha lado a lado com a expansão política de Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, prefeito de Belford Roxo e seu marido. “De faxineiro a presidente da Câmara de Vereadores” do município da Baixada Fluminense, lema que transformou em título de um livro lançado em 2015, Waguinho galgou outros degraus desde então. Para isso, amparou-se em alianças com alvos da Lava-Jato e numa gestão truculenta na prefeitura, pela qual foi denunciado como “topo” de uma organização criminosa.

A estrutura montada no município, e que impulsionou as votações de Daniela, virou fonte de desgastes na sua primeira semana como ministra.

Daniela ingressou na política após o marido, eleito prefeito de Belford Roxo em 2016, nomeá-la como secretária municipal de Assistência Social. Em 2018, concorreu a deputada federal usando o nome “Daniela do Waguinho”, que só retirou após ser nomeada no ministério por Lula. Reeleita à Câmara no ano passado com a maior votação do estado, Daniela acumulou 114,3 mil votos apenas em Belford Roxo, o que representa 48,8%, dos votos válidos da cidade.

A segunda colocada no município, Sula do Carmo (Avante), teve 8,4 mil votos à Câmara, cem mil a menos do que Daniela. Adversária de Waguinho, Sula acusou seguranças armados do prefeito de agredi-la na campanha. A votação de Daniela superou até os 102,5 mil votos do próprio Lula na cidade no segundo turno, já com o apoio de Waguinho.

(...)

No primeiro mês de sua gestão, em 2017, pessoas ligadas a Waguinho fizeram ao empresário Moisés de Souza Boechat uma proposta de “arrendamento”, por R$ 1 milhão, de sua empresa BOB Ambiental, responsável pelo aterro sanitário que atendia Belford Roxo, contrato avaliado em R$ 91 milhões.

Em depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), Boechat relatou que, diante de sua recusa, os emissários se irritaram e disseram que “partiriam para o plano B”, acionando Waguinho. No mesmo dia, a empresa foi “invadida” pela Guarda Municipal de Belford Roxo junto a homens “descaracterizados, porém, com vestimentas do tipo militar, não oficiais, (...) portando arma de fogo”. Ainda segundo o MP, os agentes de Waguinho impuseram “represálias”, abrindo “valas” para impedir o acesso de caminhões de lixo.

Em paralelo, a prefeitura determinou que os resíduos passassem a ser jogados em um lixão ao lado do aterro sanitário. A partir do episódio, Waguinho virou réu por crime ambiental em 2020 e, em outra frente jurídica, foi denunciado pelo MP como líder de uma organização criminosa que promoveu fraudes em licitações. Ele chegou a ficar dois meses afastado do cargo, entre abril e junho de 2019. O caso segue em análise pelo 2º Grupo de Câmaras Criminais do TJ-RJ.

A relação com grupos armados transbordou para as campanhas de Daniela, fotografada entre 2018 e 2022 com quatro cabos eleitorais acusados de serem milicianos — o histórico não impediu os policiais militares Luiz Eduardo Santos de Araújo e Juracy Alves Prudêncio, o Jura, de ocuparem cargos na prefeitura, mesmo caso dos vereadores Fabinho Varandão e Marcinho Bombeiro.

 CLIQUE em Política - O Globo - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 30 de julho de 2021

Acusado pelo irmão por sumiço de meninos na Baixada diz que jogou sacos em rio a pedido de traficantes - O Globo

 Ao prestar depoimento à polícia, contudo, homem afirmou que não sabia o que estava dentro dos invólucros descartados; Justiça negou pedido de prisão [novidade.]

[Garotos desapareceram em dezembro 2020.] 

Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique desapareceram dia 27 de dezembro Foto: Reprodução

Um suspeito de envolvimento no sumiço de três crianças em Belford Roxo, denunciado por um irmão como tendo sido a pessoa que jogou os corpos dos meninos em um rio, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Ele não confessou o crime, mas admitiu ter jogado sacos entregues por traficantes embaixo de uma ponte da cidade, situada na Baixada Fluminense. O delegado Uriel Alcântara, titular da DHBF, pediu a prisão do homem, mas a Justiça não deferiu o pedido e ele continua em liberdade. [prender? para que? também não vão perder tempo protegendo o irmão denunciante - se proteger dificultará a quase certa vingança dos traficantes.] Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, sumiram no dia 27 de dezembro do ano passado.

Desaparecidos:  Operação termina sem informações sobre paradeiro dos três meninos de Belford Roxo

De acordo com a denúncia feita pelo  irmão do suspeito, os meninos teriam sido espancados e mortos a mando do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que tem a prisão decretada por tráfico. [decretada, porém, não efetuada; fácil para o 'piranha' permanecer em liberdade: basta se esconder em uma das favelas do Rio - áreas em que por suprema determinação a Polícia não pode entrar.] O motivo do crime, ainda segundo o denunciante, seria que uma das crianças estaria envolvida no furto de uma gaiola de passarinho. O homem procurou inicialmente o 39º BPM (Belford Roxo) e depois foi encaminhado para a DHBF, onde contou que os corpos foram jogados na localidade conhecida como Ponte de Ferro 38, no bairro Amapá, na divisa dos municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias.

 O ponto indicado fica em um local ermo, próximo ao Arco Metropolitano, e é considerado como área de desova de cadáveres. No depoimento prestado pelo suspeito,  ouvido na DHBF nesta quarta-feira, ele afirma que não sabia o que havia no interior dos sacos que foram jogados no rio, próximo à Estrada Manoel de Sá. 

Ainda não se sabe quando a polícia fará buscas para tentar encontrar os corpos dos garotos desaparecidos e confirmar se realmente foram ou não assassinados. Nesta quinta-feira, um parente dos meninos disse ainda não ter sido procurado pela polícia e que nada sabia sobre a denúncia feita nesta quarta-feira.  —  Não sabemos de nada. A polícia não nos comunicou nada oficialmente. Ainda continuamos com o mesmo sofrimento de não saber o que aconteceu com os meninos —  disse o tio de um dos meninos.

Pistas falsas:  Trotes e até tentativa de extorsão dificultam localização de meninos desaparecidos na Baixada

As três crianças foram vistas pela última vez em uma feira do bairro Areia Branca, também em Belford Roxo. Moradores do Morro do Castelar, localidade que tem o comércio de drogas controlado pelo traficante Piranha, os meninos ainda foram flagrados por uma câmera de segurança quando estavam a caminho da feira.

Tecnologia: Análise de imagens em laboratório pode ajudar polícia a esclarecer desaparecimento de três crianças na Baixada

Pelo menos duas testemunhas também afirmaram, ao prestar depoimento na DHBF, terem visto os garotos no local. A polícia trabalha com a hipótese de que os meninos tenham desaparecido logo após sair da feira ou nas proximidades da comunidade em que moravam.

Procurada, a Polícia Civil emitiu uma nota sobre caso. Abaixo, a íntegra do documento.

"Um homem se apresentou no 39º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Belford Roxo e acusou o próprio irmão por envolvimento no desaparecimento de Lucas Matheus, Alexandre Silva e Fernando Henrique, que teriam sido mortos por traficantes da comunidade Castelar, em Belford Roxo. Após a declaração, o acusado foi detido pela PM e os dois foram ouvidos por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). 

Em depoimento na unidade policial, ele negou as acusações feitas pelo irmão. Segundo a DHBF, as investigações continuam e buscas serão realizadas na possível área onde os corpos das crianças teriam sido levados."

Rio - O Globo