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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Ninguém é insubstituível - Os cemitérios estão repletos de pessoas que se julgavam, ou eram julgadas, insubstituíveis

Lava-jato - STF avalia que morte de Teori atinge operação 'no coração' e prevê atrasos 

Por:  Painel - Folha

Compasso de espera 
Nas horas seguintes à confirmação da morte de Teori Zavascki, ministros do Supremo Tribunal Federal avaliavam que a Lava Jato vai, sim, desacelerar. Afora a espera pela definição de um novo relator dos processos, afirmam que Teori carregava consigo toda a memória da operação desde o seu início, há mais de dois anos, e que demorará até que o próximo titular da caneta se inteire da complexidade do caso. “Atingiu-se o coração da Lava Jato”, resume um ministro da corte.

Deixa disso Outro integrante da corte, confrontado com a hipótese de sabotagem, disse preferir não acreditar em teoria da conspiração. “Seria diabólico demais.”

Via rápida  
No Planalto, Michel Temer foi aconselhado a não tardar muito para indicar o substituto de Teori no Supremo. Um dos auxiliares do presidente diz que “o momento exige celeridade”.

Novelo de lã 
Outro auxiliar próximo de Temer avalia que, apesar de todos os conselhos, a decisão pode não ser tão imediata. “Quando começa a pensar, um nome leva a outro e aí já viu…”, especula.

Às pressas  
Caso prevaleça o entendimento de que o ministro indicado por Temer herdará a relatoria da Lava Jato, há no governo quem defenda que o Senado realize uma sessão extraordinária para sabatiná-lo no recesso. [as aparências enganam, mas, há o risco de o ministro indicado por Temer assumindo  a Lava-Jato, surgirem dúvidas sobre sua isenção.
Para garantir a lisura da operação o ideal é que a escolha do relator seja por sorteio entre os dez nove ministros - a presidente do STF não participando.
Sem contar que se for esperar que Temer indique o sucessor do Zavascki, tudo passe para o próximo ano.
Celeridade e Temer se auto excluem.]
 
Olho aberto 
Assim que começaram as especulações sobre a sucessão, passou a circular em grupos de WhatsApp de advogados da Lava Jato a decisão de 2009 em que Gilmar Mendes, então presidente do STF, redistribuiu os casos relatados por Menezes Direito, morto naquele ano. 

Para todos 
Parte desses defensores aposta que a previsão de urgência para réus presos será usada pela ministra Cármen Lúcia, presidente da corte, para adotar agilidade na redistribuição de todas as ações da Lava Jato.

Passo para trás  
Na avaliação de advogados que atuam na operação, o atraso no processo deve estimular vazamentos das delações, prestes a se tornarem públicas.

Novos horizontes O Planalto trabalha com a perspectiva de que, com o cancelamento das audiências previstas para a próxima semana, a homologação dos acordos de colaboração da Odebrecht já não ocorra em fevereiro.

Memórias 
Quando Temer decidiu tornar Alexandre de Moraes chefe da Advocacia-Geral da União — antes de nomeá-lo seu ministro da Justiça –, lembrou a alguns aliados que a carreira era uma espécie de caminho natural para uma vaga no Supremo.

Te conheço 
Réu na Lava Jato, o ex-ministro José Dirceu já havia voado várias vezes na mesma aeronave em que estava Teori. Antes de ser preso, o petista era habitué da casa de luxo de Filgueiras no litoral do Rio de Janeiro.

Fonte: Painel - Folha de S. Paulo


 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

INsegurança Pública no DF: por fim uma decisão acertada - bandidos presos não receberão visitas

Por risco de rebelião, Secretaria de Segurança cancela visitas na Papuda

A Secretaria havia dito que mobilizaria servidores do Detran, bombeiros, policiais militares e civis para garantir as visitas, mas recuou

[visita para bandido  preso tem que acabar - só traz prejuízos à Sociedade e facilita o tráfico de drogas, celulares e armas.
Além do mais hoje é DIA DE FINADOS, se algum bandido deve receber visita nesta data, são os que já foram abatidos e devidamente enterrados. E essa visita ocorre nos cemitérios e não traz problemas para a segurança pública, já que todo bandido bom é bandido morto.] 

A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que as visitas previstas para hoje foram suspensas por razões de segurança. De acordo com a pasta, os relatórios de inteligência da Subsecretaria do Sistema Penitenciário apontaram o risco de confusão e de o uso dos visitantes como reféns pelos presos. Em nota divulgada pela Secretaria, o governo explica que a medida "visa garantir a incolumidade das presas e dos presos, bem como de seus familiares e visitantes".


O posicionamento da pasta foi divulgado após confusão na manhã desta quarta-feira (2/11) no Complexo Penitenciário da Papuda. Na terça (1/11), a Secretaria havia dito que mobilizaria agentes do Departamento de Trânsito do DF (Detran), policiais civis, militares e bombeiros para ajudar no trabalho dos agentes que não aderiram à greve - iniciada em 10 de outubro -, e que isso garantiria as visitas e a revista, no entanto, recuou.

Familiares chegaram com antecedência ao presídio, mas foram impedidos de entrar. A previsão era de que os presidiários recebessem apenas duas visitas por mês das mães ou companheiras, sendo elas maiores de idade. Em dias normais, os presos chegam a receber quatro visitas.

Em nota, divulgada às 10h desta quarta-feira, a Secretaria Segurança Pública informa que a situação está sob controle nas unidades prisionais do sistema penitenciário do Distrito Federal, sendo que a segurança na área interna está sob responsabilidade dos agentes de atividades penitenciárias que se mantiveram em seus postos de trabalho.   

Na área externa das unidades prisionais, o Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO), o Batalhão de Choque e o 29º Batalhão de Polícia Militar intensificaram o policiamento e contiveram a reação das visitantes com a suspensão das visitas nesta quarta-feira (2) por razões de segurança. No lado externo, no perímetro das unidades prisionais, situação também controlada. O esquema de reforço da segurança será mantido até a situação estar completamente estabilizada.

Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Privatizar cemitérios, por que não?

Governos Lula e Dilma promoveram uma tal destruição da gestão estatal que o pessoal imagina: nada pode ser pior que isso 

 
Corria a campanha eleitoral de 2006 quando Lula, então candidato à reeleição, começou a dizer que seu adversário no segundo turno, Geraldo Alckmin, do PSDB, pretendia privatizar as grandes estatais, incluindo Petrobras e Banco do Brasil. Verdade que Alckmin não colocara nada disso no seu programa, mas a história fazia sentido. O candidato tucano havia sido presidente de um programa paulista de desestatização, na gestão de Mário Covas, que arrecadara nada menos que R$ 32 bilhões para equilibrar as finanças públicas e para gastos sociais. E ele mesmo, quando governador, lançara planos de privatização ainda em 2005, a apenas um ano da campanha presidencial.

Como haviam sido programas bem-sucedidos, esperava-se que Alckmin partisse para o ataque, por exemplo, denunciando o excesso de estatização, e ineficiência do governo do petista. Reparem: já havia estourado o mensalão, com o uso abusivo do Banco do Brasil para falcatruas. E a Petrobras já era pelo menos mal falada.  Pois não é que o tucano aparece no dia seguinte com uma jaqueta especialmente desenhada pelos seus marqueteiros que exibia os logos da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Correios? Na cabeça, um boné amarelo berrante do BB.

E, para ser mais incisivo no seu papel de grande defensor do Estado, Alckmin acusou Lula de vender a Amazônia e, pior ainda, para investidores privados estrangeiros. Entregar a terra adorada ao imperialismo!
Seguiu-se o instrutivo debate:
Privatista!
— Não ofende, privatista é você!
— Calúnia, nunca vendi nada.
— Vendeu sim.

Curioso que Lula havia vendido dois bancos estaduais, do Maranhão e do Ceará — aliás, bem privatizados. Mas ele nem se lembrava disso, é claro.  De todo modo, como a pecha de privatizante caía melhor num tucano, Alckmin pagou essa conta.  Passam-se os anos, e chegamos à campanha para prefeito de São Paulo. João Doria, candidato apoiado pelo agora governador Alckmin, anuncia que vai vender o Parque Anhembi (um centro de exposições), o Sambódromo, o Autódromo de Interlagos, o Estádio do Pacaembu, além de conceder à iniciativa privada linhas e estações de metrô e ônibus.

O candidato petista, o prefeito Fernando Haddad, reagiu como Lula em 2006. Denunciou num debate: o tucano quer privatizar até os cemitérios!  Essa não! — pensei. Agora vai o Doria aparecer com uma jaqueta cheia de logos: Cemitério do Araçá; Velório da Quarta Parada; Crematório da Vila Alpina. O boné, preto, claro, com a marca do Serviço Funerário, um serviço do Estado para os mortos.

Novos tempos, porém. João Doria continuou com seu blazer ou a malha com o nó na frente, sem boné. E repetiu que ia mesmo fazer uma ampla privatização. Parece que não incluiu os cemitérios na lista de vendas/concessões. Não terá sido por ideologia, mas por falta de compradores. Os cemitérios municipais de São Paulo estão degradados, lotados e com sepulturas já vendidas. Em resumo, o negócio não é bom. A menos que se aprove legislação permitindo a construção de prédios de túmulos, o que aumentaria a capacidade de oferta.
Enfim, um outro debate. Mais fácil vender o Anhembi.

Os leitores e leitoras podem achar que estou de brincadeira. Mas não. Esse episódio foi um dos principais sinais da mudança vista na eleição municipal em muitos lugares e especialmente em São Paulo. A acusação de privatista — que fizera Alckmin protagonizar um dos momentos mais ridículos da política brasileira — nem foi considerada. Ninguém considerou um escândalo quando Haddad denunciou a suposta venda dos cemitérios. Muitos paulistanos certamente se lembraram que os cemitérios privados são incomparavelmente melhores que os municipais. Inclusive para os mortos. Nos particulares, por exemplo, não há depredação ou roubo de túmulos.

E por falar nisso tudo, o governador Geraldo Alckmin, de novo possível candidato tucano à Presidência da República, está com um outro programa de privatização. Pretende conceder algo como 60% da rede do metrô e nada menos que 25 parques, entre outras coisas.  O governo Temer já está privatizando, com as vendas de ativos da Petrobras.
Sabem a quem devemos esse triunfo da agenda liberal? Já adivinharam. Ao PT, claro, aos governos Lula e Dilma, que promoveram uma tal destruição da gestão estatal que o pessoal imagina: nada pode ser pior que isso.

Mas foi uma pena, e custou muito ao país que essas ideias — redução do Estado, controle de gastos públicos, privatizações e concessões — tenham voltado pelos piores motivos.
José Serra, quando candidato presidencial tucano, em 2002, também se recusou a defender as privatizações do governo FHC, que ficaram órfãs por todo esse tempo.  Se os liberais tivessem defendido suas ideias, ou se houvesse liberais dispostos, não teria sido preciso que o PT destruísse estatais para demonstrar a ineficácia do Estado.

Fonte: Carlos Alberto Sardenberg,  jornalista

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O desemprego derrotou o PT

 Lava-Jato ajudou a dizimar partido. Mas se a economia estivesse caminhando bem, como no mensalão, o povão seria mais tolerante


Domingo à noite, já conhecidos os principais resultados eleitorais, fui a um restaurante paulistano daqueles bem ecumênicos. Ali se cruzam políticos, economistas, profissionais liberais, executivos dos setores público e privado, um ambiente que se chamaria de elite intelectual, formadores de opinião, por aí. E sendo São Paulo, há uma clara dominância de tucanos e petistas.

Reparem: no eleitorado, o PSDB tem dado banhos seguidos. Mas o PT ainda é mais forte na elite do que no povão. Bem mais forte. Por exemplo: em eleições simuladas entre alunos de ensino médio em colégios caros da cidade de São Paulo, Fernando Haddad ganhava no primeiro turno. Isso resulta do espírito socialista da juventude - hoje centrado em temas que vão da igualdade de gêneros e racial, até as famosas ciclovias - turbinado por uma verdadeira doutrinação aplicada por professores entre os quais ser do PT é até moderado.

Tudo considerado, caem na esquerda: ciclovias, parada gay, pichação, fechar avenidas aos domingos, atrapalhar tudo que é privado. Vão para a direita:  90 km/h nas avenidas marginais, abrir ruas aos carros, privatizar até cemitérios, ganhar dinheiro.           O Uber é gozado. Sendo uma multinacional americana, deveria ser odiada pela elite/esquerda, mas, sabem como é, quebra um galho, funciona tão bem - melhor deixar pra lá.

Já os funcionários daquele restaurante onde iniciamos esta história votaram quase todos no tucano João Dória - que, aliás, não faz parte do grupo típico de frequentadores. Mais exatamente, os garçons, caixas e cozinheiros votaram contra o PT. Não, não são de direita. São trabalhadores, por isso são anti-petistas. Simples: dois anos atrás, o restaurante tinha o dobro de funcionários. A crise foi cortando cabeças e espalhando o temor entre os que ficavam. Temor e mais serviço, do que, aliás, não reclamavam. Ao contrário, contavam animados que o movimento estava voltando.

A Lava Jato ajudou a dizimar o PT. Mas se a economia estivesse caminhando bem, como estava na época do mensalão, o povão seria mais tolerante. Até deixaria passar a tese de que roubar era coisa de rico. O mensalão é dinheiro de troco diante do petrolão. Também era mais difícil de entender, porque os culpados juraram inocência até o fim. Já agora, o pessoal confessa o roubo de centenas de milhões de reais e dólares, ao vivo na tevê. E não dá para dizer que roubam mas fazem, ou que roubam para ajudar o partido do povo. Como dizer isso diante de 12 milhões de desempregados, inflação acima de 10% ao ano, perda do poder aquisitivo e colapso dos serviços públicos?
  Dilma, Lula e sua turma tentaram dizer que foi tudo culpa da crise do imperialismo. Não colou, lógico, pois os mesmos Lula e Dilma alardeavam que seu governo sabia driblar as crises dos outros. Além disso, os mais ou menos informados viram que, dos países importantes, o Brasil é o único em recessão.  Por tudo isso, vai ser muito difícil a recuperação do PT. O primeiro passo seria reconhecer o equívoco  da política econômica aplicada desde o segundo governo de Lula, quando, sob o comando de Dilma, abandonou o projeto de estabilização e pró-mercado herdado de FHC. Mas no debate do PT as primeiras vozes dizem que o partido se perdeu por ter ido demais à direita.

Ora, o partido não se desviou para a direita. Se desviou para a corrupção e para a velha politicagem brasileira - aliás também condenada pelo "não-voto" (nulos, brancos e abstenções). Caímos no pior dos mundos: uma política econômica da esquerda falida, a bolivariana,  tocada por um partido que aderiu às piores práticas dos velhos políticos.

Momento difícil, portanto. A eleição deixou mais perdedores do que vencedores. Os eleitores condenaram o PT, a esquerda velha e corrupta, o modo de fazer política que nos atrasa há tanto tempo. Mas não ficou claramente de pé uma nova agenda, a das reformas liberais e pró-mercado. O prefeito eleito de São Paulo, João Dória, falou dessa agenda. Também a defendeu o prefeito reeleito de Salvador, ACM Neto, campeão de votos. A questão é saber se foram eleitos principalmente por causa dessa agenda ou se o fator dominante foi a onda anti-PT e anti-políticos. Saberemos ao longo dos próximos meses, dependendo, sim, da atuação desses prefeitos, mas que é limitada e local.

O serviço maior para a saída da crise depende do da atuação do presidente Temer e sua base de deputados e senadores. Sim, daqueles nos quais o povo não votou.  

Complicado.

Por:  Carlos Alberto Sardenberg - jornalista