Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador COP25. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador COP25. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Greta, a “pirralha” - Nas entrelinhas



“Bolsonaro não é o primeiro chefe de Estado a se sentir incomodado com a jovem, que desagrada muita gente com seu discurso apocalíptico e já foi até chamada de “histérica” pelo presidente Donald Trump”

[essa Greta é um chuvisco de verão, sua fama, seu ativismo logo será esquecido pela imprensa - ou já esqueceram que as manchas de óleo nas costas brasileiras foram convenientemente esquecidas.

Perceberam que não conseguiriam derrubar o presidente Bolsonaro, então esqueceram.  

Igual aos 'diálogos do interpePTação  - agora estão restritos a Polícia - apropriadamente, já que furto, invasão, etc é caso de POLÍCIA. ] 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar de “pirralha” a ativista sueca Greta Thunberg, ao receber homenagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, tentando ridicularizar a adolescente de 16 anos. Segundo ele, a jovem deu um “showzinho” na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP25), realizada em Madri. No mesmo dia, porém, Greta foi eleita a personalidade do ano pela revista Time, por inspirar movimentos estudantis de todo o Ocidente na luta contra o aquecimento global e em defesa da natureza. Ela é a mais jovem contemplada com o título.

“Tem até uma pirralha que tudo o que ela fala a nossa imprensa, oh, nossa imprensa, pelo amor de Deus, dá um destaque enorme. Ela está agora fazendo seu showzinho lá na COP25”, disse Bolsonaro. Em Madri, pouco antes, Greta havia acusado líderes políticos e empresariais de preferirem cuidar de suas próprias imagens a tomar medidas agressivas na luta contra as mudanças climáticas. Disse também que as ambiciosas metas de redução de emissões são uma “enganação” e que “nada está sendo feito” para evitar uma catástrofe climática.

Greta Thunberg, nascida em 3 de janeiro de 2003, é um ponto fora da curva. Filha e neta de artistas, sua mãe é a cantora de ópera Malena Ernman, que representou a Suécia no Festival Eurovisão da Canção de 2009. Seu pai é o ator Svante Thunberg, filho do ator e diretor Olof Thunberg e da atriz Mona Andersson. A jovem tem síndrome de Asperger, TDAH, transtorno obsessivo-compulsivo e mutismo seletivo. Greta, porém, conseguiu ultrapassar esse problema, partindo do princípio de que “ser diferente é um superpoder”, dependendo das circunstâncias.

Greta era mesmo uma “pirralha” quando percebeu, com 8 anos de idade, que as mudanças climáticas existiam e ficou imaginando o motivo de isso não ser manchete em todos os canais, como acontece com as guerras. Em agosto de 2018, Greta Thunberg resolveu abandonar as aulas para protestar, próxima ao parlamento sueco, exigindo mais ações para mitigar as mudanças climáticas por parte dos políticos de seu país. Estudantes de outras comunidades se organizaram para protestos semelhantes.

Mais tarde, numa conferência em Londres, disse que não foi à escola para se tornar uma cientista do clima, como alguns sugeriram, porque a ciência chegou aos seus objetivos e somente restaram a negação, a ignorância e a inatividade. Terraplanistas e autoridades que negam o aquecimento global, como o presidente Donald Trump, parecem dar razão à menina, que ganhou notoriedade por uma abordagem igualmente radical na narrativa em defesa do meio ambiente.

Craque do marketing
Seu protesto solitário defronte ao parlamento da Suécia deu origem a um movimento global intitulado Fridays for Future (Sextas pelo Futuro), que culminou em uma greve escolar global no dia 15 de março, com protestos em mais de 100 países. “Vocês roubaram os meus sonhos e infância. Estamos no início de uma extinção em massa, e a única coisa que vocês falam é sobre dinheiro e o conto de fadas de crescimento econômico eterno. Como se atrevem?”, disse, em memorável discurso na ONU, em setembro passado.

Bolsonaro não é o primeiro chefe de Estado a se sentir incomodado com a jovem, que desagrada muita gente com seu discurso meio exagerado e apocalíptico. Foi até chamada de “histérica” pelo presidente Donald Trump. Em termos de marketing político, porém, é uma tremenda roubada brigar com Greta. Ela é craque em chamar a atenção da mídia, sobretudo porque transformou seu principal hobby numa arma política: navegar de barco à vela.

Greta Thunberg cruzou o Atlântico num veleiro para comparecer à ONU, em Nova York. Foram duas semanas de travessia marítima, partindo do emblemático Porto de Plymouth, no Reino Unido. A jovem se recusa a viajar de avião por causa das emissões de carbono geradas pela queima de combustível. Veleja num barco “sustentável”, com painéis solares e turbinas que produzem eletricidade, cedidos por ninguém menos do que Pierre Casiraghi, filho da princesa Caroline de Mônaco.

Sua chegada a Nova York é um “case” de comunicação nas redes sociais e na mídia tradicional. Tão logo pôde, disparou no Twitter: “Nós atracamos na costa de Coney Island — passando pela alfândega e imigração”. Horas depois, publicou uma foto já no rio Hudson, com Manhattan no horizonte. Mais cartão-postal, impossível. Por essas e outras, é uma fria polemizar com Greta Thunberg. É uma briga na qual já se entra derrotado na opinião pública internacional.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense




segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Com Brasil sob pressão, Bolsonaro não vai à conferência climática da ONU

Sem a presença de Bolsonaro, tem início hoje a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP25). Em meio a recentes polêmicas sobre a Amazônia e a declarações do presidente, o Brasil será representado pelo ministro Ricardo Salles

 Começa nesta segunda-feira (2/12), em Madri, a COP 25, marcada inicialmente para acontecer no Brasil, mas cancelada ainda em dezembro de 2018, pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro, que também não comparecerá à reunião de chefes de Estado que abre o encontro. Transferida há um ano para o Chile, em novembro, a COP acabou mudando novamente para a Espanha, às pressas, devido à instabilidade política no país sul-americano. A presidência do evento, porém, continua com o Chile. 
 
O Brasil chega nesta etapa da Conferência das Partes, órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que se negou a sediar, representado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e com uma sucessão de problemas ambientais e sem perspectivas de cumprimento de metas. O ministro chegará ao encontro disposto a exigir recursos dos países em desenvolvimento para combater a destruição da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.

O objetivo da COP25 é regulamentar o Acordo de Paris, assinado em 2015, que começa a ser implementado em 2020. O encontro vai ocorrer em regime de urgência, principalmente depois da divulgação, na semana passada, do relatório de emissões da ONU Meio Ambiente, segundo o qual, para uma chance de 66% de limitar o aquecimento global em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, será preciso cortar as emissões globais de gás carbônico em 7,6% em todos os anos, daqui até 2030. O acordo de Paris estabeleceu em 2ºC o limite de aquecimento até 2030, ou seja, com reduções de 2,7% ao ano. “A conclusão óbvia dos especialistas é que os compromissos são insuficientes”, disse Diego Araya, da Embaixada do Chile, para quem está claro que os compromissos assumidos até agora não são suficientes para evitar as catástrofes previstas pelos especialistas.
 


No Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA