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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Diferenças de Lula e Bolsonaro com congressistas e na economia - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), volta e meia, fala sobre a necessidade de garantir apoio na Câmara e no Senado. 
E com isso, ele libera emendas, oferece ministérios, chega a tirar ministérios de partidos de esquerda para dar ao centrão. 
Porque, afinal, o resultado da eleição, primeiro turno, que renovou a Câmara e renovou parte do Senado, deixou uma maioria muito clara de centro-direita, ao redor de 70%. 
Então, realmente ele tem que trabalhar nisso. Mas tem outra coisa que ele não está trabalhando.
 
O Estadão fez um levantamento e mostrou em quantas audiências ele recebeu deputados e senadores, até 11 de outubro desse ano, e foram apenas 21. Será que é muito? Será que é pouco? Basta comparar com o número de audiências do mesmo período do presidente Jair Bolsonaro, 349. Uma grande diferença, mostrando a necessidade do presidente conversar com os representantes do povo no Congresso. Vocês dirão: Ah, mas Bolsonaro tem experiência de 29 anos de carreira parlamentar! Mas Lula também foi deputado. E sabe o que é a necessidade de negociar, sem precisar ceder.
 
Bolsonaro deu ministérios para técnicos, e não para partidos políticos. Lula tá dando para partidos políticos.  
 Ministério assim, como se diz de porteira fechada. 
O partido vira e transforma o ministério quase numa autarquia partidária. Essa é a diferença.

Nos números que foram mostrados, a gente vê que na verdade foi muito menos a abrangência das conversas de Lula com o Congresso. Entre os 13 deputados e 8 senadores, consta Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado; Gleisi Hoffmann (RS), presidente PT; José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara; Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, e só mais outros três. Então, é quase nada. Na verdade, só vale esses três.

E ainda vão dizer assim, mas Bolsonaro também recebia o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seus filhos. Mas se descontar os filhos, ainda ficam 311 audiências recebendo deputados e senadores. Isso vai servir de alerta para o presidente.


Bolsonaro deixou contas com superávit e no governo Lula déficit aumenta
O presidente Bolsonaro deixou as contas públicas com superávit.
 
E agora vemos o déficit com o endividamento público aumentando, estava diminuindo. Vai ser difícil continuar a baixar a taxa básica Selic.  
Se o governo está tomando dinheiro do público, botando papel na metade, tem que oferecer juros, compensador. 
Então, é um fator que impede que o juro abaixe, e a gente está vendo aí os resultados disso na economia. A economia já tirou o pé do acelerador.

E o presidente Lula disse: “Ah, dinheiro, dinheiro bom é dinheiro em obra”. Teoricamente, sim. Mas eu já mencionei, uma vez, uma informação do então, ministro da Economia, Delfim Neto. Ele me disse: “olha, aqui no Brasil o dinheiro público é, vai 1/3 para obra, e 1/3  para corrupção e 1/3 para má administração. Então, na verdade, os nossos impostos só têm uma produtividade de 1/3". 

E, no caso do governo, vai grande parte para sustentar o próprio governo inchado, gordo, lento e que não presta bons serviços públicos, como era de esperar por essa carga tributária que está ao redor de 36%.

A gente trabalha, mais de quatro meses no ano, quase cinco meses no ano, para sustentar os governos, o Estado brasileiro, nos seus três níveis e nos seus três poderes. Mas enfim, o presidente Lula agora parece que percebeu, diz que vai viajar pelo país, porque ele fez 21 viagens para o exterior. Viajou muito e vai viajar de novo agora, ainda tem viagens planejadas para o exterior. 
Mas falou que vai viajar pelo país, assim vai matar a nossa curiosidade de saber como o povo se comporta com Lula percorrendo as ruas. Porque todo mundo diz: “poxa, Bolsonaro não consegue sair porque é uma multidão que ele não consegue caminhar no meio da multidão. Agora dá pra fazer o teste. Havia um sabão em pó, que tinha uma propaganda, onde fazia um teste pra ver quem lava mais branco. Agora vou fazer o teste da rua.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 
 

domingo, 28 de janeiro de 2018

Do sertão ao cárcere

A condenação por corrupção é o penúltimo capítulo de uma biografia que se inicia em um pau de arara, começa a ser degenerada no movimento sindical, se corrompe em Brasília e pode terminar no sistema penitenciário

Lula Condenado
Quando deixou o Palácio do Planalto, em janeiro de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva carregava consigo uma aprovação popular recorde de 83% e uma biografia com B maiúsculo, dessas encadernadas com capa de couro e que poucas personalidades no mundo conseguem ostentar. Tratava-se da história de uma vida capaz de encantar dentro e fora do País. Uma trajetória marcada por grandes feitos, embates quixotescos e, acima de tudo, enormes superações. Claro, havia lá também suas travessuras. Algumas passagens mal contadas dos anos 1980 e uma mancha preocupante: o chamado Mensalão. Na quarta-feira 24, depois da condenação por corrupção em segunda instância a doze anos e um mês de reclusão, a biografia de Lula, revista e ampliada, ganhou nova coloração. Não é nem um pouco admirável. Seus desvios éticos, exaustivamente comprovados, superam suas virtudes.

Na história de Lula, os desvios éticos superam as virtudes do menino que fugiu da seca e virou presidente
Agora, uma vez condenado, Lula sabe que os últimos capítulos de sua história serão escritos nos tribunais e no sistema penitenciário. “A biografia do garoto que deixou o sertão em um pau de arara e se tornou o presidente mais popular que o Brasil já teve não vai terminar no gabinete presidencial, mas sim em um presídio, como um preso comum”, disse à ISTOÉ, na manhã da quinta-feira 25, um ex-seminarista que ajudou Lula a fundar o PT, em 1980.

Sindicalistas, religiosos, acadêmicos e políticos que estiveram próximos do ex-presidente nas últimas décadas divergem quando questionados sobre o momento em que Lula começou a manchar a própria história. Muitos dizem que os desvios éticos começaram quando Lula se elegeu presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, em 1975, e passou a usufruir de algum poder.Chegar a ser metalúrgico no ABC era o máximo da ascensão social para pessoas como ele”, diz Margaret Keck, cientista social da Universidade Johns Hopkins, no Estados Unidos. Três anos depois de chegar ao sindicato, Lula já era reconhecido internacionalmente por sua atuação à frente de mais de 200 mil operários no ABC paulista, liderando as maiores greves da história do País. “Descobrimos depois de algum tempo que o comportamento do Lula nas greves não foi nada ético."

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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Temer vai permanecer governando e pela mais simples das razões; RUIM COM ELE, PIOR SEM ELE

Como restaurar a pinguela


Embora estrebuche na maca e negue que renunciará ao mandato, Michel Temer ainda não teve a má ideia de dizer que só sairá do Palácio do Planalto amarrado à cadeira presidencial. Era assim que Delfim Netto, ministro da Fazenda da ditadura militar de 64, prometia fazer se um dia o derrubassem. Depois de sete anos como o todo-poderoso xerife da economia, Delfim acabou demitido, mas a cadeira ficou.

A CADEIRA PRESIDENCIAL continuará sendo ocupada por Temer
até que se entendam em torno de um nome para substituí-lo os protagonistas de sempre da cena política nacional — partidos, ministros de tribunais superiores, empresários e banqueiros. Fracassou quem havia se oferecido para unificar o país. A pinguela caiu. Mas quem irá restaurá-la para que o país consiga chegar em paz às eleições diretas de 2018?

NO PRÓXIMO DIA 6, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começará a julgar a ação do PSDB que pede a impugnação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico nas eleições de 2014. O placar, ali, estava 5 a 2 para inocentar Temer e condenar Dilma antes que o empresário Joesley Batista delatasse Temer. Hoje seria de 4 a 3. O futuro a Deus pertence, e também ao ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE.

GILMAR É AMIGO de Temer e um dos seus conselheiros mais influentes. Para escapar de grampos, os dois só se comunicam por meio de emissários. Mas Gilmar tem amigos em toda parte e não se nega a ajudá-los. Provou-o ao atender pedido de Aécio Neves para que convencesse o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a aprovar o projeto de lei sobre abuso de autoridade. Por ora, Aécio expia seus pecados em prisão domiciliar voluntária.

A IMPUGNAÇÃO da chapa pelo TSE atenderia a uma das condições de Temer para deixar o poder:
preservar a sua biografia. Foi Dilma que cuidou das contas da campanha. Logo, a culpa fora dela. Outras condições: não ser punido; alguma proteção para os amigos encrencados na Lava-Jato; não recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República; e ser ouvido para a escolha do seu sucessor.

TEMER IMAGINA que ganhará uma sobrevida se a perícia da Polícia Federal concluir que foi adulterada a gravação de sua conversa com Batista. Quando nada, isso serviria para livrá-lo da acusação de que tentou obstruir a Justiça ao incentivar Batista a seguir pagando pelo silêncio de Eduardo Cunha. Das outras acusações — corrupção passiva e organização criminosa —, acha que se livrará facilmente. A ver.

OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA foi o que levou o ex-senador Delcídio Amaral para a cadeia. Por encomenda de Lula, Delcídio pagou para que Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, ficasse calado em Curitiba. Diante da Justiça, a situação de Temer é pior que a de Delcídio. Esse, pelo menos, amenizou a sua delatando. Temer poderá ser alvo de novas delações e de provas mantidas em sigilo até aqui.

HÁ UM ACORDÃO sendo costurado no Congresso capaz de beneficiar Temer, mas concebido para estancar a Lava-Jato. Um dos seus pontos é rever a posição do Supremo Tribunal Federal que, por 6 a 5, decidiu que condenado em segunda instância da Justiça será preso. Delação só para quem estivesse solto. E perdão para suspeito de ter feito caixa dois. Por esse ralo escaparia muita gente. [não há o que perdoar para os suspeitos de praticarem, ou mesmo os que praticaram,  atos que são chamados de CAIXA DOIS.

Até o presente momento, CAIXA DOIS não é crime, portanto, não há o que ser perdoado.]

ESCAPARIA LULA, que mesmo se condenado em segunda instância estaria livre e à vontade para disputar as eleições de 2018. [qualquer acordão não vai prosperar, haja vista que a saída de Temer além de atrasar a recuperação econômica do Brasil trará uma perda irreparável: a possibilidade, ainda que remotíssima, do encardido ser candidato e ganhar, o que levaria o Brasil ao CAOS ECONÔMICO e FINANCEIRO e sem chances de reparação pelos próximos CEM anos.

Apesar do sem sobre representar o que há de pior para qualquer País, existe milhões de brasileiros que ainda votariam no coisa ruim.]

Fonte: Ricardo Noblat - O Globo

terça-feira, 21 de março de 2017

Paulo Maluf, "Perto do PT, eu sou um santo"

Conhecido como o “senhor rouba mas faz”, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), 85 anos, enche o peito para se gabar de não estar na lista de Janot, assim como não esteve no mensalão. Em entrevista à IstoÉ, embalado pelo momento político, Maluf posa de vestal, sem ser, é claro, e diz que, perto do PT, ele se considera um “santo”. Afinal, segundo ele, os petistas trabalhavam com empresas que tinham até departamento de propina, enquanto que ele jacta-se de não ter sido condenado em última instância em nenhuma ação por corrupção. Acusado de ter superfaturado várias obras, enquanto prefeito de SP, Maluf alega que responder a processos não significa nada. Argumenta, num discurso batido, que as acusações carecem de provas. Sobre a prisão em 2005, sob a acusação  de depositar US$ 160 milhões nos EUA, Maluf inverte as coisas: “Não fui preso. Fui solto”.

Sempre disseram que o senhor era o maior corrupto da história do País, mas agora você está se gabando de não estar na lista de Janot. O senhor se redimiu?
Vou ser franco. Eu tenho um defeito. Sou polêmico porque falo o que eu penso. Eu tinha um preceptor político, Antonio Gontijo de Carvalho, era mineiro, que dizia: “Maluf, na minha terra, quando o adversário não tem defeito, eu invento”.
 
Mas não inventaram que o senhor é corrupto.
Vamos aos fatos. Quando entrei na política, tomava posse Costa e Silva e o ministro Delfim Neto. Convidado pelo Delfim para ser presidente da Caixa, eu tinha 35 anos, eu já morava na casa onde eu moro. Já era diretor da Eucatex. Não entrei na vida pública para enriquecer. Eu já entrei rico. Detesto essa palavra rico. Mas entrei na vida pública pensando no bem público. Construiu quase todas as grandes obras de São Paulo. Eu não destruí nada. Só construí.
 
Mas é sabido que algumas dessas obras foram superfaturadas.
Não tem mais prova neste País? O sujeito fala por falar? No mínimo tem que ter um documento provando. Quando se faz uma obra, foi um conjunto de mil pessoas. Um viaduto, tem a Secretaria de Obras que faz a concorrência, tem 30 engenheiros, tem o julgamento da concorrência que é público, vai construindo o viaduto e vão sendo autorizados pagamentos. Tudo isso é auditado pelo Tribunal de Contas. Para dizer que você superfaturou, tem que botar mil na gaveta. Isso não existe. As obras que eu fiz em São Paulo foram auditadas pelo Tribunal de Contas.
 
O que o senhor responde a quem garante que o senhor é corrupto?
Eu falo a eles: trabalhem como eu.
 
E sobre o PT, o que o senhor diz?
O PT hoje é exemplo de corrupção. As empresas que trabalharam para eles, tínham um departamento de propina. Não era um diretor que corrompia. Eles tinham um departamento inteiro. Eu morava na rua Costa Rica 146 e continuo morando na Costa Rica 146. Quando eu fui casar há 62 anos, na Igreja da Catedral da Sé, fui no Rolls Royce da minha mãe. Naquele tempo já tínhamos um Rolls Royce.
 
O senhor quer dizer que perto do PT
Perto do PT, eu sou um santo. Não só do PT. Perto de todos os políticos do mundo. O dinheiro nunca me estimulou. O que me estimula é desamarrar fitinha de inauguração. Fiz mais de 60 viadutos em São Paulo. Fiz túneis que nunca alagaram, estações de metrô que nunca caíram…
 
Mas o Lula foi à sua casa em 2012 pedir apoio para a candidatura do então candidato a prefeito Fernando Haddad. O senhor não sabia que os petistas usavam dinheiro de caixa dois para eleger seus candidatos?
O que eu disse claro para o Rui Falcão, presidente do partido, é que eu não me caso no porão de igreja. Eu me caso no altar e com o cardeal. Eu não lhes pedi nada. Acho que o Haddad é um cara correto, mas o cardeal tem que ir em casa me pedir em casamento. Foi assim que aconteceu. Lula foi na minha casa. A mídia tomou um susto quando soube que o Lula tinha almoçado na minha casa. Mas não houve oportunismo da minha parte. Haddad tinha 3% nas pesquisas. O Serra liderava com folga, com 31%, mas acabou perdendo.
 
Mas usaram dinheiro de caixa dois na campanha…
Não sei se usaram. Cada campanha é uma campanha. O Haddad naquela eleição era o novo, como foi o Doria agora.
 
Apesar de o senhor dizer que é santo, ainda responde há mais de 60 processos por corrupção, como no superfaturamento da avenida Águas Espraiadas (atual Roberto Marinho)…
Processo não é condenação. Processo é oportunidade para provar juridicamente que é inocente. Qual é a função do Ministério Público? Por que ganham R$ 30 mil por mês? É para trabalhar. Então eles acusam. Ótimo. E a gente se defende. Não sou contra processo. Eu não perdi nenhum.
 
E aquela ação em que o senhor perdeu por ter doado os fusquinhas para cada um dos jogadores da seleção de futebol de 70?
Eu ganhei. Demorou 30 anos, mas eu ganhei na última instância.
 
Se é assim, por que o senhor ainda está na lista da Interpol, podendo ser preso caso deixe o Brasil?
Estou na lista da Interpol porque não temos governo aqui no Brasil. A lista da Interpol não mostra que eu fui condenado não. É que eu estou sendo processado nos Estados Unidos, mas o processo nem começou. Para começar o processo eu tenho que ser ouvido. Eu disse, eu quero ser ouvido sim. Mas quero ser ouvido aqui, por carta rogatória ou por videoconferência, como diz a legislação brasileira.
DO PAU OCO Maluf consta na lista da Interpol por responder a processo por corrupção nos EUA e pode ser preso se deixar o Brasil
                                           

DO PAU OCO Maluf consta   na lista da Interpol por responder
a processo por corrupção nos EUA e pode ser preso se deixar
o Brasil
E por que os americanos insistem que o senhor seja ouvido nos Estados Unidos?
Eles querem passar por cima das leis brasileiras. Aliás, no caso dos pilotos americanos do Legacy, que derrubaram o jato da Gol em 2006, matando 150 pessoas, eles foram ouvidos naJustiça brasileira por videoconferência. Quero ser ouvido sim. Mas eles querem que eu tome um avião e vá até lá. Não vou. Não vou. Sou um homem que respeita a lei. Querem me ouvir, tem que me ouvir aqui onde eu moro. Se tivesse um governo com autoridade, enfrentava o governo americano e dizia: aqui não é quintal americano e vocês que mandem uma carta rogatória para ele ser ouvido aqui.
 
O senhor chegou a ficar preso 41 dias na sede da Polícia Federal em São Paulo, juntamente com seu filho Flávio. O senhor acha que prisão é uma coisa que ficou no passado para o senhor?
Não fui preso. Eu fui solto. É diferente. O Supremo Tribunal Federal me deu a garantia de que não havia fundamento legal nenhum para a prisão. Se soltaram o goleiro Bruno, que é assassino, se o Pimenta Neves é assassino confesso e ficou solto, por que iriam me manter preso? Eu tinha que responder em liberdade. Qual é o perigo que o Paulo Maluf oferece à sociedade solto? É um absurdo. Tem gente que só joga para a platéia. Aquela prisão o Supremo disse que foi ilegal e que se tivesse alguma coisa que eu respondesse em casa.
 
E como o senhor está vendo o governo atual? Ele é menos corrupto do que foi o de Lula?
Esquece corrupção. Tenho esperança no governo Temer. Está fazendo força pelas reformas que o País precisa. Vou votar a favor da reforma da Previdência do governo. Um dia desses, uma repórter me ligou querendo saber porque eu votaria a favor da reforma. Eu perguntei quantos anos ela tinha. Ela me disse ter 25. Eu falei pra ela: olha, você está contribuindo agora não para a sua aposentadoria, mas para quem está aposentado. Se a gente não fizer a reforma, não vai ter dinheiro para pagar a tua aposentadoria. Essa é a questão.
 
Temer vai tirar o País da crise?
Acho que sim. Já conversei com ele mais de uma vez. Ele conversa muito com o Delfim também, que é um dos economistas mais lúcidos do Brasil. Está disposto a fazer as reformas da Previdência, Trabalhista e a reforma política. Ele me disse: não quero ser endeusado na próxima eleição, mas quero deixar meu nome para a próxima geração.
 
O Lula está dizendo que quer voltar. O senhor concorda com uma nova candidatura dele em 2018?
Mas para o Ministério Público, empreiteiras lhe beneficiaram com apartamento e sitio…
O triplex do Guarujá não é triplex nenhum. São três apartamentinhos do BNH um em cima do outro. Se o Lula quiser ir para o Guarujá, eu tenho uma casa com cinco suítes, defronte para o mar. Está à disposição dele.
Quando o Delfim Neto me convidou para ser presidente da Caixa, eu tinha 35 anos e já morava na rua Costa Rica. Moro lá há 62 anos
Quando o Delfim Neto me convidou para ser presidente da Caixa, eu tinha 35 anos e já morava na rua Costa Rica. Moro lá há 62 anos

Mas não é um risco para o País? Afinal o PT quebrou o Brasil.
Ele tem o direito democrático de querer concorrer. Agora, não será roubando a bola e não deixando ele participar do jogo. Isso sim é antidemocrático.
 
O senhor já está com 85 anos e há uns dez anos disse que não pretendia mais disputar eleições, pois desejava cuidar dos netos. O senhor mantém essa postura?
Ainda é cedo para falar em 2018, mas pretendo me reeleger deputado federal.
 
Fonte: IstoÉ