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terça-feira, 11 de outubro de 2016

"Se governo Temer for bem, haverá nova guinada à direita em 2018"

Eleições mostraram crescimento dos partidos mais à direita no cenário político. Para Jan Woischnik, diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, tendência continuará se governo Temer recuperar a economia.As eleições municipais de 2016 mostraram um crescimento de partidos mais à direita do cenário político brasileiro, muito em parte por conta do escândalo de corrupção envolvendo o PT e a recessão econômica. 

Para Jan Woischnik, diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, a tendência poderá continuar de maneira ainda mais forte caso o governo do presidente Michel Temer consiga fazer um bom trabalho, principalmente no campo da economia. "Uma guinada à direita poderá ser vista também em 2018 se a atual coalizão formada por PMDB, PSDB e outros partidos conseguir se sair bem, sobretudo em termos de recuperação econômica", diz Woischnik. "Se o governo Temer tiver sucesso nesses desafios, acho que o eleitorado vai valorizar isso nas urnas em 2018." 

DW: Qual é o significado das eleições municipais para o pleito presidencial de 2018?
Jan Woischnik: É importante destacar que falta muito para as eleições de 2018 e, assim, muitos fatos podem acontecer, e a situação pode mudar de forma significativa. Porém, temos que observar que o PSDB teve um êxito muito grande com seu candidato João Doria em São Paulo, que é a maior cidade do país. Outro ponto importante é a perda, pelo PT, de prefeituras em relação à última eleição municipal e, assim, o aumento das dificuldades para as pretensões do ex-presidente Lula como eventual candidato à Presidência em 2018. 

Nas eleições municipais, diversos candidatos que não tinham o perfil clássico de políticos estabelecidos foram eleitos ou vão disputar o segundo turno fortalecidos. Por quê? Eu vejo que essa tendência poderá aumentar nas próximas eleições. A razão para isso é, seguramente, a frustração dos cidadãos com os políticos tradicionais, sobretudo no contexto da Operação Lava Jato. Essa desconfiança leva a uma percepção negativa da totalidade do processo eleitoral e agrava o desencanto da população com a política no país. 

Como você avalia as mudanças no financiamento de campanhas, com a proibição do dinheiro de empresas para candidatos e partidos?
Eu acredito que essa medida foi um primeiro passo importante da reforma política pela qual o país precisa passar. Porém, outros passos nessa questão devem ser dados para que se vença a corrupção. Mas é difícil para mim, como observador estrangeiro, estimar se o pouco tempo que resta ao governo Michel Temer será suficiente para fazer uma grande reforma. Ele terá apenas dois anos, no máximo, e isso não é muito tempo, vide a dimensão dessas reformas. 

De certa forma, houve uma guinada à direita nestas últimas eleições. Esse movimento poderá ser visto também nas eleições de 2018?
Uma guinada à direita poderá ser vista também em 2018 se a atual coalizão formada por PMDB, PSDB e outros partidos conseguir se sair bem, sobretudo em termos de recuperação econômica, estabilidade da moeda, controle da inflação, retomada do emprego e renda, entre outros. Se o governo Michel Temer tiver sucesso nesses desafios, acho que o eleitorado vai valorizar isso nas urnas em 2018. 

O PT foi o grande perdedor nas urnas. Em sua opinião, houve um combate ao PT ou à corrupção?
Em minha opinião, os dois aspectos foram claramente vinculados. Há 13 anos, o ex-presidente Lula chegou à Presidência com a promessa de acabar com a tradição de corrupção na política. Mas, com a Operação Lava Jato e a participação de diversos membros do PT nos escândalos, o eleitorado ficou muito decepcionado, já que, ao contrário da promessa feita, a própria legenda seguiu na mesma trajetória. 

Fonte:  Deutsche Welle

domingo, 2 de agosto de 2015

FHC não exclui hipótese de Lula ir para a cadeia

Em nota divulgada neste sábado, Fernando Henrique Cardoso explicou o teor de entrevista concedida à revista alemã Capital. Nessa conversa, ele atribuíra a Lula a responsabilidade política pela corrupção na Petrobras. Mas soara contrário à prisão do rival petista. Ao se explicar, FHC disse que não costuma falar mal de políticos brasileiros quando se dirige ao estrangeiro. E deixou claro que não exclui a hipótese de Lula ser preso. “Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora (coisa que vem fazendo aos poucos) sua história.”

A entrevista à revista alemã circulou neste sábado. Mas em notícia reproduzida na véspera pelo UOL, a agência de notícias alemã Deutsche Welle havia antecipado alguns trechos. Perguntou-se a FHC se acha que Lula está envolvido na roubalheira da Petrobras. E ele: “Não sei em que medida. Politicamente responsável ele é com certeza. Os escândalos começaram no governo dele.'

Sobre a prisão de Lula, foram realçadas duas frases:
1. “Para colocá-lo atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante.''
2. “Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.'' [é o uso exagerado do argumento 'não dividir o país' pelo PSDB e o resto da oposição  - argumento que parece sob medida para esconder a covardia por omissão da oposição - que permitiu que a Dilma destruísse o Brasil.
Foi o mesmo FHC, que agora virou líder da oposição - aliás, uma oposição que tem no comando um FHC e um Aécio Neves, tem tudo para não ser oposição nenhuma e sim mera enrolação - que em 2005, quando o Lula estava pronto para o abate, de 'quatro' e sangrando, que foi contrário ao 'impeachment', alegando ser melhor deixá-lo sangrar do que promover sua imediata eliminação política, via impedimento, para não causar comoção social no Brasil.
Enquanto a oposição - em minúsculas mesmo - pensar assim Dilma e Lula vão continuar fazendo lambanças.]

As declarações de FHC renderam-lhe críticas nas redes sociais. Houve incômodo também no PSDB. Daí a nota divulgada neste sábado. Nela, FHC insinua que suas declarações estão defasadas: “A entrevista foi dada há algum tempo, não me recordo os termos que usei.” E alega que seu estilo é diferente do de Lula e do PT: “Ao falar ao estrangeiro cuido sempre de não ser agressivo com políticos brasileiros.
 Por outro lado, não falo, ao estilo lulopetista, desconhecendo o 
passado e negando fatos.”

“Lula, gostemos ou não dele e de suas 
políticas, foi o primeiro líder operário a chegar à Presidência, o que tem inegável peso simbólico”, anotou FHC, antes de tratar do tema que motivou a divulgação da nota: “Por que haveria eu de dizer ao exterior que merece cadeia? Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora (coisa que vem fazendo aos poucos) sua história.”

Noutra referência ao estilo agressivo de Lula, FHC escreveu: “Não se constrói o futuro com amargor, nem desmerecendo feitos.
Tampouco poderá ele se erigir tapando o sol com a peneira. Mas nas democracias não é o interesse de pessoas ou de partidos quem dá a palavra final. É a Justiça. Podemos até torcer para que ela atue. Mas o bom senso de cada líder deverá conter seus naturais impulsos por ‘justiça já’, ou a qualquer preço, em favor da moderação e do respeito às regras do jogo. O fato dos adversários não se comportarem assim não deve nos levar a que nos igualemos com eles.”

Na entrevista à revista alemã, FHC fizera comentários também sobre Dilma. Indagado se acredita no envolvimento dela com corrupção, dissera: “Não, não diretamente. Mas o partido dela, sim, claro. O tesoureiro está na cadeia.'' Acrescentara: “Eu a considero uma pessoa honrada, e eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT.'' Sobre esses trechos, FHC não fez nenhum reparo em sua nota de esclarecimento.

Fonte: Blog do Josias



quarta-feira, 10 de junho de 2015

O mundo particular de Dilma - Dilma, com o devido respeito aos autistas - se torna autista, foge da realidade



A presidente Dilma voltou a ser aquela mesma do tempo da campanha presidencial, vendendo versões mirabolantes que se chocam com a realidade, parecendo que vive em outra dimensão. Ela foi obrigada por jornalistas estrangeiros a abordar nos últimos dias um tema que a perturba: sua participação nos escândalos da Petrobras.

A irritação visível com que respondeu ao canal de TV France 24 revela que se considera acima de qualquer suspeita, o que os fatos desmentem. Qualquer empresa privada teria demitido a presidente do Conselho de Administração e todo seu grupo de conselheiros depois da constatação de que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, produziu um prejuízo de US$ 792 milhões em duas etapas, entre 2006 e 2012, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).

A desculpa de que a autorização só foi dada por que o diretor responsável, no caso Nestor Cerveró, os induziu a erro ao apresentar um relatório “técnica e juridicamente falho" não deveria nem ser levada em conta, pois cabia aos membros do Conselho pedir mais informações. Mais ainda: depois de constatada a lambança, o diretor responsável foi “punido” com transferência para um cargo na diretoria da Petrobras Distribuidora, com direito a elogios funcionais à sua atuação na área internacional.

Ao responder a uma pergunta direta sobre como reagiria se fosse constatado seu envolvimento nos escândalos do Lava-Jato, a presidente Dilma teve uma reação muito semelhante à do ex-ministro José Dirceu, quer certa ocasião proferiu a seguinte jóia a respeito do mensalão: “Cada vez me convenço mais de minha inocência”.

Disse Dilma: "Eu não estou ligada [às denuncias]. Eu não respondo a esta questão porque eu não estou ligada. Eu sei que não estou nisso. É impossível. Eu lutarei até o fim para demonstrar que eu não estou ligada. Eu sei o que eu faço. E eu tenho uma história por trás de mim. Neste sentido, eu nunca tive uma única acusação contra mim por qualquer malfeito. Então, não é uma questão de 'se'. Eu não estou ligada", assegurou ao canal francês TV France 24.

Utilizando uma técnica diversionista muito própria das propagandas eleitorais, Dilma disse que o escândalo não é da Petrobras por que apenas "cinco funcionários" se envolveram nas irregularidades, unidos a políticos. A presidente deve pensar que o cidadão brasileiro é facilmente enganável, e tem razão para tanto, pois a tática deu certo na campanha eleitoral, se bem que por pouco tempo.

Então um esquema dessa magnitude pode ser montado por meia dúzia de funcionários e alguns políticos? Que tipo de governança tem essa empresa que perde ¼ de seu valor por causa de um esquema de corrupção tão improvisado e ao mesmo tempo tão sofisticado que, como ela mesma diz em outra entrevista, só com delações premiadas foi descoberto?  À Deutsche Welle, rede pública alemã de rádio e televisão, Dilma lamentou-se, dizendo que "um dos ônus [de se combater a corrupção] é acharem que nós é que fazemos a corrupção", esquecendo-se de comentar a participação de seu partido, o PT, no esquema que está sendo denunciado pela Justiça.

Dois tesoureiros presos, sendo que um já condenado e cumprindo pena, só é uma coincidência no relato fantasioso da Presidente. Absurdo não é desconfiarem que ela sabia do esquema montado para financiar as campanhas eleitorais do PT e de partidos aliados.  Absurdo é que suas campanhas presidenciais tenham sido irrigadas com dinheiro proveniente de desvios da Petrobras, conforme está sendo revelado dia após dia por várias delações premiadas, de ex-diretores da Petrobras a funcionários de empresas nacionais e estrangeiras.

Comprovadas as acusações, nada mais natural estranharmos que a candidata em 2010 e 2014 nada soubesse sobre os esquemas fraudulentos que financiavam suas campanhas eleitorais, como nada soube quando era Ministra das Minas e Energia ou quando presidiu o Conselho de Administração da Petrobras. Sua fama de boa gestora, que já está sendo destruída pelos estragos que fez na economia nos primeiros quatro anos de seu primeiro mandato, estará definitivamente desmoralizada, no mínimo pela infinita capacidade de não saber de nada do que acontece a seu redor, seja na Petrobras, seja no Palácio do Planalto.

Fonte: Merval Pereira – O Globo