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domingo, 19 de novembro de 2017

Sinal dos tempos, o Leonardo de US$ 450 milhões



O PSDB arrisca ficar com o mico de Temer

O quadro “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, foi arrematado por US$ 450 milhões, batendo o recorde de US$ 170 milhões de um Picasso. Foi também um sinal dos tempos.  Entenda-se que se uma pessoa achou que o quadro valia US 450 milhões, para ela o preço foi justo. Nenhum museu entrou na disputa e nenhum especialista endossou o que parece ter sido uma maluquice. Em 2005, com sua atribuição discutida, o quadro valeu US$ 10 mil. Em 2012, já atribuído a Leonardo, ele foi vendido por US$ 127 milhões a um bilionário russo. De lá para cá começou a ser conhecido como “o último Leonardo” que chegava ao mercado, ou ainda a “Mona Lisa masculina”.

O "Salvator Mundi" não é uma Mona Lisa porque muito do que Leonardo pintou em 1500 foi-se embora em sucessivas restaurações, numa das quais puseram-lhe um bigode, raspado depois. Nos US$ 450 milhões pagos pelo quadro houve muito marketing e, acima de tudo, o reflexo do excesso de dinheiro nas mãos de quem tem muito. No início dos anos 30 o banqueiro americano Andrew Mellon comprou 21 quadros numa liquidação de obras-primas vendidas pelo museu russo do Hermitage e pagou US$ 1,1 milhão (equivalentes a US$ 1,8 bilhão em dinheiro de hoje). Levou a “Alba Madonna” e o “São Jorge” de Rafael, mais uma “Anunciação” de Jan Van Eick, quatro Rembrandts e um Boticelli. Em 1967 sua filha Ailsa comprou por US$ 5 milhões (US$ 40 milhões de hoje), o magnífico retrato de Ginevra di Benci, o único Leonardo que está fora da Europa. (Os Mellons doaram tudo ao povo americano.)

O Conde Francisco Matarazzo ensinava que “mercadoria não tem preço de mercado, terá preço se tiver quem a compre”. Se isso valia para banha e biscoitos, estimar o valor de uma obra de arte é coisa muito mais difícil. Ainda assim, houve algo de extravagância nos US$ 450 milhões do Leonardo.  Para quem quiser, há uma reflexão do grande crítico Robert Hughes sobre arte e dinheiro, feita em 1984. Chama-se “Art and Money” e está na rede. Nela, Hughes previu o colapso do mercado de arte contemporânea. Não deu outra.

O PSDB arrisca ficar com o mico de Temer
Quando o senador Renan Calheiros empossou Michel Temer na Presidência da República, disse-lhe baixinho: “Estamos juntos.” Durou pouco, pois Renan foi o primeiro cacique do PMDB a pular do barco da impopularidade de Temer. Aproximou-se do PT, protegendo sua base de poder em Alagoas, estado governado por seu filho.  Quem foi para a rua ou bateu panela contra o PT em 2016 está hoje diante de uma amarga realidade. O PMDB que deu os votos para a deposição de Dilma Rousseff está namorando o PT e vice-versa. Lula e Dilma falam em “perdoar” quem defendeu o impeachment. É uma manobra oportunista, pois a dupla é que deveria pedir perdão por ter jogado o país numa de suas piores crises econômicas.

O PT e o PMDB costuram seus acordos nas bases municipais e estaduais. Isso começou em Alagoas e hoje já está no Ceará de Eunício Oliveira e no Pará de Jader Barbalho. No Paraná de Roberto Requião a aliança é mais velha. Com isso, o grande mico do jogo vai para o tucanato, ainda incapaz de desistir de um governo que o PMDB está abandonando pela beira.  Renan Calheiros mostrou-se um sábio, mas ele simboliza também o produto da esperteza da oligarquia política nacional. Sua base eleitoral irradiou-se a partir do município de Murici, com cerca de 40 mil habitantes. Em 2010, 30% de sua população com mais de 15 anos era analfabeta. Boa parte dela está no Bolsa Família.

O odiado Filinto
Está nas livrarias “O homem mais perigoso do país”, do professor americano R. S. Rose. Numa época de certezas rancorosas, essa biografia de Filinto Muller (1900-1973) é um convite à reflexão. Desde os anos 30, quando foi o chefe de polícia do Estado Novo, até sua morte, como presidente da Arena, o partido da ditadura, ele foi um dos homens mais odiados do país.  Fugiu da Coluna Prestes e foi um dos responsáveis pela extradição para a Alemanha nazista da judia comunista Olga Benário, grávida. Tudo falso. Quando Filinto exilou-se na Argentina, a chamada Coluna Prestes não existia. Olga Benário foi extraditada por ordem de Getúlio Vargas e Filinto não tinha voto na reunião do ministério em que isso foi decidido. [a extradição de Olga Benário foi legítima, legal e trouxe vantagens para o Brasil; tratava-se de terrorista condenada na Alemanha, condenação ocorrida antes de Hitler assumir o poder (portanto, não pode ser atribuída a uma injustiça cometida por Hitler), invadiu a prisão de Moabit para libertar outros comparsas comunistas presos, fez estágio na União Soviética e foi enviada para o Brasil com vistas a coordenar movimento visando transformar nosso País em uma satélite comunista, já sendo cúmplice do comunista Luis Carlos Prestes.
Prestes, ela e outros comunistas lideraram a Intentona Comunista de 35 e felizmente fracassaram  (é indiscutível que a 'intentona comunista de 35' foi um ato covarde dos comunistas, visto que em ato traiçoeiro mataram soldados brasileiros que se encontravam dormindo e todo o movimento foi um ato de ALTA TRAIÇÃO À PÁTRIA.) e se tornaram fugitivos.
Viveu algum tempo na clandestinidade, foi presa e deportada para a Alemanha, grávida. Apesar de presa teve uma gravidez normal, parto normal e toda a legislação alemão foi seguida.
Finalmente foi executada em 1942 e sua filha entregue para a avó paterna em perfeitas condições de saúde.]

Filinto ficou com a conta das torturas do Estado Novo porque era o chefe de polícia e sabia delas, mas os chefes militares e Vargas saíram ilesos. Uma CPI encarregada de investigar o assunto teve muitos depoimentos e nenhum resultado. O levantamento que Rose fez desse trabalho é primoroso.  “O homem mais perigoso do País” foi um militar germanófilo e autoritário. Rose mostra-o como um “conservador, nacionalista, imperturbável no seu apoio a duas ditaduras”, ambas anticomunistas.

O professor pesquisou perto de 70 mil documentos com a volúpia de um “criminologista qualitativo”. Por isso ele informa: os 18 do Forte foram 23 e um deles, o tenente Eduardo Gomes, que viria a ser conhecido como o “Brigadeiro”, foi ferido por tiros que lhe atingiram os testículos. (Curiosidade: vem daí o nome do doce que se apropriou do apelido.)

(...)


Madame Natasha
A boa senhora gostaria de saber por que tanta gente resolveu dizer que existe uma coisa chamada “fake news”. Isso quer dizer “notícias falsas”, ou mentiras, mas em inglês tudo fica mais chique.

Quando Donald Trump propagava que Barack Obama nascera no Quênia, e não no Havaí, ele estava apenas mentindo e quem mente é mentiroso. Desde que ele entrou na Casa Branca, o doutor só fez confirmar o apronto.

MATÉRIA COMPLETA em Elio Gaspari - Folha de S. Paulo



 

domingo, 6 de agosto de 2017

Lula joga com a morte

Lula joga com a morte na disputa eleitoral. O ex-presidente Lula, na sua campanha para poder se candidatar à Presidência em 2018, tentando assim escapar de uma possível prisão, deu uma declaração em conversa gravada em vídeo com um deputado petista que resume bem sua disposição política atual. Embora bombástica, não teve a repercussão que provavelmente buscava, talvez pela desimportância do interlocutor, talvez pela postura claramente eleitoreira.  ‘Deixa eu dizer uma coisa a quem me persegue: eu posso ser um bom candidato a presidente da República, se for candidato; eu posso ser um grande cabo eleitoral se não me deixarem ser candidato; e se morrer como mártir, eu serei um grande cabo eleitoral”.

Fazendo uso de sua morte como um instrumento eleitoral,
assim como já fizera na morte de dona Marisa e, dias antes, havia repetido que a Operação Lava-Jato a matou, o ex-presidente Lula chega a uma situação paradoxal em que especula sobre a morte como mártir político justamente para tentar evitar essa situação limite.  Simula mais uma vez Getúlio Vargas, que já foi seu alvo e hoje é seu espelho. O Lula líder sindicalista defendia o fim da Era Vargas, de quem dizia que, se foi o “pai dos pobres”, era também “a mãe dos ricos”. Chegou a chamar a CLT, no início de seu primeiro governo, de “AI-5 dos trabalhadores”.

Ser ou não ser mártir político pode ser uma fabricação, lembra Maria Celina D'Araujo, cientista política do departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio e estudiosa do período varguista desde os tempos do CPDOC da FGV. “O conceito de mito político é uma criação do início do século XX, recuperando a mitologia clássica e medieval. No contexto da crítica à liberal-democracia, um grupo de pensadores, autoritários e corporativistas, julgou necessário recuperar o peso dos símbolos e dos mitos na ordenação política das sociedades humanas. A democracia de massas, a quem se atribuía a responsabilidade pelos graves problemas da sociedade capitalista, deveria ser substituída pelo ‘culto à personalidade.’ As massas, o povo, precisavam de líderes para conduzi-los e protegê-los”.
Quando Lula afirma poder tornar-se um mártir, ressalta a cientista política, ele sabe que poderá construir essa imagem por meio de seu partido e de intelectuais e jornalistas que o apoiam caso seja condenado pela Justiça, ou impedido de concorrer a novas eleições. Poderá ser imortalizado como “vítima das elites contrárias aos interesses do povo”.  O mais importante para Maria Celina, no entanto, é indagar se a política brasileira precisa acionar conceitos tão antigos e tão pouco democráticos para pensar o seu futuro. “O lamentável é continuar pensando a política em termos de revanche e vingança, de mártires e infiéis, e não como instrumento para administrar o tão difícil entendimento em busca do bem comum”.

Tanto Celina quanto Lira Neto, o biógrafo de Getúlio Vargas, citam as vezes em que Getúlio ameaçou suicidar-se, ficando claro que era uma obsessão dele quando a situação parecia incontornável. Lira Neto lembra que Getúlio sempre manteve a ideia do que chamava de “sacrifício pessoal” como alternativa para sair, com honra, sempre quando confrontado em situações limite: em 1930, quando comanda tropas contra o governo de Washington Luiz, em 1932, quando irrompe a Revolução Constitucionalista de São Paulo, em 1945, quando os militares o retiram do poder encerrando o Estado Novo e, finalmente, em 1954.

Para Celina, foi um suicídio planejado, partilhado entre aliados, anunciado em bilhetes espalhados por seu escritório. Foi consumado naquela ocasião porque, ao contrário das anteriores, não havia alternativa de ganhar pelas armas, como em 1930 e 1932, nem havia a possibilidade de “voltar nos braços do povo" como em 1945. Do ponto de vista político, o suicídio foi um golpe de mestre. Fixou-se como mártir e mito. O impacto disso sobre a democracia brasileira, contudo, foi mais radicalização.

Mas Lira Neto acredita que a fala de Lula faz lembrar muito mais o “Ele disse”, quando Getúlio, derrubado do poder em 1945, execrado do poder, transformado em mártir pelos adversários, recomendou que seus eleitores votassem em Dutra.  O chamado mudou o rumo das eleições, ressalta Lira Neto, quando faltava menos de uma semana para o povo ir às urnas. O candidato favorito, Eduardo Gomes, antigetulista ferrenho, que todos já consideravam eleito, foi derrotado clamorosamente. Getúlio, assim, comprovou sua imensa popularidade.

“Lula, talvez, venha a fazer o mesmo. Se Moro prende Lula, o candidato que o líder petista apontar como seu representante nas urnas terá imensa possibilidade de ser o próximo presidente da República. Em suma: os adversários de Lula, que parecem desconhecer História, estão brincando com fogo”, diz Lira Neto. [não tem sentido comparar a popularidade de Lula com a de Getúlio Vargas;
Getúlio ainda tinha liderança quando morreu; Lula agora é um fantoche, um condenado, um nada.
Ainda é lembrado como criminoso sentenciado e compará-lo a Getúlio ou a qualquer outra pessoa é ofensa ao que tiver a infelicidade, a desonra, de ser comparado com Lula. 
Lula só merece e só terá o desprezo dos brasileiros.]

Fonte: Merval Pereira - O Globo

 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

NÃO VEJO RAZÕES PARA TEMER O "DECRETO 8515" - AS FORÇAS ARMADAS SÃO DISCIPLINADAS, MAS NÃO ESTÃO MORTAS!



Recebi, há poucos dias, um texto que reporta a personalidade e, principalmente, a atitude de um General alemão chamado Dietrich Von Saucken, oficial da Cavalaria Prussiana.
Segundo o relato, Von Saucken, um herói das duas Grandes Guerras Mundiais, várias vezes ferido em combate, foi chamado à presença de Hitler, a quem desprezava, para receber a ordem de defender a Prússia do avanço da Rússia. Ao final do encontro, o “Fuhrer” acrescentou que o General deveria prestar contas das suas ações ao líder nazista local.

Visivelmente contrariado, Von Saucken bateu forte com a mão na mesa e disse, energicamente, que não receberia ordens de um representante do Partido. Hitler não teve dúvidas da determinação daquele Soldado e, prontamente, aquiesceu, dizendo em voz baixa: “Tudo bem, Saucken, você será o seu Comandante”, ou seja, o “Fuhrer” simplesmente cedeu quando se viu confrontado por um homem melhor que ele.

Valho-me deste relato para reforçar minha opinião sobre o Decreto 8515, de 3 de setembro último, pelo qual a Presidente da República, no uso das suas atribuições, delega novas missões ao Ministro da Defesa, parte das quais eram, desde a criação do MD, delegadas aos Comandantes das Forças e, anteriormente, aos Ministros Militares.

Tenho recebido grande número de mensagens de pessoas preocupadas com as consequências dessa redistribuição de tarefas, às quais tenho respondido, com absoluta convicção, que não me preocupam, porque nada mudará!  Comparo as FFAA a um circuito fechado de processos, hábitos, compromissos e procedimentos morais construídos, aperfeiçoados e consolidados, sempre, sob a tutela de valores, tradições e princípios.

As entradas deste circuito são mantidas muito bem fechadas e guarnecidas pelos mesmos valores, tradições e princípios que têm tutelado a sua evolução e que impedem a penetração de ideias que não estejam em consonância com eles e que fazem das FFAA brasileiras uma referência para a Nação e uma ameaça permanente aos seus inimigos.

Meu conhecimento me permite ter a convicção de que qualquer tentativa de burlar a hermeticidade deste circuito fará surgir, à frente do atrevido, tantos Dietrich Von Saucken quantos forem necessários para intimidar a ousadia! Em 1964, João Goulart ousou penetrá-lo e logo aprendeu que as FFAA tinham seus próprios Comandantes e que não valeria a pena confrontar homens que eram melhores do que ele.

Assim, confiante no Exército de Caxias, na Marinha de Tamandaré e na Força Aérea de Eduardo Gomes, não vejo razão para temer qualquer decreto de homens ou mulheres que, sob quaisquer aspectos, não são melhores do que nós.

As Forças Armadas são disciplinadas, mas não estão mortas!

Caros amigos
Desde o início da “crise militar” - criada pela traiçoeira incompetência do PT e pelos não menos incompetentes, atabalhoados e traiçoeiros dirigentes do seu pretenso braço armado, o chamado “exército do stalinde” - que estou “virado no back” (*) dos Comandantes das FFAA, em particular do Gen Eduardo Villas Bôas e de seu Chefe de Estado Maior, Gen Sérgio Etchegoyen, confiante no contra ataque e na marcação do gol da vitória. 

Sem desdenhar da gravidade da investida, mas com a tranquilidade de um soldado que conhece a sua Força e de um subordinado que acredita no seu Comandante, manifestei, desde a primeira hora da investida adversária, a minha confiança na competência e no senso de responsabilidade de quem, por formação profissional e moral, sempre foi melhor do que os citados conspiradores.

Há muito aprendi que o mínimo de competência a ser exigido de um chefe-líder é a competência para usar a competência dos seus parceiros e subordinados, é o “saber quem sabe”, é ter humildade para ouvir, coragem para decidir e determinação para executar!

As FFAA saem fortalecidas deste evento pois deixaram muito claro ao inimigo que não estão alheias às suas manobras, por mais dissimuladas e sutis que possam parecer e que não permitirão qualquer interferência política ou ideológica nas clausulas pétreas que têm alicerçado a formação de seus quadros, o seu processo evolutivo e o seu histórico compromisso com a democracia.

Minha confiança nos Comandantes, hoje redobrada, foi criticada por muitos, alguns por justificado desconhecimento, outros por me julgarem desinformado e até conivente com o inimigo, outros por temer pela ingenuidade e pela aparente apatia dos militares face à falta de caráter daqueles com os quais têm que conviver por força de preceito constitucional, outros, ainda, criticaram-me por serem vítimas da vaidade e da arrogância que os faz julgarem-se os donos absolutos da verdade e os únicos capazes de defender o bem.

O artigo, publicado no jornal Zero Hora de hoje, 14 de setembro, de autoria do Jurista e Ex Ministro da Defesa, Nelson Jobim, reporta com segurança e profissionalismo o trabalho realizado pelas Forças para neutralizar a ousadia dos canalhas e que contou com seu pronto e competente assessoramento (é preciso “saber quem sabe”).

http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2015/09/14/artigo-decreto-sobre-militares/?topo=13,1,1,,,13
Continua a valer, portanto, a afirmação de que a sociedade pode confiar no bom senso e nas atitudes dos homens a quem confia o último recurso da razão e o PT e seu “exército”, por sua vez, continuam a saber que as Forças Armadas são disciplinadas, mas não estão mortas.

Por: Gen Bda Paulo Chagas  - TERNUMA e A Verdade Sufocada