Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Tamandaré. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tamandaré. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A Pátria em horas decisivas - Percival Puggina

Não subscrevo manifestações de hostilidade ao Brasil, tão comuns entre radicais e revolucionários a cada 7 de Setembro. O que me move a este texto é um apelo aos bons brasileiros, aos que amam a pátria que aniversaria e que se sentem responsáveis por ela. Escrevo para muitos, portanto. Aproveitemos este dia para refletir sobre o que os maus compatriotas estão fazendo com nossa gente. Sob nossos olhos, à base de manobras “jurídicas”, estão restabelecendo a impunidade e a casa de tolerância. Há quem se empenhe nisso. Há quem busque fundamentos constitucionais para assegurar nosso convívio com o gangsterismo político
há quem aceite como algo natural que a população dos morros seja confiada ao “zelo” e aos “bons modos” do crime organizado
há quem conviva muito bem com o banditismo deslavado e sorridente de uma elite rastaquera, que conta dinheiro e votos como se fossem a mesma coisa. 

Graças a esse ambiente político, judiciário e legislativo são capazes de embolsar comissão até nas compras para combate à covid-19.
Não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper o próprio povo, porque são milhões e milhões que já não se repugnam, que já não reclamam, que já sequer silenciam. Mas aplaudem e se proclamam devotos.
Não, não é apenas no plano da política que a nação vai sendo abusada e corrompida. Também nos costumes, também no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes. 
Também nas novelas, na cultura, nas artes, nas baladas. 
Nas aspirações individuais e nas perspectivas de vida. Incitaram o conflito racial numa nação mestiça desde os primórdios. À medida que Deus vai sendo expulso, à base de interditos judiciais e galhofas sociais, instala-se, no Brasil, a soberania do outro. E chamam fascista quem a tanto rejeita.
Brasileiros! Recebemos de Deus e da História um país esplêndido! Herdamos um idioma belíssimo que aprendemos de nossos pais e no qual escreveram gênios como Bilac, Machado, Drummond, Graciliano; fomos ungidos, desde os primórdios, na fé que animou São José de Anchieta; 
 nossas raízes remontam às mais nobres tradições da cultura e da civilização ocidental. E nos mesclamos num cadinho de convivência onde se conjugam, nos versos de Cassiano Ricardo, os filhos do sol, os filhos do luar, os filhos da noite e os imigrantes de todas as pátrias.

Somos a nação de Pedro I, de Pedro II, de Bonifácio, de D. Leopoldina, de Isabel. E de Caxias, Maria Quitéria, Tamandaré, Osório, Rio Branco, Rondon, Mauá e tantos, (tantos!) grandes conterrâneos. Neles podemos e devemos buscar proveitosas lições para iluminar nosso compromisso como brasileiros neste 7 de setembro. Por força do vírus, ele é diferente dos demais no plano dos homens, mas não menos credenciado ao amor de seus filhos, sob as bênçãos de Deus. Que Ele nos conduza à rejeição do mal e a um firme compromisso com o bem, a justiça, a verdade e a beleza.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Integrante do grupo Pensar+.



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

NÃO VEJO RAZÕES PARA TEMER O "DECRETO 8515" - AS FORÇAS ARMADAS SÃO DISCIPLINADAS, MAS NÃO ESTÃO MORTAS!



Recebi, há poucos dias, um texto que reporta a personalidade e, principalmente, a atitude de um General alemão chamado Dietrich Von Saucken, oficial da Cavalaria Prussiana.
Segundo o relato, Von Saucken, um herói das duas Grandes Guerras Mundiais, várias vezes ferido em combate, foi chamado à presença de Hitler, a quem desprezava, para receber a ordem de defender a Prússia do avanço da Rússia. Ao final do encontro, o “Fuhrer” acrescentou que o General deveria prestar contas das suas ações ao líder nazista local.

Visivelmente contrariado, Von Saucken bateu forte com a mão na mesa e disse, energicamente, que não receberia ordens de um representante do Partido. Hitler não teve dúvidas da determinação daquele Soldado e, prontamente, aquiesceu, dizendo em voz baixa: “Tudo bem, Saucken, você será o seu Comandante”, ou seja, o “Fuhrer” simplesmente cedeu quando se viu confrontado por um homem melhor que ele.

Valho-me deste relato para reforçar minha opinião sobre o Decreto 8515, de 3 de setembro último, pelo qual a Presidente da República, no uso das suas atribuições, delega novas missões ao Ministro da Defesa, parte das quais eram, desde a criação do MD, delegadas aos Comandantes das Forças e, anteriormente, aos Ministros Militares.

Tenho recebido grande número de mensagens de pessoas preocupadas com as consequências dessa redistribuição de tarefas, às quais tenho respondido, com absoluta convicção, que não me preocupam, porque nada mudará!  Comparo as FFAA a um circuito fechado de processos, hábitos, compromissos e procedimentos morais construídos, aperfeiçoados e consolidados, sempre, sob a tutela de valores, tradições e princípios.

As entradas deste circuito são mantidas muito bem fechadas e guarnecidas pelos mesmos valores, tradições e princípios que têm tutelado a sua evolução e que impedem a penetração de ideias que não estejam em consonância com eles e que fazem das FFAA brasileiras uma referência para a Nação e uma ameaça permanente aos seus inimigos.

Meu conhecimento me permite ter a convicção de que qualquer tentativa de burlar a hermeticidade deste circuito fará surgir, à frente do atrevido, tantos Dietrich Von Saucken quantos forem necessários para intimidar a ousadia! Em 1964, João Goulart ousou penetrá-lo e logo aprendeu que as FFAA tinham seus próprios Comandantes e que não valeria a pena confrontar homens que eram melhores do que ele.

Assim, confiante no Exército de Caxias, na Marinha de Tamandaré e na Força Aérea de Eduardo Gomes, não vejo razão para temer qualquer decreto de homens ou mulheres que, sob quaisquer aspectos, não são melhores do que nós.

As Forças Armadas são disciplinadas, mas não estão mortas!

Caros amigos
Desde o início da “crise militar” - criada pela traiçoeira incompetência do PT e pelos não menos incompetentes, atabalhoados e traiçoeiros dirigentes do seu pretenso braço armado, o chamado “exército do stalinde” - que estou “virado no back” (*) dos Comandantes das FFAA, em particular do Gen Eduardo Villas Bôas e de seu Chefe de Estado Maior, Gen Sérgio Etchegoyen, confiante no contra ataque e na marcação do gol da vitória. 

Sem desdenhar da gravidade da investida, mas com a tranquilidade de um soldado que conhece a sua Força e de um subordinado que acredita no seu Comandante, manifestei, desde a primeira hora da investida adversária, a minha confiança na competência e no senso de responsabilidade de quem, por formação profissional e moral, sempre foi melhor do que os citados conspiradores.

Há muito aprendi que o mínimo de competência a ser exigido de um chefe-líder é a competência para usar a competência dos seus parceiros e subordinados, é o “saber quem sabe”, é ter humildade para ouvir, coragem para decidir e determinação para executar!

As FFAA saem fortalecidas deste evento pois deixaram muito claro ao inimigo que não estão alheias às suas manobras, por mais dissimuladas e sutis que possam parecer e que não permitirão qualquer interferência política ou ideológica nas clausulas pétreas que têm alicerçado a formação de seus quadros, o seu processo evolutivo e o seu histórico compromisso com a democracia.

Minha confiança nos Comandantes, hoje redobrada, foi criticada por muitos, alguns por justificado desconhecimento, outros por me julgarem desinformado e até conivente com o inimigo, outros por temer pela ingenuidade e pela aparente apatia dos militares face à falta de caráter daqueles com os quais têm que conviver por força de preceito constitucional, outros, ainda, criticaram-me por serem vítimas da vaidade e da arrogância que os faz julgarem-se os donos absolutos da verdade e os únicos capazes de defender o bem.

O artigo, publicado no jornal Zero Hora de hoje, 14 de setembro, de autoria do Jurista e Ex Ministro da Defesa, Nelson Jobim, reporta com segurança e profissionalismo o trabalho realizado pelas Forças para neutralizar a ousadia dos canalhas e que contou com seu pronto e competente assessoramento (é preciso “saber quem sabe”).

http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2015/09/14/artigo-decreto-sobre-militares/?topo=13,1,1,,,13
Continua a valer, portanto, a afirmação de que a sociedade pode confiar no bom senso e nas atitudes dos homens a quem confia o último recurso da razão e o PT e seu “exército”, por sua vez, continuam a saber que as Forças Armadas são disciplinadas, mas não estão mortas.

Por: Gen Bda Paulo Chagas  - TERNUMA e A Verdade Sufocada

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Exército, legado e sagrado compromisso


Servir à Pátria é o sagrado compromisso dos integrantes do Exército Brasileiro. A adequada compreensão e a incondicional dedicação a essa nobre missão é o legado maior que nos deixou Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, cuja sua vida é uma história de renúncia, coragem e patriotismo. 

Chefe militar invicto e cidadão inatacável, tornou-se Patrono do Exército Brasileiro não apenas pela grandeza de suas conquistas na luta pela independência, na manutenção da integridade nacional ou nas campanhas do Prata, mas também pela visão de estadista com que cuidou da reconciliação dos brasileiros nas lutas fratricidas que pacificou, e pelo respeito e dignidade que dedicou àqueles que derrotou nos conflitos externos. 

A trajetória deste grande general ensina aos soldados de todos os tempos que a grande e generosa nação que almejamos todos exige a permanente vigilância pela sua integridade e impõe a capacitação de suas Forças Armadas para garantir seus interesses e assegurar sua soberania.

À integridade territorial construída por Caxias seguiu-se a obra ainda por terminar da integração de todas as regiões do País à vida socioeconômica brasileira.  Nessa epopeia, ninguém superou Cândido Mariano da Silva Rondon, o marechal Rondon,  militar e sertanista que no início do século passado desbravou os mais inóspitos sertões para unir o Brasil pelas linhas telegráficas, mapeou territórios selvagens e demarcou nossas fronteiras

Seu espírito humanista garantiu que as comunidades indígenas até então desconhecidas tivessem respeitadas suas culturas e sua integridade. Mato-grossense descendente de índios bororós e terenas, cunhou a frase imortal que foi sua divisa no trato com os silvícolas: “Morrer se preciso for, matar nunca”.

A continuidade desse esforço nos nossos dias pode ser vista no entusiasmante trabalho de nossos soldados que, longe de tudo e contra todas as dificuldades, representam o Estado brasileiro nos mais remotos pontos das nossas fronteiras, levando, juntamente com a nossa Bandeira, a mão amiga para socorrer aquelas longínquas populações. Esse ideal de integração territorial, que outrora motivou portugueses a construírem mais de 60 fortes para rechaçarem as investidas de espanhóis, holandeses, ingleses e franceses, permanece vivo nos projetos estratégicos que hoje impulsionam o Exército para o futuro.

Com esse propósito a Força Terrestre conduz o arrojado Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), para ampliar o controle da nossa extensa faixa de fronteira, aliando recursos de alta tecnologia desenvolvidos por empresas nacionais à concepção que integra as ações das Forças Armadas com todos os órgãos responsáveis pela segurança pública e de fiscalização, nas três esferas do poder.

O Sisfron, apoiado numa extensa e sofisticada rede de sensores, interligados a sistemas de comando e controle, por sua vez conectados às unidades operacionais com capacidade de resposta em tempo real, permitirá um salto de qualidade e eficiência na melhoria da vigilância daqueles limites internacionais para o combate aos delitos transfronteiriços, a par de importantes benefícios sociais, como controle ambiental, informações climáticas, alerta e atuação em desastres naturais, educação, saúde e vigilância sanitária, entre outros.

A tradição vitoriosa herdada de Caxias prossegue inviolada até os nossos dias, honrada pelos pracinhas que há 70 anos cruzaram o Atlântico na gloriosa campanha da Força Expedicionária Brasileira em campos italianos, pelos milhares de soldados que desde 1948 cooperam para a paz mundial nas missões das Nações Unidas ou da Organização dos Estados Americanos e por aqueles que devolvem a cidadania usurpada aos moradores de comunidades antes dominadas por organizações criminosas.

Esse cidadão fardado, o seu Soldado, que representa a força da nossa Força, sustentado por valores culturais, morais e éticos cultuados pelo povo a que serve e protege, pavimenta o sólido percurso que permite à instituição gozar de elevados níveis de confiabilidade perante a sociedade.

Dessa forma, o Exército faz-se presente no cotidiano da nossa gente, com responsabilidade e competência, atuando em resposta às demandas conjunturais que lhe exigem a presença, como na condução da Operação Pipa, na pacificação dos complexos do Alemão e da Maré, no socorro à população diante das calamidades, no combate à dengue e nos eventos de singular importância e de visibilidade internacional, como a visita do papa na Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e, no próximo ano, a Olimpíada.

O Exército de Caxias, fiel ao que preceitua o artigo142 da Constituição federal, é o instrumento capacitado, juntamente com a Marinha de Tamandaré e a Força Aérea de Eduardo Gomes, a garantir a normalidade do ambiente propício ao desenvolvimento, no qual a verdadeira democracia, despojada de adjetivos ou condicionantes, e a visão generosa dos homens e das mulheres de bem em torno da prevalência dos interesses nacionais criem o ambiente de oportunidades que induzirá a prosperidade que tanto perseguimos.

A ação do Exército foi, é e sempre será orientada para a defesa de nossa soberania e da sociedade a que servimos, pela manutenção da integridade territorial e garantia da estabilidade social, na senda da legitimidade que o respeito à legalidade conquista.
Em breve retorno aos feitos de Caxias, constatamos que o Exército Brasileiro mantém a sua missão constitucional como farol, fiel ao sagrado compromisso com a Pátria, sempre ao lado da sociedade e em perfeita harmonia com os valores que caracterizam desde sempre a instituição.

Fonte: Opinião – O Estado de São Paulo
 
Por: Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, General de Exército, é Comandante do Exército Brasileiro