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terça-feira, 6 de novembro de 2018

PM quer metralhadoras do Exército para impedir resgate de Marcola

Arma do Exército


A Polícia Militar de São Paulo enviou metralhadoras MAG, calibre 7,62 mm, para agentes da corporação que cobrem o perímetro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e negocia empréstimo de metralhadoras de calibre .50 do Exército para proteger o entorno da prisão onde está a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), no oeste paulista. Homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foram treinados na semana passada para usar esse tipo de armamento no quartel do 37.º Batalhão de Infantaria Leve, em Lins, também no interior do Estado.

Metralhadora .50 Uma das armas de guerra mais potentes, fura a blindagem de carros-fortes e de aeronaves. Atinge com precisão um alvo a 1 km e provoca danos a 2,5 km

Oficialmente, o Comando da PM informou apenas que a operação na região “conta com o apoio e suporte logístico do Exército Brasileiro, sem envolvimento de efetivo”. Esta é a primeira vez desde 2006 que a polícia paulista pede apoio do Exército para garantir a segurança das penitenciárias. Tudo porque a inteligência da polícia detectou um plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e de outros integrantes da cúpula da facção em que o PCC contaria até com a ajuda de mercenários.

Para o plano, era previsto ainda o uso de lança-foguetes, metralhadoras e aeronaves. “A cúpula do PCC tem urgência. Eles acreditam que o futuro governo (Jair) Bolsonaro vai endurecer ainda mais a situação deles”, afirmou um dos envolvidos na investigação. Marcola está condenado a 332 anos de prisão e não tem perspectiva de sair da penitenciária. A cúpula da facção teme ser transferida para um presídio federal – diferentemente dos líderes de outras facções pelo País, os chefes do PCC não foram enviados a penitenciárias geridas pela União.

A PM reforçou na semana passada o efetivo na região. Há um mês já havia enviado um pelotão da Rota e outro do Comando de Operações Especiais (COE). A eles se juntou outro pelotão da tropa de choque, um esquadrão do Regimento de Cavalaria e dois blindados do Comando de Policiamento de Choque. A região está com dois helicópteros Águia e o aeroclube de Presidente Venceslau foi interditado. Mais de cem homens participam da ação. Em nota, o comando da Polícia Militar informou que “mantém o aumento de efetivo policial, com apoio do Comando de Policiamento de Choque, no município de Presidente Venceslau”.

De acordo com as investigações, o plano de resgate de Marcola foi tramado por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, um dos maiores narcotraficantes da América do Sul. Trabalhando da Bolívia e do Paraguai, Fuminho opera com o PCC para enviar cocaína para a Europa e para a Ásia. Ele estava planejando a contratação de mercenários que soubessem manejar o armamento de guerra para resgatar os chefes do PCC. Fuminho estaria envolvido no assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, líder da facção que foi morto no Ceará em fevereiro deste ano. Conversas interceptadas pela polícia mostram que a facção estaria disposta a usar até R$ 100 milhões no plano.
Exército

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) confirmou que o 37.º Batalhão de Infantaria Leve é usado para o treinamento de policiais militares independentemente da situação criada pelo PCC no Estado. Na avaliação do Comando, será difícil a cessão das metralhadoras à PM. Como são armas de guerra, seria necessário alteração legal. O interesse da Polícia Militar pela arma, além do poder de fogo, é por seu caráter dissuasório.


Em São Paulo, a ação do Exército na área de segurança pública é incomum. Ela ocorreu só em três oportunidades: as visitas do papa Bento XVI e do presidente americano George W. Bush e os ataques do PCC nas ruas em 2006. Se nos dois primeiros houve emprego de tropa, no terceiro não. Mais uma vez é este o modelo procurado pela polícia de São Paulo.  Em 2006, o Exército assinou convênio com a Secretaria da Segurança para permitir o uso de helicópteros do Comando de Aviação do Exército para o deslocamento rápido de tropas policiais ao oeste do Estado. Agora, mais uma vez, a PM está atrás de um equipamento do Exército de que ela não dispõe: as metralhadoras calibre .50.

IstoÉ


domingo, 1 de abril de 2018

Poderosos e presos

Lula poderá ser o primeiro presidente da história do Brasil a ir para a cadeia por receber favorecimentos indevidos. Mas sua condição tem paralelos ilustres mundo afora

Esgotados todos os recursos judiciais, o ex-presidente Lula pode ir para a cadeia nos próximos dias se o Supremo Tribunal Federal (STF) mantiver a autorização para a prisão após condenação em segunda instância. Nesse caso, sustentadas as regras vigentes, Lula será o primeiro presidente da história do País preso por corrupção

Mas ele não estará sozinho, nem será um caso inédito entre homens que ocuparam o centro do poder. Não faltam hoje ex-presidentes mundo afora enrolados com a Justiça por razões como peculato, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e tráfico de influência. Muitos estão presos, detidos ou ameaçados de ir para a cadeia. A corrupção se alastra sem fronteiras e cada vez mais políticos criminosos estão sendo desmascarados. Em vários países da América Latina, por exemplo, sob os efeitos da operação Lava Jato e dos negócios fraudulentos da empreiteira Odebrecht, quadrilhas comandadas por presidentes estão sendo investigadas e reputações destruídas.

Por conta do envolvimento com a Odebrecht, dois ex-presidentes peruanos já foram condenados à prisão, Ollanta Humala e Alejandro Toledo. Ollanta está preso e Toledo está foragido nos Estados Unidos. No Equador, o vice-presidente Jorge Glas foi condenado, em outubro do ano passado, a seis anos de cadeia, acusado de receber US$ 13,5 milhões em propinas. Na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos está sendo investigado pelo recebimento de US$ 1 milhão da empreiteira em sua campanha eleitoral. O ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, é outro enrolado com a empresa brasileira. Ele foi preso em junho do ano passado, em Miami, acusado de espionagem durante seu mandato presidencial e também responde na Justiça panamenha por vários crimes decorrentes de sua relação com a Odebrecht.
Na Europa e na Ásia, líderes com altos índices de popularidade em outros tempos, estão na prisão ou perto dela e sendo obrigados a dar satisfação sobre desvios financeiros do passado. Acusações de corrupção atingiram pelo menos dois ex-presidentes nas últimas semanas, que passaram por uma experiência de condução coercitiva ou foram presos. O francês Nicolas Sarkozy foi detido na comuna de Nanterre para explicar sua campanha em 2007. Sarkozy, que deixou o governo em 2012, é suspeito de ter recebido 50 milhões de euros do ditador líbio Muammar Kadhafi para financiar sua campanha. Em fevereiro, foi preso o ex-presidente da Guatemala, Alvaro Colom, que governou o país entre 2008 e 2012. Ele é acusado de desvio de recursos em um grande programa de transporte público. Os problemas de corrupção na Guatemala atingiram também o ex-presidente Otto Pérez Molina, sucessor de Colom, preso em 2015. Do outro lado do mundo, na Coréia do Sul, foi presa, em março do ano passado, a ex-presidente Park Geun-hye. Eleita em 2012, com altos índices de popularidade, ela sucumbiu a acusações de abuso de poder, coerção, suborno e vazamento de informações confidenciais. Antes, dois presidentes sulcoreanos foram mandados para a cadeia: Chun Doo Hwan e Roh Tae-Woo, ambos nos anos 1990.

Presidentes do Brasil
Quatro ex-presidentes brasileiros já amargaram a experiência da prisão, todos por razões políticas: Marechal Hermes da Fonseca (1910-1914), Washington Luis (1926-1930), Artur Bernardes (1922-1926) e Juscelino Kubitschek (1956-1960). Washington Luis foi preso no Forte de Copacabana por 27 dias, em 1930, depois de deposto por ministros militares. Hermes da Fonseca passou seis meses na cadeia por ordem do então presidente Epitácio Pessoa. E Artur Bernardes passou uma temporada preso em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando foi capturado por soldados rebeldes no meio de um canavial, em Minas Gerais. Juscelino foi uma das primeiras vítimas do AI-5, teve seus direitos políticos cassados e ficou um mês preso em um quartel em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

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