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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Toffoli abre "perseguição" contra Bolsonaro e pede explicação por algo absurdo

Jornal da Cidade Online
 

O Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), estipulou 10 dias para que o presidente Jair Bolsonaro explique supostas agressões sofridas por jornalistas na Itália.

O chefe do Executivo estava em viagem pelo país, participando de encontro do G20, grupo das 20 principais economias.

 Foi o partido do senador Randolfe Rodrigues (AP), o Rede Sustentabilidade que protocolou a ação na segunda-feira (1). O congressista era o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que acabou há pouco tempo.

"A relevância da questão debatida na presente arguição enseja a aplicação analógica do rito abreviado do art. 12 da Lei nº 9.868/99, a fim de que a decisão seja tomada em caráter definitivo. Solicitem-se informações à parte requerida, no prazo de 10 (dez) dias. Após, abra-se vista, sucessivamente, no prazo de 5 (cinco) dias, ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República", escreve Toffoli.

E completou:

"Diante da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação."

De 7 jornalistas que acompanhavam a caminhada do presidente Bolsonaro em meio a uma multidão de apoiadores, três disseram ter sido agredidos pelos seguranças dele com empurrões e um relatou ter levado um soco, mas não há registros das agressões.

Clique aqui e saiba mais sobre o absurdo da solicitação do senador Rodrigues e mesmo da sua aceitação pelo juiz Toffoli

Um absurdo!


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Levy, um pé fora do governo



Em meio a especulações sobre sua saída, Levy cancela participação na reunião do G20
Ministro da Fazenda ficará no Brasil para encontro com Dilma e os ministros Nelson Barbosa e Aloizio Mercadante, mas mantém compromissos na Europa na próxima semana

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cancelou sua viagem à Turquia, prevista para hoje, após ser convocado para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). Levy participaria da reunião de ministros da Fazenda do G20, que começa nesta sexta-feira, em Ancara. A convocação ocorreu na manhã desta quinta-feira e a assessoria de imprensa do ministro não informou a pauta. O embarque do ministro ocorreria em Guarulhos, em São Paulo, e estava previsto para 16h30. [vamos e venhamos que uma reunião entre Dilma, Mercadante, Barbosa e Levy não decide nada de importante – mesmo que decidam alguma coisa Dilma não tem suporte político para implementar nada em regime de urgência.
Essa condição tira a reunião com Dilma do rol de justificativas para a ausência de Levy à reunião do G 20.
Indicativo certo que Levy vai saltar do barco.]

Mesmo com o cancelamento da viagem à Turquia, o ministro manteve a agenda na Europa na semana que vem. Na segunda-feira, ele participa de seminário do jornal El País, em Madri, e na terça, estará em Paris, para reunião com investidores e membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). [a natureza desses compromissos dispensa formalidades para cancelamentos  além do FATO que Levy pode ser substituído por qualquer aspone.]

O cancelamento ocorre em meio a rumores sobre a saída do ministro, depois de diversas derrotas acumuladas ao longo das últimas semanas. Não só o ajuste fiscal desenhado por Levy mostrou-se incompleto e insuficiente, como também suas tentativas de entregar um texto orçamentário com previsão de superávit no ano que vem foram vencidas pela estratégia de "déficit transparente" de Mercadante e Barbosa. A última derrota do ministro ocorreu na noite de quarta-feira, quando um dos itens da "pauta-bomba", que amplia a abrangência do Supersimples e reduz a arrecadação da Receita, foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Também na quarta, o ministro falou com a presidente Dilma Rousseff, queixando-se da "fritura" à qual vem sendo submetido tanto por setores do PT e do próprio governo. A ala do PT mais alinhada ao ex-presidente Lula (e, consequentemente, a Nelson Barbosa) trabalha em uma nova proposta de política econômica para tentar reavivar a economia. Barbosa tem se fortalecido no governo não só por ter apoio da ala próxima de Lula, mas também do ministro Mercadante, que chancela as propostas de Barbosa e lhe dá apoio perante a presidente. Nos bastidores, nem mesmo os aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros, que vinham apoiando as medidas de ajuste do ministro e a construção da "Agenda Brasil", acreditam que ele consiga recuperar as rédeas da condução da política econômica. Peemedebistas próximos de Renan têm apoiado a proposta de orçamento deficitário de Barbosa e se mostram cada vez mais descrentes na eficácia das medidas de ajuste propostas até o momento.

A participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nos eventos do G20 na Turquia está confirmada, segundo o Diário Oficial. A publicação informa que Tombini ficará afastado de hoje até o dia 8 de setembro. Além dos compromissos do G20, Tombini ainda cumprirá agenda na reunião bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Fonte: Estadao.com