Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador OCDE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador OCDE. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 27 de dezembro de 2023
Lula ficou entre o zero e o zero absoluto neste ano e terá mesmo desempenho em 2024 - O Estado de S. Paulo
J. R. Guzzo
Ao
completar o primeiro ano de um governo que esteve entre o zero e o zero
absoluto em matéria de produzir alguma coisa útil para o País e para os
brasileiros, o presidente Lula se
despede de 2023 mostrando a intenção de fazer mais do mesmo em 2024.
A
única ideia que orientou o governo nos últimos doze meses, e que parece
resumir a soma total de suas capacidades, foi gastar com a máquina
estatal, seus beneficiários e seus clientes.
“Gastar”, aí, significa
consumir tudo o que o Estado arrecada dos brasileiros – e mais ainda. É a
religião da era Lula-3.
“Gasto é vida”, sobretudo gasto com nós mesmos e os nossos lençóis de
linho egípcio. Não se produz nada; só se consome.
Quem tem de produzir é
a população.
Tem de trabalhar, pagar imposto – foram 3 trilhões de
reais em 2023 – e encher o nosso bucho. É a ideologia do parasita-raiz.
Lula passou o ano inteiro fazendo uma coisa só: distribuir o dinheiro do Orçamento Federal para as “emendas parlamentares”.
É o que eles chamam de “governabilidade”.
Entrega-se o Erário público
para a compra do apoio de deputados e senadores – que umas vezes vem e
outras não vem, o que leva a pagar de novo e cada vez mais. É isso.
O
resto da ação presidencial este ano foi passar 72 dias viajando para o
exterior, através de 24 países diferentes, hotéis “padrão Dubai” e uma
coleção sem precedentes de declarações cretinas.
O tempo que sobrou
ficou para comícios em circuito fechado (o presidente da República não
pode sair à rua neste país), na presença e sob o aplauso das ministras e
ministros que se especializam em não produzir nada, nunca – dos
“indígenas”, das “mulheres”, dos “direitos humanos” e por aí afora.
‘Se for necessário fazer um endividamento para o Brasil crescer, qual é o problema?’, questiona Lula
Lula,
na sua versão atual, tem um pensamento só, e ele está errado.
Diz todos
os dias que o crescimento do Brasil depende do gasto público – acha que
isso é “investimento”, e que quanto mais o governo gasta mais o País
cresce.
Déficit, segundo este tipo de entendimento, é uma exigência do progresso. É objetivamente falso. Como diz o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad:
“De dez anos para cá, a gente fez 1 trilhão e 700 bilhões de reais de
déficit e a economia não cresceu”. Xeque-mate, mas e daí? Lula não está
ligando a mínima para os fatos; não se dá sequer ao trabalho de
acreditar naquilo que ele mesmo diz.
Não lhe interessa que o déficit é
só déficit, e que o “investimento” real não existe.
O que conta para ele
é a caneta que autoriza gasto do governo, e só isso.
Não
poderia haver uma maneira pior para o Brasil encerrar ano, em termos de
lógica e de intenções na economia, do que o acesso de neurastenia que
Lula teve diante do último relatório bianual da OCDE sobre a economia
brasileira.
A organização, que reúne os países mais prósperos do mundo e
é reconhecida pela competência técnica de suas análises econômicas,
disse que a dívida pública do Brasil neste momento pode levar à uma
situação “claramente insustentável”.
Lula se declarou “irritado” com as
realidades expostas pela OCDE e chamou a análise de “palpite” – como se
ele tivesse alguma ideia do que está falando.
É uma grosseria e, de
novo, uma estupidez.
O Brasil poderia começar a pensar em si mesmo como
um país desenvolvido se conseguisse, um dia, ser admitido na OCDE.
Lula
acha ruim. Não abre mão de continuar no Terceiro Mundo.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
Marcadores:
bucho,
esyupidez,
ideologia,
OCDE,
palpit,
parasita-raiz,
zero,
zero absoluto
terça-feira, 24 de outubro de 2023
Horizonte sombrio - Gilberto Simões Pires
SEMANA MELANCÓLICA
Esta semana, ainda que não tenha acontecido algo que possa ser classificado como - SURPREENDENTE- encerra de maneira -MELANCÓLICA- por conta de descabidas, porém sempre muito focadas, decisões que, sem trégua, vem sendo tomadas pela fantasiosa e irresponsável administração petista desde o início do ano.
SUBORNO TRANSACIONAL
Como são tantas as arbitrariedades, a escolha das mais impactantes se constitui em MISSÃO PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL. Ainda assim é pra lá de importante levar em conta o que diz o relatório da OCDE -Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-, REPROVANDO E CRITICANDO o lamentável papel do Brasil na COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NO COMBATE À CORRUPÇÃO, especificamente em relação ao cumprimento da Convenção contra o SUBORNO TRANSACIONAL.
ANULAÇÃO DE PROCESSOS POR DIAS TOFFOLI
O relatório, divulgado ontem, 19, destaca um dos pontos que envolve a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de anular processos resultantes de acordos de leniência da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. O grupo de trabalho da OCDE observa esse movimento com preocupação, argumentando que ele levanta questões relacionadas à segurança jurídica e à capacidade do Brasil de cooperar judicialmente em casos de suborno internacional.
PRECONCEITO POLÍTICO
Além disso, o relatório da OCDE critica juízes e promotores envolvidos na Lava Jato, apontando a falta de imparcialidade do Judiciário. O documento menciona “preconceito político” em casos envolvendo autoridades e destaca que “promotores federais e um juiz federal agiram com preconceito político em casos envolvendo diversas figuras políticas nacionais, concluindo que o juiz violou o seu dever de imparcialidade. Mais: A OCDE ressalta que a escolha do próximo procurador-geral da República, a ser determinada pelo presidente Lula, será um indicativo importante para a futura trajetória do Brasil no que diz respeito à cooperação internacional e ao combate à corrupção.
ANÃO DIPLOMÁTICO
A propósito das COSTUMEIRAS BARBARIDADES cometidas -dia sim dia também- pelo governo petista, separei este ótimo texto do jornalista J. R. Guzzo, publicado na Gazeta do Povo de ontem, com o título -ITAMARATY AFASTA CADA VEZ MAIS O BRASIL DAS DEMOCRACIAS QUE DÃO CERTO-. Eis:
Desde que arrumou para si o apelido de “anão diplomático”, por causa da sua hostilidade fútil e mal disfarçada contra Israel, o Brasil só ficou mais anão. Tenta se tornar uma liderança para o Terceiro Mundo, o “Sul Global” e outras miragens, com a pretensão juvenil do Itamaraty em estar sempre contra os Estados Unidos e as democracias bem-sucedidas no mundo. Não conseguiu, até hoje, liderar nem a Guiné Equatorial – mesmo porque não percebe que o Terceiro Mundo quer ser Primeiro, e quem vive no Sul quer fugir para o Norte.
Agora, depois do massacre de 1.400 civis israelenses nos ataques terroristas do Hamas, e fiel à ideia fixa e impossível de ter uma posição “neutra” no conflito, baixou mais um degrau na sua estatura. Tinha, como presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU, a oportunidade de assumir a condição de país adulto. Tudo o que conseguiu foi um veto – a resposta clássica da diplomacia mundial para propostas inaceitáveis, tolas e malfeitas.
Há todo um esforço cômico para passar adiante a ideia de que o Brasil se deu bem – sua proposta “só” foi derrotada pelo veto de “um país”, os Estados Unidos. É como comemorar o gol do Brasil nos 7x1 contra a Alemanha. O veto vale pelos sete que o Brasil tomou; os votos a favor da proposta brasileira valem pelo gol inútil que fez. Ou seja: foi tudo muito bem, só que o Brasil perdeu.
A proposta nasceu morta. Todos, dentro e fora do Conselho de Segurança, sabem que só valem as proposições que não serão vetadas por nenhum dos cinco países que têm direito ao veto. O único trabalho diplomático sério, por isso, é montar uma proposta que possa obter a aprovação dos cinco; é assim há 78 anos, desde a fundação da ONU em 1945. No caso, estava claro até para uma criança de 10 anos de idade que os Estados Unidos iam vetar qualquer resolução que não dissesse, claramente, que Israel tem o direito de defender o seu próprio território. A proposta brasileira se recusou a incluir esse ponto. Deu no que tinha de dar – numa derrota.
Não adianta nada dizer que o Gabão votou a favor do Brasil. O que importa é que a política externa brasileira, mais uma vez, atendeu aos desejos do ministro não oficial Celso Amorim, e não aos interesses do povo e do Estado brasileiros. O Itamaraty afasta o Brasil dos Estados Unidos, da Europa e das democracias que dão certo, social e economicamente; todas elas apoiam Israel. De que forma isso poderia melhorar em alguma coisa a vida real da população brasileira?
A política externa atual coloca o Brasil claramente no campo das ditaduras subdesenvolvidas – Cuba, Venezuela, Nicarágua, Angola, Irã, “Palestina” e por aí afora. Falam nos “BRICS”; nunca mencionam que os dois únicos países que interessam nos BRICS, a China e a Rússia, não estão preocupados em apoiar os interesses do Brasil, e sim no seu entendimento com os Estados Unidos. É uma receita de fracasso.
Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires
Marcadores:
Gilberto Simões Pires,
horizonte sombrio,
OCDE,
semana,
suborno transnacional
segunda-feira, 23 de outubro de 2023
Vergonha mundial para o Brasil: impunidade e decisão de Toffoli preocupam OCDE - Deltan Dallagnol
Gazeta do Povo - VOZES
Justiça, política e fé
O
Grupo de Trabalho Antissuborno da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), a qual é conhecida também como “clube
dos países ricos”, divulgou ontem (19) um relatório que envergonha o Brasil perante a comunidade internacional
e pode dificultar o ingresso do Brasil nesse clube, o que poderia
trazer grandes benefícios ao país e era uma das prioridades do último
governo. Destacarei três pontos do extenso relatório de 117 páginas que
pode ser lido na íntegra aqui.
Primeiro,
a OCDE concluiu que o Brasil falhou no combate à corrupção ao fomentar
um clima de impunidade, em que não há punição efetiva nos grandes casos
de suborno internacional e de corrupção revelados e comprovados pela
Lava Jato, além de outras grandes operações. Todos já sabiam disso por
aqui, mas agora a força e a resiliência da corrupção brasileira são
expostas para o mundo. É constrangedor.
A OCDE
repetiu uma das nossas maiores críticas ao STF, ao afirmar que a decisão
do Supremo de 2019 que proibiu a prisão em segunda instância é um dos
principais motivos da impunidade brasileira. Para a OCDE, a prisão
apenas após o trânsito em julgado, “combinado com as regras de
prescrição no Brasil, cria um risco de gerar impunidade na prática para a
corrupção internacional”.
O exemplo trazido pela
OCDE foi o famoso caso dos executivos da Embraer, condenados pelo
pagamento de mais de 3,5 milhões de dólares em propinas em negociações
para a venda de aeronaves para a Força Aérea da República Dominicana. Os
executivos foram acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
em 2014.
Todos já sabiam disso por aqui, mas agora a força e a resiliência da corrupção brasileira são expostas para o mundo. É constrangedor
Apesar
de terem sido condenados em 2018, quase dez anos depois, os executivos
apresentaram recurso atrás de recurso e o processo nunca transitou em
julgado, o que causou a prescrição dos crimes em 2022 para 8 entre 9 dos
condenados. Ou seja: apesar de terem sido condenados, 88% dos acusados
escaparam sem punição em razão do insano sistema prescricional
brasileiro - algo que já apontávamos quando propusemos as 10 medidas
contra a corrupção, que poderiam corrigir esse problema, mas foram destruídas pelo Congresso.
A
conclusão da OCDE espelha a estatística cruel de que 97% dos casos de
corrupção e de colarinho branco não são punidos no Brasil. No STF essa
realidade talvez seja até pior, afinal, em toda a Lava Jato, apenas dois
políticos dentre as dezenas daqueles que tinham foro privilegiado, os
ex-deputados Nelson Meurer e Aníbal Gomes, foram condenados pelo
tribunal. Enquanto isso, mais de 174 pessoas foram condenadas em
Curitiba nos esquemas que, todos sabem, eram comandados por caciques de
Brasília que seguem impunes.
O segundo ponto que
gostaria de destacar é que a OCDE atestou o que sempre dizemos: a
independência efetiva dos agentes da lei para combater a corrupção está
em cheque no Brasil. Por aqui, os corruptos buscam não só impunidade dos
crimes passados, mas retaliar os agentes da lei que os investigaram e
assegurar sua impunidade para os crimes futuros.
De fato, a OCDE apontou “sérias preocupações com um efeito inibidor (chilling effect)
decorrente da combinação entre a ampliação da Lei de Abuso de
Autoridade e recentes ações disciplinares - ou mesmo cíveis e criminais -
contra procuradores atuando em casos importantes de corrupção”.
Nesse
particular, a OCDE faz referência direta à decisão ilegal do TCU que me
condenou a devolver mais de 2,8 milhões de reais em razão dos custos
operacionais da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba: “Tanto a comissão
de investigação técnica quanto o Ministério Público junto ao TCU
concluíram que nenhuma irregularidade ocorreu. Apesar desses relatos, o
Plenário do TCU [ministros indicados politicamente] condenou todos os
três procuradores”.
Outro caso lembrado pela
OCDE foi a punição de procuradores da força-tarefa da Lava Jato do Rio
de Janeiro pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em razão
da divulgação de uma denúncia contra políticos do MDB. Sem que nada de
grave tivesse ocorrido, procuradores com carreiras exemplares foram
submetidos a rigorosas punições por um órgão com forte ingerência
política.
Durante as visitas ao Brasil,
procuradores confirmaram aos examinadores da OCDE sua percepção de que
as punições foram uma forma de retaliação pelo trabalho contra a
corrupção. Representantes da sociedade civil também expressaram a mesma
preocupação com a necessidade de proteger a independência de
procuradores que atuam em grandes casos de corrupção de quaisquer
interferências.
O terceiro ponto que destacarei é o mais importante do relatório: a análise extremamente crítica da OCDE da esdrúxula decisão do ministro Dias Toffoli de anular as provas do acordo de leniência da Odebrecht,
as quais apontam a corrupção de centenas de políticos brasileiros. A
decisão foi vista com assombro e preocupação pela OCDE. Aliás, o
relatório da OCDE já estava pronto para publicação quando a decisão do
STF veio à tona e, diante de sua gravidade, os examinadores decidiram
reabrir o relatório.
Com efeito, a decisão de
Toffoli que anulou as provas do acordo da Odebrecht é o ponto central de
todo o relatório da OCDE e é mencionada diversas vezes ao longo do
texto. A decisão consta como preocupação e recomendação nº 1 dos
examinadores na lista de questões que serão acompanhadas com atenção
pela OCDE nos próximos anos.
Segundo o
relatório, a OCDE está preocupada com as consequências da decisão de
Toffoli, especialmente sobre os demais “acordos de leniência do Brasil
nas questões antissuborno, em particular em que extensão isso vai afetar
a habilidade do Brasil de prover e obter assistência mútua em casos de
suborno internacional”.
A preocupação da OCDE não
é para menos, já que o relatório elogia e destaca o trabalho realizado
pela operação Lava Jato como o momento de maior eficiência no combate à
corrupção do Brasil em vários anos, especialmente em relação ao caso
Odebrecht. A OCDE lembra que o acordo de leniência da Odebrecht, firmado
simultaneamente com Estados Unidos e Suíça, foi reconhecido na época
como “o maior caso de suborno internacional da história”.
A
Odebrecht admitiu ter pago mais de 788 milhões de dólares em subornos
para agentes públicos, políticos, partidos políticos e candidatos no
Brasil e outros 11 países, da América Latina à África. No Brasil, os
acordos firmados pela Odebrecht com o MPF, AGU e CGU renderam cerca de
2,5 bilhões de dólares aos cofres públicos, mais de 10 bilhões de
reais.
A decisão do ministro preocupou os
examinadores da OCDE não só porque pôs em xeque a efetividade e a
segurança jurídica dos acordos de leniência firmados no Brasil, em
especial os da Odebrecht, como também porque pode impedir que o Brasil coopere internacionalmente com outros países para investigar e punir a corrupção,
o que é uma obrigação dos países signatários da Convenção Antissuborno.
Isso porque Dias Toffoli tratou como se fossem ilegais as tratativas
diretas e contatos informais entre procuradores brasileiros e
autoridades estrangeiras, quando são legais.
Ao
contrário do que decidiu o ministro, a OCDE avaliou de maneira positiva
que “todas as autoridades competentes, incluindo CGU, o MPF e a PF,
promoveram laços e contatos informais, através do envolvimento com suas
contrapartes estrangeiras, bem como da participação em iniciativas
regionais ou outras redes de agentes da lei”. Para coroar, a OCDE também
afirmou que “desenvolver e manter esses laços e essa cooperação
informal é reconhecido como uma boa prática, crucial e
internacionalmente aceita”.
Assim, a OCDE põe o
último prego do caixão das críticas que se avolumaram na imprensa contra
a absurda decisão do ministro Dias Toffoli. Expõe como uma ferida
aberta o fato de que a decisão do ministro não teve como base a lei.
Mostra que a falsa preocupação do ministro com a regularidade da
cooperação internacional era apenas um pretexto para anular as provas,
já que a conduta da Lava Jato foi regular.
Decisões
como a de Toffoli causam efeitos reais na imagem, credibilidade e
capacidade de atuação do Brasil. Um exemplo disso é a informação trazida
no relatório de que os países-membros da OCDE relataram “maior
dificuldade para cooperações internacionais com o Brasil” após a Lava
Jato, além de excessiva demora na obtenção de autorizações judiciais
para compartilhamento de dados.
O que se constata é que passamos de um padrão ouro de combate à corrupção, aplicado durante a Lava Jato e que satisfazia os critérios da Convenção e da própria OCDE, para um padrão lixo, um padrão impunidade. A decisão de Toffoli é uma das decisões de Brasília responsáveis por essa mudança. Passamos a ser um país mal-visto pela comunidade internacional e em que não se pode mais confiar quando o tema é cooperação internacional. Parabéns, Toffoli.
Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima
Deltan Dallagnol, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Marcadores:
colarinho branco,
OCDE,
padrão ouro,
prego,
VERGONHA MUNDIAL
sábado, 9 de setembro de 2023
Sem o PT o resultado é outro - Gilberto Simões Pires
MELHORES TAXAS DE DESEMPREGO
Não há nada de surpreendente a notícia de que os CINCO ESTADOS BRASILEIROS - RONDÔNIA, MATO GROSSO, SANTA CATARINA, MATO GROSSO DO SUL E PARANÁ- apresentem, segundo informa o IBGE, as MELHORES TAXAS DE DESEMPREGO do País. Afinal, o fato de nenhum deles ser -administrado- pelo PT, isto é uma GARANTIA de algum sucesso.
OCDE
O que precisa ser COMEMORADO é o fato de que os índices apresentados pelos CINCO ESTADOS são PRÓXIMOS E/OU INFERIORES aos dos países da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-.
DESEMPREGO MÉDIO
Atenção: enquanto, em julho, o DESEMPREGO MÉDIO no grupo da OCDE, conhecido como -CLUBE DOS PAÍSES RICOS-, era de 4,8%, pouco acima do piso de 4,7% atingido no mês anterior, os CINCO ESTADOS BRASILEIROS tiveram taxas inferiores a 5% no semestre: - RONDONIA (2,4%), MATO GROSSO (3%), SANTA CATARINA (3,5%), MATO GROSSO DO SUL (4,1%) e PARANÁ (4,9%)-.
PLENO EMPREGO
Em resumo, as TAXAS DE DESEMPREGO DESSES CINCO ESTADO BRASILEIROS, como bem informa a Gazeta do Povo, se aproximam do CONCEITO DE PLENO EMPREGO, estimada entre 3% e 6%, a depender da fonte consultada. Que tal?
Ponto Critico - Gilberto Simões Pires
Marcadores:
CLUBE DOS PAÍSES RICOS,
OCDE,
Paraná,
pleno emprego,
Rondônia
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
“Do jeito que tá, até o fim do ano teremos virado uma Venezuela” - Gazeta do Povo
VOZES - Paulo Polzonoff Jr.
"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.
Tenho um amigo chamado Fábio que é a pessoa mais pé-no-chão que conheço. Tranquilo, simpático como um gordo de antigamente e dado ao deboche, ao longo dos últimos anos ele nem sabe, mas me ajudou muito contendo as exaltações do meu sangue dramaticamente russo. “Isso aí não vai dar em nada” era o bordão que ele usava para responder aos meus devaneios hiperbólicos. Hiperbolicíssimos.
Ontem Fábio me ligou. Mas já no “alô” percebi que havia algo de errado ou talvez até de muito errado com ele. Comigo. Com o país. “Cara, você tá vendo tudo o que o Lula tá fazendo?”, perguntou ele com seu sotaque caricatural de paulistano. Só faltou o “mêu” no final. Sem nem esperar por minha resposta, Fábio emendou: “Alteração do Marco do Saneamento, neta do Marighella na Funarte, decreto de desarmamento, desistência de entrar pra OCDE, discursos com 'todos, todas e todes', fim da Secretaria de Alfabetização. A gente tá lascado”, disse ele, que é avesso a palavrões.
Nessas horas é que a gente vê como são as coisas. Depois de tantos anos me aproveitando do efeito calmante da fabiosofia, senti que era a minha vez de retribuir com palavras que o tranquilizassem um pouco. O problema é que essas palavras me faltaram ontem e me faltam hoje. A única coisa que consegui dizer foi que tinha visto todas as coisas que ele mencionara e mais uma: a criação de uma tal de Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia. Ou simplesmente Ministério da Verdade Petista. "Que pesadelo!", comentei à toa, irmanado num pessimismo que me é estranho.
“Eu sabia que seria ruim e até imaginava que o Brasil
poderia se tornar uma Argentina rapidinho. Mas, do jeito que tá, acho que até o
fim do ano teremos virado uma Venezuela”, disse ele. O Fabio. O fleumático,
impassível, tranquilo, manso, pacato e quase-zen Fábio. A mim só me restou
concordar e tocar um tango argentino. Mas não sem antes dar vazão ao meu lado
mais catastrófico (aquele que tento esconder de todo mundo): “Vou almoçar
enquanto tem comida”.[o prognóstico do Fábio, só não se realizará pelo fato inevitável e necessário de que até o fim de junho próximo, o que muitos chamam governo - causador de todos os medos do fleumático amigo do articulista terá se auto destruído = portanto, bem antes de chegar o final do ano - ousamos afirmar que até o final do mês fluente ocorrerão demissões e/ou renúncias.]
Inferno
Foi o que fiz. Só que, diferentemente do almoço a jato de todos os dias, desta vez fiz questão de comer ritualisticamente. Preparei o prato farto, mas não extravagante. Me sentei à mesa. E rezei. Agradeci pelo arroz, pelo feijão, pela farofa e pela carne. Saboreei cada garfada como se fosse a dádiva que de fato é, mas para a qual o cotidiano de pressa e abundância não me permite dar o devido valor.
Uma vez satisfeito, recorri ao estoicismo das minhas leituras de Sêneca e Marco Aurélio. Imaginei o pior cenário (i.e., uma mistura de Venezuela, China e Coreia do Norte) e, com algum esforço, me senti capaz de enfrentá-lo e até de sobreviver a ele. E foi assim que, tomado por uma paz absurda, tive pena daqueles que fizeram o L, hoje estão comemorando a guinada radical de Lula à esquerda e amanhã certamente sofrerão também as consequências de um eventual colapso do país.
“Como é mesmo aquela passagem da ‘Divina Comédia’?”, perguntei para a Catota, que se empanturrava de ração. Fui até a estante e abri o livro no Canto V, no qual a adúltera e lasciva Francesca diz que “não há tão grande dor qual da lembrança de um tempo feliz, quando em miséria”. Poucas definições de inferno são mais pungentes do que essa. E, no entanto, talvez pela soberba de uns e estupidez de outros, talvez este seja o inferno que nos caberá suportar pela eternidade que durar o lulopetismo.
Marcadores:
calmante,
Funarte,
Marighella,
Ministério da Verdade Petista,
neta,
OCDE,
russo,
sangue,
tango argentino,
Venezuela,
zen
terça-feira, 14 de junho de 2022
Isolamento internacional do Brasil é um faz de conta - J. R. Guzzo
De todos
os grandes crimes de que o governo é acusado pelos partidos
de esquerda, pelos formadores de opinião e pelos especialistas que a
televisão chama para nos iluminar em mesas redondas depois do horário nobre,
poucos deixam os acusadores tão assombrados quanto a
“política externa”.
É algo mais ou menos entre o genocídio e a rachadinha – é menos falado do que ambos, certamente, mas impressiona muito a parte da oposição nacional que se considera mais culta, inteligente e civilizada.
A política externa brasileira, dizem todos, é uma calamidade que conduziu o Brasil a um “completo isolamento” perante a comunidade das nações e fez de nós, os brasileiros, párias num mundo que não tolera mais, hoje em dia, o “populismo”, o “direitismo”, o “fascismo” e tudo o mais que marca esse governo que está aí.
No mundo dos fatos objetivos, porém, as coisas acontecem de maneira exatamente oposta à que é descrita pela oposição.
Nada poderia comprovar isso de forma mais clara do que a seguinte realidade: nunca, como neste momento, o Brasil esteve tão próximo de entrar na OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a mais séria, prestigiada e relevante entidade internacional em operação atualmente no mundo.
A OCDE, com seus critérios extremamente rigorosos para a admissão de membros, é onde se juntam as democracias mais bem sucedidas do Primeiro Mundo, aquelas que demonstram competência comprovada em todas as questões-chave de boa governança e praticam o respeito pela liberdade econômica.
Estar na OCDE é estar entre os países que mais deram certo num mundo cada vez mais errado.
Não é uma ONU, ou coisa parecida. Lá vagabundo não entra.
O Brasil, se tudo der certo, e se as
atuais estratégias administrativas e econômicas forem mantidas, deverá ser
um dos próximos membros da OCDE. É preciso, para
isso, cumprir toda uma longa série de exigências; ainda vai levar,
segundo as estimativas de hoje, entre três e cinco anos para o país completar
as condições que são requeridas para a admissão. Mas o
ingresso do Brasil deixou de ser uma meta, ou um objeto de discursos: passou
a ser um processo em andamento com possibilidades reais de sucesso.
É mais do que se conseguiu em qualquer época de política externa “equilibrada”,
“globalista” e fiel ao “politicamente correto” – aquela época, já
distante, em que Leonardo
DiCaprio não
falava mal do Brasil, o presidente
da França
não dizia que a Amazônia “está em chamas” e a menina
Greta nem sabia
que a gente existia.
Hoje o Brasil é o bandido do mundo para as classes intelectuais, os artistas, as
ONGs, os cientistas de circunstância, as entidades de “defesa dos índios”, os
executivos de multinacionais “inclusivas” e os despachantes de interesses
ocultos. Mas
sua agricultura e pecuária estão batendo todos os recordes de exportação, e
se transformaram numa peça-chave para a segurança alimentar do mundo.
Não há nenhuma grande empresa global sem presença ativa no país. Os
investimentos estrangeiros no Brasil, um elemento essencial na definição do
grau de respeito desfrutado por qualquer país na comunidade internacional,
foram de 50 bilhões de dólares no ano passado, com pandemia e tudo – 80% a
mais, simplesmente, do que em 2020.
Veja Também: Justiça começa a reconhecer que exigência de passaporte sanitário é ilegal
Em todo o
mundo, o Brasil ficou em sexto lugar entre os que mais receberam capital
estrangeiro em suas economias em 2021 – abaixo
apenas dos Estados Unidos e da China, como não poderia deixar de ser, e de Cingapura, Hong Kong e Canadá, longamente estabelecidos como grandes imãs do
investimento mundial.
O Brasil, segundo os “especialistas”, estaria praticamente rompido com
os Estados Unidos e o seu presidente Joe Biden. Na última cúpula dos países
americanos em Los Angeles, presidida por Biden, o Brasil foi perfeitamente bem
recebido; quem não estava lá, por desconvite, eram Venezuela, Cuba e
Nicarágua, justamente os países deixados na geladeira pela atual política
externa do Itamaraty. Há, enfim, a evolução da entrada na OCDE.
Isolamento? É melhor estar isolado assim do que integrado
num mundo onde os países mais importantes são as mencionadas Venezuela,
Nicarágua e Cuba, mais as ditaduras africanas,
as organizações “palestinas” e grupos terroristas muçulmanos
– um resumo de tudo que dá errado, destrói a democracia, gera pobreza e
causa morte, e que tanto atrai o amor e o afeto da
oposição brasileira.
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo – VOZES
Marcadores:
Canadá,
Cingapura,
faz de conta,
Greta,
Hong Kong,
Isolamento internacional do Brasil,
Itamaraty,
Leonardo DiCaprio,
OCDE,
ONU,
párias,
política externa
segunda-feira, 21 de junho de 2021
UM PERIGO RONDA O BRASIL - Percival Puggina
Há um humor
paradoxal e trágico no fato de que a maior opressão incidente sobre a
juventude brasileira provenha de um modo de ver a Educação que joga
incenso e canoniza em papers acadêmicos o autor da Pedagogia
do Oprimido. Em torno dele se desenvolveu uma fé religiosa que resiste a
toda evidência em contrário, como se pudesse ser boa a árvore que dá
tão maus frutos.
Não estou falando de futilidades, mas do dano que vem sendo causado a pelo menos duas gerações de brasileiros. Trato de algo que, presentemente e em números redondos, afeta 48 milhões de crianças e adolescentes brasileiros matriculados do ensino infantil ao médio. E, com talvez ainda maior intensidade, aos 9 milhões de estudantes matriculados no ensino superior. A principal riqueza potencial do Brasil – sua juventude – está submetida à influência de uma pedagogia marxista que começa com a dialética chã e elementar “oprimido x opressor” de Paulo Freire e ganha abrangência, entre outros, com Lukács, Foucault, Derrida, Laclau, Althusser. Enquanto o desastre ganha vulto, autores conservadores e liberais são velados em silêncio na voz de professores e cantos empoeirados das bibliotecas.
Referida ao sistema educacional brasileiro, qualidade deixa de ser um objetivo a alcançar para se converter num adjetivo despido de fundamento, para uso num ambiente cada vez mais fechado em si mesmo por mecanismo de autopreservação.
Resultado? Apenas duas das 198 universidades brasileiras estão entre as 300 melhores do mundo. Resultado? Segundo o último Pisa, as notas médias dos estudantes brasileiros, dentre os 80 países aferidos, conseguiram uma posição que fica entre 57º lugar em leitura e 74º em matemática. Nos países da OCDE, 15,7% dos alunos estão nos níveis máximos (5 e 6, em pelo menos uma disciplina), enquanto no Brasil, apenas 2,5% alcançam esse patamar.
Outro resultado alarmante chega-me num estudo elaborado pelo ManPower Group sobre o “Total WorkForce Index”, com dados sobre os recursos humanos para o trabalho em 76 mercados, situa o Brasil em 61º lugar. Há sessenta, mais bem colocados! “A falta de habilidades técnicas é nosso grande desafio e o maior gargalo que existe no Brasil”, diz o presidente da organização em nosso país.
Sim, nós sabemos. Aliás, sabíamos. Melhor ainda, prevíamos. O marxismo e seus castelos de vento me levam à poesia quinhentista de Sá de Miranda (séc. XVI), quando deles conclui dizendo: “Quanto me prometestes; quanto me falecestes!”.
Este espectro ronda o Brasil. Compromete nossas perspectivas de desenvolvimento econômico e social. É uma Educação visceralmente avessa ao mercado e à preparação para o trabalho, com pés no chão e olhos postos num futuro que não seja o igualitarismo da miséria. É colheita segura do plantio marxista que se espalhou entre nós como praga de lavoura nos delicados e preciosos canteiros das salas de aula, estudantes de riqueza humana.
Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Marcadores:
igualitarismo,
miséria,
OCDE,
opressor,
oprimido,
Paulo Freire,
Pedagogia do Oprimido,
Percival Puggina,
Pisa,
UM PERIGO RONDA O BRASIL
sábado, 20 de fevereiro de 2021
Selo de má qualidade - Carlos Alberto Sardenberg
Coluna publicada em O Globo - Economia 20 de fevereiro de 2021
O novo embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, não poderia ter sido mais claro: há dois entraves principais à entrada no Brasil na OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico: desmatamento e respeito aos instrumentos de combate à corrupção da entidade.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o embaixador apressou-se a dizer que não estava fazendo juízo de valor sobre as políticas brasileiras, nem as condenando, mas apenas apresentando fatos. Ou seja, há uma desconfiança efetiva entre os membros sobre a capacidade e a disposição do governo brasileiro de cumprir aquelas duas exigências básicas.
[a pergunta abaixo e as seguintes, são inteligentes, respostas inteligentes, bem formuladas.
A leitura atenta de todas as respostas, apenas não convence da necessidade do Brasil integrar a OCDE, aceitando regras que não são convenientes aos nossos interesses. O único prejuízo que pode acometer o Brasil, caso não aceite as imposições da OCDE é o tal Selo do Qualidade, emitido pela Organização. Se os países ricos decidirem só comprar soja e outros produtos do agronegócio brasileiro, de países que possuam o tal identificador, vamos ficar complicados.
Não teremos a quem vender nossos produtos, já eles poderão comprar da França.
O fato mesmo é que não aceitam o presidente Bolsonaro - apesar dos quase 60.000.000 de votos que recebeu. Estão dispostos a tudo para dispensar o capitão. FRACASSARÃO.O Brasil é maior. que eles.]
Mas o que é exatamente a OCDE e quais as vantagens de integrá-la, no mundo de hoje?
A entidade, que tem 60 anos, já foi conhecida como o “clube dos ricos”.
E era mais ou menos isso. Reunia o grupo de países mais desenvolvidos e
destacava-se especialmente como um centro de estudos e pesquisas (think
tank). Mas foram exatamente esses estudos que, pouco a pouco, mudaram a
natureza da instituição. Ela passou a desenhar e fixar políticas para
boa governança, às quais os países membros aderiam.
Boa governança vai de democracia e direitos humanos até a definição de normas para uma eficiente economia de mercado (com livre concorrência) e políticas públicas que promovam o desenvolvimento e o bem estar individual e social. Se quiserem um termo que está na moda, um tipo de liberalismo social ou progressista. Palavras à parte, é fato que a OCDE foi das primeiras a identificar a questão climática e, mais recentemente, foi a primeira a mostrar os danos que a corrupção impõe ao desenvolvimento e à distribuição de renda.
Neste caso, a coisa começou com a definição de instrumentos para que os países membros combatessem juntos a evasão fiscal. Ora, quem esconde dinheiro da Receita é quase sempre porque não tem como explicar a origem. Ou seja, é roubado. Vai daí que não bastava combater a evasão, mas todo o processo de lavagem de dinheiro, um crime internacional. Assim definiram-se regras e formaram-se acordos de cooperação entre Receitas, bancos centrais, ministérios públicos, judiciários, polícias.
Sabem a Lava Jato? Pois é a expressão exata da montagem desse sistema de
combate à corrupção local e internacional. Não esquecer que a Lava Jato
de Curitiba apanhou falcatruas de empreiteiras brasileiras praticadas
mundo afora. Recebeu e prestou informações de parceiros de outros
países.
Em resumo, a OCDE tem normas de combate à corrupção às quais seus membros aderem. É um selo de qualidade.
O mesmo vale para a questão climática. Partiu da OCDE boa parte das
recomendações para que os países adotassem legislações para garantir que
as empresas comprem de cadeias produtivas sustentáveis. O Reino Unido,
por exemplo, já as implantou.
Lula não queria saber da OCDE. Tentou clube, o dos pobres do Sul, um
total fracasso, exceto num ponto: exportou a corrupção para a América
Latina.
No governo Bolsonaro, Paulo Guedes fez profissão de fé liberal e apressou-se a pedir entrada na OCDE. Foi bem recebido no começo. Mas ninguém é bobo nesse mundo. Ao contrário, todo o mundo percebeu a volta do desmatamento com a complacência ou o estímulo do governo. E o desmonte do sistema de combate à corrupção, aplicado pela cúpula do Executivo, do Legislativo e parte do Judiciário.
Um fato, como disse o embaixador britânico, num recado diplomático mas
incisivo. Notou que o Brasil até tem boas metas para a questão ambiental
e bons instrumentos de combate à corrupção. O problema é a prática, que
tem ido no sentido contrário.
Isso afeta a imagem do país e, sobretudo, os negócios. Como notou o
embaixador, investidores são cada vez mais orientados para países com
políticas verdes e sustentáveis.
É o contrário do nosso selo atual, de pária.
Carlos Alberto Sardenberg, jornalista
Marcadores:
bancos centrais,
Brasil,
evasão fiscal,
Executivo,
Judiciário,
judiciários,
Legislativo,
Ministérios Públicos,
OCDE,
polícias,
receitas,
Reino UNido,
Selo de má qualidade,
selo de qualidade,
think tank
Assinar:
Postagens (Atom)