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terça-feira, 28 de julho de 2020

Guedes cogita enviar proposta de nova CPMF até o fim de agosto


Com a antecipação dos projetos, o governo acredita que será possível diminuir a resistência de setores econômicos à reforma


A fim de ampliar o apoio às mudanças, o governo deve antecipar o envio das outras propostas para a reforma tributária ao Congresso até 15 de agosto. Quando apresentou a primeira parte, na semana passada, a intenção era encaminhar os próximos textos aos poucos, a partir do fim do mês que vem. Após sugerir unificar impostos federais sobre consumo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, agora, considera importante focar em dois pontos: desoneração da folha de pagamentos e criação de um imposto sobre transações eletrônicas — a retomada da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), só que digital.

[Presidente Bolsonaro, este assunto da CPMF é desagradável e tem que ser tratado de forma objetiva.
O senhor tem encontrado dificuldades para governar: quer nomear um ministro criam dificuldades;
quer fazer uma nomeação no segundo escalão impedem.
Mas, demitir ministros parece que ainda concordam = usam a demissão para atribuir desgaste do seu governo.
Este assunto da CPMF é sério e não pode ser relegado a sem importância.
Nos parece, ser o caso de chamar o Guedes e dar um ultimato para ele = não falar mais sobre tema tão indigesto e que coloca em risco a reeleição do senhor.
Deixar claro que se ele desobedecer será sumariamente demitido.
É isso, ou ele conseguir impor a CPMF e o saldo para o senhor será o de complicar a sua reeleição.
Enquadrar o Guedes, ou mesmo demiti-lo, soma pontos para o seu governo.
Manter no governo um ministro boquirroto e que de forma sistemática questiona a autoridade do Presidente da República é atirar no seu próprio pé.
Cortar deduções no Imposto de Renda não é uma medida saudável - milhões de contribuintes esperam há anos uma correção da tabela e o senhor os presenteia cortando deduções... paciência.
Ter o Guedes no Governo é suicídio político.]

Com a antecipação dos projetos, o governo acredita que será possível diminuir a resistência de setores econômicos à reforma e a desconfiança do mercado sobre a real chance de que ela vá além do texto básico proposto na semana passada. O envio de um projeto apenas com a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), no lugar do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), foi considerado insuficiente até por parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro, além de fortemente criticado por grupos prejudicados pelas mudanças.

O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia brasileira, alega que a primeira proposta, sozinha, resultará em aumento de carga tributária, sem nenhum tipo de contrapartida. Para resolver o problema, o governo se apressa para enviar logo o projeto que tratará da desoneração da folha de pagamento, antes previsto para a quarta e última fase da reforma. Diante da redução dos encargos trabalhistas, as empresas gastarão menos com contratações, o que compensaria o possível aumento de carga com a CBS. Além disso, o benefício às empresas, em tese, desestimula demissões.

A proposta substituiria a aprovada pelo Congresso, vetada por Bolsonaro, que prorrogava a desoneração até 31 de dezembro de 2021 para 17 setores da economia, por meio da Medida Provisória (MP) 936. Guedes pretende enviar o projeto antes que os parlamentares derrubem o veto. “O projeto do governo será muito mais amplo”, afirmou Guilherme Afif Domingos, assessor especial do ministro. “Temos de desonerar para todos, não apenas para 17 setores.”

Para garantir que o governo terá como cobrir a perda arrecadatória e arcar com novos gastos, Guedes quer enviar, também até 15 de agosto, o projeto que prevê a criação da repaginada CPMF. A equipe econômica alega que a nova fonte de recursos será essencial para bancar não só a desoneração, mas também programas sociais, como o Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família. “Quase tudo reflete no Renda Brasil”, disse Afif. Como ainda estão em fase de elaboração, os projetos podem ser revistos, inclusive, o novo imposto, rejeitado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ainda não há consenso na equipe econômica sobre o envio das propostas relativas à tributação sobre rendimentos, que seria assunto para a segunda fase da reforma. O ministro estuda mandar a parte que trata do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), em agosto, com corte de deduções, mas deixar para depois as mudanças em relação às empresas. Segundo Afif, “ainda não dá para garantir” que será enviada a proposta de taxação do dinheiro distribuído a acionistas e sócios por meio de dividendos. “Por enquanto, estamos tratando de pessoas físicas”, disse.

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, reconhece que antecipar o projeto da desoneração facilita o andamento da reforma. Mas, segundo ele, a discussão de todas as propostas ao mesmo tempo pode ser complicada nas atuais circunstâncias. “Temos de levar em conta o ambiente de discussão. As sessões não estão presenciais ainda”, ponderou. Gomes acredita que será possível aprovar, ainda neste ano, a primeira parte, que cria a CBS.

Correio Braziliense



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dilma além de atrevida é totalmente sem noção: ela tem a pretensão de aprovar, no resto de dias de mandato que ainda tem, 2 (isso mesmo, duas) PEC

Governo envia ao Congresso PEC que cria nova CPMF e outra que extingue o Abono Permanência

[criação da nova CPMF não será aprovada nem que a vaca tussa ou Dilma feche acordo com o diabo;
já a do Abono Permanência, qualquer idiota que fizer duas ou três contas simples, vai deduzir que o governo vai dobrar a despesa extinguindo aquele abono.
De uma forma  simples: atualmente ele paga 11% a mais para manter na ativa, trabalhando, um servidor com tempo de aposentadoria.
Extinguindo o abono ele vai pagar o salário integral daquele servidor para ir para casa e pagar outro salário ao servidor que substituir o aposentado. A escolha para os matemáticos da Dilma é: pagar 11% ou 100% ???  - lembrando sempre que o excesso de falta de inteligência da Dilma fez ela falir uma loja de R$ 1,99.]

O governo enviou ao Congresso Nacional parte das medidas propostas na última semana pelo governo para cortar gastos e aumentar receitas. Diário Oficial Extra que circulou na tarde desta terça-feira inclui duas propostas de emenda constitucional, entre elas a que institui a polêmica volta da CPMF. A outra propõe a extinção do abono permanência, bônus concedido a servidores públicos federais que optam por continuar trabalhando após atingir todas as condições para a aposentadoria.

Apesar da pressão dos governadores para que a CPMF fosse enviada com uma alíquota maior, de 0,38%, para que a arrecadação fosse dividida com estados e municípios, o governo manteve o patamar anunciado na semana passada, de 0,20%. Para reimplementar o tributo, a PEC restaura a Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996. O produto da arrecadação será enviado diretamente para a Previdência Social, conforme já haviam adiantado os ministros do Planejamento e da Fazenda, e não integrará a base de cálculo de Receita Corrente Líquida.
O texto do DOU extra não detalha as PECs, bem como o projeto de lei que disciplina o teto constitucional dos servidores públicos federais. Também foi publicada a medida provisória (MP) 692, que aumenta progressivamente o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) que incide sobre ganhos de capital.

O aumento do tributo deve atingir sobretudo a venda de imóveis. Para quem lucra até R$ 1 milhão, o imposto continua o mesmo, 15%. Na faixa que exceder R$ 1 milhão e for até R$ 5 milhões, a alíquota é de 20% e, de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões, 25%. Para ganhos de capital acima de R$ 20 milhões, o tributo proposta é de 30%.


A medida provisória entra em vigor no momento em que foi publicada. Segundo o texto, no caso de alienação do bem em partes, a partir da segunda operação, o ganho de capital deve ser somado aos ganhos obtidos nas operações anteriores para fins de apuração do imposto, deduzindo-se o imposto pago nas parcelas anteriores. A norma considera como integrante do mesmo bem o conjunto de ações ou quotas de uma mesma pessoa jurídica.

O governo ainda tem que enviar ao Congresso uma série de medidas mas, segundo a Casa Civil da Presidência da República, não há previsão de que isso aconteça hoje. As mudanças no Sistema S, o decreto que altera o Reintegra e a medida provisória que muda o PIS/Cofins para a indústria química, por exemplo, não saíram. A redução das despesas discricionárias destinadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PACo) e ao Minha Casa, Minha Vida, que deveriam ser alteradas por MP, também não foram publicadas. 

PRORELIT
O Diário Oficial Extra inclui ainda uma mudança nos prazos e limites do Programa de Redução de Litígios Tributários (Prorelit). O programa tem o objetivo de diminuir o número de processos em discussão administrativa e judicial permitindo que os contribuintes utilizem créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para quitar parte desse montante, desde que desistam do processo. A parcela que deveria ser paga a vista, de 43%, caiu para 30%. O prazo, que acabava em 30 de setembro, foi para 30 de outubro. Quem desejar dividir a entrada em duas ou três vezes, terá que arcar com 33% e 36%, respectivamente, do total do débito.

Fonte: O Globo