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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Depois da hora mais grave - Percival Puggina

São 20 horas e 11 minutos do dia 30 de outubro. Acabei de ouvir o deputado Arthur Lira manifestar-se oficialmente sobre o resultado da eleição mais manipulada que já presenciei e que entregou a Lula a presidência da República. Ele terminou seu pronunciamento com um “Viva a democracia!”.

Este é o meu modesto pronunciamento. Temo os anos por vir. Esta eleição não foi o ápice de uma disputa política. Muito mais estava em debate! Eram duas visões antagônicas de pessoa humana, de sociedade, de Estado. O processo era político-eleitoral, mas o que mobilizava aqueles que, por menos de 2% dos votos perderam a eleição, eram questões sociais, econômicas, filosóficas, espirituais, civilizacionais, que tínhamos e preservaremos como fundamentais para o Brasil que amamos e queremos para nossos filhos e netos.

O país marcou, hoje, um reencontro com o passado. Estamos voltando a 2003, quando Lula e seu partido assumiram o Brasil com a economia arrumada pelo Plano Real (a que se haviam oposto) e o perderam em 2016 numa mistura sinistra de inflação, depressão e corrupção. Por Deus, que não se reproduza a tragédia!

No entanto, ainda que tenha essa compreensão sobre o acontecimento de hoje, eu quero o bem do país. Considero impossível que ele venha pelas mãos de Lula e da esquerda. 
Mas jamais direi uma palavra contra meu país, jamais irei macular sua imagem, jamais farei o que nos últimos seis anos fizeram aqueles que hoje comemoram a retomada do poder. Para mim, quanto pior, pior para todos; quanto melhor, melhor para todos.
 
Infelizmente, em nosso sistema político, sobre cujos defeitos tanto tenho escrito, a democracia a que Arthur Lira ainda agora deu vivas acabou minutos antes. A democracia é o flash da eleição. 
É como um relâmpago com dia e tempo certos para acontecer. 
Está marcado no calendário constitucional. 
Depois, o que resta, o que resta a partir de agora, é o estado de direito e este, através do legislativo e do judiciário, tem se revelado surdo e cego ao povo, senhor da eleição. Ao longo dos últimos anos tivemos tantas evidências disso!

Essa deficiência sensorial foi um problema gravíssimo. Como desserviu à democracia um STF que colegiadamente se proclamou “contramajoritário” e criou a própria “democracia” no seuestado de direito” sem votos! No entanto, tal deficiência veio acentuada por sucessivos ataques às liberdades essenciais de opinião e expressão, lesadas desde bem antes do processo eleitoral.

Estarei, portanto, na resistência por verdades, princípios, valores e liberdade. Torcendo pelo bem do Brasil e seu povo. Agradeço ao presidente Bolsonaro e sua equipe pelo muito que fizeram sob as piores condições que se possa imaginar, fortuitas e provocadas, mas sempre sinistras.

*    Atualizado em 31/10/2022, às 09h07min.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sexta-feira, 25 de março de 2022

O que Aristóteles diria sobre as atletas trans ameaçando o esporte feminino? - Gazeta do Povo

Atletas trans no esporte feminino é mais um caso de suposta "inclusão" que afronta a lógica, já que para incluir uns poucos, exclui todos os demais (no caso, todas, já que são as mulheres as prejudicadas).

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Em tempos de patrulhamento do pensamento alheio, de perseguição a quem pensa diferente, de campanhas de cancelamento, de intolerância extrema justamente por parte de quem se diz empático e altruísta, o assunto sequer pode ser mencionado publicamente.

Quem ousa discutir a injustiça que é permitir que homens biológicos disputem competições com as mulheres atletas é logo taxado de homofóbico. E assim o tema "atletas trans" vai sendo censurado e o esporte feminino, cada vez mais ameaçado.

Curioso é que a mesma turma que defende a igualdade entre homens e mulheres, finge não enxergar a extrema desigualdade que existe tanto em força, quanto em capacidade pulmonar, impulsão e resistência, entre as mulheres e as atletas trans. E finge tamanhas vantagens não são decisivas em competições esportivas.

Mulheres que dedicaram a infância, a adolescência e a juventude a treinos pesados, abriram mão de lazer, festas, convivência com amigos estão desistindo de competir, simplesmente porque não há mais estímulo. Quem tem vontade, afinal, de entrar em uma disputa sabendo que vai perder?

Corpos biologicamente masculinos, muito maiores e mais fortes, ainda que transformados na aparência por terapias hormonais ou até por cirurgias de mudança de sexo, invadiram os vestiários e todos os demais ambientes esportivos femininos.

As atletas trans estão em piscinas, quadras, campos, pistas de atletismo, ringues de boxe e, quase sempre, levam todos os títulos, medalhas, troféus, recordes, prêmios e até bolsas de estudo. Por que as feministas se calam diante de tamanha injustiça com as mulheres? O que a biologia e até a filosofia têm a dizer sobre isso?

Atletas trans e a filosofia
Convidei a Bruna Torlay, professora de Filosofia, para uma conversa sobre o tema em função do caso recente do ex-nadador americano William Thomas, que figurava na posição 462 do ranking masculino dos EUA, hoje Lia Thomas, após breve período de transição hormonal durante a pandemia.

A atleta trans, competindo com mulheres, levou o título numa das provas mais difíceis da principal liga universitária dos Estados Unidos. A injustiça com as demais nadadoras foi tamanha que, desta vez, gerou mais discussão na internet, ainda que o tema siga sendo um tabu.

Em publicação no Twitter o economista e influenciador digital Leandro Ruschel, comentarista do programa Hora do Strike, introduziu um debate filosófico, que aprofundei na entrevista com Bruna Torlay.

"Há milhares de anos, Aristóteles inventou o conceito de categoria para organizar o conhecimento. Através dele, surgiu a ciência propriamente dita... Uma pessoa com cromossomos XX tem órgãos sexuais e reprodutivos femininos e, portanto, é designada como do sexo feminino. Uma pessoa com cromossomos XY tem órgãos sexuais e reprodutivos masculinos e, portanto, é designada como do sexo masculino."

Leandro Ruschel, no Twitter

Ruschel discorre sobre o assunto numa longa sequência de comentários, dizendo que "o que a esquerda está fazendo é negar a realidade biológica e o próprio conceito aristotélico de categoria. Logo, um ser humano XY, que tem aparelho sexual masculino não pode mais ser chamado de homem, e nem mesmo de mulher transexual. Precisa ser tratado como mulher."

"Oecim objetivo disse tudo não é "proteger" as pessoas trans, mas sim destruir a própria ideia de conhento objetivo. Se até a natureza biológica do ser humano é negada, TUDO pode ser negado, o que representa o alvo maior do movimento revolucionário. e o silêncio das feministas."

Aproveitei os dois assuntos (a publicação de Ruschel e o caso recente da nadadora Lia Thomas) na conversa com Bruna Torlay. Bruna é professora de filosofia, dá aulas presenciais, tem cursos online, além de ser diretora de conteúdo da revista Esmeril, que trata de cultura.

Aposto que você vai gostar de ouvir tanto conhecimento categorizado no debate não só sobre atletas trans e ameaças de extinção do esporte feminino, mas também sobre o estranho silêncio das feministas. E sobre filosofia, claro! Clique no play da imagem no topo da página e assista.


domingo, 9 de janeiro de 2022

AQUI HÁ RESISTÊNCIA! - Percival Puggina

Qual foi o principal problema enfrentado por Bolsonaro no exercício da presidência da República?  
Sobre a resposta a essa pergunta eu não tenho dúvida: o combate sem trégua a Bolsonaro se deve a ter ele sido eleito pela parcela conservadora da sociedade.  
Omisso e silencioso, esse eleitorado ganhou, com ele, súbita expressão política. 
 

 
E isso foi visto como ato de guerra pelos “progressistas” de todos os matizes (e de todos os países).[só que os 'progressistas' de todos os matizes e de todos os países (como sabiamente destaca o articulista) se f ... . Tentaram de todas as maneiras impedir a vitória de Bolsonaro - de tentativas de assassinato, sugestões de suicídio, pragas para que morra, boicote sistemático a todas as medidas que Bolsonaro tentou adotar buscando governar, mais de CEM decisões do STF contra o capitão a outras que até tedioso citar - NADA CONSEGUIRAM.]
O capitão permanece no Governo, a força do VOTO CONSERVADOR cresceu o que levará a mais um mandato 
 
Fosse Bolsonaro um “progressista”, sua vida seria mais tranquila. Até então, a guerra cultural estava em curso e era vencida pela esquerda com facilidades análogas às encontradas pela máquina de guerra nazista ao invadir a Europa Ocidental. Na vitória de Bolsonaro, porém, o Brasil disse ao mundo que, aqui, haveria resistência.  
Você não enfrenta máquinas de guerra poderosas e vencedoras sem determinar reações em contrário. 
E elas foram severíssimas nos ambientes culturais propriamente ditos, no mundo acadêmico, nas poderosas e endinheiradas fundações da Nova Ordem Mundial, nos meios de comunicação, no aparelho burocrático do Estado e nos poderes de estado, notadamente nos Tribunais Superiores.

 

Bolsonaro poderia ser exatamente como é, mas se não tivesse despertado e mobilizado o eleitorado conservador – favas contatadas nas disputas entre duas esquerdas durante um quarto de século – o governo teria tido outro curso e enfrentado dificuldades bem menores. [sugerimos clicar aqui.]

Examine o leque dos candidatos presidenciais. Exceto Bolsonaro (PL) com 30%, todos os demais são esquerdistas e isso dá boa ideia sobre para onde aponta o ano eleitoral cuja folhinha já está rolando. [só que os supostos 70% da esquerda, após triturados, espalhados e jogados no esgoto, nada são. Os VOTOS conferidos nas urnas ao  capitão vão superar os 50% já no primeiro turno. 
Os candidatos da famigerada esquerda só tem alguma chances nas pesquisas dos 'datas' qualquer coisa.] Depois, olhe detidamente os nomes e conviva com a realidade
eles são tudo que os partidos políticos têm a apresentar após quatro anos fazendo fumaça e barulho, impedindo o governo de governar, atacando-o por tudo  e por nada, criando despesa para um orçamento já estourado, fazendo negócios, batendo à porta do STF para fazer “política”. Nada revela tão bem o quanto são inaproveitáveis nossas legendas partidárias do que os nomes que apresentam ao eleitorado!

Lula (PT), com 40%. É um candidato zumbi, que surfa pesquisa, mas não aparece em público e deve fugir de espelho. Seu pior inimigo é sua biografia.

O governador João Dória (PSDB), dito Bolsodória na campanha de 2018, passou quatro anos criando problemas ao presidente e conseguiu apenas 3% de intenções de voto na última pesquisa que li. 

Sérgio Moro (Podemos) está longe de ser um conservador, ou um liberal, como Bolsonaro descobriu tarde demais. Seu papel de hoje não é aquele com que o atraíram; é o que a história já lhe reservou: tirar [tentar] votos de Bolsonaro para ajudar a eleição do ex-presidiário. Diante de apenas 11% de intenções de voto, seus próximos já o aconselham a disputar cadeira de senador para não ficar desocupado.

Ciro Gomes (PDT) contabiliza 7% e se vê em meio a uma calmaria, com o velame caído, sem receber uma lufada de ar que lhe permita esperar terra à vista em algum ponto de seu monótono horizonte.

A senadora Simone Tebet (do outrora grande MDB), picada pela mosca azul, fez o possível para se pôr em evidência, sempre infernizando a vida do presidente e descobre, agora, que conseguiu atrair a atenção de apenas um em cada cem eleitores brasileiros. [associou sua imagem, de forma irreparável, ao descontrole que não conseguiu conter no circo CPI da covid.]

O senador Rodrigo Pacheco (PSD), o omisso “Pachecão”, fez muito mau uso de seu poder no Senado, ajoelhou-se perante o STF, virou as costas ao clamor popular, precisou fechar suas redes sociais, e ainda quer (?) ser presidente. Com 0,6% perde até para a colega Simone Tebet. 

Não me tiram a esperança de ter meu país de volta. Aqui resistiremos.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 28 de julho de 2020

Guedes cogita enviar proposta de nova CPMF até o fim de agosto


Com a antecipação dos projetos, o governo acredita que será possível diminuir a resistência de setores econômicos à reforma


A fim de ampliar o apoio às mudanças, o governo deve antecipar o envio das outras propostas para a reforma tributária ao Congresso até 15 de agosto. Quando apresentou a primeira parte, na semana passada, a intenção era encaminhar os próximos textos aos poucos, a partir do fim do mês que vem. Após sugerir unificar impostos federais sobre consumo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, agora, considera importante focar em dois pontos: desoneração da folha de pagamentos e criação de um imposto sobre transações eletrônicas — a retomada da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), só que digital.

[Presidente Bolsonaro, este assunto da CPMF é desagradável e tem que ser tratado de forma objetiva.
O senhor tem encontrado dificuldades para governar: quer nomear um ministro criam dificuldades;
quer fazer uma nomeação no segundo escalão impedem.
Mas, demitir ministros parece que ainda concordam = usam a demissão para atribuir desgaste do seu governo.
Este assunto da CPMF é sério e não pode ser relegado a sem importância.
Nos parece, ser o caso de chamar o Guedes e dar um ultimato para ele = não falar mais sobre tema tão indigesto e que coloca em risco a reeleição do senhor.
Deixar claro que se ele desobedecer será sumariamente demitido.
É isso, ou ele conseguir impor a CPMF e o saldo para o senhor será o de complicar a sua reeleição.
Enquadrar o Guedes, ou mesmo demiti-lo, soma pontos para o seu governo.
Manter no governo um ministro boquirroto e que de forma sistemática questiona a autoridade do Presidente da República é atirar no seu próprio pé.
Cortar deduções no Imposto de Renda não é uma medida saudável - milhões de contribuintes esperam há anos uma correção da tabela e o senhor os presenteia cortando deduções... paciência.
Ter o Guedes no Governo é suicídio político.]

Com a antecipação dos projetos, o governo acredita que será possível diminuir a resistência de setores econômicos à reforma e a desconfiança do mercado sobre a real chance de que ela vá além do texto básico proposto na semana passada. O envio de um projeto apenas com a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), no lugar do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), foi considerado insuficiente até por parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro, além de fortemente criticado por grupos prejudicados pelas mudanças.

O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia brasileira, alega que a primeira proposta, sozinha, resultará em aumento de carga tributária, sem nenhum tipo de contrapartida. Para resolver o problema, o governo se apressa para enviar logo o projeto que tratará da desoneração da folha de pagamento, antes previsto para a quarta e última fase da reforma. Diante da redução dos encargos trabalhistas, as empresas gastarão menos com contratações, o que compensaria o possível aumento de carga com a CBS. Além disso, o benefício às empresas, em tese, desestimula demissões.

A proposta substituiria a aprovada pelo Congresso, vetada por Bolsonaro, que prorrogava a desoneração até 31 de dezembro de 2021 para 17 setores da economia, por meio da Medida Provisória (MP) 936. Guedes pretende enviar o projeto antes que os parlamentares derrubem o veto. “O projeto do governo será muito mais amplo”, afirmou Guilherme Afif Domingos, assessor especial do ministro. “Temos de desonerar para todos, não apenas para 17 setores.”

Para garantir que o governo terá como cobrir a perda arrecadatória e arcar com novos gastos, Guedes quer enviar, também até 15 de agosto, o projeto que prevê a criação da repaginada CPMF. A equipe econômica alega que a nova fonte de recursos será essencial para bancar não só a desoneração, mas também programas sociais, como o Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família. “Quase tudo reflete no Renda Brasil”, disse Afif. Como ainda estão em fase de elaboração, os projetos podem ser revistos, inclusive, o novo imposto, rejeitado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ainda não há consenso na equipe econômica sobre o envio das propostas relativas à tributação sobre rendimentos, que seria assunto para a segunda fase da reforma. O ministro estuda mandar a parte que trata do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), em agosto, com corte de deduções, mas deixar para depois as mudanças em relação às empresas. Segundo Afif, “ainda não dá para garantir” que será enviada a proposta de taxação do dinheiro distribuído a acionistas e sócios por meio de dividendos. “Por enquanto, estamos tratando de pessoas físicas”, disse.

O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, reconhece que antecipar o projeto da desoneração facilita o andamento da reforma. Mas, segundo ele, a discussão de todas as propostas ao mesmo tempo pode ser complicada nas atuais circunstâncias. “Temos de levar em conta o ambiente de discussão. As sessões não estão presenciais ainda”, ponderou. Gomes acredita que será possível aprovar, ainda neste ano, a primeira parte, que cria a CBS.

Correio Braziliense



quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

De tombo em tombo

Lula se vê reduzido, hoje, a contar com gente que queima pneu na rua para fechar o trânsito por umas tantas horas, e diz que isso é um ato de “resistência”


Ninguém consegue ganhar uma guerra acumulando derrotas. O ex-presidente Lula começou a perder a sua guerra quando 500.000 pessoas foram há menos de três anos à Avenida Paulista, em São Paulo, protestar contra a corrupção e dizer claramente, no fim das contas, que estavam cheias dele. Cheias dele e do PT, dos seus amigos ladrões que acabaram confessando crimes de corrupção nunca vistos antes na história deste país e das desgraças que causou incluindo aí, como apoteose, essa trágica Dilma Rousseff que inventou para sentar (temporariamente, esperava ele), em sua cadeira. Lula, na ocasião, não reagiu. Achou que deveria ser um engano qualquer: como seria possível tanta gente ir à rua contra ele? Preferiu se convencer de que tudo era apenas um ajuntamento de “coxinhas” aproveitando o domingão de sol. Acreditou no Datafolha, cujas pesquisas indicavam que não havia quase ninguém na Paulista ─ parecia haver, nas fotos, mas as fotos provavelmente estavam com algum defeito. Seja como for, não quis enfrentar o problema cara a cara. Preferiu ignorar o que viu, na esperança de que aquele povo todo sumisse sozinho. Enfim: bateu em retirada ─ e assim como acontece com as derrotas, também não se pode ganhar guerras fazendo retiradas.

Lula não ganhou mais nada dali para frente. Foi perdendo uma depois da outra, e recuando a cada derrota. Pior: batia em retirada e achava que estava avançando. Confundiu o que imaginava ser uma “ofensiva política” com o que era apenas a ira do seu próprio discursório. O ex-presidente, então, mobilizava exércitos que não tinha, como o “do Stédile”. Fazia ameaças que não podia cumprir. Contava com multidões a seu favor que não existiam. Imaginava-se capaz de demitir o juiz Sérgio Moro ou de deixar o Judiciário inteiro com medo dele, e não tinha meios para fazer nenhuma das duas coisas. Chegou a supor, inclusive, que poderia ser ajudado por artistas mostrando plaquinhas contra o “golpe” no festival de cinema de Cannes ─ ou pela “opinião pública internacional”, o costumeiro rebanho de intelectuais que falam muito em inglês ou francês, mas resolvem tão pouco quanto os que falam em português

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cunha admitiu que pensa bobagem: como é possível alguém esperar algum ato inteligente de alguém do desgoverno Dilma? Renan também contraria Levy


Governo comete 'falta de inteligência inominável' ao falar de impostos, diz Cunha


'É estratégia de desgaste do governo. Eles estão se autodestruindo', disse presidente da Câmara sobre rumores de elevar tributos 

Eduardo Cunha, (PMDB-RJ), presidente da Câmara, afirmou nesta quarta-feira (9) que a estratégia do governo de falar sobre elevar impostos, sem efetivamente apresentar projetos, é uma "falta de inteligência inominável". Até agora nenhuma proposta oficial foi encaminhada pelo Palácio do Planalto ao Congresso, mas a equipe econômica de Dilma Rousseff cogitou abertamente a volta da CPMF e as elevações do Imposto de Renda e do Cide, um tributo sobre a venda de combustíveis. “Acho que é uma estratégia de desgaste do governo. Eles estão se autodestruindo, porque você está fazendo Maquiavel ao contrário, está fazendo o mal aos poucos e o que é pior: sem concretizá-lo. Você ameaça o mal. Então é de uma falta de inteligência inominável. Só pode ser uma estratégia contra o governo. Se isso é uma estratégia de lançar balão de ensaio, é contra ele mesmo”, disse Cunha em trecho reproduzido pelo G1.


Cunha afirmou ser contra "qualquer aumento de imposto". Mais enfático do que Renan Calheiros (PMDB-AL), colega de partido e presidente do Senado, que defendeu o corte de gastos do governo antes de elevar tributos. Do lado do Executivo, a proposta de Orçamento para 2016 que foi enviada ao Legislativo contém previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. Desde então o governo prega pela combinação de cortes orçamentários e aumentos de impostos para fechar a conta, mas sofre resistência no Congresso.

 Renan contraria Levy: 'Governo precisa cortar gastos antes de aumentar impostos'



Declaração de peemedebista foi dada após ministro afirmar que governo estuda elevar Imposto de Renda 

Renan Calheiros, presidente do Senado, reafirmou que vê cortes de gastos como uma necessidade anterior à elevação de impostos. O peemedebista voltou a falar sobre o assunto ao comentar o encontro com Michel Temer, vice-presidente, e governadores do partido na noite da última terça-feira (8), de acordo com O Globo"O PMDB não tem uma posição de defesa com relação à necessidade urgente da elevação da carga tributária e do aumento de imposto. Isso é uma coisa que mais adiante pode ser discutida, mas há uma preliminar que é o corte de despesa, a eficiência do gasto público e é isso que precisa, em primeiro lugar, ser colocado", disse Calheiros.

"Os governadores entendem que é preciso suprir o déficit fiscal, mas eles acham, como o PMDB acha, que em primeiro lugar vem o dever de casa, que é cortar despesas e dar eficiência ao gasto público. Os governadores estão preocupados com a situação financeira e fiscal dos estados. Não é para menos, há uma crise muito grande. E o partido entende que o dever de casa que deve ser feito é cortar despesas, extinguir ministérios, cortar gastos em comissão e só depois pensar em ampliar o espaço fiscal", emendou.

As declarações contrariam Joaquim Levy. O ministro da Fazenda afirmou, também na terça, que o governo estuda elevar o Imposto de Renda (IR). Levy disse que a discussão sobre o aumento do imposto, que seria mais acentuado sobre as maiores rendas, precisaria ser levada ao Congresso. Logo enfrentará resistência.

Fonte: Revista Época