Marca é acusada de racismo por lançar esponja de aço com nome ''Krespinha''
Internautas afirmam que o nome se assemelha ao cabelo crespo, que há anos é associado de forma pejorativa às esponjas de aço da marca
A marca de produtos de limpeza Bombril está sendo acusada de racismo nas redes sociais por causa do lançamento da esponja de aço inox com o nome “Krespinha”. Os internautas afirmam que o nome se assemelha ao cabelo crespo, que há anos é associado de forma pejorativa às esponjas de aço da marca.
No site da Bombril, a esponja “Krespinha” é descrita como “perfeita para a limpeza pesada. Remove sujeiras e gorduras de um jeito rápido e eficaz, sem esforço. Resistente e não enferruja”. O Correio procurou a empresa e pediu um posicionamento e questionou quando o produto foi lançado, mas não recebeu nenhum retorno até o momento.
ONU decide se vai apurar crimes contra afro-americanos; Brasil é contra
Brasil opõe-se a projeto de resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU para criar comissão internacional de inquérito sobre crimes contra afro-americanos. Votação final deve ocorrer hoje, em Genebra, e pode minar imagem do país. EUA pressionaram aliados. A afinidade ideológica com o presidente norte-americano, Donald Trump, pode transformar o Brasil em pária na luta global contra o racismo e a violência policial. Na véspera da votação de um projeto de resolução, por parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com a proposta de estabelecimento de uma comissão internacional e independente para investigar o abuso policial e o racismo contra a população negra nos Estados Unidos, a diplomacia brasileira se opôs ao documento, após pressão dos norte-americanos. [cabe só atentar que sendo os EUA uma nação independente, soberana, não tem sentido ser submetida a uma investigação por fatos ocorridos em seu território.
Afinal, a ONU não é um exemplo de isenção e imparcialidade.]
Washington instou os aliados a retirarem a menção aos EUA na versão final do texto. Segundo a agência France-Presse, o novo rascunho a ser apresentado hoje, limita-se a pedir à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que “estabeleça os fatos e as circunstâncias relativas ao racismo sistêmico, às supostas violações do direito internacional em termos de direitos humanos e aos maus-tratos contra os africanos e as pessoas de origem africana”.
Ao discursar na tribuna, a embaixadora Maria Nazareh Farani Azêvedo — representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra — tratou de desvincular o racismo da imagem dos Estados Unidos. Ela classificou o racismo de “chaga enraizada em diferentes regiões do mundo” e afirmou que nenhuma nação deve ser singularizado no que diz respeito a isso. Apesar de ponderar que o preconceito racial em operações policiais não pode ser tolerado em nenhum país, Maria Nazareth sublinhou o papel “indispensável” da polícia na garantia do direito à segurança pública e na proteção aos direitos.
A eurodeputada alemã Pierrette Herzberger-Fofana, 71 anos, causou surpresa ao denunciar. no Parlamento Europeu, que foi vítima de violência policial na Bélgica, na véspera de um debate sobre o racismo. A versão da eurodeputada, negra, foi rebatida pela polícia belga. Nascida em Bamako, capital do Mali, a ambientalista contou que estava nos arredores da Estação do Norte de Bruxelas quando viu nove policiais “intimidarem dois jovens negros” e decidiu filmar a cena com o celular.
Segundo o relato de Pierrette, os policiais dirigiram-se até ela, tomaram seu telefone e quatro deles a empurraram “brutalmente contra um muro”, com as pernas separadas, antes de fazerem uma revista. “Fui tratada de forma humilhante. Quando disse que era eurodeputada, não acreditaram. Isso porque eu estava com meus dois passaportes: o do Parlamento Europeu e o alemão”, assinalou. Audrey Dereymaeker, porta-voz da polícia, rebateu o relato, mas confirmou que a deputada passou por um controle de identidade e disse que ela seria investigada por insultar os oficiais.
Correio Braziliense - saber mais
A eurodeputada alemã Pierrette Herzberger-Fofana, 71 anos, causou surpresa ao denunciar. no Parlamento Europeu, que foi vítima de violência policial na Bélgica, na véspera de um debate sobre o racismo. A versão da eurodeputada, negra, foi rebatida pela polícia belga. Nascida em Bamako, capital do Mali, a ambientalista contou que estava nos arredores da Estação do Norte de Bruxelas quando viu nove policiais “intimidarem dois jovens negros” e decidiu filmar a cena com o celular.
Segundo o relato de Pierrette, os policiais dirigiram-se até ela, tomaram seu telefone e quatro deles a empurraram “brutalmente contra um muro”, com as pernas separadas, antes de fazerem uma revista. “Fui tratada de forma humilhante. Quando disse que era eurodeputada, não acreditaram. Isso porque eu estava com meus dois passaportes: o do Parlamento Europeu e o alemão”, assinalou. Audrey Dereymaeker, porta-voz da polícia, rebateu o relato, mas confirmou que a deputada passou por um controle de identidade e disse que ela seria investigada por insultar os oficiais.
Correio Braziliense - saber mais