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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Jornalistas de Taiwan são impedidos de cobrir evento da OMS após pressão chinesa

Mundo - Gazeta do Povo

Assembleia Mundial de Saúde

Dois jornalistas de Taiwan foram impedidos de fazer a cobertura da Assembleia Mundial de Saúde (AMS), em Genebra, na Suíça. De acordo com informações do Taipei Times, eles foram informados por representantes do evento de que não poderiam participar devido à pressão da China, que considera Taiwan parte de seu território e se opõe à sua participação em organizações internacionais.

Os jornalistas Judy Tseng e Tien Hsi-ju trabalham para a Agência Central de Notícias de Taiwan (CNA, na sigla em inglês), que é o veículo de comunicação oficial do país. Eles tentaram retirar suas credenciais de mídia na segunda-feira (22), mas foram rejeitados por um funcionário da ONU, que disse que eles não eram elegíveis por terem passaportes de Taiwan.  A decisão gerou protestos e críticas de várias organizações de mídia e defensores da liberdade de imprensa, que acusaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a ONU de ceder às pressões políticas do regime chinês e violar os direitos dos jornalistas.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) disse em um comunicado que negar o credenciamento de imprensa a jornalistas verificados, principalmente em eventos de importância global como a AMS, órgão da OMS, logo após a pandemia de Covid-19, "representa uma ameaça clara à liberdade de imprensa". A FIJ e sua afiliada, a Associação de Jornalistas de Taiwan (AJT), pediram que a OMS e a ONU "reconsiderem sua decisão e garantam o acesso igualitário à informação para todos os jornalistas".

Taiwan foi excluído da OMS em 1972,
mas foi autorizado a participar da AMS como observador entre 2009 e 2016, durante uma distensão das relações com Pequim. No entanto, desde que a atual presidente, Tsai Ing-wen, assumiu o poder em 2016, com uma postura mais firme em relação à China, Taiwan perdeu seu status de observador e não foi convidado para as últimas cinco edições da AMS.

Taiwan conta com o apoio dos Estados Unidos, que destacaram sua resposta à pandemia de Covid-19, em oposição à gestão da China. Antes da reunião, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, defendeu que as ameaças à saúde exigem "uma colaboração internacional estreita" e que convidar Taiwan "ilustraria o compromisso" da OMS com uma "abordagem inclusiva". No entanto, o embaixador da China na OMS, Chen Xu, denunciou a proposta como uma "manipulação política".

Mundo - Gazeta do Povo 

 

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Piorar para melhorar - Marcel Van Hattem

Vozes - Gazeta do Povo 

No linguajar sertanejo, disse-me um colega parlamentar nesta semana em conversa de plenário: “Uma cobra mal morrida tem que aparecer de novo para que a matemos definitivamente”. Assim ilustrava ele a volta de Lula e do PT ao poder.
O deputado reagia ao meu comentário sobre como a catástrofe que tem sido esse início de governo e a consequente erosão do já pouco apoio popular de Lula, agravada pela falta de suporte parlamentar, e que poderia em breve significar um fim ainda mais melancólico para os petistas do que aquele representado pelo impeachment de Dilma e a prisão de Lula. Para quem teve apoio explícito do Judiciário e a omissão decisiva do Legislativo para voltar ao poder, vir a ser rechaçado pelo mais importante numa democracia que é o próprio povo, representa, de fato, um fim definitivo.
 
Ao não aproveitar a chance que lhe foi dada de uma nova Presidência da República para unificar o país e lavar a própria biografia diante de toda a nação, Lula está passando sua vez no tabuleiro político ao outro lado do corredor novamente. 
Vinte anos atrás, apesar de ideologicamente comprometido com a esquerda política e sindical, e aproveitando-se de métodos corruptos para governar com o Centrão (a exemplo do que ocorreu no Mensalão), Lula conseguia transmitir a uma parcela relevante da opinião pública um verniz de moderação. 
Nestes primeiros cem dias, o radicalismo e a insensatez foram absolutamente predominantes e a chance que lhe foi dada pelo establishment nunca antes na história deste país está sendo tão rapidamente revogada. Reveladores são os baixíssimos índices de aprovação popular para um presidente ainda em início de [fim de] mandato.

    A julgar pelos cem dias passados, nem milhões de brasileiros insatisfeitos parecem abalar a convicção de Lula em trilhar o caminho do retrocesso, do ódio e do rancor.

A maré está virando rapidamente. Lula preferiu recusar-se a dar aos brasileiros a tradicional lua de mel dos cem primeiros dias e nosso povo, sempre muito tolerante com os erros dos políticos, dessa vez parece decidido a não aceitar o desaforo. 
Foram pouco mais de três meses de descumprimento desavergonhado de promessas e cumprimento vergonhoso de históricas diretrizes petistas, não declaradas na campanha e sobre as quais muitos se enganaram ao achar que em uma nova Presidência Lula não implementaria. Votaram imaginando colocar no poder um Mandela e acabaram elegendo um… Lula.
 
Sigilos criticados no governo anterior foram mantidos e ampliados; desmatamento da Amazônia, que antes eram tidos como de exclusiva culpa de Bolsonaro, agora, ao seguirem aumentando, passaram a ser também responsabilidade dos estados na narrativa petista; a criminalidade dispara e, segundo o governo, isso nada tem a ver com a mudança de condução no país, que passa constantemente a ideia de impunidade, minimiza crimes como roubo de celulares e está repleta de marginais processados e até mesmo condenados pela Justiça exercendo o poder. O MST, que segundo Lula nos debates não invadiria terras produtivas, anuncia o terror no Brasil inteiro e toma posse inclusive de terras produtivas. As privatizações em andamento têm anúncio de paralisação e o marco do saneamento é ilegalmente deturpado por decreto, condenando milhões de brasileiros pobres a seguir vivendo (e morrendo) sem água potável e sem as mínimas condições de esgotamento e higiene
Déficit nas contas públicas explodindo: no mês de fevereiro foi registrado o maior desde 1997 na série histórica. E quem pagará essa conta? Claro, todos nós: o “arcabouço fiscal” apresentado foca na receita, não no corte de gastos, e anúncios de novos aumentos de impostos já estão sendo feitos, como a tributação de remessas internacionais abaixo de US$ 50, afetando lojas virtuais como Shein e Shoppee e milhões de consumidores brasileiros – novamente, claro, os mais pobre.

    A faixa presidencial não merece ser carregada no peito por um homem sem coração e sem escrúpulos.

O parágrafo anterior já estava desproporcional em relação aos demais, por isso abri um novo para citar mais alguns dentre tantos outros atrasos nesses últimos cem dias: Lula deixou o Consenso de Genebra e revogou portaria que obrigava profissionais de saúde a comunicar casos de aborto ilegal à polícia, apesar de dizer que era contra o aborto na campanha (e o TSE proibir qualquer um de dizer o contrário, ou seja, censurou a verdade)

Na seara internacional, o governo decidiu que vai dificultar a vida de turistas americanos, australianos, canadenses e japoneses e voltará a exigir vistos de quem quer apenas passear no Brasil e deixar seu dinheiro aqui; enquanto isso, alinha-se à Nicarágua do ditador Ortega, à Venezuela do ditador Maduro e à Rússia do ditador Putin para deixar claro que o compromisso de Lula não é com a democracia, muito menos com o amor. O desejo de vingança contra Sergio Moro, publicamente externado, e a completa falta de empatia com o senador e a sua família, cujas mortes tramadas pelo PCC foram eficientemente evitadas por autoridades judiciais e policiais, apesar de ridicularizadas por Lula como fruto de uma suposta “armação”, são exemplos cabais de que a faixa presidencial não merece ser carregada no peito por um homem sem coração e sem escrúpulos.

Parafraseando meu colega parlamentar citado no início deste artigo, às vezes as coisas precisam piorar para, depois, melhorarem. Obviamente que tal expressão popular pode trazer consigo o fatalismo de uma resignação com retrocessos temporários, mas que geram profundas cicatrizes e muito prejuízo. 
Nada disso é desejável nem pode ser aceito sem indignação e reação. 
Por isso mesmo, cabe à oposição no Congresso Nacional, representando o povo brasileiro insatisfeito, a ação mais eficaz possível para conter danos.

Veja Também:

    Arcabouço ou calabouço fiscal?

    O curioso caso da Casa de Leis que não respeita as suas próprias

Quanto ao governo Lula, se sua intenção é seguir ladeira abaixo, desfazer reformas, desconstruir o que de bom foi feito nos últimos anos no país e apostar em medidas econômicas ultrapassadas
O recado que a própria população já deu no passado é claro: trata-se de um caminho politicamente insustentável e que já foi trilhado, sem sucesso e em dado momento sem volta, por presidentes anteriores.
 
Talvez a viagem de Lula à China lhe dê a oportunidade de consultar-se com Dilma Rousseff a respeito, já que a petista que sofreu impeachment por crime de responsabilidade e por sua inabilidade política, agora é presidente do banco dos BRICS sediado em Xangai (aliás, mais um disparate deste governo)
A julgar pelos cem dias passados, porém, nada nem milhões de brasileiros insatisfeitos parecem abalar a convicção de Lula em trilhar o caminho do retrocesso, do ódio e do rancor. Como dizem os Provérbios, “a soberba precede a ruína”. Amém.

Marcel van Hattem, deputado federal em segundo mandato, colunista - Gazeta do Povo  - VOZES


domingo, 13 de março de 2022

OS PERIGOS DO PASSAPORTE SANITÁRIO - Autor desconhecido

Imagine...
Imagine que alguém se aproximasse de você, brasileiro e pagador de impostos, e lhe dissesse que, a partir de hoje, sua única pátria é o interior de sua casa. Soa absurdo, não? Entretanto, neste exato momento algo pior do que isso está em curso por todo o território brasileiro. Trata-se da adoção do Passaporte Sanitário, um certificado digital de vacinação de COVID-19, para acesso a espaços públicos.

Sou cidadão só dentro da minha casa ou fora dela também?
Uma das principais realidades que garante a identidade do indivíduo é o conceito de cidadania, compartilhado por todos os naturais de determinado país. É justamente por se tratar de uma única nação que nossos direitos são resguardados em todo o território nacional. Portanto, reduzir a livre locomoção de toda a população ao interior de suas casas é reduzir toda a unidade nacional e a cidadania ao território doméstico.

Você gostaria que sua privacidade fosse violada?
Além da supressão de direitos conquistados durante os anos de regime democrático, o Passaporte Sanitário traz consigo uma coleta indiscriminada de dados privados que governo nenhum tem necessidade de saber, é a completa supressão do direito à privacidade pessoal e familiar. Além disso, a exigência de apresentação do Passaporte Sanitário diversas vezes ao dia para que se possa frequentar padarias, mercados, restaurantes e transportes públicos resulta na prática em um registro indevido de toda a rotina de um cidadão comum.

Você sabia que pode estar fazendo parte de um programa de controle social?
A razão pela qual se deseja tanto o registro da vida dos cidadãos comuns, só o tempo dirá. Mas o que podemos observar desde agora é que o Passaporte Sanitário cria uma estrutura tecnológica capaz de exercer um controle social completamente atípico das democracias modernas. Se hoje a estrutura funciona com a desculpa do controle sanitário, é bem verdade que futuramente o mesmo aparato tecnológico poderá ser usado com qualquer outro critério com a opinião pública. Por essa razão, todos os brasileiros devem se posicionar fortemente contra a imposição do Passaporte Sanitário.

Não, isso não é teoria da conspiração
O exemplo mais claro do que estamos alertando é o Sistema de Crédito Social, em funcionamento na China desde 2014.

O Sistema de Crédito Social da China é um sistema de pontuação baseado em interações socioeconômicas com critérios definidos pelo Partido Comunista Chinês. Graças ao atual desenvolvimento da inteligência artificial (IA), todos os mais de 1 bilhão e 400 milhões de chineses estão submetidos ao programa e tem sua conduta vigiada individualmente.

Numa matéria (1)  sobre o Sistema de Crédito Social, a NBC News mostrou que o povo chinês está muito contente com todo esse controle exercido sobre o cidadão porque tornou o povo mais gentil e educado – leia-se subserviente.

O Sistema é tão opressivo que alguns aplicativos de celular têm capacidade de rastrear quem, num raio de amostra, possui a pontuação baixa, para que os bons cidadãos possam se afastar dos "cidadãos de segunda-classe".

É graças a uma boa pontuação no Sistema de Crédito Social que os chineses podem emitir passaporte, viajar de trem, frequentar boas faculdades ou concorrer a boas vagas no mercado de trabalho. Ou seja, um cidadão com uma má pontuação está privado das mesmas coisas: emprego, saúde e mesmo direito de fugir do país.

A vigilância da IA já é uma realidade no meio de nós!
Nas redes sociais mais populares já é possível observar a atuação da IA (a mesma utilizada no Sistema de Crédito Social da China) quando recebemos uma enxurrada de anúncios baseados nas nossas interações. As propagandas não aparecem de modo aleatório, mas são frutos dos dados que livremente disponibilizamos sobre nós mesmos nesses aplicativos: o tempo que gastamos em determinados perfis, as buscas que fazemos, as compras que não realizamos etc. Com isso, a IA consegue construir um perfil de nossa personalidade tão fiel quanto possível e muito próximo da realidade. Enquanto a IA trabalha com fins econômicos, tudo bem... mas o que aconteceria se uma máquina tão potente caísse em mãos erradas? É exatamente o que aconteceu na China: a tecnologia a serviço da tirania.

A Organização das Nações Unidas (ONU) (emitiu 2) um alerta recentemente sobre os perigos dos sistemas de IA. A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu "uma moratória urgente até que haja regulação sobre a utilização da tecnologia, por exemplo, no rastreamento de indivíduos através de câmeras em via pública".

Numa conferência de imprensa em Genebra, Peggy Hicks, diretora de gabinete da Alta Comissária da ONU, explicou que "a IA já faz parte de nossas vidas e não há tempo a perder na luta para assegurar que seja concebida e aplicada de forma a tornar nossas sociedades melhores e mais respeitadoras dos direitos, ao invés de ser um instrumento que permite a discriminação, que invada a nossa privacidade e que mine nossos direitos".

A China já iniciou  a exportação de seu modelo de Sistema de Crédito Social. Os primeiros modelos estão sendo introduzidos em países africanos. Após eleições tumultuadas, Uganda já enviou uma delegação de especialistas à China para estudar como implantar o sistema em seu país.

A exemplo desses fatos no mundo, podemos dizer que se o Passaporte Sanitário for implementado no Brasil, bastará somente a escolha de novos critérios para que um brasileiro possa frequentar determinado espaço público e teremos aí o mesmo Sistema de Crédito Social, oprimindo e silenciando individualmente cada um dos brasileiros que não seguirem a opinião da moda.

Você que tomou suas doses de vacina, como se sente no meio de um imenso experimento de controle social? 
Eles te disseram que você teria sua vida de volta, não? 
Mas não te contaram que o preço a pagar por isso era o completo sacrifício de sua liberdade e sua privacidade
Agora você pode ir a um cinema, um restaurante e uma partida de futebol. Mas sempre que lerem seu Passaporte Sanitário, o governo saberá sua exata localização. 
Se você aceitar ser subserviente a essas imposições, o que será do seu futuro? 
Sem liberdade, sem privacidade, o que resta da vida?

Na sua cidade ou estado já há alguma lei ou decreto instituindo o Passaporte Sanitário? 
Se sim, o que você está fazendo para mudar a situação?

Site: Percival Puggina - Transcrito por Blog Prontidão Total.

 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

EUA cobram ‘resposta forte’ do Brasil contra cerco de Putin à Ucrânia

Mundo - Ernesto Neves

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, conversaram por telefone

Os Estados Unidos cobraram do Brasil nesta segunda-feira (10) uma posição firme contra uma eventual invasão da Rússia à Ucrânia. Desde 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, posicionou 100.000 soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia para evitar que o país se aproxime do Ocidente.

[presidente Biden! uma sugestão sensata e irrecusável: o presidente Bolsonaro foi eleito em 2018, com quase 60.000.000 de votos, para  governar o Brasil;
O senhor foi empossado em janeiro 2020 presidente dos Estados Unidos. Portanto, o senhor governa o país do qual é o presidente e o presidente Bolsonaro governa o Brasil. 
Cada um cuida dos assuntos do seu país = bom para os dois lados.]

A cobrança aconteceu durante um telefonema entre o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, nesta segunda-feira.  Blinken disse será necessário “uma resposta forte e unida” contra uma eventual ofensiva russa contra Kiev.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a crise no leste da Europa foi uma das prioridades discutidas entre os dois durante a conversa. O comunicado afirma que a diplomacia americana pretende trabalhar com o Brasil em questões regionais, como a situação calamitosa do Haiti.

Recentemente, o Brasil voltou a ter assento no Conselho de Segurança da ONU.  Também nesta segunda-feira, diplomatas enviados por Washington e Moscou a Genebra, na Suíça, discutiram uma posição distensão na fronteira ucraniana.

A reunião durou mais de oito horas em Genebra, na Suíça. Segundo o Kremlin, não existem planos de invasão. “Não há razão para temer algum tipo de cenário de escalada”, disse Sergei Ryabkov.

“As negociações foram difíceis, longas (…). Temos a sensação de que o lado americano levou as propostas russas muito a sério e as estudou profundamente”, acrescentou.

Mundo - VEJA


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Biden fala em resposta "firme" contra possível invasão da Rússia na Ucrânia

Em teleconferência, presidente norte-americano adverte Vladimir Putin que progresso diplomático depende de desescalada e volta a ameaçar Moscou. Líder da Rússia alerta que imposição de sanções econômicas seria "erro colossal"

Durou 50 minutos a segunda conversa por teleconferência entre os presidentes Joe Biden (Estados Unidos) e Vladimir Putin (Rússia) em 23 dias. Enquanto os dois líderes buscavam formas de amenizar a tensão na Ucrânia, pelo menos 100 mil soldados de Moscou aguardavam ordens, na fronteira com a ex-república soviética. Washington teme que Moscou prepare uma invasão ao território ucraniano, quase oito anos depois da anexação da Península da Crimeia. Na reunião virtual de ontem, Biden propôs que a desescalada da crise ocorra pelas vias diplomáticas, mas ressaltou que os Estados Unidos responderão "firmemente" a qualquer ofensiva na Ucrânia. De acordo com ele, os progressos diplomáticos dependem de uma distensão por parte do Kremlin.
[pública, notória e autêntica nossa aversão ao comunismo, à maldita esquerda e assemelhados;  o fato da Rússia ter se livrado do comunismo, ainda não a purificou mas convenhamos, entre o 'democrata' americano e Vladimir Putin, o russo ganha com folga.
Por isso, pedimos aos assessores do Biden, que aproveitem quando ele acordar de um dos seus inúmeros cochilos, quase sempre inoportunos, lembrem que a Rússia não é o Afeganistão, quando Biden diante da escalada do Talibã, em vez de evacuar primeiros os civis, deixando como é de praxe os militares para depois, fez o contrário - evacuou os militares e deixou civis nas mãos dos radicais. Pior ainda: ordenou um ataque que matou crianças e civis inocentes.]

No próximo dia 10, a subsecretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, e o vice-chanceler russo, Sergey Ryabkov, chefiarão suas respectivas delegações durante negociações a serem realizadas em Genebra. Segundo a rede de TV CNN, autoridades do Pentágono e do Conselho de Segurança Nacional participarão do encontro.

A teleconferência entre Biden e Putin começou às 15h35 de ontem pelo horário de Washington (17h35 em Brasília e 23h35 em Moscou). A Casa Branca divulgou foto em que o presidente democrata aparece ao telefone, dentro de um quarto com paredes de madeira, em sua residência. Biden está em Wilmington, no estado de Delaware, onde passará o réveillon acompanhado da família. Apesar de admitir "satisfação" com o telefonema, Putin advertiu os EUA que a imposição de sanções econômicas contra Moscou representaria um "erro colossal" e disse precisar que as conversas ofereçam "resultados". Horas antes da teleconferência, Putin se disse "convencido" sobre a possibilidade de ambos manterem um diálogo "eficaz" e calcado no "respeito mútuo".

Em 7 de dezembro passado, Biden e Putin se falaram por cerca de duas horas. O norte-americano prometeu uma "resposta forte" no caso de uma escalada militar na região — na ocasião, a Casa Branca deixou claro que os EUA e aliados lançariam mão de medidas econômicas incisivas e de outros tipos de sanção, sem dar detalhes. Putin, por sua vez, pediu a Biden garantias de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não se expandirá rumo ao leste, um movimento visto como ameaçador pelo Kremlin.

Vitória
Professor de política comparativa da Universidade Nacional de Kiev-Mohyla (Ucrânia), Olexiy Haran afirmou ao Correio que, apesar de poucos detalhes do conteúdo da conversa de ontem, Biden e o Ocidente apostam no engajamento diplomático com a Rússia. "É melhor dialogar do que ter uma confrontação militar. Minha percepção é de que Putin entenda esse intercâmbio com os Estados Unidos como uma 'vitória simbólica' perante a opinião pública russa, pelo fato de superpotências estarem conversando com ele e colocando-o como um ator importante na arena internacional", comentou. "Na essência, acho que a mensagem do Ocidente é a de reforçar que, em caso de invasão à Ucrânia, haverá pesadas sanções econômicas."

Para Haran, as exigências de Moscou para que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não mantenha laços militares com os países bálticos não passam de blefe. "É um tipo de propaganda do Kremlin. Duvido que o Ocidente faça qualquer concessão à Rússia. Espero que não haja uma invasão à Ucrânia, pois isso surtiria em tremendas consequências para todos os atores. Nós, ucranianos, não estamos em pânico. A vida continua, mas estamos cautelosos e temos aumentado nossa capacidade militar. Esperamos apoio adicional do Ocidente, pois essa é a única maneira de deter Putin", acrescentou o professor de Kiev. O especialista acredita que a retórica utilizada ontem por Biden possa persuadir Putin a recuar.

Mundo - Correio Braziliense


sexta-feira, 7 de maio de 2021

ONU pede investigação independente após massacre com 25 mortos no Jacarezinho

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos disse, nesta sexta-feira (7), estar "profundamente preocupado", após a sangrenta operação contra o tráfico de drogas da polícia em uma favela do Rio de Janeiro, e pediu à Justiça brasileira uma "investigação independente e imparcial".  

Pelo menos 25 pessoas, entre elas um policial, morreram na operação, realizada na quinta-feira (6) na favela do Jacarezinho, na zona norte da cidade - a mais sangrenta da história do Rio de Janeiro, segundo a polícia.

[esse alto comissariado - provavelmente, um ramo daquele comitê de boteco que tentou soltar o Lula - tem que se preocupar é com a matança na Síria e em outras regiões do mundo. SEGURANÇA PÚBLICA no Brasil é assunto interno do Brasil e dos brasileiros.

Curioso é que o tal comissariado diz estar profundamente preocupado, com um sentido de crítica ao que chama de sangrenta operação. A impressão que fica é a de que se tivesse sido abatido um bandido e tombado dezenas de policiais eles não ficariam preocupados. FELIZMENTE, foram abatidos 24 bandidos (a própria OAB reconhece que entre os mortos não havia nenhuma  criança ou adolescente).

SÓ DUAS COISAS AJUDAM A REDUZIR A CRIMINALIDADE NO BRASIL:

- os bandidos aceitarem o fato que BANDIDO tem que estar na cadeia ou na vala;

- que entre a morte de um POLICIAL e o abate de um bandido, a preferência tem que ser pela preservação da VIDA do POLICIAL e do CIDADÃO DE BEM.

Se for possível prender o bandido que se prenda; mas, na hora de optar entre bandido morto e policial vivo, a opção tem que ser a SEGUNDA.]

"Recebemos relatos preocupantes, segundo os quais, depois do ocorrido, a polícia não tomou as medidas necessárias para preservar as provas na cena do crime, o que pode dificultar a investigação", afirmou o porta-voz da instituição da ONU, Rupert Colville.  "Pedimos ao Ministério Público que conduza uma investigação independente e imparcial sobre o assunto, seguindo as normas internacionais", acrescentou, em entrevista coletiva em Genebra.[ o cidadão Rupert, vive no bem bom na capital suíça, provavelmente não consegue distinguir um tiro de fuzil de um traque, vem dar palpite que não pedimos.]

A operação policial teve como alvo um grupo que recrutava crianças e adolescentes para o tráfico de drogas, roubos, sequestros e assassinatos. A favela é a base do Comando Vermelho, principal quadrilha de tráfico da cidade. Ontem, a comunidade foi transformada em um verdadeiro campo de batalha, com intensos tiroteios e helicópteros sobrevoando as casas.

O Alto Comissariado denunciou o uso desproporcional da força policial nas favelas brasileiras, uma tendência que, frisou Colville, já vem de muito tempo. "Além disso, pedimos um debate amplo e inclusivo no Brasil sobre o modelo de manutenção da ordem aplicado nas favelas", completou o porta-voz.  A operação foi realizada, apesar de uma decisão do STF proibindo a polícia de realizar este tipo de batida em favelas brasileiras durante a pandemia do coronavírus - salvo em circunstâncias "absolutamente excepcionais".[se recrutar crianças e adolescentes para o tráfico, bloquear ruas arrancando trilhos da ferrovias, não for algo 'absolutamente excepcional' se pergunta: 
o que é uma circunstância absolutamente excepcional?
Será invadir uma delegacia, colocar os policiais ajoelhados no meio da rua e matá-los? 
Situação que não está dificil de acontecer - basta que insistam  em criar/manter zonas de exclusão da ação policial na cidade do Rio.]

Massacre no Jacarezinho: Relembre seis ações policiais com mais de dez mortes que marcaram o Rio nas últimas três décadas

"Lembramos às autoridades brasileiras que se deve recorrer à força apenas em casos estritamente necessários e que devem sempre respeitar os princípios de legalidade, precaução, necessidade e proporcionalidade da força letal", insistiu. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, a polícia do Rio de Janeiro "foi responsável pela morte de 453 pessoas entre janeiro e março deste ano", e de 1.245, no ano passado. [vidas humanas são sempre BENS PRECIOSOS a SEREM PRESERVADOS, mas, devemos lembrar que o número de policiais militares  mortos por bandidos em 2018 foi superior a 10% ao número citado dos mortos pela polícia em 2020.

E que, sendo inevitável, é melhor para a sociedade, para o Brasil que morra o bandido.

A redução de mortos em ação policial ocorrerá se os suspeitos ao serem abordados pela autoridade policial, cumpram o protocolo adequado , que tem entre seus principais itens a não reação. 

A reação sempre agrava a situação - quem reage a uma abordagem policial, assim procede por ter motivos para optar pelo confronto e ao policial sobram motivos para desejar VOLTAR PARA CASA.

O suspeito que reage a uma abordagem, se torna mais suspeito e assina seu atestado de culpa.]

EXTRA -  Casos de Polícia 

 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Lula em Cuba custou R$ 163 mil aos pagadores de impostos - Revista Oeste

Foi a viagem mais cara de um ex-presidente da República em 2020

A ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba entre o fim de 2020 e o começo deste ano pesou para os cofres públicos — ou seja: dinheiro dos brasileiros pagadores de impostos. De acordo com reportagem desta semana do jornal Gazeta do Povo, o passeio do petista pela ilha comunista custou R$ 163 mil.

Dessa forma, Lula foi responsável pela viagem mais cara feita por um ex-presidente no decorrer do ano passado. Ele foi para Cuba com a alegação de que participaria de um documentário sobre a América Latina a ser dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone. O ex-presidente embarcou para o Caribe em 19 de dezembro, acompanhado de assessores que, assim com ele, tiveram passagens e diárias pagas com dinheiro público. O petista e assessores voltaram para o Brasil em 21 de janeiro, sem gravar o filme, pois o ex-presidente foi diagnosticado com covid-19 dias após chegar em Cuba.

Além de Cuba: mais viagens
O passeio por Cuba não foi o único gasto de Lula com viagens em 2020. De acordo com a mesma reportagem do jornal Gazeta do Povo, o ex-presidente foi à Europa e passou por cidades como Berlim, Genebra, Paris e Roma. No consolidado do ano, com viagens nacionais e internacionais, o petista custou R$ 423 mil à União. 

Regalias de ex-presidentes
Meses antes da viagem de Lula a Cuba, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) reclamou justamente do custo com benefícios concedidos a ex-presidentes. Em março de 2020, ele foi à tribuna do Senado Federal para explicar alguns dos gastos que, em suma, são bancados pelos brasileiros em geral.  “Tudo isso é pago pela presidência da República, com o dinheiro suado e sofrido do contribuinte brasileiro, que é massacrado por uma das maiores cargas tributárias do mundo” 

[o pior dos piores, o absurdo dos absurdos, é que mesmo quando um presidente é escarrado, opa... impedido, ......caso da 'engarrafadora de vento' continua tendo tais direitos. 
O condenado petista chegou ao ponto de - supõe-se para debochar,  ridicularizar os brasileiros miseráveis, catadores de alimentos no lixo - exigir segurança pessoal quando estava 'cumprindo pena' na PF de Curitiba.
O STF silencia ignora - ações de ofício são reservadas para combater os apoiadores do presidente Bolsonaro - a PGR se omite, os partidecos de aluguel fingem que não está ocorrendo, o TCU tem que cuidar das vacinas, as ONGs dizem que é legal,   - mesmo sendo legal, a legalidade não favorece os excessos, que são muitos e uma lei 'ilegal',por acobertar ilegalidades,  sempre pode ser 'legalizada' - via interpretação criativa ou mesmo sua exclusão do ordenamento jurídico brasileiro.] 

 “Todo ex-presidente da República tem assegurado, pela lei, o direito vitalício de ter oito assessores. Vocês sabiam disso? São quatro seguranças e dois motoristas, com salários de até R$ 13 mil. Tem também o direito de requisitar passagens e diárias para cobrir despesas com hospedagem e alimentação”, reclamou Girão há quase um ano. “Além disso, ainda recebem dois automóveis com a cobertura de todos os gastos, incluindo o do combustível. E tudo isso é pago pela Presidência da República, com o dinheiro suado e sofrido do contribuinte brasileiro, que é massacrado por uma das maiores cargas tributárias do mundo”, explicou o indignado senador. 

Revista Oeste 

Leia também: “A EBC e sua milionária ‘TV traço’”, matéria do editor-executivo Silvio Navarro publicada na Edição 49 da Revista Oeste

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Casos globais de Covid-19 caem pela sexta semana consecutiva, diz OMS

Em relação ao número de casos semanais, o continente americano registrou uma queda acentuada de 19% nesta quarta-feira

O número de casos semanais de Covid-19 a nível mundial caiu 11%, marcando a sexta semana consecutiva de quedas, enquanto as mortes caíram 20%, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira, 24, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O número acumulado de casos de Covid-19 na pandemia chega a 111 milhões, enquanto 2,4 milhões de pessoas morreram em decorrência da Covid-19 desde o início da crise sanitária, há mais de um ano.

Número de Casos do Covid-19
O número de mortes diárias começou a diminuir mais tarde do que o de infecções, mas já registra a terceira semana consecutiva de queda, disse a organização com sede em Genebra. As mortes caíram em todas as regiões, exceto no Leste Asiático, onde houve um aumento de 6%.

Em relação ao número de casos semanais, o continente americano registrou uma queda acentuada de 19%, seguido pelo Leste Asiático (9%), Europa (7%) e África (2%). As únicas regiões que registraram ligeiros aumentos foram Sul da Ásia (2%) e Oriente Médio (7%).

No Brasil, nos últimos dados disponibilizados, o Ministério da Saúde registrou 62.715 novos casos de Covid-19 e 1.386 novas mortes nesta terça, 23. No total, são 10.257.875 casos e 248.529 óbitos confirmados em todo o território nacional. No último dia 14, a média móvel de casos no país alcançou seu patamar mais baixo em mais de um mês, com 44.267.6. Já nesta terça, a média foi de 47.984,9.

Mundo  - VEJA - Com EFE


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Cruzadas antiaborto - Folha de S. Paulo

Opinião

Bolsonaro usa tom ativista em documento; TJ-SP toma decisão absurda contra ONG

A ministra Damares Alves (esq.) e o presidente Jair Bolsonaro - Reprodução

Em trecho de um documento oficial intitulado Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil, que traça diretrizes para o período 2020-2031, o governo Jair Bolsonaro achou por bem encampar a retórica de movimentos conservadores contrários ao abortoDentre as medidas voltadas a “efetivar os direitos humanos fundamentais e a cidadania”, o texto do Planalto define como meta “promover o direito à vida, desde a concepção até a morte natural, observando os direitos do nascituro, por meio de políticas de paternidade responsável, planejamento familiar e atenção às gestantes”.

É legítimo, obviamente, que um presidente ou qualquer outro político defenda suas convicções e busque levá-las, pelos meios democráticos, às políticas públicas. Isso dito, cumpre apontar que a associação entre desenvolvimento e restrição a direitos de interrupção da gravidez destoa da experiência das sociedades mais avançadas.[sociedades mais avançadas não tem o direito de decidir por políticas que estimulem as assassinas de seres humanos inocentes e indefesos = aborteiras = a cometerem impunemente seus crimes.

Cabe ao presidente da República propor medidas que impeçam, e punam, com severidade exemplar, o assassinato de crianças que estão abrigadas no local que deveria lhes propiciar segurança total.

O Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e não deve nenhuma satisfação, nem explicações,  do trato de seus assunto internos a nenhum país, sociedade ou o que seja.]

Como advoga esta Folha, trata-se de tema a ser encarado sob a ótica da saúde pública, [assassinar inocentes indefesos agora é política de saúde pública?]  de modo a preservar a vida e a segurança das mulheres. Assim tem entendido um número crescente de países. O governo brasileiro esteve em má companhia ao assinar, neste mês, certa Declaração de Consenso de Genebra —do suposto consenso antiaborto participavam outras 30 nações, entre elas os EUA de Donald Trump, a Hungria de Viktor Orbán, Indonésia, Egito e Uganda.

A gestão Bolsonaro, ademais, atenta até contra as possibilidades previstas na lei e na jurisprudência — os casos de estupro, risco à vida da mãe e feto anencefálico. [a Consituição Federal protege a vida que é um direito reconhecido - tanto que proíbe a pena de morte. 

Frise-se bem que proíbe para bandidos, para seres humanos indefesos e inocentes não proíbe que façam apologia ao assassinato dos mesmos, com requintes de crueldade, e praticado pelas próprias mães ou com a conivência delas e de outros assassinos.

A proibição da pena de morte para bandidos apresenta uma redação que permite interpretação abrangente, já a proteção dedicada seres humanos ainda não nascidos permite interpretações restritivas e infundadas.

Felizmente, aos poucos o Brasil volta a assumir postura de combater, eliminar definitivamente o aborto em nosso território soberano. ]

Portaria do Ministério da Saúde criou constrangimentos para os médicos que realizam procedimentos; revelou-se que a pasta de Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tentou intervir na interrupção da gravidez de uma menina estuprada de apenas dez anos. O cerco, infelizmente, não se dá apenas por parte do Executivo federal —como se viu na recente decisão do Tribunal de Justiça paulista de impedir que a ONG Católicas pelo Direito de Decidir, favorável à legalização do aborto, utilize a referência religiosa em seu nome. [decisão justa, correta; se a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA É CONTRA O ABORTO, é inconcebível que uma organização aborteira, criminosa, assassina, use a palavra CATÓLICOS em sua denominação = deixando a impressão de ser formada por católicos, condição impossível já que no momento em que 'católico' pensar em cometer, participar, estimular um aborto,  já está se afastando dos princípios católicos.

Tal uso tem o objetivo de enganar incautos e isto é ESTELIONATO.

Crime de estelionato, falsidade ideológica para promover o crime de assassinato.

Recomendamos ler na Folha: Voltamos à Inquisição? 

O autor da matéria acima linkada  chega ao absurdo, ao requinte diabólico, de defender o entendimento, por vias transversais,  de que a Igreja Católica não pode excomungar.
Excomungar é expulsar os católicos indignos de serem católicos. O expulso pode ter o direito de continuar se considerando católico, nada além disso. No caso da  ONG é evidente que ela usa o adjetivo 'católicas' para confundir, enganar.]

Opinião - Folha de S. Paulo 


quarta-feira, 1 de julho de 2020

"Há provas de que podemos derrotar o vírus"

Alexandre Garcia

''A hidroxicloroquina está faltando nesta guerra. A ciência brasileira tem a fórmula da vitória sobre o vírus e seus aliados''




O governador do DF decretou estado de calamidade pública na capital do país, e criticou a conduta dos governos de São Paulo e Rio, pelas portas abertas ao exterior em fevereiro. Na sexta-feira, um grupo de médicos havia se queixado ao Ministério Público por não encontrar na rede pública a medicação para tratar nos primeiros sintomas, e evitar que a doença evolua. Por toda parte parece haver boicote politizado contra hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. Acabo de tomar a segunda dose preventiva de ivermectina, já que moro em Brasília e sou grupo de risco, pela idade. Na live pelo meu canal de Youtube, o timaço de médicos recomenda a prevenção e o tratamento precoce, sem esperar o exame, porque o vírus é rápido.

2h25 em 45 min, por temas. Live Tratamento Precoce Salva Vidas com Alexandre Garcia
Alexandre Garcia, jornalista Dra. Nise Yamaguchi, Imunologista Dr. Antony Wong, Toxicologista Dra. cariana Petri, Otorrino Dra. Luciana Cruz, Anestesiologista Dr. Roberto Zeballos, Imunologista Dr. Cassio Prado, Prefeito de Porto Feliz e Cirurgião Dra. Alexandra Mesquita, Cardiologista

Há provas de que podemos derrotar o vírus. O governador do Pará, Hélder Barbalho, teve a sensatez de curvar-se diante dos resultados. Belém estava em colapso; as pessoas morrendo em casa, no carro indo para o hospital, diante das portas fechadas de hospitais superlotados, quando veio a intervenção salvadora de um protocolo brasileiro. Foi milagre de Belém. A curva despencou, mostrando o êxito do tratamento. Os burocratas de Genebra já devem ter recebido essas notícias. O que estava sendo devastador foi transformado pelo protocolo salvador.

O prefeito de Porto Feliz, o médico Cássio Prado, começou em fins de março e aplicou 1.500 kits em quem estava nos primeiros sintomas. Ninguém evoluiu para internação. As 4.500 pessoas que tiveram contato com os infectados, receberam ivermectina e ninguém adoeceu. Num teste, 290 moradores de um quarteirão inteiro receberam ivermectina. Os que ficam em alojamentos também. Nenhum deles foi afetado pelo coronavírus. Os quase 600 profissionais de saúde do município receberam a fórmula de profilaxia; os únicos que tiveram covid-19 foram dois médicos, que recusaram cloroquina. Até hoje houve três mortes, em casos adiantados, sem tratamento precoce.


O Brasil pode vencer a covid-19 com a ciência aprendida no chão do hospital, do ambulatório, de casa, sem laboratórios de primeiro mundo, sem publicações em revistas especializadas, sem esperar que uma vacina chegue. A vida exige urgência. A medicação é barata, testada e segura. É criminoso assustar as pessoas para que não se tratem. A hidroxicloroquina está faltando nesta guerra. Com a prevenção, como em Porto Feliz, não haveria covidões de milhões de reais em contratos sem licitação. A ciência brasileira tem a fórmula da vitória sobre o vírus e seus aliados
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Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Marca é acusada de racismo por lançar esponja de aço com nome ''Krespinha''

Marca é acusada de racismo por lançar esponja de aço com nome ''Krespinha''


Internautas afirmam que o nome se assemelha ao cabelo crespo, que há anos é associado de forma pejorativa às esponjas de aço da marca

A marca de produtos de limpeza Bombril está sendo acusada de racismo nas redes sociais por causa do lançamento da esponja de aço inox com o nome “Krespinha”. Os internautas afirmam que o nome se assemelha ao cabelo crespo, que há anos é associado de forma pejorativa às esponjas de aço da marca.


No site da Bombril, a esponja “Krespinha” é descrita como “perfeita para a limpeza pesada. Remove sujeiras e gorduras de um jeito rápido e eficaz, sem esforço. Resistente e não enferruja”. O Correio procurou a empresa e pediu um posicionamento e questionou quando o produto foi lançado, mas não recebeu nenhum retorno até o momento.

ONU decide se vai apurar crimes contra afro-americanos; Brasil é contra

Brasil opõe-se a projeto de resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU para criar comissão internacional de inquérito sobre crimes contra afro-americanos. Votação final deve ocorrer hoje, em Genebra, e pode minar imagem do país. EUA pressionaram aliados.  A afinidade ideológica com o presidente norte-americano, Donald Trump,  pode transformar o Brasil em pária na luta global contra o racismo e a violência policial. Na véspera da votação de um projeto de resolução, por parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com a proposta de estabelecimento de uma comissão internacional e independente para investigar o abuso policial e o racismo contra a população negra nos Estados Unidos, a diplomacia brasileira se opôs ao documento, após pressão dos norte-americanos. [cabe só atentar que sendo os EUA uma nação independente, soberana, não tem sentido ser submetida a uma investigação por fatos ocorridos em seu território.
Afinal, a ONU não é um exemplo de isenção e imparcialidade.]

Washington instou os aliados a retirarem a menção aos EUA na versão final do texto. Segundo a agência France-Presse, o novo rascunho a ser apresentado hoje, limita-se a pedir à alta comissária da ONU  para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que “estabeleça os fatos e as circunstâncias relativas ao racismo sistêmico, às supostas violações do direito internacional em termos de direitos humanos e aos maus-tratos contra os africanos e as pessoas de origem africana”.

Ao discursar na tribuna, a embaixadora Maria Nazareh Farani Azêvedo — representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra — tratou de desvincular o racismo da imagem dos Estados Unidos. Ela classificou o racismo de “chaga enraizada em diferentes regiões do mundo” e afirmou que nenhuma nação deve ser singularizado no que diz respeito a isso. Apesar de ponderar que o preconceito racial em operações policiais não pode ser tolerado em nenhum país, Maria Nazareth sublinhou o papel “indispensável” da polícia na garantia do direito à segurança pública e na proteção aos direitos.

A eurodeputada alemã Pierrette Herzberger-Fofana, 71 anos, causou surpresa ao denunciar. no Parlamento Europeu, que foi vítima de violência policial na Bélgica, na véspera de um debate sobre o racismo. A versão da eurodeputada, negra, foi rebatida pela polícia belga. Nascida em Bamako, capital do Mali, a ambientalista contou que estava nos arredores da Estação do Norte de Bruxelas quando viu nove policiais “intimidarem dois jovens negros” e decidiu filmar a cena com o celular.

 Segundo o relato de Pierrette, os policiais dirigiram-se até ela, tomaram seu telefone e quatro deles a empurraram “brutalmente contra um muro”, com as pernas separadas, antes de fazerem uma revista. “Fui tratada de forma humilhante. Quando disse que era eurodeputada, não acreditaram. Isso porque eu estava com meus dois passaportes: o do Parlamento Europeu e o alemão”, assinalou. Audrey Dereymaeker, porta-voz da polícia, rebateu o relato, mas confirmou que a deputada passou por um controle de identidade e disse que ela seria investigada por insultar os oficiais. 

Correio Braziliense - saber mais


sábado, 4 de abril de 2020

Vidas e empregos na mesma pauta – Editorial - O Estado de S. Paulo

Mensagem conjunta do FMI e da OMS une ação econômica e defesa da vida

Salvar vidas ou salvar empregos é um falso dilema, deixaram claro, mais uma vez, os dirigentes máximos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apareceram juntos, na sexta-feira, para defender a proteção da vida, com políticas de prevenção sanitária, e o apoio financeiro às populações mais necessitadas e a países de todos os continentes. O esforço para preservar as economias será inútil, segundo a mensagem, se falharem as ações para preservação da saúde. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, falou de seu escritório em Washington. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, da sede da instituição, em Genebra, numa transmissão conjunta.

Se o bom senso resistir ao coronavírus, o governo brasileiro tentará equilibrar as duas tarefas nos próximos meses. Se isso for feito e a epidemia ceder no segundo trimestre, como se espera, as palavras “feliz 2021”, no fim do ano, terão um tom realista. O rombo de R$ 419,2 bilhões agora previsto para as contas federais, sem contar os juros, será um preço muito razoável, se mortes forem evitadas, pobres puderem comer, empregos forem preservados e a quebradeira de empresas for contida.

O conserto da economia e das contas públicas será complicado, mas menos penoso que um congestionamento nas funerárias, como tem ocorrido em outros países. Haverá mais trabalhadores e mais empresas para a retomada do crescimento. A virada poderá até começar já neste ano, se Brasília escapar do contágio da insânia.

Nenhuma pessoa sensata pode menosprezar, é claro, os custos econômicos da crise. Os 701 mil postos de trabalho fechados nos Estados Unidos, em março, são mais um alerta sobre isso. Muito mais sinistro, no entanto, é o recorde mundial de luto recém-batido pelos americanos, com 1.169 mortes em 24 horas, entre a quarta e a quinta-feira. A tragédia seria certamente maior, se o presidente Donald Trump insistisse em minimizar a covid-19. Desse erro ele já recuou, ao contrário de seu discípulo Jair Bolsonaro.

O presidente brasileiro mostra firmeza muito maior em seus erros. Fala sobre saúde pública e sobre economia como se soubesse muito mais que o diretor-geral da OMS e a diretora-gerente do FMI. Se conhecesse algum desses assuntos, e se tivesse o hábito de se informar, talvez estivesse até mais assustado quanto à dimensão da crise. Poderia saber, por exemplo, da fuga de capitais em direção aos portos mais seguros. Cerca de US$ 83,3 bilhões deixaram os mercados emergentes, no mês passado, segundo o Instituto de Finanças Internacionais. O Brasil está entre os perdedores. Mas os sinais de alarme são mais numerosos e variados.

O mau humor empresarial bate recordes no mundo todo. Exemplo: na zona do euro, em março, o Índice Composto de Gerentes de Compras caiu à mínima histórica de 29,7 pontos. Na maior economia da região, a Alemanha, o nível atingido, 35, também foi o mais baixo da série. O Índice Composto inclui indústria e serviços. Conhecido em inglês pela sigla PMI, esse indicador é pesquisado em cera de 140 países pela IHS Markit. Em março o índice caiu de modo generalizado.

No Brasil, a piora das expectativas no mês passado foi detectada em sondagens. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria caiu 3,9 pontos, para 97,5, na maior baixa desde março de 2015, quando o País se atolava na recessão e havia manifestações contra a presidente Dilma Rousseff. Naquele mês o recuo foi de 6,6 pontos. Desta vez caíram os dois componentes do indicador – o da situação presente e o das expectativas. Todos ficaram abaixo de 100, fronteira das áreas positiva e negativa.



 A matemática aplicada apoia o mau humor. Grandes bancos estimam contração econômica na faixa de 3,5% a 4%. Modelos matemáticos podem produzir resultados diferentes, mas todos muito negativos. Nenhum tão sinistro, no entanto, quanto o cenário de uma saída prematura do isolamento social. Como se viu em outros países, nem as funerárias estariam preparadas.

Editorial  - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 19 de março de 2020

Ciência alerta que cuidados contra a Covid-19 valem para todas as idades - CB

O alerta é feito pela Organização Mundial da Saúde, que cita a morte de uma criança na China em decorrência da Covid-19. Para a agência, o coronavírus é um ''inimigo da humanidade'' e deve ser combatido por medidas abrangentes adotadas em todos os países

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou, nesta quarta-feira (18/3), que a Covid-19 não pode ser considerada uma doença apenas de idosos. As autoridades explicaram que, apesar de a taxa de mortalidade da doença ser maior em pessoas mais velhas, os jovens e as crianças precisam de atenção e cuidados em relação à pandemia que contabiliza mais de 8 mil mortes. Uma criança chinesa está entre essas vítimas, segundo os representantes da agência, que passou a considerar a doença um “inimigo da humanidade”.

Durante a coletiva, em Genebra, os especialistas destacaram que os cuidados em relação ao vírus precisam ser adotados por pessoas de todas as idades. “Ela não afeta apenas idosos, pessoas mais jovens são atingidas pela doença. Na Coreia do Sul, por exemplo, apenas 20% das mortes incluíam pacientes idosos. Por isso, devemos observar todos, incluindo os casos mais leves, e todo caso suspeito deve ser testado”, alertou Michael Ryan, diretor executivo da OMS.

Correio Braziliense, leia MATÉRIA COMPLETA

quinta-feira, 12 de março de 2020

Órgãos de "faz de conta" - As “boquinhas” da ONU entregues a políticos do 3º Mundo - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

A cada vez que aparece algum problema de extensão mundial nas áreas da saúde, alimentação, educação, direitos individuais e outras questões ligadas mais diretamente aos interesses das pessoas fica claro, na frente de todo mundo, a inutilidade de todos esses órgãos das Nações Unidas que foram sendo criados ao longo dos anos para, justamente, ajudar na solução de tais dificuldades.


A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet
Comissária da ONU para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet ganha a vida falando contra “a direita” e contra os “preconceitos”. -  Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Essas organizações não são mais, se é que foram algum dia, entidades destinadas a prestar serviços. Foram transformadas em deploráveis "boquinhas" internacionais, entregues a políticos de Terceiro Mundo que ficam desempregados. Ali eles ganham altos salários, uma penca de mordomias “padrão Brasília” e a oportunidade de ficar dando palpites com uma nota só: todos os problemas do planeta, da ignorância à doença, da pobreza à violência, do ambiente à violação dos direitos individuais são culpa dos Estados Unidos. Ou do capitalismo, do 1% mais rico da população mundial, da indústria, do comércio, das bolsas de valores, da iniciativa privada e por aí afora.

Como nada disso vai ter solução amanhã, os burocratas cinco estrelas que ocupam essas super boquinhas se sentem autorizados a não fazer nada, nunca, em relação a nenhum dos problemas que são pagos para cuidar. Fazem discursos, viajam pelos quatro cantos do mundo, pedem “mais ajuda financeira dos países ricos” – e dão por cumpridas as suas obrigações de trabalho.

Temos o exemplo, agora, desse diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, um etíope que descolou o emprego em alguma “negociação”. Ele e a sua OMS são absolutamente nulos na missão de colaborar com o combate do coronavírus; tudo o que conseguiu foi fazer uma pregação contra o perigo dos “preconceitos”.

Nada disso, é claro, sai de graça. O Brasil, que não tem onde cair morto, é obrigado a contribuir com sua quota anual de uns tantos milhões de dólares para sustentar os diretores e os demais marajás que formam o funcionalismo das organizações internacionais. Nenhum dá expediente em Carapicuíba. Só cuidam de problemas dos “pobres”, mas seus locais de trabalho são Paris, Roma, Genebra, Nova York.

Não são apenas os salários, em nível de magistrado de um TRF brasileiro, que é preciso pagar. Junte aí as viagens, os “eventos”, as conferências, os reembolsos, as aposentadorias com remuneração integral – a coisa vai longe. O mais interessante da história toda é que são os Estados Unidos, justamente o país mais odiado pela ONU, suas organizações e seus altos burocratas, os que mais pagam, disparado, para cobrir as despesas da coisa toda – que, naturalmente, não param de crescer.

É a vida. A “alta comissária” da ONU para os “direitos humanos (sim, também existe essa boquinha: “alto comissário”) é a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, que ganha a vida falando contra “a direita” e contra os “preconceitos” menos os seus, é claro. O diretor-geral da FAO, que cuida das questões ligadas à alimentação e agricultura, chegou a ser aquele homem do “Fome Zero”, que Lula inventou e logo desinventou. Nem ele aguentou o companheiro, e tratou de despachá-lo para longe daqui. Não é preciso dizer mais nada.

J. R. Guzzo, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

EUA x Irã - Diplomacia ideológica - Merval Pereira


Na sua ilógica atuação internacional, o governo brasileiro vem colhendo situações inusitadas, como a que fez com que o presidente Bolsonaro afirmasse que o Brasil continua interessado nos acordos comerciais com o Irã, momentos depois de ter emitido uma nota oficial em que apoiou o ataque dos Estados Unidos.  Ontem, no entanto, o Itamaraty adiou uma reunião, agendada antes dos ataques, que a embaixada do Brasil em Teerã teria para discutir questões culturais, alegadamente porque não teria sentido discutir acordos com o Irã tendo apoiado a ação dos americanos.

O que parecia ter sido um recuo do Brasil movido pelo bom-senso, em relação ao conflito EUA x Irã, quando Bolsonaro mandou todos ficarem em silêncio depois que o Irã chamou nosso embaixador para uma conversa, vê-se agora que foi um surto que já passou.  Embevecido com a imagem de Trump na televisão, dirigindo-se à nação respaldado por militares de alta patente, Bolsonaro passou a defender a posição brasileira inicial e a atacar o governo do ex-presidente Lula com afirmações equivocadas. Não precisava inventar críticas, elas são muitas nesse relacionamento com o Irã e com outras autocracias e ditaduras pelo mundo. O acordo que Lula assinou com a Turquia e o Irã em 2010 não permitia que o urânio fosse enriquecido a 20%, como acusou Bolsonaro. Simplesmente não foi levado em conta na Europa e nem nos Estados Unidos porque não tinha credibilidade. Foi uma tentativa do governo Lula de dar-se uma importância que não tinha nas negociações geopolíticas internacionais.

Três anos depois, os membros do Conselho de Segurança da ONU que têm direito a veto (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Franca e China) e mais a Alemanha, após quatro dias de negociações em Genebra, chegaram a um acordo que foi considerado histórico.  O compromisso, que estava em vigor mesmo Trump tendo retirado os Estados Unidos dele, previa que o Irã parasse a produção de urânio enriquecido a mais de 5% e impedia a instalação de novas centrífugas. A lição é que não se pode tratar a política externa da maneira como vem sendo tratada pelo presidente Bolsonaro e pelo chanceler Ernesto Araújo, que reagem com o fígado, antes de ter estratégia e visão geopolítica e econômica.

Não se pode dizer o mesmo do governo de Lula, que tinha estratégia clara e megalômana, que levou o país a assumir posições contrárias às nossas tradições diplomáticas e acima de nossa capacidade de atuação. No caso de Honduras, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya, abrigando-o na embaixada brasileira.  Da mesma forma, o Brasil foi dos países mais ativos, ao lado da Venezuela de Chávez, na condenação das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia, mas nunca fez um comentário sobre os acordos militares que o mesmo Chávez andou assinando com a Rússia e o Irã. [todos os governos da Nova República são ou de esquerda ou favoráveis à esquerda - mesmo que por covardia alguns deles disfarcem.
Todos eles foram a favor de Cuba, da Venezuela, de Kirchner e de outras republiquetas da América do Sul. Ser aliado dos Estados Unidos, especialmente buscando erradicar do continente americana a esquerda,é nobre e patriótico, mas, no momento em que os interesses dos Estados Unidos são contrário aos do Brassil, a neutralidade é o melhor caminho - desde que com uma posição proativa favorável à PAZ.]

O Brasil tem definições de política externa na Constituição que o colocam contra qualquer tipo de terrorismo, e foi nisso que o chanceler se baseou para a nota apoiando o ataque americano no Irã. Bolsonaro usou o mesmo argumento ontem, para defender a primeira reação brasileira. Mas também na Constituição há outros aspectos, como o da não intervenção em assuntos de outros países, o da tentativa de buscar sempre a paz, e este é o caminho que temos que tomar. O Brasil não tem que ser parte de uma crise no Oriente Médio, e não tem condições geopolíticas para ser intermediário de nenhum acordo internacional fora de sua região.

As ideologias não podem impedir que se tenha uma politica externa que atenda aos interesses do país. Na ditadura militar, o Brasil reatou laços de amizade com a China no governo Geisel, assim como, no mesmo governo, cujo chanceler era o embaixador Azeredo da Silveira, reconheceu a independência das colônias portuguesas na África.


Censura
A  proibição de o especial de Natal do Porta dos Fundos ser exibido pela Netflix nada mais é do que censura. Com a decisão, o juiz respalda a tese da defesa do miliciano que colocou fogo na sede da produtora de que foi um protesto, não uma tentativa de homicídio. [atualizando:
-  Felizmente ainda existem juízes no Brasil para impor a Justiça, o que inclui o cumprimento das leis;
- o ministro Toffoli reviu sua decisão que  impedia a redução de preços do DPVAT - aquele seguro gerou para as seguradoras um acúmulo de capital superior a R$ 5.000.000.000,00, isto só com o lucro. O presidente do STF erra,com mais frequência do que a tolerável, mas, tem a grandeza de retificar seus erros.]

Merval Pereira, jornalista - O Globo