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terça-feira, 3 de maio de 2022

Os tiranos estão de luto - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

A mídia corporativa odiou que Elon Musk tenha comprado o Twitter porque odeia a ideia de os norte-americanos pensarem por si mesmos

Há 245 anos, em 4 de julho de 1776, os termos da Declaração de Independência dos colonos norte-americanos da Coroa Britânica formavam toda a cadeia genética da nação mais livre do mundo. Os ditames do documento acabaram moldando uma sólida Constituição, que, entre apenas 27 emendas, coloca os direitos individuais inalienáveis acima de governantes e seus desejos e paixões políticas que, porventura, possam desvirtuar o rumo republicano de suas administrações.
Elon Musk | Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons
Elon Musk  Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons

As fundações da república norte-americana estão diretamente ligadas ao Iluminismo Europeu dos séculos 17 e 18. Os Pais Fundadores da América mergulharam na obra de filósofos cujas ideias influenciaram a formação do novo país, como o inglês John Locke. Em seu Segundo Tratado Sobre o Governo, Locke identificou que as bases de um governo legítimo ganham autoridade através do consentimento dos governados, e não através das mãos de um monarca. O dever desse governo seria proteger os direitos naturais das pessoas, que são concedidos por Deus, e não por um rei: a vida, a liberdade e a propriedade. Para o filósofo que inspirou homens importantes no Novo Mundo, se o governo falhasse em proteger esses direitos, seus cidadãos teriam o direito de derrubá-lo.

E foi justamente essa ideia que influenciou profundamente Thomas Jefferson ao elaborar a Declaração de Independência, em 1776. A base da teoria de Locke dos direitos naturais se tornou o pano de fundo do qual a Declaração surgiu: “Consideramos essas verdades evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo seu Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.

Em novembro de 2012, mais de 235 anos após a Declaração de Jefferson, Bono Vox, vocalista e líder da banda irlandesa U2, discursou na Universidade de Georgetown sobre a contextualização do que aqueles colonos britânicos na América plantaram e disse: “A América é uma ideia. A Irlanda é um ótimo país, mas não é uma ideia. A Grã-Bretanha é um ótimo país, mas não é uma ideia. É assim que vemos vocês (os norte-americanos) em todo o mundo, como uma das maiores ideias da história da humanidade”.

(...)

A Primeira Emenda
E é exatamente na Primeira Emenda da Constituição norte-americana que a liberdade para os norte-americanos, que migraram para o Novo Mundo fugindo da perseguição religiosa, é protegida contra qualquer tipo de tirania. É na Primeira Emenda, parte da Declaração dos Direitos dos Estados Unidos e adotada em dezembro de 1791, que está o impedimento, textualmente, ao Congresso norte-americano de infringir seis direitos fundamentais: 
proibir o livre exercício da religião; 
limitar a liberdade de expressão, de imprensa, do direito de livre manifestação pacífica; 
e limitar o direito de fazer petições ao governo com o intuito de reparar agravos.

No famoso caso Jerry Falwell v. Larry Flynt, de 1987, a Suprema Corte norte-americana afirmou: “No coração da Primeira Emenda está o reconhecimento da importância fundamental do livre fluxo de ideias e opiniões sobre questões de interesse e preocupação pública. A liberdade de falar o que pensamos não é apenas um aspecto da liberdade individual, mas também é essencial para a busca comum da verdade e da vitalidade da sociedade como um todo. Temos, portanto, sido particularmente vigilantes para assegurar que as expressões individuais de ideias permaneçam livres de sanções impostas pelo governo”.

Os norte-americanos acreditam que a melhor forma de se contrapor a um discurso ofensivo é com mais discurso e mais liberdade de expressão

Por mais estranho que possam parecer esses tempos pra lá de orwellianos, a Constituição norte-americana protege até mesmo o discurso mais controverso e ofensivo ao governo e críticas a governantes, legisladores e juízes. A regulamentação sobre essa liberdade existe somente sob certas circunstâncias muito limitadas e restritas. O sistema norte-americano, tão enaltecido por Barrosos e Alexandres no Brasil, é construído em cima da ideia de que o intercâmbio livre e aberto de ideias encoraja a compreensão, promove a busca pela verdade e permite a refutação de falsidades. Isso mesmo, Moraes. Norte-americanos acreditam, e a experiência da nação mostrou, que a melhor forma de se contrapor a um discurso ofensivo não é por meio de regulamentação, mas com mais discurso e mais liberdade de expressão.

Se os últimos anos foram de absoluta afronta à liberdade de expressão, seja para cidadãos, médicos, jornalistas, seja para qualquer um que ousou questionar a bíblia do ministério da verdade sobre vacinas ou eleições, nesta semana o mundo viu o que a esquerda norte-americana e global pensa e quer fazer com essa coisa irritante chamada liberdade de se expressar sem amarras ou algoritmos artificialmente viciados em suprimir as opiniões de um lado do espectro político-ideológico.

A defesa de ideias
Embora a maioria dos norte-americanos não se importe com o Twitter, a compra da rede social pelo bilionário Elon Musk expôs o que os novos stalinistas querem para a liberdade de expressão — ou para o controle da liberdade de expressão, para ser mais exata. Os hábitos e os exageros da rede social mais ampla de nossa sociedade significam que o controle dela ainda importa muito. O Twitter ainda é onde grande parte das mensagens da mídia corporativa é elaborada e aprimorada; onde pensamentos e ideias que se desviam da classe dominante são suprimidos; e onde as multidões ávidas por cancelamentos e comandadas pela esquerda são “empoderadas” e, portanto, capazes de liderar as elites empresariais e políticas da América.

O curioso é que os antigos progressistas sempre envolveram as defesas de suas ideias em torno dos princípios da Primeira Emenda norte-americana. Quase todas as causas liberais foram formuladas nos termos da quase absoluta liberdade de expressão dessa emenda — seja o direito de gritar obscenidades, ver pornografia ou levar palestrantes controversos para as universidades. Hoje, a esquerda norte-americana trai com vontade e sem timidez esses valores, optando por usar as instituições simpáticas à sua causa para reprimir a dissidência. O mais curioso ainda é que, nesta semana, enquanto aqueles que não têm medo de opiniões dissidentes e da verdade celebravam a liberdade de expressão, o ex-presidente Obama discursava em Stanford pedindo maior supervisão regulatória dos gigantes da mídia social do país porque essa falta de regulação “ameaçou os pilares da democracia em todo o mundo”. Pesando no debate sobre como lidar com a disseminação da desinformação, ele disse que as empresas precisam submeter seus algoritmos ao mesmo tipo de supervisão regulatória que garante a segurança de carros, alimentos e outros produtos de consumo. Em síntese: você jamais saberá o que consumir ou pesquisar, portanto, não se preocupe, o Estado fará isso por você.

(...)

A ponta do iceberg
Elon Musk parece pronto para prestar um grande serviço ao povo norte-americano e àqueles que prezam pela liberdade como descrita na Primeira Emenda norte-americana, mas a realidade é que Elon Musk não vai nos salvar. E o motivo é simples: embora o Twitter seja uma ferramenta poderosa para nossa classe dominante — parte de uma importante batalha cultural a ser travada —, isso é apenas uma das muitas lutas, mesmo na frente tecnológica. E cada batalha leva à próxima. A censura nas redes sociais é apenas aquela ponta do iceberg visível para os navios que passam. Sob a superfície, a esquerda está ameaçando o acesso a bancos, empréstimos, servidores, investimentos, serviços de busca e e-mail, serviços de armazenamento de dados, gerenciamentos de firmas e escritório… and counting

Lutar contra isso exigirá ideias inteligentes, trabalho árduo e a vontade de um empreendedor de resistir a uma pressão incrível em todos os aspectos de sua vida. Mas, se aqueles que podem ajudar não trabalham para colocar nossa própria casa em ordem, estamos apenas trocando um oligarca por outro mais inteligente e mais interessado na liberdade. Mais do que isso, nós, pobres mortais fora da fila do pão do bilhão, não vamos chegar a lugar algum.

(...)

A praça pública
Os militantes da imprensa, das plataformas de tecnologia e da política querem controlar o que você acha, e a constante “ameaça à democracia” é o rótulo favorito para manchar qualquer coisa que desafie seu poder. Há alguns anos, o verdadeiro discurso de ódio a ideias e pessoas, profanado por aqueles que não suportam ser questionados ou confrontados, vem se tornando um monstro. E nesta semana o monstro urrou em decibéis acima do normal. Por que estão tão bravos? Porque o monopólio da fala e da informação, a capacidade de controlar o que você acredita, foi quebrado. É necessário, mais uma vez, recorrer à força para fazer você calar a boca. Elon Musk testemunhará a ira da besta e será perseguido por todos os seus tentáculos. Mas não se engane, este não é um ataque a Elon Musk. Este é um ataque a você e ao seu direito de falar livremente, de expressar sua consciência em público. Curiosamente, pela primeira vez, não está funcionando como eles estavam acostumados, e as torres de marfim estão enfurecidas com a praça pública. Eles estão profundamente ameaçados por uma internet livre, e por isso estão em pânico.

Que Musk ameace devolver esse poder para nós, restaurando nosso direito à fala em um dos fóruns mais importantes da praça pública digital, criando um espaço seguro para o discurso crítico de nossos governantes — mesmo que isso seja intolerável para eles. A mídia corporativa odiou que Elon Musk tenha comprado o Twitter porque odeia a ideia de os norte-americanos pensarem por si mesmos. É ótimo ter o homem mais rico do mundo do lado da liberdade. Precisamos da ajuda, mesmo que troquemos momentaneamente um punhado de oligarcas por outro, mas a causa da liberdade também precisa de nós.

Em um comunicado no dia da compra do Twitter, Elon Musk disse o seguinte: “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade. Também quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando os robôs e autenticando todos os humanos. O Twitter tem um tremendo potencial. Estou ansioso para trabalhar com a empresa e os usuários da comunidade para desbloqueá-lo. Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”.

A liberdade de expressão é extremamente importante para a civilização. Muitas vezes é difícil saber quem está de que lado diante de tantas mentiras e manipulações, quem são os mocinhos e quem são os bandidos. Mas há um teste muito claro e simples: basta perguntar quem se incomoda com a ideia de que outras pessoas possam falar. Esse é um teste infalível e 100% preciso. Quem não permitiria que outras pessoas falassem ou discordassem? Apenas tiranos. E nesta semana os tiranos estão de luto.

Leia também “O ministério da verdade” e/ou AQUI


segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O ataque - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

A baderna no Capitólio é mais um sintoma da crise da democracia do que a causa de novos problemas

Em 1812, os Estados Unidos enfrentaram a maior potência naval do mundo, a Grã-Bretanha, em um conflito que teria um impacto enorme no futuro do jovem país. As causas da guerra incluíram tentativas britânicas de restringir o comércio dos EUA e o desejo da América de expandir seu território. Ao longo do confronto considerado “a 2ª Guerra de Independência”, os Estados Unidos sofreram muitas derrotas nas mãos de tropas britânicas, potência naval e nativas americanas, e, em agosto de 1814, os norte-americanos viram a captura e o incêndio da capital do país, Washington, DC. O prédio do Capitólio, um dos mais importantes do governo, ardeu em chamas por horas e só não virou cinzas devido a uma forte tempestade.

Nesta semana, o Capitólio, que deveria ser um dos lugares mais seguros do mundo, já que guarda as alas da legislatura bicameral norte-americana — a Câmara dos Representantes, na ala sul, e o Senado, na ala norte —, foi novamente invadido. O ataque, não perpetrado por tropas inimigas, foi executado por cidadãos comuns. O acontecimento revela mais um sintoma da crescente insatisfação de partes do tecido social norte-americano, esticado e maltratado, e que vem sobrevivendo a drásticos remendos ao longo dos últimos anos.

Não apenas a violência de alguns e o ataque ao Capitólio marcaram o último dia 6 de janeiro na capital. No dia em que a Constituição manda o Congresso abrir os votos do Colégio Eleitoral para certificar os resultados da eleição presidencial, centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Washington, pacificamente, para mostrar apoio ao presidente Donald Trump em face das muitas alegações e indícios de fraude na última eleição. Com discursos, palavras de ordem e milhares de cartazes espalhados em um mar de gente, a direita americana mostrou que a confiança no atual sistema político — e em algumas instituições e seus agentes — está também esgarçada, e pobremente remendada.

Ainda não se sabe se houve infiltração no movimento que invadiu o Capitólio de membros de grupos terroristas domésticos, como Antifa e Black Lives Matter, mas, mesmo se isso for confirmado pelas autoridades policiais que investigam essa possibilidade, o fato é que o Congresso foi, também, tomado por apoiadores do presidente Donald Trump.

Qualquer tipo de violência, independentemente do lado do espectro político do qual se origine, deve sempre ser condenado — e sempre será, pelo menos aqui na Revista Oeste. Podemos discutir as muitas perguntas sem respostas desta última eleição presidencial norte-americana, os gravíssimos indícios de fraude, a descarada e absurda censura das Big Techs a vozes antagônicas ao globalismo e aos tecnocratas, e até as obscuras relações da família Biden com a China. Mas invadir um dos símbolos da liberdade plena no Ocidente é uma ação antidemocrática que jamais pode ser tolerada.

O ataque ao Capitólio foi grave, mas mostra apenas o sintoma de um Estado que alimenta pontos de ebulição em uma sociedade totalmente dividida e compartimentada, com setores extremos que retroalimentam o ódio pelo debate justo. Isso seria um reflexo dos governantes, ou eles são o reflexo da atual sociedade? Nesse cenário, há vários players e agentes de condução desses pontos, com ações e estratégias beligerantes que aram o solo para um novo modelo de guerra civil. Mas há um agente, disfarçado muitas vezes de pacificador, paladino dos fatos e mensageiro intelectual do que podemos ou não consumir, dizer e pensar, que está entre os maiores pecadores e agitadores da atual desorientação social, alimentando as batalhas sangrentas virtuais: a mídia.

Desde 2016, milhões de norte-americanos são chamados de deploráveis, fascistas, nazistas, racistas e de toda uma lista de adjetivos impublicáveis. E, aqui, reafirmo que nada disso é motivo ou justificativa para iniciar qualquer ação violenta. O exercício é para que possamos tentar ir além de eventos isolados, de modo a poder enxergar os perigos de todos os lados e propor soluções.

Desde 2016, esse grande agente no cenário político, a imprensa, deixou de lado o papel investigativo e factual e passou a apenas opinar e militar. Nessa militância, além do uso grotesco de qualificativos para descrever cada movimento político que desaprova, os “arautos” do pensamento público não hesitam em insultar a razão, a História e em desconsiderar as reais vítimas de regimes nefastos como o nazismo e o fascismo. A responsabilidade de apontar erros em ambos os lados se transformou no gritante duplo padrão de hipocrisia. Enquanto nada foi dito, publicado ou condenado durante as várias semanas em que bairros inteiros eram queimados em muitas cidades norte-americanas em 2020, o mesmo silêncio foi quebrado nos últimos dias para o total — e com razão — repúdio à violência dentro do Capitólio.

“Mostre-me onde se diz que manifestantes devem ser educados e pacíficos”

Não é preciso uma detalhada pesquisa para ilustrar o duplo padrão de cobertura. Durante os protestos que começaram em junho passado, o âncora da rede CNN Chris Cuomo, em uma transmissão que mostrava atos de violência de membros do BLM e Antifa, em que estabelecimentos comerciais ardiam em chamas e prédios federais eram cercados, disse: “Por favor, mostre-me onde se diz que manifestantes devem ser educados e pacíficos. Posso mostrar a vocês que cidadãos indignados fizeram da América o que ela é e que a levaram a marcos importantes”.

Na mesma época, Kamala Harris, agora a vice-presidente que será empossada no dia 20 de janeiro, bradou em uma entrevista, quase em tom ameaçador, contra uma possível vitória de Donald Trump: “Eles [os movimentos Black Lives Matter e Antifa] não vão parar antes da eleição e não vão parar depois. Todos devem anotar isso. Eles não vão parar e eles não devem parar”. Harris, ao longo das semanas de protestos, fez várias campanhas de arrecadação de dinheiro para tirar da cadeia, com o pagamento de fiança, os vândalos e agitadores violentos presos pela polícia. Biden e outros democratas importantes ficaram em silêncio.

Durante quatro anos, Donald Trump foi, dia sim e outro também, pintado como o novo Hitler do século, que exterminaria a democracia. Milhões de norte-americanos compraram o retrato do “novo demônio“. 
E quem não ajudaria a fraudar uma eleição para derrubar Hitler? ]
Quem não mentiria ou distorceria fatos para acabar com Hitler? 
Mesmo com a administração dando seguidos exemplos na outra direção, com acordos de paz sendo assinados, esforços despendidos para os EUA não entrarem em outra guerra e medidas que possibilitaram o avanço da economia, a narrativa do risco do fascismo prosseguia entre os jacobinos da mídia. “Vejam, estamos diante de mais uma ameaça fascista à República norte-americana. E, claro, com o Hitler do momento liderando um golpe de Estado” foi a leitura que se viu da invasão do Capitólio. Mais uma vez a guilhotina jornalística entrou em ação e, mais uma vez, o desvirtuamento do real cenário social foi empurrado para debaixo do tapete.

Um ataque a um dos símbolos mais importantes do sistema político norte-americano deve ser visto como uma afronta à democracia. Infelizmente, uma apoiadora de Trump foi baleada dentro do Capitólio e faleceu fato ignorado pelas redações militantes —, mas o que se seguiu às horas de tensão não foi apenas um ataque à democracia, mas aos pilares importantíssimos do Ocidente. Como um Politburo, num movimento uníssono, as plataformas digitais resolveram bloquear e derrubar todas as contas do presidente dos Estados Unidos, num bizarro movimento orquestrado que deveria arrepiar os cabelos de qualquer pessoa que more do lado de cá das fronteiras comunistas.

Não basta pintá-lo como o novo Hitler ou Nero que incendiará a América, o populismo de Donald Trump e sua conexão com a classe trabalhadora norte-americana precisavam ser eliminados. Tenho uma lista de críticas a Donald Trump e posso, ao mesmo tempo, enaltecer as conquistas de seu governo, mas este artigo não é para fazer uma defesa de sua administração. É necessário colocarmos as paixões políticas de lado e entendermos o que, de verdade, está na guilhotina dos novos jacobinos. E não é a cabeça ou a voz de Donald Trump. É a minha, a sua, e a de qualquer pessoa que desafie a supremacia cultural e política da mídia, com cada vez mais poder de distorcer a realidade. Como se os violentos protestos do BLM fossem apenas manifestações pacíficas e o populismo do presidente norte-americano, o novo fascismo.

Na quinta-feira, o diretor político da ABC News, com sede em Washington, foi ao Twitter e disse que “era preciso limpar o movimento que Trump comanda”. Rick Klein escreveu: “Trump será um ex-presidente em 13 dias. O fato é que livrar-se de Trump é a parte fácil. Limpar o movimento que ele comanda vai ser outra coisa”. Entenderam? Esse, na verdade, deveria ser o alarme do final de uma das administrações mais polêmicas da História. O sinal, já vermelho, de que o caminho a ser trilhado agora será calar as vozes irritantes — com Trump ou sem Trump —, aquelas que resolverem discordar dos tecnocratas.

Uma das lições que vamos colhendo ao longo de um caminho político que tem sido impiedoso nos mostra que a situação já atingiu um ponto nevrálgico de polarização quase sem cura. Pela primeira vez depois da guerra de 1812, o Capitólio, símbolo da política e da lei na maior nação do mundo, sofreu uma invasão bárbara, assim como a sagradíssima Primeira Emenda Americana que ilumina o Ocidente com o farol da liberdade de expressão, de imprensa, de religião, de protestar pacificamente.

Não importa se eu e você acreditamos que houve ou não fraude nas últimas eleições presidenciais norte-americanas — metade do país, que ouviu durante quatro anos que é deplorável, acredita. Esse é um lugar perigoso para estar. Portanto, talvez em vez de tentar demonizar mais da metade do país de dentro de uma torre de marfim ou atrás de um teclado de redação ou câmera de TV, pleitear alguma transparência ou reforma não seria nada perto do fascismo que querem pintar. Poderia ser a tão esperada vacina em tempos de pandemia intelectual.

Não estou interessada em justificar o que aconteceu no Capitólio. Esse tipo de comportamento é abjeto e deverá sempre ser repudiado. No entanto, além de se tratar de responsabilidade, crucial em uma nação fundamentada na lei e na ordem, é ainda mais urgente enfrentar a realidade em todo o seu contexto. Porque, se houver alguma chance de fazer uma mudança, de nos afastarmos da beira do precipício, temos de começar entendendo onde estamos e como chegamos aqui.

Leia também o artigo de Rodrigo Constantino nesta edição, “A nova luta de classes e a elite tecnocrática”

Revista Oeste - Ana Paula Henkel, colunista  - 8 janeiro 2021

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Comandante do Exército diz que Arma é uma das menores do mundo

Em resposta indireta à insinuação de Bolsonaro de que o Brasil poderia enfrentar militarmente os EUA, general Pujol lamenta que não esteja à frente de uma instituição de tamanho proporcional à extensão territorial brasileira


General Pujol (D) deixou claro que o Exército tem dificuldades técnicas, que se manifestam em equipamentos e formação - (crédito: Sergio Lima/AFP)

[o Brasil precisa e merece  Forças Armadas com efetivo várias vezes superior ao atual, com melhores equipamentos e meios logísticos, incluindo de dissuasão. A previsão de gastos do Ministério da Defesa precisa ser elevada e executada.]

O comandante do Exército, general Edson Pujol, disse nesta sexta-feira (13/11) que a Arma é uma das menores do mundo. A observação do militar foi repleta de informações sobre a ausência de estrutura, frisando que não possui capacidade condizente com o tamanho do país. O reconhecimento das dificuldades técnicas do Exército vieram dias depois que o presidente Jair Bolsonaro disse, em referência ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden – a quem criticara minutos antes no mesmo discurso –, que quando acaba a "saliva" e a diplomacia, é o momento de usar a "pólvora". Os EUA têm a mais poderosa força militar do planeta e, de acordo com especialistas, somente Rússia e China seriam capazes de fazer frente aos norte-americanos. [os especialistas se preocupam em dizer o que o entrevistador quer ouvir e esquecem dos fatos. Um deles: temos aversão aos comunistas, mas temos que reconhecer que de nada adiantou aos Estados ser a maior potência militar do planeta, perderam feio para os vietcongues.]

"(Para) as dimensões continentais, o tamanho da população e a importância que o nosso país detém nas nossas fronteiras, subsolos, águas territoriais, o nosso Exército é um dos menores do mundo. E ainda assim, pelo tamanho, um orçamento que é insuficiente", disse. Pujol frisou que se houver uma emergência, não adianta "colocar 100 bilhões de euros" na instituição, visto que leva tempo para adquirir equipamentos, munição e ainda capacidade para treinar os militares a fim de utilizar equipamentos de ponta.

"Nós levaríamos muito tempo para preparar nossos recursos humanos para utilizar. [O Exército] Não é a força armada com maior sofisticação. Tem material que preciso preparar um militar cinco anos para poder usar em combate", explicou. Conforme Pujol, se o país quer ter forças armadas "à altura do país, não pode pensar em recursos diminutos", que ano a ano vão reduzindo as condições de defesa.

 O comandante ainda frisou que o Exército é um braço do Estado, e não do governo. "Não mudamos a cada quatro anos a maneira de pensar e em como cumprir as nossas missões ", afirmou.

 Correio Braziliense 

 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

TRÊS SUCESSOS DO LADO ERRADO DO MURO DE BERLIM -Percival Puggina

Depois que caiu o Muro de Berlim, formou-se um consenso bastante amplo sobre a incompetência do sistema que o produziu, ficando meio esquecido o fato de que por trás dele ocorreram três incontestáveis sucessos.
Os dois primeiros se deram na conquista do espaço e no aparelhamento para uma guerra total, que a extinta URSS disputou, orelha com orelha, contra os poderosos Estados Unidos e seus aliados da OTAN. Esses dois casos positivos no conjunto da fracassada experiência comunista são uma evidência de algo muito importante para se compreender alguns fatos básicos da vida. Convém pensar sobre eles num país onde ainda há quem creia ser possível o progresso fora do livre mercado. Em ambos os casos - no preparo para a guerra e na conquista do espaço - havia corridas sendo disputadas. E sempre que há competição, surgem o esforço, a criatividade, o investimento e o desenvolvimento.

Na economia, investimento é a aposta que os agentes fazem sobre tais ou quais possibilidades, num cenário onde o jogo dos outros concorrentes é desconhecido. Ora, quando o estado é o único agente econômico, não há estímulo nem possibilidade de apostar e investir. No caso da URSS, como o espaço e as armas eram objeto de competição com outros países, surgiram ali aquelas condições que fazem a roda andar para frente. E ela andou, até que o restante da economia soviética parou, com aquela fatalidade das bombas associadas a um relógio. Suas vitórias sobre os norte-americanos – o primeiro satélite artificial, o primeiro satélite levando um ser vivo (a cadelinha Laika, que torrou no espaço 10 dias depois), o primeiro voo espacial tripulado, ficaram no registro de uma glória fugaz. O sistema era o próprio estado-bomba.

O terceiro caso de sucesso, comum a todas as sociedades de inspiração marxista é o mercado negro, de onde lhes vem o mínimo oxigênio necessário para que se mantenham respirando. O mercado negro, aliás, é o puro e simples mercado, dito negro por ser proibido, embora tolerado. Graças a ele muitos sobrevivem atendendo necessidades fundamentais da população. Vá a Cuba e veja.

São lições clássicas, que cotidianamente se repetem. E só se repetem para multiplicar o bem onde houver liberdade, proteção ao direito de propriedade, estabilidade jurídica e política e investimento naquela que é a principal riqueza de um país – seu povo. Por outro lado, os países desenvolvidos já aprenderam que transformar a pesquisa científica e tecnológica em objeto de generosidade compulsória é extinguir a criatividade e firmar contrato com o atraso. O discurso da inclusão tecnológica, no qual tudo é de todos ou de uso livre, acaba em muro. E, depois, leva meio século para acabar com o muro. Faço estas observações para que aprendamos algo do empenho de laboratórios no desenvolvimento de uma vacina para a covid-19. É uma corrida contra o tempo, a demandar investimentos colossais para ver quem chega primeiro. Há um Prêmio Nobel à espera da equipe que romper a linha de chegada

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Marca é acusada de racismo por lançar esponja de aço com nome ''Krespinha''

Marca é acusada de racismo por lançar esponja de aço com nome ''Krespinha''


Internautas afirmam que o nome se assemelha ao cabelo crespo, que há anos é associado de forma pejorativa às esponjas de aço da marca

A marca de produtos de limpeza Bombril está sendo acusada de racismo nas redes sociais por causa do lançamento da esponja de aço inox com o nome “Krespinha”. Os internautas afirmam que o nome se assemelha ao cabelo crespo, que há anos é associado de forma pejorativa às esponjas de aço da marca.


No site da Bombril, a esponja “Krespinha” é descrita como “perfeita para a limpeza pesada. Remove sujeiras e gorduras de um jeito rápido e eficaz, sem esforço. Resistente e não enferruja”. O Correio procurou a empresa e pediu um posicionamento e questionou quando o produto foi lançado, mas não recebeu nenhum retorno até o momento.

ONU decide se vai apurar crimes contra afro-americanos; Brasil é contra

Brasil opõe-se a projeto de resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU para criar comissão internacional de inquérito sobre crimes contra afro-americanos. Votação final deve ocorrer hoje, em Genebra, e pode minar imagem do país. EUA pressionaram aliados.  A afinidade ideológica com o presidente norte-americano, Donald Trump,  pode transformar o Brasil em pária na luta global contra o racismo e a violência policial. Na véspera da votação de um projeto de resolução, por parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com a proposta de estabelecimento de uma comissão internacional e independente para investigar o abuso policial e o racismo contra a população negra nos Estados Unidos, a diplomacia brasileira se opôs ao documento, após pressão dos norte-americanos. [cabe só atentar que sendo os EUA uma nação independente, soberana, não tem sentido ser submetida a uma investigação por fatos ocorridos em seu território.
Afinal, a ONU não é um exemplo de isenção e imparcialidade.]

Washington instou os aliados a retirarem a menção aos EUA na versão final do texto. Segundo a agência France-Presse, o novo rascunho a ser apresentado hoje, limita-se a pedir à alta comissária da ONU  para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que “estabeleça os fatos e as circunstâncias relativas ao racismo sistêmico, às supostas violações do direito internacional em termos de direitos humanos e aos maus-tratos contra os africanos e as pessoas de origem africana”.

Ao discursar na tribuna, a embaixadora Maria Nazareh Farani Azêvedo — representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra — tratou de desvincular o racismo da imagem dos Estados Unidos. Ela classificou o racismo de “chaga enraizada em diferentes regiões do mundo” e afirmou que nenhuma nação deve ser singularizado no que diz respeito a isso. Apesar de ponderar que o preconceito racial em operações policiais não pode ser tolerado em nenhum país, Maria Nazareth sublinhou o papel “indispensável” da polícia na garantia do direito à segurança pública e na proteção aos direitos.

A eurodeputada alemã Pierrette Herzberger-Fofana, 71 anos, causou surpresa ao denunciar. no Parlamento Europeu, que foi vítima de violência policial na Bélgica, na véspera de um debate sobre o racismo. A versão da eurodeputada, negra, foi rebatida pela polícia belga. Nascida em Bamako, capital do Mali, a ambientalista contou que estava nos arredores da Estação do Norte de Bruxelas quando viu nove policiais “intimidarem dois jovens negros” e decidiu filmar a cena com o celular.

 Segundo o relato de Pierrette, os policiais dirigiram-se até ela, tomaram seu telefone e quatro deles a empurraram “brutalmente contra um muro”, com as pernas separadas, antes de fazerem uma revista. “Fui tratada de forma humilhante. Quando disse que era eurodeputada, não acreditaram. Isso porque eu estava com meus dois passaportes: o do Parlamento Europeu e o alemão”, assinalou. Audrey Dereymaeker, porta-voz da polícia, rebateu o relato, mas confirmou que a deputada passou por um controle de identidade e disse que ela seria investigada por insultar os oficiais. 

Correio Braziliense - saber mais


segunda-feira, 20 de abril de 2020

Audiência em alta. Até quando? Carlos Alberto Di Franco

O estudo Media Consumption and Sport, da Global Web Index, foi um dos que registrou o aumento após ouvir 4 mil pessoas dos Estados Unidos e do Reino Unido para verificar como o isolamento social vinha alterando seus hábitos de consumo de mídia. O resultado é pra lá de animador: 87% dos norte-americanos e 80% dos britânicos que participaram do levantamento afirmaram que, desde o estouro da pandemia, vêm recorrendo mais à televisão aberta, aos sites de notícia e às emissoras de rádio para se manter informado sobre a doença.

Mas não basta noticiar. É preciso que as notícias incidam diretamente na vida da audiência. Isso é o que afirma o estudo Consumo de Informações sobre o coronavírus no Brasil, publicado há alguns dias pelo Orbis Media Review, um hub de produção de conhecimento e análise de tendências no jornalismo que tive a alegria de ver nascer recentemente como um desdobramento do Master em Jornalismo. “O fato de quase a metade da amostra dizer que gostaria de saber mais sobre a situação do coronavírus em seu bairro e na sua cidade evidencia um problema maior que o jornalismo vem registrando mais amargamente nos últimos meses: a crise do jornalismo local”, pontua o informe que entrevistou 240 pessoas.

Blog do Noblat -  VEJA - Carlos Alberto Di Franco

A população está cansada do jornalismo birrento, do jornalismo que mostra os dentes ao poder público, mas que não busca novas propostas. Apenas com a aposta por uma abordagem local, que escancare, sim, as mazelas sociais, mas que também mostre possíveis soluções é que os veículos serão capazes de dar à cobertura um diferencial perceptível.

Os dois estudos já mencionados não são tão otimistas em relação a este ponto. O relatório do Global Web Index alerta sobre as fragilidades dos veículos frente às plataforma de entretenimento, por exemplo. Enquanto 30% dos entrevistados da Geração X (16 a 23 anos) disseram cogitar assinar os serviços da Netflix, apenas 5% mostram-se dispostos a pagar pelo New York Times. “As pessoas consideram as notícias como um recurso gratuito que será consumido durante o surto”, afirma.

No Brasil, o tamanho do abismo entre o consumo de informação e a propensão a pagar para acessar este conteúdo é similar: embora uma porcentagem bastante significativa diga estar dedicando mais tempo às notícias, apenas uma mínima parte projeta colocar a mão no bolso quando a poeira da pandemia baixar. No levantamento realizado pelo Orbis Media Review, apenas 5% dos entrevistados que ainda não pagam por produtos de mídia pretendem se tornar assinantes. O jornalismo não é uma via de mão única. Para fidelizar é preciso conhecer, ouvir, admitir críticas, interagir.

Blog do Noblat - VEJA  - Carlos Alberto Difrancojornalista


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Estado Islâmico: “Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes e escravizaremos as suas mulheres”

O Estado Islâmico fez um apelo aos seus milicianos e seguidores para que matem “de qualquer forma” os cidadãos norte-americanos, europeus e dos países que apoiam a coalizão militar contra eles no Iraque e na Síria, e advertiram a estas nações que pagarão um “preço alto” por atacar-lhe.

“Ataquem os soldados, patrões e tropas dos tawaghit (aqueles que excedem os limites fixados por Alá). Ataquem os seus policiais, agentes de segurança e de Inteligência, assim como os seus agentes traidores. Destruam as suas camas. Amarguem as suas vidas e ocupem-se deles”, indicou Abú Muhamad al Adnani, o porta-voz do Estado Islâmico, em um comunicado publicado na Internet e difundido pelo jornal digital ‘The Long War Journal’.

“Se podem matar um infiel norte-americano ou europeu, especialmente os franceses sujos e vingativos, ou um australiano, um canadense ou qualquer infiel que promova a guerra infiel, incluindo aqueles cidadãos que aderiram à coalizão contra o Estado Islâmico, confiem mais uma vez em Alá e os matem de qualquer forma que se possa fazer”, destacou. 

“Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes, escravizaremos as suas mulheres com a permissão de Alá, o elevado”, assegurou.

No seu comunicado, intitulado “Em verdade, o vosso senhor está sempre vigilante”, o porta-voz do Estado Islâmico ameaça aos Estados Unidos e a “todos” os seus “aliados”, definindo-os como “cruzados”. “Saibam que o tema é mais perigoso do que imaginaram e maior do que previram”, assegurou. “Advertimos-lhes que hoje estamos em uma nova era, onde o Estado, seus soldados e seus filhos não são escravos. São pessoas que não conhecem a derrota faz tempo”, explicou.

Não há “cura” contra o Estado Islâmico
“Cruzados, notaram a ameaça do Estado Islâmico, mas não conhecem a cura e não a descobrirão porque não há cura. Se lutarem contra nós, isso nos faz mais fortes e duros. Se nos deixarem sozinhos, crescemos e nos expandimos”, avisou.

Al Adnani fez insistência em que a operação dos Estados Unidos e seus aliados contra o Estado Islâmico no Iraque e Síria será a sua “campanha final”. “Terminará mal e em derrota, como as campanhas prévias que foram derrotadas, embora nesta ocasião vamos persegui-los depois e vocês não nos perseguirão. Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes e escravizaremos as suas mulheres, com a permissão de Alá, o elevado”, afirmou.

Al Adnani advertiu ao presidente norte-americano, Barack Obama, que terminará “decepcionado” por não conseguir os seus objetivos militares, mas deixou claro que tanto os norte-americanos como os europeus devem temer ao Estado Islâmico.

“O Estado Islâmico não começou a guerra”
“Aos norte-americanos e aos europeus: o Estado Islâmico não iniciou a guerra, como os seus governos e meios de comunicação querem fazer acreditar. Foram vocês que começaram a agressão contra nós e, portanto, são os culpados e pagarão um grande preço. Pagarão o preço quando as suas economias se paralisem. Pagarão o preço quando os seus filhos enviados à guerra contra nós voltem deficientes, mutilados, dentro de caixões ou mentalmente doentes”, assegurou.

O porta-voz do Estado Islâmico fez um apelo aos milicianos do grupo para que o defendam. “Levantem-se e defendam o nosso estado do lugar onde estejam”, destacou.

Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/estado-islamico-conquistaremos-a-sua-roma-destruiremos-as-suas-cruzes-e-escravizaremos-as-suas-mulheres-37316/