A perícia feita pela Delegacia de Homicídios (DH) constatou que os
militares que mataram o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos,
atiraram no veículo onde a vítima estava com a família de trás para
frente. Segundo a análise dos agentes da especializada, os homens do
Exército estavam posicionados na parte traseira do veículo quando
dispararam mais de 80 vezes. Os tiros acertaram as vítimas pelas costas.
A perícia será encaminhada ao Exército, que ficará responsável pela
investigação.
Segundo agentes da Polícia Civil, os militares que
participaram da ocorrência portavam fuzis. Para os investigadores, os
militares teriam confundido o carro com um outro que havia sido roubado
pouco antes. Na ocasião, os agentes estavam fazendo patrulhamento do
perímetro de segurança da Vila Militar, próxima ao local do crime. Desde
a manhã desta segunda-feira, dez dos 12 militares que participaram da
ocorrência, estão presos por determinação do Comando Militar do Leste
(CML).
[comentário: Mesmo expressando de forma recorrente o pesar dos Editores deste Blog pelo infausto acontecimento que motivou o falecimento do músico Evaldo dos Santos Rosa, não podemos deixar de registrar além do nosso entendimento de que houve um lamentável engano - o veículo da vítima foi confundido com um idêntico, roubado naquela tarde em local próximo à Vila Militar - o fato do veículo ter sido atingido por trás, evidencia que o condutor por alguma razão optou por não parar diante da ordem dos militares;
a condução de veículos em área de segurança ou ao se aproximar de uma blitz, exige que o condutor adote uma série de precauções, visto que os agentes de segurança que estão atuando desconhecem tudo sobre o ocupante, ou ocupantes, que tanto podem ser pessoas de bem - caso em comento - quanto podem ser perigosos assaltantes, o que faz com que qualquer reação inesperada do motorista do veículo, e/ou dos seus ocupantes, seja considerada uma reação hostil à ação dos policiais, dando ensejo a que estes reajam.
Lamentavelmente, o que ocorreu. Alguns pequenos procedimentos, válidos tanto para o dia quanto para a noite, podem evitar acontecimentos lamentáveis quanto o desta matéria.
Por isso sempre sugerimos o que segue:
quando
se está dirigindo, ao nos aproximarmos de uma blitz ou de área de segurança - seja da polícia,
das FF AA ou qualquer órgão policial, o correto e seguro é parar, não
tentar furar o bloqueio ou fugir de qualquer outro forma - a tentativa
de fuga aumenta as suspeitas, é forte indicio de reação e obriga os
militares a agir com a força necessária.
Durante o dia o ideal, e seguro, é parar o carro, desligar o motor e manter as mãos a vista - de preferência sobre o volante;
Se
durante a noite, parar o carro, apagar o farol deixando apenas as luzes
de presença acesa, acender luzes internas, desligar o motor e mãos
sobre o volante.
Os
policiais ou militares estão sob tensão, não sabem o que vão enfrentar
em cada carro que mandam parar e tem o DEVER de chegar em casa vivo.
resumindo: se aproximo de uma blitz ou de área de segurança, independente que nos dêem ordem de parar ou não, reduzir a velocidade e evitar qualquer movimento que possa ser mal interpretado e ficar pronto para agir conforme o acima sugerido.] O caso aconteceu em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, na tarde deste
domingo. No carro, além de Evaldo, estava sua mulher, seu filho de 7
anos, além de uma afilhada do casal, de 13, e o sogro dele, Sérgio
Gonçalves de Araújo, de 59 anos. A família estava indo para um chá de
bebê. Sérgio e um catador de papel que passava pelo local no momento dos
disparos também foram baleados. Evaldo tocava cavaquinho num grupo de
pagode e trabalhava como segurança numa creche.
Logo depois do
homicídio, o CML divulgou uma nota, baseada no primeiro relato feito
pelos militares após o fato, em que alegava que houve um tiroteio e que
os militares "responderam à injusta agressão". No entanto, a perícia
feita pela Polícia Civil não encontrou arma alguma no veículo. Na
manhã deste segunda, o Exército mudou a versão e alegou, em nova nota,
que "em virtude de inconsistências identificadas entre os fatos
inicialmente reportados e outras informações que chegaram posteriormente
ao Comando Militar do Leste, foi determinado o afastamento imediato dos
militares envolvidos, que foram encaminhados à Delegacia de Polícia
Judiciária Militar para tomada de depoimentos individualizados". Após os
depoimentos dos militares, o CML determinou a prisão dos dez agentes
"em virtude de descumprimento de regras de engajamento", ou seja, os
agentes atiraram sem que houvesse ameaça alguma.
Os militares envolvidos no caso serão julgados pela Justiça Militar.
Segundo o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DGHPP), delegado Antônio Ricardo Nunes, a justificativa é a lei
sancionada pelo ex-presidente Michel Temer em 2017, que tirou da Justiça
comum crimes cometidos por militares em serviço. Em 13 de outubro de 2017, Temer sancionou
a lei 13.491, que amplia as possibilidades de militares suspeitos de
crimes cometidos no exercício da função deixarem a Justiça comum e serem
julgados na Justiça Militar, em caso de crimes contra civis.
Segundo a mulher da vítima, Luciana dos Santos Nogueira, os militares debocharam quando ela pediu socorro. —
Por que o quartel fez isso? Eu falei para ele: "calma, amor, é o
quartel". Ele só tinha levado um tiro. Vizinhos começaram a socorrer.
Mas eles continuaram atirando e vieram com arma em punho. Fui botando a
mão na cabeça e gritando: moço socorre meu marido. E eles ficaram de
deboche. Eu perdi meu melhor amigo. Estou com ele há 27 anos — disse
Luciana.
Jornal O Globo - Extra
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terça-feira, 9 de abril de 2019
Perícia: tiros disparados por militares acertaram carro de trás para frente
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Forças do Exército que matam inocente e a metafísica Moro-Witzel-Bolsonaro
O músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, foi covardemente executado
na tarde deste domingo, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. O carro em que
estava com a família, incluindo uma criança de sete anos, foi alvejado com 80
tiros. O Exército determinou a prisão em flagrante de 10 dos 12 militares
envolvidos. Uma coisa é certa: eles tentaram mentir para o comando, afirmando
que reagiram a uma agressão a tiros. Informa a Folha: "A investigação está
a cargo do Exército, mas o delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de
Homicídios da Polícia Civil, afirmou que não há nenhum indício de que os
ocupantes do carro fossem bandidos ou que tivessem reagido à abordagem dos
militares. A Polícia realizou a perícia no local e constatou mais de 80 tiros; não
foi achada nenhuma arma com os ocupantes do veículo."
[comentário 1: a morte de uma pessoa de bem é sempre lamentável, mas, não
podemos demonizar o Exército Brasileiro e, por óbvio, carregar em cima
dos militares que participaram da tragédia.
Cumpre lembrar que umas duas horas antes do incidente, um cidadão
registrou ocorrência em Delegacia Policial informando que seu veículo
havia sido tomado de assalto - nas proximidades do local do infausto
incidente - e as características do mesmo eram iguais as do dirigido
pelo cidadão Evaldo.
Há também informações que o assaltado se comunicou com os
militares e este, tudo indica, ao verem um veículo idêntico ao roubado,
ordenaram a parada, por alguma razão (estamos entrando no campo da
suposição lógica) o músico se apavorou, acelerou o veículo e os
militares atiraram na intenção de interromper a 'fuga' - o que explica a
abundância dos disparos que atingiram a traseira do veículo.
Houve imprudência, até mesmo possível negligência, mas, nada que indique dolo.
Todos erram, o que inclui o loquaz delegado Leonardo, que não
tinha direito a ter acesso ao local do acontecimento e menos ainda o de
ficar conjecturando sobre o que houve;
sendo um delegado de polícia tem a obrigação de conhecer a
legislação penal, portanto, conhecer que a ocorrência seria investigada
pelos militares, conforme determina a Lei 13.491, de 13 out 17; . De forma que logo após o restabelecimento do ordenamento legal os militares foram prestar depoimento à Polícia Judiciária Militar.
Há uma dupla
motivação na rapidez com que o Exército atuou. Em primeiro lugar, a história
dos atiradores não para de pé. Em segundo lugar, mas não menos importante, a
Força sabe que vivemos dias, vamos dizer, um tanto hostis em que se estimula o
atire primeiro e pergunte depois. Digamos que um episódio como este está de
acordo com a nova metafísica que Sérgio Moro quer no direito penal, que Wilson
Witzel quer na Polícia e que Jair Bolsonaro quer, de maneira geral, nas forças
encarregadas de garantir a segurança e a ordem. [comentário 2: só ações enérgicas é que poderão reduzir a criminalidade; aliás, tudo indica que foi a criminalidade absurda um dos fatores que levou os militares a cometerem o crime em comento.]
Sim,
erros acontecem. Um dessa magnitude, com essa brutalidade, só ocorre quando o
espírito do tempo diz aos homens que têm armas na mão que eles podem fazê-lo. O
discurso terrorista em relação à segurança pública sempre resulta em tragédias
contra inocentes. Não foi diferente desta vez. O Exército agiu depressa porque
sabe como começa uma anarquia. E hoje existem irresponsáveis em todo canto
espalhando a voz da baderna.
"A pressão está forte para eu me candidatar".
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