Na verdade a “sede” imperialista da Rússia por novos
territórios não tem limites. Deve ser um “vírus” comunista qualquer. O mesmo
acontece com a China,que também quer “engolir” diversos outros “vizinhos”, muito
prósperos, mas que enriqueceram graças à distância que mantiveram da bandeira
comunista.
Desde 2014 o leste da Ucrânia é palco de uma guerra entre Kiev e
separatistas pró-Rússia, e que já deixou cerca de 13 mil mortos,após anexação da
(Península) Crimeia, localizada ao norte
do Mar Negro, pela Rússia,que a “roubou” da Ucrânia.
Os “cossacos” são considerados os fundadores da Ucrânia e o espírito guerreiro
desse povo, notáveis cavaleiros, muito ajudou o Exército russo,do qual chegaram a
ser uma corporação apartada, com cerca
de 150 mil integrantes. Mas apesar do espírito autodeterminista do seu povo,formado
em grande parte pelos “cossacos”, bem representados no respectivo “brasão cossaco”, a Ucrânia acabou sendo
absorvida pela Rússia, em 1922, pouco após a Revolução Bolchevique, de outubro de
1917.
Mas mediante a “Perestroika”(reconstrução), de Mikhail
Gorbatchov, a Ucrânia acabou reconquistando a sua independência, após a dissolução
da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas,em 1991, o que foi ratificado em 1992.
Porém a independência da Ucrânia acabou trazendo um enorme
problema para a Rússia, já que a maior parte da infraestrutura do arsenal nuclear da extinta URSS ficava
exatamente nas terras da Ucrânia,tanto que chegou um dado momento em que após
desligar-se da União Soviética, a Ucrânia chegou a ser considerada a terceira força nuclear do
Planeta.
Apesar da Ucrânia ter uma população de somente 44 milhões
de habitantes, e um território de apenas 603.620 Km/2, contra os 143 milhões de
habitantes da Rússia, e um território (o maior do mundo) de 17,09 milhões de
Km/2, o seu poderio nuclear ainda deve ser considerado um dos maiores do mundo,merecendo o maior
respeito das grandes potências mundiais.
Cuidado, portanto,”Dona” Rússia, que os estragos de um
eventual conflito armado “nuclear” com a Ucrânia poderiam ser catastróficos para ambos os
lados, com sérias consequências para o restante do mundo que nada tem a
ver com essas desavenças políticas e militares regionais.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo