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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

As Mirians de FHC e Lula

Por que uma mulher inteligente se despe de sua autoestima? Não tenho pena das Mirians 

Se um dia alguém escrevesse um livro chamado Todas as mulheres dos presidentes – as oficiais e as extraconjugais , concluiria que os políticos fiéis a suas esposas foram provavelmente a exceção que confirma a regra. A monogamia eterna não combina com o homem e menos ainda com o poder. Em todo o mundo, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes exercem, com maior ou menor discrição, o adultério, também chamado de “pular o muro”.

Detalhes picantes e vexaminosos de alcova vêm à tona quando servem a adversários políticos, em períodos de eleições ou crises, ou quando “a outra” decide se vingar da invisibilidade – ou ainda quando filhos não reconhecidos reclamam sua parte na herança. Esses dramas pessoais expostos acabam numa baixaria sem fim. Se há filhos, são os que mais sofrem.

Quando Fernando Collor prejudicou Lula em 1989, em seu programa eleitoral na televisão, ao colocar no ar um depoimento de Miriam Cordeiro, ex-namorada do petista, revelando que eles tinham uma filha, Lurian, e que Lula a tinha pressionado a abortar, ficou claro de quem tinha sido a atitude abjeta. De Collor e de Miriam. Não havia justificativa para politizar um drama familiar – apaixonado por Marisa Letícia, com quem viria a se casar, Lula terminou o relacionamento com Miriam, grávida de seis meses de Lurian. Só mesmo um golpe baixo, vindo de uma aliança entre Collor e uma mulher ressentida. A filha Lurian ficou sem falar com a mãe um bom tempo e até hoje defende o pai, Lula.

Não são santos os homens casados que traem. Mas eles traem com outras mulheres e elas quase sempre sabem que são casados algumas sofrem dilema ético, outras não estão nem aí. Não são santas as mulheres casadas que traem – e são cada vez mais comuns. Menos santas ainda são as que mentem ao marido sobre a paternidade dos filhos. Isso é cruel, mas existe. Se uma Miriam, em 1989, criou problemas sérios para o candidato Lula, agora foi a vez de uma Mirian criar constrangimento para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já com 84 anos.

Mirian Dutra vive com seu cachorro Chico em Madri. Tem 55 anos, é jornalista e se queixa de solidão e perseguição, após trabalhar durante 35 anos para a TV Globo. Na semana passada, abriu o verbo contra FHC em entrevista para a revista Brazil com Z. Mirian o namorou durante seis anos, de 1985 a 1991, quando ele ainda era senador, já casado com Ruth. Segundo ela, fez dois abortos porque quis e foram pagos por FHC. O ex-presidente não nega nem confirma.

Mirian também teve o filho Tomás em 1990 porque quis. “Eu tive uma relação de seis anos, fiquei grávida, decidi manter a gravidez, então é meu.” O pai de Tomás, segundo ela, é FHC, embora dois exames de DNA em 2011, feitos por iniciativa do ex-presidente, tenham desmentido essa paternidade. FHC afirma que o fato de Tomás não ser seu filho biológico não mudou sua relação paternal com o rapaz, tanto que continuou a pagar seus estudos e, no ano passado, deu a ele um apartamento de € 200 mil na Espanha. Mirian diz que os exames de DNA estão errados e que toda mãe sabe quem é o pai: “A não ser que provem que Deus é o pai de meu filho”. FHC diz que, em 2009, antes dos exames, reconheceu Tomás em Madri como seu filho em cartório. Mirian diz que esse documento não existe. Um efeito colateral danoso para a imagem de FHC é a presença de uma consultora fantasma no gabinete do amigo José Serra: a irmã de Mirian, Margrit Schmidt, que trabalha em casa em “projeto sigiloso”, segundo o tucano. Isso está errado.

Existe ainda a suspeita de que FHC tenha usado uma empresa, a Brasif, para pagar, de seu próprio bolso, pensões mensais de US$ 3 mil no exterior a Mirian, na forma de um contrato fictício de trabalho. Mirian acusa, FHC nega. Se for verdade, configura conflito de interesses.

Nada é nem de perto tão grave quanto o escândalo de Renan Calheiros, que renunciou à presidência do Senado em 2007 para escapar da cassação, após ser acusado de receber dinheiro de lobistas ligados a construtoras para pagar despesas e aluguel da amante Mônica Veloso, jornalista, com quem teve uma filha. Mônica posou para a Playboy e escreveu um livro revelando todas as suas intimidades, com o qual contava ficar rica. Não deu certo, o livro era muito ruim. Renan voltou absolvido e é o todo-poderoso presidente do Senado.

Tanto a Miriam Cordeiro de Lula quanto a Mirian Dutra de FHC agiram movidas por vingança, como tantas namoradas ou amantes de poderosos, que se sentem iludidas e abandonadas. Elas se humilham mais ao se expor. Por que se fazer de vítima quando tudo foi consensual e começou como tantos casos começam, no restaurante dos políticos em Brasília, com um flerte e uma atração mútua? Por que uma mulher inteligente se despe de sua autoestima? Sou contra a vitimização das mulheres. Não tenho pena das Mirians. E acho que elas deveriam parar de sentir pena de si mesmas.

Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época 

 

 

 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A ressentida e a vigarista

Não quero morrer amanhã e tudo isso ficar na tumba, eu quero falar e fechar a página”, disse Mirian Dutra para justificar a punhalada desferida nas costas de Fernando Henrique Cardoso, com quem teve um caso amoroso quando trabalhava na TV Globo em Brasília e o ex-presidente era ainda senador. O romance durou seis anos. Durou quase 30 o silêncio quebrado nesta semana por duas entrevistas. O pote até aqui de mágoa, esse vai durar para sempre, avisa o caótico desfile de denúncias contraditórias, acusações explícitas ou insinuadas, fatos e fantasias irrompendo de braços dados, cobranças indevidas e cachos de queixumes. Tudo somado, está claro que Mirian Dutra é uma prisioneira do ressentimento.
Não há cura para esse oitavo pecado capital. Primo da ira, do orgulho e da cobiça, o ressentimento costuma ser equivocadamente confundido com a inveja, da qual é irmão.  

As diferenças superam as semelhanças. Invejar, por exemplo, pode ser intransitivo; a inveja frequentemente dispensa objetos diretos. Ressentir (que segundo os dicionários significa “sentir novamente”) é verbo necessariamente transitivo. É sempre conjugado contra alguém, alguma coisa, alguma entidade. No caso de Mirian Dutra, os alvos do ressentimento são FHC, que responsabiliza por não ser feliz, e a TV Globo, que obstruiu os caminhos que a levariam ao sucesso profissional.

“A memória do ressentido é uma digestão que não termina”, constatou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O ressentido pensa todo o tempo no ajuste de contas. E invariavelmente acredita que sua infelicidade resultou de erros cometidos por outros. A mulher ressentida precisa acreditar que seu único erro foi amar demais. Aos 55 anos, segue enxergando no espelho uma jovem ingênua apaixonada pelo sedutor desalmado que, depois de induzi-la a dois abortos, tratou de afastá-la do país quando o filho Tomás nasceu, para manter em segredo um pecado que, descoberto, colocaria em risco o projeto presidencial acalentado desde criancinha. Com a cumplicidade da Globo, que ampliou a sequência de erros com a decisão de não renovar o contrato vencido em novembro.

As estações do calvário impostas pela emissora de TV são igualmente cruéis. Redesenhada pela memória de uma ressentida juramentada, a vida mansa em capitais europeias virou desterro, o expediente curto ficou com cara de menoscabo e o salário de milhares de dólares tornou-se um quase nada se comparado ao tamanho do talento sufocado. “Sou a última exilada”, comunicou a desterrada de araque. Haja conversa fiada. Até o gramado do Congresso sabia da relação extraconjugal entre o senador e a jornalista. Em 1994, Ruth Cardoso foi informada pelo próprio marido do que ocorrera. E Mirian reiterou anos a fio que um biólogo era o pai do menino que FHC sempre tratou como filho.

Além das quantias em dinheiro com que foi contemplado desde o dia do parto, o fruto do romance malogrado ganhou do ex-presidente um apartamento avaliado em 200 mil euros. Em 2009, Fernando Henrique assumiu publicamente a paternidade de Tomás. Meses depois, dois exames de DNA atestaram que o pai biológico era outro. Amparado nos laços afetivos, FHC não mudou de ideia. “Ele sempre será meu filho”, explicou. Mirian contestou a autenticidade dos exames, afirmou que a admissão de paternidade nunca foi oficializada, culpou FHC pela fragilidade dos vínculos que unem Tomás à mãe e acusou o objeto do ressentimento de ter forjado contratos com uma empresa com braços no exterior para consumar as remessas de dinheiro.

“Mas os recursos sempre saíram da renda dele”, ressalvou. Foi o que ressaltou o ex-presidente na nota divulgada no mesmo dia da entrevista publicada pela Folha. Com a elegância possível, a vítima do acesso de cólera dissipou as zonas de sombra produzidas pela entrevistada, rebateu as acusações, declarou-se pronto para outros testes de DNA e deixou claro que, por mais constrangedoras que tenham sido as declarações, não tem motivos para preocupar-se com o que diz a ex-namorada. De novo, FHC fez o contrário do que Lula faz. Mas o PT reagiu à providencial reaparição de Mirian Dutra com a euforia dos colonos de velhos faroestes que, entrincheirados no círculo de carroções atacados por índios, ouvem o clarim que anuncia a chegada da cavalaria americana.

Apavorados com as evidências de que as bandalheiras no sítio em Atibaia e no triplex do Guarujá anteciparam a morte política de Lula, alguns devotos da seita agonizante se empoleiraram na manifestação de ódio da ex-amante sem esperança para convencer o país de que nada do que o chefe fez é mais grave do que FHC foi acusado de fazer. Como no PT não há limites para o cinismo, nem para o ridículo, querem que o ex-presidente seja investigado pela Operação Lava Jato. Se houver algo a apurar sobre Fernando Henrique, que venham as investigações. Mas que sigam adiante, e em ritmo menos exasperante, os inquéritos e processos que cuidam dos crimes cometidos por Lula e sua amante Rosemary Noronha. O Brasil decente exige que seja concluído o que a Operação Porto Seguro começou em 23 de novembro de 2012.

Faz três anos e três meses que o país que presta aguarda o desfecho do escândalo em que o chefe supremo se meteu ao lado de Rose ─ e a punição dos delinquentes que embolsaram milhões de reais com o tráfico de influência e o comércio de pareceres pilantras. Faz três anos e três meses que os que cumprem as leis são afrontados pela mudez malandra do farsante que promoveu uma gatuna de quinta categoria a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Faz três anos e três meses que o Estado Democrático de Direito é desafiado pelo poço de arrogância que nunca deu um pio sobre a chanchada pornopolítica que estrelou em dupla com a Segunda Dama.

Abalroado pela divulgação parcial das patifarias desvendadas pela Operação Porto Seguro, o reizinho enfim destronado reprisou o ritual a que obedece quando pilhado em encrencas de bom tamanho: emudeceu, evadiu-se da cena do crime e foi para o exterior esperar que a poeira baixasse. Três semanas depois, recuperou a voz para dizer que nada tinha a dizer sobre “assuntos íntimos”. De lá para cá, não recitou uma única e escassa palavra aproveitável sobre o caso de polícia que apresentou ao país, além da Primeiríssima Amiga, os bebês de Rosemary.

Foi o primeiro escândalo que Lula não pôde terceirizar. Não houve intermediários entre os parceiros de alcova. Não há bodes expiatórios a mobilizar. É compreensível (e intolerável) que fuja como o diabo da cruz de pelo menos 20 perguntas sem resposta:
1. Onde e quando conheceu Rosemary Noronha?
2. Como qualifica a relação que manteve com Rose há 17 anos?
3. Por que escolheu uma mulher sem experiência administrativa para chefiar o gabinete presidencial em São Paulo?
4. Por que pediu a Dilma Rousseff que mantivesse Rose no cargo?
5. Por que Rose foi incluída na comitiva presidencial em mais de 20 viagens internacionais?
6. Por que Rose usava passaporte diplomático?
7. Por que o nome de Rosemary Noronha nunca apareceu nas listas oficiais de passageiros do avião presidencial divulgadas pelo Diário Oficial da União?
8.  Todo avião utilizado por autoridades em missão oficial é considerado Unidade Militar. Os militares que tripulavam a aeronave sabiam que havia uma clandestina a bordo?
9. Por que Marisa Letícia e Rose nunca foram incluídas numa mesma comitiva?
10. Quais eram as tarefas confiadas a Rose durante as viagens?
11. Como foram pagas e justificadas as despesas de uma passageira que oficialmente não existia?
12. Por que nomeou a pedido de Rose os irmãos Paulo e Rubens Vieira para cargos de direção em agências reguladoras? Conhecia os nomeados?
13. Por que Rose tinha direito ao uso de cartão corporativo da Presidência ?
14. Por que foram mantidos em sigilo os pagamentos feitos por Rose com o cartão corporativo ?
15. Como se comunicava com Rose? Por telefone? Por e-mail?
16. Sabia das reuniões promovidas por Rose no escritório da presidência? Depois das reuniões, era informado sobre o que fora decidido pelos integrantes da quadrilha?
17. Por que os honorários dos advogados de Rose são pagos por Instituto Lula?
18. Encontrou-se com Rose nos últimos 3 anos e 3 meses?
19. Nunca soube de nada?
20. O que foi que disse em casa?
Sem medo da sordidez do PT, FHC replicou imediatamente ao que disse a ex-amante ressentida. Favorecido pela tibieza da oposição oficial, Lula jamais comentou o que fez a concubina vigarista.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Aborto, FHC, microcefalia e a hipocrisia em estado bruto no Brasil - Cada MÃE ASSASSINA que morre durante um aborto, a morte se torna um ato de justiça e a certeza de que a morta não mais matará



Mirian Dutra, jornalista que se relacionou com o ex-presidente, conta que ele pagou por abortos que ela praticou. Em tempos de zika, por que não falar sobre gravidez interrompida sem histeria?

Mirian Dutra conta que FHC pagou por abortos que ela praticou.
Mirian Dutra, que foi amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos anos 80 e 90, concedeu duas entrevistas esta semana, expondo em detalhes um segredo que o Brasil conhecia, mas que agora veio a público pela voz da própria protagonista.

Mirian, jornalista que vive em Madri desde 2006, ficou conhecida dos brasileiros duas vezes. Primeiro quando se soube que era a tal amante e que inclusive tinha um filho do ex-presidente, e depois, quando FHC fez o teste de DNA que revelou que ele não era, de fato, pai do que se supunha fruto dessa relação extraconjugal.

Em uma das entrevistas, concedida à Folha de S.Paulo, a jornalista contou que Fernando Henrique pagou dois abortos seus durante o período em que se relacionaram. Questionado pela Folha sobre o fato, o ex-presidente não negou, apenas dizendo que “questões de natureza íntima, minhas ou de quem sejam, devem se manter no âmbito privado a que pertencem”.

E ele tem toda razão. É de cunho íntimo, não é da conta de ninguém se uma mulher (ou um casal) decide interromper a gravidez, seja porque não se julga preparada para uma missão dessa natureza, seja porque pode comprometer a sua saúde física, ou o futuro do rebento que está a caminho. Mas é público e notório que o aborto é tratado com um ridículo manto de hipocrisia pela sociedade brasileira quando até um ex-chefe de Estado parece ter recorrido à prática mais de uma vez.
 
As mortes por procedimentos errados também estariam na casa dos milhares. [cada MÃE ASSASSINA que morre durante um aborto é a efetivação de um ato de justiça e a certeza de que aquela assassina não mais matará.]

A entrevista de Mirian Dutra, que foi jornalista da Rede Globo, a maior emissora de televisão do país, está fervendo nas redes sociais, explorada por seus inimigos políticos. Como mulher, me estarrece saber que uma figura política de tão grande estatura aparentemente recorreu a uma prática execrada no Brasil, e por oportunistas de plantão, como o fez em 2015 o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e seu projeto de lei 5069, que dificulta o acesso de mulheres à pílula abortiva na rede pública – mesmo que ela tenha sido estuprada. [o estupro não é motivo para que mães ‘herodíades’ assassinem crianças inocentes e indefesas.]

Fonte: El País


As mosquitas e os mosquitos

Não sei como dona Dilma faz para diferenciar as mosquitas dos mosquitos. Mal sei, nos dias de hoje, como diferenciar as moças dos moços. Andam todos muito iguais, na moda e nos hábitos. No entanto, ainda assim, acabo por diferenciá-los.

 Ao contrário desses aedes desgraçados, os quais, sinceramente, admiro quem sabe distinguir, pois deve ser uma pesquisa complicada... Mas dona Dilma nos ensinou que são as mosquitas que picam, transmitem a dengue e outras doenças e causam os danos cerebrais nos bebês. Acredito. Os mosquitos não seriam assim tão pérfidos. Sou mulher, hetero e já tive duas paixões. Aliás, uma ainda tenho, a outra, infelizmente, a morte se apressou em levar para a eternidade.

 Dito isso, venho declarar que acho os homens sempre, e em tudo, muito melhores que as mulheres.  E mais bonitos: comparem o David de Michelangelo com a Vênus de Milo e tenho certeza que me darão razão. Com outro detalhe: envelhecem melhor.  Vejam Yves Montand ou Frank Sinatra: mocinhos feios, de uma magreza esquisita, foram encorpando com a idade e ao chegar aos 40, 50 anos e ficarem grisalhos, Deus do Céu, que tentação! Ficaram deslumbrantes e com um charme...

 Elas podem ser boas mães, boas avós, boas empresárias, ótimas médicas, excelentes escritoras e jornalistas, grandes artistas, mas na comparação com os homens, em minha muito pobre opinião, os homens estão sempre alguns pontos acima.  Só numa coisa são vitoriosas: na mesquinhez... Cruz credo, saiam correndo de perto: aí elas são peritas, experts, brilhantes.

Leram a entrevista da jornalista Miriam Dutra à Folha? É o melhor exemplo que conheço de maldade a seco.  Outra Miriam, a Cordeiro, foi má com o Lula e com a filha que tivera no relacionamento com o sindicalista. Despiu, em público, um problema que era só deles, sem se preocupar em ferir a menina. Mas tinha um motivo que se não serve como desculpa, é uma explicação: moça pobre, de vida modesta, foi tentada pelo dinheiro. Cada qual com seu cada qual...  

Mas esse ressurgimento de Miriam Dutra hoje, assim, sem mais aquela, francamente, é a própria crueldade em ação. E o pior: é cruel contra seu filho. Fernando Henrique Cardoso  não é candidato a nada, esse assunto não vai alterar sua vida política, só vai magoá-lo porque vai magoar o rapaz a quem ele trata com afeto paternal desde sempre.

Fico pensando com meus botões: Miriam Dutra não se manifestou quando os dois exames de DNA comprovaram que seu filho não era de FHC. Ficou bem caladinha. Agora, no entanto, às gargalhadas, diz que FHC é o pai, duvida dos exames e diz que a mulher sempre sabe quem é o pai de sua criança.  É verdade. Mas quando é uma mosquita que voa de lá para cá, francamente, será que ela pode garantir quem a fecundou?  [A pergunta que surge: quanto Míriam Dutra está ganhando para trazer o assunto à tona? não fosse o PT o ‘partido dos aloprados’  não subsistiria nenhum razão para a pergunta – já que FHC não é candidato a nada e em nada será afetado com as baboseiras ditas pela ex-global.
Mas, estamos lidando com petistas e entender o que o cérebro de um petista processa é tarefa impossível.]

William Congreve (1670/1729), poeta e teatrólogo inglês, em sua peça ‘The Mourning Bride’, escreveu um verso que é uma pérola de sabedoria e verdade. Era assim em seu tempo e ainda é assim até hoje: Heaven has no rage like love to hatred turned, nor hell a fury like a woman scorned.* = Céu não tem nenhuma raiva como o amor ao ódio , nem o inferno uma fúria como uma mulher desprezada .

Fonte: Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa